Capítulo 42
Aaron Narrando
Passou-se algumas semanas e Gabriella vem sentindo dores ao pé da barriga. Por ser gêmeas terá que ser cesariana para não causar nenhuma confusão ou até mesmo ter uma morte entre as três, podendo em somente salvar minha mulher ou filhas, única opção no momento e a cesariana de fato.
Gabriella queria parto normal, com isso, acabamos por discutir sobre o acontecimento. Ela sabe dos riscos que está correndo e pode correr caso fazer parto normal. Quem sabe em uma próxima vida ou mais para frente poderemos ter outra filha, porém, Gabe diz não querer mais nenhum e a fábrica irá fechar depois de ter esses.
A bolsa podia estourar a qualquer momento. Então, para não ter desespero na hora de levá-la ao hospital conversei com a mesma sobre a bolsa que irá conter as roubas das meninas.
— Amor, o que acha de deixarmos a bolsa das meninas dentro do carro? — perguntei me sentando ao lado dela que estava no sofá assistindo sua série favorita.
— Seria bom, menos trabalhoso e na hora não irá ter desespero de ambas a parte. — afirmou.
— Você irá arrumar as roupas dela ou quer que eu arrume pra ti? — perguntei fazendo cafuné na mesma que fechou olhos.
— Deixa que eu mesma arrume. — suspirou. — Já sabe o nome que podemos colocar nelas? — perguntou se aninhando em meus braços.
— As crianças não iriam escolher, amor? — perguntei e soltei uma risada nasal.
— Ah e verdade, estava tentando lembrar mas sabe como sou esquecida para certas coisas. — riu.
— Podemos chamar eles agora e pergunta se já sabem os nomes, que tal? — perguntei e ela concordou. — Nathan e Júlia, venham cá, por favor! — chamei-os.
Enquanto não chegavam continuamos conversando sobre as cores das roupas das meninas que iriam sair do hospital e, seriam azul. Como eu amo essa mulher, misericordia. Logo eles chegaram totalmente ofegantes, ninguém mandou vim correndo. Olhos para os dois seriamente, já conversei diversas vezes que não é pra correr na escada e muito menos no corredor.
— Bença pai e mãe. — disseram em uníssono.
— Já disse que não precisa falar isso. É o que mais já disse para não fazer? — perguntei.
— Não correr na escada e no corredor. — disseram em uníssono.
— É porque vinham dessa maneira? — olhei sério para eles.
— Tio Daniel e Mateus falaram que era melhor vim correndo para vocês não baterem na gente. — Nathan disse, logo se sentou ao lado da mãe dando-lhe um beijo na testa.
Tinha que ser esses demônios.
— Tudo bem, Júlia se senta que queremos conversar com vocês um assunto sério. — disse e Gabe segurou o riso pela cara de assustado que fizeram.
— Diga pai. — Júlia disse.
— Decidiram o nome das irmãs de vocês? — perguntei.
Nathan e Julia se entrolharam.
— Sim pai, foi até difícil escolher. — Julia disse.
— Claro que sim, podemos falar? — Nathan se empolgou já. — Diga você primeiro Julia. — pediu.
— Ayla. — disse, e um nome diferente. — Gostaram? — perguntou ansiosa.
Sua mãe sorriu e a chamou com a mão, Julia foi até a mesma.
— Eu amei minha filha. É diferente sim mas continuo gostando. — Gabriella disse e sorriu para filha. — E você, meu filho? — perguntou.
— Kira, mamãe. — disse envergonhado.
Essas crianças estão com vergonha de tudo, —principalmente Nathan —, depois irei conversar com ele sobre isso, entre outras coisas também.
— Adorei filho, de onde veio esses nome? — perguntei o abraçando.
— Em um livro. — deitou a cabeça em meu ombro.
Então seria Ayla e Kira. Nomes diferentes e bonitos.
Depois dessa conversa, Gabriella resolveu arrumar finalmente a mala das meninas com minha ajuda praticamente. Ela ficou deitada na cama enquanto eu mostrava as roupinhas, ora falava sim ora falava não. Demorei uma hora arrumando, desci e coloquei no banco do carona atrás do motorista.
[...]
20:40 da noite.
Praticamente os amigos da nossa família estava aqui, ainda assistindo um filho na sala. Os sofás foram arrastados para o canto, enquanto lenções e cobertores eram postos no chão, junto com alguns travesseiros também. Gabriella ficou deitada no sofá grande mesmo, por conta de sua barriga e coluna. O filme estava na metade quando senti um puxão no cabelo, olho para mão da pessoa e era da Gabriella mordendo os lábios.
— Que foi? — perguntei preocupado.
Ela respirou fundo.
— Contrações. — arregalei os olhos.
— Quantos? — perguntei pegando na mão da mesma.
— De dois em dois minutos. — fechou os olhos quando veio outra contração.
— Vamos ao hospital. — logo concordou. — Alguém pega o carro que está a mala das meninas porque iremos ao hospital. — disse e logo começou a confusão.
Levantei Gabriella e fomos andando devagar. Daniel e Christian veio em minha direção.
— Pegue uma garrafa de água e dê para ela, coloque-a dentro do carro e me esperem. — disse e eles foram fazer o que pedi. — O restante pode pegar meu carro e ir ao hospital. As crianças se acalmem e as mulheres também, por favor! Gabriella não pode se estressar agora, ela precisa de calma. — pedi.
Sai da casa e entrei no carro. Daniel e Christian estavam atrás junto a Gabe segurando as mãos da mesma e veio mais uma contração.
— Quantos até agora? — perguntei dirigindo e tentado focar na estrada.
— Um minuto, acho que a bolsa pode estou.. — não terminou a frase. Gabriella interrompeu com um grito e os olhos do meninos ficaram arregalados olhando para baixo. — A BOLSA ESTOUROU! — Daniel gritou.
Chegamos no hospital e Christian foi na frente falar com os enfermeiros. Tiro Gabriella de dentro do carro com ajuda de Daniel, pego a bolsa das meninas e dela também. Gabriella estava com os lábios branco. A médica que iria fazer o parto e acompanhou a gestação toda também veio, e quando olhou para minha mulher vi em seu olhar uma preocupação.
— RÁPIDO! Correm, pegam uma maca. — gritou, trouxeram e ali mesmo examinou os batimentos cardíacos da minha mulher. Entraram em uma sala. — Aaron troque roupa agora, Gabriella quer você aqui. — assenti.
Me troquei e entrei na sala com o coração na mão.
Tudo estava correndo bem, as crianças nasceram e Gabriella falou o nome de cada uma. Mas algo de estranho aconteceu, os batimentos dela simplesmente começou a parar.
— Tire-o daqui. — Pietra, a médica que fez o parto disse.
— O que está acontecendo? Me digam! — gritei.
Fui tirado da sala por dois seguranças. Daniel veio em minha direção.
— Porque está aqui? As crianças estão bem? — perguntou.
— Me mandaram sair, e sim as crianças estão. — disse e lágrimas saíram sem minha permissão.
— E Gabe? — perguntei e olhei para ele sem conter as lágrimas.
— Não sei. — disse chorando, coloco as mãos em meu cabelo os puxando-os com força.
[...]
Passou-se horas e vejo o dia amanhecer. Pude ver minhas filhas, eram idênticas. Logo a médica veio com olhar estranho, quando me levanto, todos que estavam comigo também se levantaram.
— Posso ver minha mulher? — perguntei feliz com a ideia de vê-la.
— Sinto muito, mas sua mulher tinha problemas cardíacos! — disse.
— O que quer dizer com isso? — perguntei confuso e uma dor no coração se apressou em mim.
— Sua mulher entrou em um coma induzido. — disse.
••••
Espero que tenham gostado.
Não sei quanto terá uma continuação dos capítulos.
Com amor, quel! 🌈💙
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