08
N/T: Este é o terceiro capítulo da série (no total são 4), há uma quebra de tempo do outro para este.
Hermione já estando no salão principal se ajoelhou, o vestido dobrado sob os joelhos para protegê-los das pedras frias. Ela descansou a cabeça na perna de Draco, dobrando uma dobra de suas vestes entre os dedos. A mão de Draco estava quente na parte de trás de sua cabeça e ela deu as boas-vindas ao toque familiar e reconfortante. Isso a ajudou a esquecer que Draco estava sentado ao lado do Lorde das Trevas como um lembrete de suas missões fracassadas, de sua tarefa designada de quebrá-la à vontade do Lorde das Trevas. Isso a ajudou a ignorar que sua posição espelhava a de Bellatrix, enrolada ao lado de seu mestre com um sorriso torto curvando sua boca enquanto ela olhava por cima dos joelhos dele.
"Confortável, sangue-ruim?" Bellatrix perguntou, sua voz mais nasalada agora. Seu nariz quebrado não tinha sido curado por magia, o Lorde das Trevas proibindo-lhe qualquer atenção médica como castigo por ter permitido que Hermione ganhasse dela semanas antes.
Hermione lançou um olhar naquela direção enquanto os dedos de Draco apertavam seu cabelo. Ela olhou para a bruxa mais velha e louca e se acomodou mais perto da perna de Draco. A longa corrente presa em sua garganta chacoalhou quando ela envolveu uma mão em torno de seu tornozelo.
"Ela parece estar bastante confortável." A voz do Lorde das Trevas, fria e alta, arranhou a espinha de Hermione e ela ocultou um estremecimento. "Parece que o jovem Malfoy finalmente a está treinando adequadamente. Ele certamente a recompensou bem. Vestido novo, sapatos quentes, muito bonitos. E a julgar pelo rosto dela, parece que ele não acha necessário bater nela. Diga-me , Draco, " sua voz mudou para um ronronar malévolo " o que exatamente você faz para mantê-la tão obediente? "
Os dedos de Draco ficaram tensos contra a cabeça de Hermione. "Como eu disse não muito depois que você a deu para mim, meu Senhor, ela é inteligente e pragmática. Ela viu a tolice de lutar contra sua situação e aceitou suas circunstâncias."
"E você, pequena sangue-ruim?" O Lorde estalou os dedos e Hermione se virou para olhar para ele automaticamente, sabendo que o gesto exigia sua atenção. Ele tinha o queixo em uma das mãos e estava olhando para ela com interesse. Ela lutou para não tremer enquanto ele a olhava, lutou para não se esconder nas dobras das vestes de Draco. "Você aprendeu o seu lugar?"
"M-meu Senhor." ela disse, mas sua voz era apenas um sussurro e Draco prendeu a respiração em apreensão. Hermione pigarreou e se ajoelhou. "Meu Senhor, Draco me mostrou a maneira correta de me comportar aqui. Ele me ensinou como... Ele me ensinou muito. Meu lugar. Onde eu pertenço." Ela respirou fundo. Cada palavra que ela falou era verdade, mas nada disso era a verdade do Lorde das Trevas. Draco a ensinou como se comportar, mas ele realmente mostrou a ela como sobreviver. Na privacidade de seus quartos, ela se sentia segura e protegida, e ela estava disposta a continuar a bancar sua serva cativa e obediente, se isso significasse que ela nunca seria entregue a um dos outros comensais da morte. Mesmo agora, ela podia ver Fenrir lambendo os lábios e murmurando promessas vis para ela. Ela se concentrou no troféu flutuando sobre o trono, os óculos quebrados de Harry girando na esfera brilhante de luz verde. Ela sobreviveria, custe o que custar.
O Lorde das Trevas a observou em silêncio enquanto acariciava o cabelo de Bellatrix. "Interessante." disse ele, e Hermione ficou tensa esperando mais comentários ou a sensação fria de sua mente deslizando sobre a dela. Em vez disso, ele se virou, olhando para os comensais da morte reunidos no salão principal.
Hermione conteve um suspiro de alívio e caiu contra a perna de Draco. Ele esfregou a nuca dela, logo acima da coleira pesada, e ela olhou para ele. Ele olhou para baixo sem mover a cabeça, mas uma pálpebra baixou em uma piscadela sutil e um canto de sua boca se moveu rapidamente. Hermione inclinou-se para o seu toque, confortada pela sua aprovação.
Um alvoroço veio de uma das mesas do outro lado do salão. Um grupo de Comensais da Morte bateu na mesa e pisou no chão, cada um aplaudindo e rindo. A respiração de Hermione ficou presa na garganta quando dois homens se moveram e limparam sua linha de visão. Ela viu Yaxley no centro do grupo, Gabrielle ajoelhada na mesa na frente dele. Seu longo cabelo loiro tinha sido cortado rente à cabeça e seu rosto exibia a evidência de vários tapas e golpes. Seu corpo nu carregava mais machucados em roxo fresco e marcas verdes desbotadas de seus ombros até os joelhos. Yaxley se levantou e retirou a mão para dar um tapa forte em seus seios. Gabrielle gritou, o som alto mesmo sobre os uivos e aplausos. Yaxley deu uma ordem que Hermione não pôde ouvir, mas cravou as unhas na perna de Draco enquanto Gabrielle obedecia.
Gabrielle se virou sobre a mesa e se esparramou nela, com as coxas abertas e a bunda erguida para exibir os vergões vermelhos e com sangue de uma surra recente. Yaxley agarrou seu cabelo curto e puxou sua cabeça para cima, esfregando-a contra sua virilha. Ele gesticulou para um dos homens assistindo em um convite. Hermione estremeceu, afundando os dentes no lábio para não gritar um protesto enquanto Yaxley e o outro comensal abriam suas vestes. Gabrielle estava presa entre eles, impulsionada em ambas as extremidades, e os homens ao redor rugiram em violenta aprovação.
Hermione se agarrou à perna de Draco, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto os homens faziam apostas e comentários zombeteiros sobre o desempenho de Gabrielle. Isso, foi por isso que ela se comportou. Foi por isso que ela decidiu que faria qualquer coisa que Draco quisesse ou precisasse para ficar em sua posse. Ela obedeceu e jogou o jogo que inventaram, com suas regras confusas e movimentos difíceis. Do contrário, estaria no lugar de Gabrielle, espancada até sangrar e estuprada para a diversão doentia dos comensais da morte. Sob a proteção de Draco, ela estava segura.
As portas altas no final do corredor se abriram e Hermione desviou os olhos dos homens que faziam fila para ter Gabrielle. Ela observou enquanto um par de Snatchers marchava com uma jovem pelo corredor e subia até o trono. O cabelo loiro-avermelhado da mulher era familiar, mas foi só quando a mulher se aproximou que o padrão de cicatrizes em seu rosto enviou um lampejo de reconhecimento para Hermione. Ela prendeu a respiração contra um grito de raiva quando Marietta Edgecombe se aproximou e fez uma reverência ao Lorde das Trevas.
"Novidades?" o lorde perguntou, inclinando-se para frente, seus olhos vermelhos famintos de ansiedade.
"Meu Senhor." disse Marietta, seu olhar fixo em seu rosto. Hermione se agarrou à perna de Draco, tremendo de descrença com o olhar de adoração que Marietta usava. Foi quase igual ao jeito que Bellatrix olhou para seu mestre, e fez o estômago de Hermione se revirar de nojo. "Eu tenho informações sobre a célula de resistência no País de Gales. Eu me infiltrei em sua sede e estou perto de..."
" Perto? " O Lorde das Trevas se recostou em seu trono, dedos finos tamborilando no topo da cabeça de Bellatrix. "Você ouviu isso, Bella? Apenas perto."
Bellatrix fez um zumbido de desagrado. "E depois de termos sido tão gentis com a mãe dela." Ela estalou a língua e deu uma gargalhada fria. "Que lástima."
O rosto de Marietta ficou pálido, mas ela se endireitou, olhando para o Lorde das Trevas sem se encolher. "Eu só preciso de um pouco mais de tempo, meu Senhor. Só mais um pouco e tenho certeza que serei capaz de..."
"Silêncio." O Lorde das Trevas balançou a cabeça enquanto Marietta fechava a boca. "Não estou interessado nas suas desculpas. Você já teve muito tempo. O fracasso não tem lugar no futuro da magia. Você está dispensada de sua tarefa. O jovem Malfoy vai assumir."
Draco enrijeceu, sua coxa ficando sólida como mármore sob a cabeça de Hermione. "Meu Senhor?"
"Eu te disse há algum tempo que você teria mais uma chance, jovem Malfoy. Mais uma missão. Uma última oportunidade de provar a si mesmo. Você assumirá a operação para destruir a resistência galesa. Afinal, você me lembrou de seus esforços para fornecer aos nossos amigos acesso a este castelo, quando você solicitou o presente de sua pequena sangue-ruim. "
Marietta estava olhando para Draco através do discurso do Lorde das Trevas, e quando ele terminou, seu olhar caiu pela primeira vez em Hermione, agachada aos pés de Draco. Seus olhos se arregalaram e ela deu uma risada curta.
"Algo divertido?" o Lorde perguntou, sua voz tão fria e suave como uma camada de gelo.
Marietta desviou os olhos de repente, o rosto pálido sob o padrão de cicatrizes. "S-sim, meu Senhor." disse ela, engolindo em seco. Ela respirou fundo e sua expressão se transformou em um sorriso de escárnio. "Granger. Ela e seu grupo de idiotas uma vez me chamaram de traidora. Agora ela é a prostituta de um comensal da morte."
Hermione fez uma careta e se ajoelhou. A mão de Draco apertou seu cabelo. O aviso veio em um momento certo, lembrando-a de se comportar e jogar de acordo com as regras confusas de seu jogo secreto. Não importa o quanto ela quisesse falar e se defender, defender suas escolhas, ela tinha que obedecer. Seus olhos correram em direção a Gabrielle, quase invisível no círculo de homens. Ela tem que obedecer. Ela não se permitiria acabar assim.
O Lorde das Trevas riu e Hermione mordeu o lábio contra a dor quando o aperto de Draco aumentou ainda mais quando a risada de Bellatrix juntou-se a ela. "Talvez ela seja." veio a voz zombeteira da bruxa. "E, ao que parece, ela é excelente. Meu sobrinho certamente parece estar muito mais relaxado esses dias. Ele deve gostar de ter o corpo imundo dela em sua cama."
Hermione sentiu Draco ficar tenso, depois sua coxa relaxou. Ele esticou as pernas e seus dedos se soltaram de seu cabelo. Ele agarrou as costas da pesada coleira de couro que ela usava e deu um puxão firme. Hermione respondeu imediatamente, ficando de joelhos diante dele. A mão de Draco passou por cima de seu ombro e desceu para cobrir seu seio. "Ela sabe onde ela pertence. " disse ele, sua voz lenta e arrastada. "Ela aprendeu seu lugar. Uma puta sangue-ruim imunda que abre as pernas sempre que eu exijo."
Hermione fechou os olhos contra os insultos e as zombarias na voz de Draco. Ela sabia que era um show para o Lorde das Trevas, sabia que ele estava apenas dizendo o que era esperado dele, mas ainda doía ouvir. Sozinho no quarto, ele a tratava com afeto e cuidado, mas aqui, ele não podia. Ele tinha que se comportar de acordo com as regras, e ela também. Ela arqueou as costas, pressionando o seio na mão de Draco, e lambeu os lábios enquanto inclinava a cabeça para encontrar seus olhos. Ela deu um gemido suave e colocou a mão sobre a dele. "Mestre." disse ela em um sussurro ofegante.
"Quem diria." Bellatrix falou. Hermione virou a cabeça para ver a bruxa espiando por cima das pernas do Lorde das Trevas e sorrindo para ela. "Parece que meu sobrinho aprender o que fazer com uma mulher, meu Senhor. Talvez ele não seja totalmente inútil."
O Lorde das Trevas deu um tapinha nos cachos emaranhados de Bellatrix. "Talvez. Talvez ele realmente tenha sucesso nesta nova missão, onde Marietta falhou."
Marietta saltou. O olhar nervoso em seus olhos disse claramente que ela esperava ter sido esquecida enquanto Draco e Hermione estavam sob escrutínio. Suas mãos se torceram na cintura. "Meu Senhor, se eu pudesse ter outra chance. Outra oportunidade para agradá-lo. Eu juro que poderei cumprir qualquer tarefa que me fosse designada."
"Sim, tenho quase certeza de que sim. Acontece que tenho uma tarefa perfeitamente adequada para alguém com seus talentos." Marietta começou a sorrir. O Lorde das Trevas fez um gesto brusco. "Fenrir, venha. Tenho um brinquedo novo para você."
Hermione enrijeceu. "Não." ela sussurrou. Ela não gostava de Marietta, mas isso... Ninguém merecia isso. A mão de Draco tremia e ele agarrou seu pescoço enquanto murmurava baixinho em advertência. Hermione agarrou sua coxa e estremeceu.
Fenrir saltou para fora do grupo de homens que cercavam Gabrielle, sangue manchando seus lábios e sua barba irregular. Ele olhou para Marietta, paralisada de medo, com os olhos arregalados, e seus olhos se iluminaram. Seu sorriso se alargou, mostrando seus dentes amarelos e pontudos. "Oh, para mim?" Ele agarrou o queixo de Marietta e inclinou a cabeça para cima, movendo-a para frente e para trás enquanto a examinava. Marietta fez um som suave e choroso que cresceu em volume e velocidade. Fenrir pairou sobre ela, e quando a voz de Marietta se quebrou em um grito selvagem, Fenrir riu. Ele a pegou e a jogou gritando por cima do ombro. "Muito obrigado, meu Senhor!" ele gritou de volta enquanto se dirigia para as portas. "As feias duram mais!"
"Envie uma nota de condolências à mãe dela." disse o Lorde das Trevas a Bellatrix. Ela deu uma risadinha e se encostou no joelho dele, dedos longos brincando com seu colar de cabelo Weasley. O Lorde das Trevas voltou sua atenção para Draco. "Malfoy."
"Meu Senhor." A resposta de Draco foi automática, mas seus dedos se contraíram na nuca de Hermione. Ela se inclinou para ele, seu braço deslizando ao redor de sua panturrilha.
"Espero que você tenha treinado sua sangue-ruim para ser obediente mesmo na sua ausência. Você vai aceitar a missão no País de Gales, e ela ficará aqui. Sugiro que você não bagunce essa tarefa como fez com Dumbledore. Se você não voltar, vou permitir que Bella se livre da garota, e eu garanto que ela não tem nenhum sentimento de benevolência para com sua prostituta."
Hermione se aninhou no centro da cama, observando Draco enquanto ele caminhava pelo quarto com o gargalo da garrafa de conhaque apertado em seu punho. Ele tomou um gole, praguejou baixinho e se virou para a parede. Bebeu, praguejou, virou-se. Bebeu, praguejou, virou-se. Ela o observou por vários minutos, até que ele esvaziasse metade da garrafa e a tensão ao redor de seus olhos diminuísse, então ela respirou fundo e saiu indo para pequena sala. Ela o seguiu e colocou uma mão no seu peito nu. Seu coração batia forte sob sua mão, cada batida rápida e forte. Ele abaixou a cabeça.
Hermione pegou a garrafa dele e colocou sobre a mesa. Sem falar, ela deslizou os braços em volta da cintura dele e deitou a cabeça em seu ombro. Draco ficou parado como uma estátua, os músculos de suas costas duros sob as mãos dela. Ela alisou sua espinha com as palmas das mãos. Ele ficou quieto, mas quando ela apertou os dedos nos músculos tensos, ele se moveu. Ele roçou as mãos nos quadris e nas costas dela, por fim elas se acomodaram em sua cintura, rígidas e tensas.
Hermione esfregou a palma na base do pescoço de Draco e arrastou os dedos pelas costas dele. Ela correu as mãos ao longo dos braços dele, evitando a marca dele sem precisar se lembrar de não tocá-la, e envolveu as mãos dele com os dedos. Lentamente, ela as tirou de sua cintura e deu um passo para trás. Draco manteve a cabeça baixa, os olhos nas pontas das botas, mas a seguiu. Hermione o conduziu até a cadeira e o empurrou. Ele foi, sem resistência e em silêncio.
Ela puxou a barra do vestido para baixo e se acomodou em seu colo. Um braço em volta do pescoço dele, ela pressionou a outra mão sobre o coração. Draco não se moveu por um minuto, exceto para respirar, cada expiração perfumada com o conhaque pesado. Quando ele finalmente se deslocou, envolvendo os dois braços ao redor dela e inclinando a cabeça contra a dela, Hermione quase chorou de alívio. Mesmo depois de se livrar dos cadáveres deixados em uma pilha para ele queimar, Draco nunca esteve tão tenso e retraído.
Ela roçou os dedos em sua bochecha e pousou a palma em sua mandíbula. "Se você me trancar neste quarto" disse ela, sua voz suave e lenta. "você não teria que se preocupar enquanto estiver fora. Eu sei que não devo ir a qualquer lugar sem você. Eu me sentiria sozinha, mas estaria segura. "
Ele deu uma risada silenciosa, sua mão caindo em sua coxa. Ele brincou com a bainha do vestido dela, dobrando-o entre os dedos. "Não, você não estaria." disse ele. "Eu poderia colocar mil feitiços naquela porta, e alguém ainda seria capaz de passar. Comparado com alguns dos outros, eu sou praticamente um aborto. Especialmente quando você considera alguém como Bella."
Hermione estremeceu, aninhando-se ainda mais no abraço de Draco. Depois da luta que ela teve com a bruxa mais velha, depois de quebrar o nariz de Bellatrix em seus esforços para defender e proteger Draco do Cruciatus, ela sabia que era uma mulher morta caso Bellatrix tivesse alguma chance. Ela sabia que Bellatrix faria uma morte lenta e dolorosa também, com intensas torturas e vários estupros. Ela podia imaginar Bellatrix abrindo suas veias no final, fazendo-a sangrar em uma bacia e salpicando alegremente seu sangue sujo .
Sacudindo a cabeça em um esforço inútil para tirar aquelas imagens de sua mente, ela se agarrou a Draco. Sua pele estava quente contra sua bochecha, seu batimento cardíaco desacelerando sob sua orelha. "Mas você não pode recusar." disse ela. "Não há possibilidade de você recusar." Não importava o quanto orasse, não importava o quanto desejasse, ela sabia que tinha que lidar com a realidade. Draco não podia se recusar a assumir uma missão atribuída a ele pelo Lorde das Trevas. Ela supôs que deveria ser grata por este ser o primeiro após seus deveres de cavar túmulos desde que ela foi trazida para o castelo e dada a ele para 'quebrar'.
Draco passou os dedos pelos cabelos dela. "Não." ele disse com um suspiro pesado. "Não posso. Não posso recusar. Farei o que puder para ter certeza de que você estará protegida o máximo possível enquanto eu estiver fora, mas..." Ele inclinou a cabeça e deu um beijo no topo de seu cabelo. "mas se algo acontecer comigo -"
"Não..." Hermione estremeceu e se enrolou mais forte. "Não diga isso."
"Quieta." Draco agarrou seu queixo, levantando sua cabeça para forçá-la a encontrar seus olhos. "Hermione, não seja idiota. Você sabe que pode acontecer. Você sabe que tudo pode acontecer. É inteiramente possível que eu falhe nesta missão. Se eu não voltar , então temos que planejar o que poderá acontecer com você. Acredito que não queira que Bella coloque as mãos em você. Ou Fenrir. Se eu falhar, meu mestre irá entregá-la a alguém como punição. O que precisamos fazer é planejar para quem. "
"Não há nenhum deles que eu iria de boa vontade." disse Hermione. Ela puxou o queixo de seu alcance e se levantou para andar, como ele havia feito antes. Ela pegou a garrafa de conhaque e deu um grande gole, tossindo enquanto o álcool queimava em sua garganta. "Eu não vou. Eu não vou para nenhum deles. Draco, eu prefiro me jogar aos pés do Lorde das Trevas e implorar para ele me matar."
"E é exatamente por isso que ele não faria." Draco juntou os dedos, observando-a rondar para frente e para trás pela sala. "Ele daria você a alguém que se certificasse de que levaria muito, muito tempo para morrer."
Hermione estremeceu e tomou outro gole de conhaque. Ela tinha visto muito sobre como os comensais da morte operavam nos últimos meses. Ela sabia como alguns deles podiam ser criativos. Ela tomou um terceiro gole profundo e gesticulou com a garrafa. "Você é o único que tem um mínimo de bondade. Os outros... Deus, os outros. Para quem você me entregaria, Draco? Para Yaxley? Avery? Macnair? Me embrulharia e entregaria antes de ir embora só por precaução? Você me enviaria para aquele que escolher com uma nota dizendo 'Devia-te uma escrava'? "
"Melhor do que deixar a porta aberta com uma placa que diz 'Pegue uma carona na puta sangue-ruim do Malfoy', eu acho." Draco esfregou as mãos no rosto e suspirou. Ele ergueu as mãos em um gesto de rendição quando olhou para cima e viu a expressão torcendo o rosto de Hermione. "Eu sei, eu sei. Não essa palavra, não aqui."
Ele balançou a cabeça com um grunhido, levantou-se e estendeu a mão para Hermione. Ela colocou a garrafa de conhaque nela. Draco riu antes de tomar um gole, então colocou a garrafa na mesa e pegou a mão dela. "Vamos." disse ele, puxando-a para perto e envolvendo o braço em volta da cintura dela. "Não posso mais me esforçar para pensar sobre isso. Uma noite de descanso vai fazer bem a nós dois. Falaremos mais sobre isso pela manhã." Ele beijou a ponta de seu nariz e gentilmente bateu sua testa contra a dela. "Eu prometo que vou cuidar de você."
Hermione se espreguiçou e rolou, choramingando no fundo da garganta enquanto seu quadril esfregava seu inchaço no lençol. Draco a pegou de jeito na noite anterior, segurou-a com força enquanto entrava nela. Ele se agarrou a ela, machucando seus quadris, deixando a forma de seus dedos em sua pele em um roxo pálido. Ele a mordeu, as marcas de seus dentes espalhados por seus ombros e no topo de seus seios. Ele a marcou, reivindicou-a como sua, e ela implorou por mais. Implorou a ele, e ele deu a ela, levando-a mais forte, fazendo-a gritar. Ela voou para o sol ao seu comando, explodiu em chamas enquanto gritava seu nome e caiu no silêncio da exaustão inconsciente.
Ela sorriu e esticou um braço sobre a cama, sua mente ainda confusa de sono. Ela não tocou nada além de lençóis, o material frio sob sua palma, e ela franziu a testa. Abrindo os olhos, ela verificou que Draco não estava na cama. Ela fez um som baixo e descontente e sentou-se, o lençol colado aos seios. Draco não estava recostado na cadeira macia, não estava escrevendo na mesa, não estava tocando o anel de seu pai no armário. Seu coração disparou.
Ela pulou para fora da cama, ignorando as suaves dores em seu corpo por causa das atenções dele, e puxou o vestido pela cabeça, puxando a bainha até as coxas. Ela mal sentiu o frio do chão de pedra sob seus pés enquanto corria para o banheiro e abria a porta. Draco não estava no pequeno banheiro também. Hermione virou e esquadrinhou a sala principal, seus olhos arregalados, o decote de seu vestido agarrado em seu punho. "Draco?" ela chamou na esperança desesperada de que seu nome o traria à existência, o faria aparecer do nada. "Draco, onde você está?"
Sua voz vacilou em suas palavras, e ela respirou tão fundo que tremeu. Ela correu para a mesa, mas não havia nenhum bilhete para ela. Ela correu para a cama, procurando um pedaço de pergaminho que Draco poderia ter deixado para ela. Ele sempre deixava um recado para ela nesses dias, avisava-a de que tinha saído para que ela soubesse que ele voltaria. Tem que haver algo. Sua respiração tornou-se rápida e pesada enquanto puxava os lençóis da cama, tirando-os do colchão gasto. Ela virou a mesa, arrancou a almofada da cadeira e bateu na porta trancada do armário.
Ela circulou o local de novo e de novo. Houve um barulho baixo de soluços em algum lugar próximo que ela podia ouvir, mas não conseguia identificar. Só quando ela colocou as mãos sobre a boca que ela percebeu que o som estava vindo dela. Suas bochechas estavam úmidas e ela esfregou as mãos sobre elas para enxugar as lágrimas. Ela não podia negar mais. Ele se foi. Ele se foi sem uma única indicação de onde, porquê ou por quanto tempo ele estaria ausente.
Sua missão, ela finalmente chegou a conclusão, ordenando-se a pensar racionalmente. A nova missão do Lorde das Trevas. Ou Draco tinha saído no meio da noite, uma vez que ela adormeceu exausta da sessão de sexo, ou-
Ou ele foi forçado a sair sem aviso.
"Draco." ela sussurrou, passando os dedos pelos cabelos. Ela se enrolou no centro da cama, os dois braços apertados ao redor do travesseiro dele. "Draco, volte."
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