Elsie

- Tem alguma coisa acontecendo. - Sussurro para mim mesma encarando o grande hospital á minha frente.

Harry me mandou uma mensagem pedindo para encontra-lo aqui porquê ele tinha algo sobre mim urgente para me contar então vim o mas rápido que pude. Entrei ao hospital e a recepção completamente vazia e os corredores também. Ia começar a andar pelos corredores mas eu não sou idiota, o hospital inteiro está vazio e isso não é normal por aqui. Dou a volta para sair pelas portas mas assim que viro a maçaneta estava trancada.

- Ótimo. - Digo baxinho.

Olho ao meu redor e pego no meu celular rapidamente e tem área. Disco o número de Harry na tela e ponho para chamar. Uma sensação de medo se instalou em meu corpo derrepente.

- Olá Elsie. - Uma voz totalmente diferente da voz de Harry, atendeu o celular.

- Quem é você ? - Pergunto no mesmo instante.

- Você sabe quem sou eu Schaeffer, só não se lembra. Mas irei dar um jeito nisso. Suba ao terceiro andar e vamos acabar logo com isso. - Mandou.

- Quem é você ? - Repito.

- Venha até mim e irá descobrir querida. - Ele encerrou a ligação.

Vamos acabar logo com isso. Entro no elevador e aperto o botão para o terceiro andar e as portas se fecham. Ponho o celular no bolso e as luzes do elevador começam a piscar. As portas se abrem revelando um lugar totalmente escuro. Dou um passo para fora do elevador e uma luz acendeu. A cada passo que eu dava uma luz acendia e se eu voltasse para trás ela apagava.

Escuto um ruído atrás de mim e sinto uma dor aguda em minha nuca fazendo eu cair no chão. Meus ouvidos captam gargalhada macabra pelo local mas não consigo encherga nada. A dor aumenta e eu me deixo levar apagando de vez.

[...]

Abro meus olhos rapidamente e percebo que estou sentada em uma cadeira de madeira com as mãos e pés amarrados. Passo meus olhos ao redor do local desesperada e não enxergo nada, estava tudo escuro literalmente. Ouço um som estranho e as luzes se acenderam em um tom vermelho deixando o local com um ar macabro e assustador. Eu não estava mas no hospital, era uma espécie de quarto, não sei ao certo. Tinham velas apagadas no chão e em cima de uma mesa, umas fotos estranhas estavam coladas na parede e havia um circulo a minha volta feito com um pó branco que eu acredito ser sal. Olho para frente e me assusto ao ver uma figura estranha e com uma roupa preta estranha. Não consigo ver seu rosto pela falta de iluminação. O quarto pareceu esfriar derrepente trazendo consigo uma fumaça esquisita que se espalhava por todo o local.

Minha intuição diz que se trata de um homem pelo tamanho. Era muito alto. Ele estala os dedos e as velas se acendem na mesma hora. Arregalo os olhos com oque vejo, como ele fez isso ?

- Esperei muito por esse momento Elsie. - Era um homem.

- Quem é você ?

- Seu protetor falhou dessa vez. - Ele riu irônico e eu fiquei quieta. - Irei lhe devolve sua memórias. Já cansei desse teatrinho de ter que esperar para você se lembrar de tudo, eu irei apenas dar um empurrãozinho. Irei devolver sua miserável vida de volta.

- Porquê me trouxe aqui ?

- Suas perguntas teram uma resposta. Você apenas precisa esperar eu terminar o feitiço e tudo será como antes minha querida. Eu não poderia fazer isso mas eu sou o Senhor, eu digo oque eu mesmo posso fazer. Prevejo que Harry irá querer me matar mas não vejo o porquê, vou trazer a amada dele de volta. - Confessou. - Você não é Elsie Schaeffer, é apenas uma humana inútil sem memórias. Mas não vejo muita diferença já que vocês duas não prestam para nada. Vamos acabar logo com isso. - Desprezou.

Ele deu um passo á frente e começou a sussurrar rapidamente.

- Et vocatis omnibus, qui audiunt me reduc memoriae, elegit ex obumbratio. - Conforme ele dizia suas palavras me causavam uma enorme dor de cabeça.

- Para. - Peço desesperada.

Minhas vistas estavam embaçadas e lágrimas escorriam pelo meu rosto. A dor era imensa e me fazia perder os sentindos lentamente.

- Não se esqueça, você é nossa. - Disse. - Você é a nossa escolhida das sombras Elsie.

Sinto que depois de hoje nunca serei mas a mesma. Com a dor que não dava uma trégua eu desisti de lutar e me entreguei a escuridão pela segunda vez.