Harry

O teto branco de meu quarto passa a ser encarado por mim enquanto meus pensamentos vem à tona. Venho tendo pesadelos todas as noites com a Elsie. O perigo está mais próximo do que os guardiões previam.

Meu dever na terra é ajuda-la e protege-la mas está tarefa parece ficar cada dia mais difícil e impossível. Elsie está prestes a fazer seu décimo sétimo aniversário, e eu preciso restabelecer minha força. Desde de meu último encontro com o tal Serial Killer da cidade digamos que este nosso encontro me custou quase toda a energia vital que habita em meu corpo.

Nois, anjos protetores temos o que chamamos de energia vital que sustenta nosso corpo, se a mesma acabar nós morremos. O que não pode acontecer de maneira alguma.

O assassino em série é na verdade Azucrim. Uma entidade que habita este lugar à 136 anos mas o profano aparece antecipadamenteas às vezes. Está é a casa dele e a alma das crianças são suas refeições para a eternidade mais a pergunta que não quer calar é o porquê dele está atrás da Elsie.

Azucrim tem uma força inexplicável e agi sempre sozinho mas sempre a mando de alguém. Preciso saber quem está por trás disso. Primeiramente irei focar em saber qual é a forma humana que Azucrim possui. Todos os seres das trevas tem como regra assumi uma forma humana quando estão na terra, e Azucrim tem duas, ele pode assumir a forma do que as crianças mais temem e a humana que é qual eu preciso urgentemente saber.

Opto por afirmar que é alguém bem próximo de Elsie.

***

O fim da tarde já se aproxima trazendo uma noite estranhamente quente e seca. Provavelmente é o verão chegando.

Caminho pelas ruas calmas e desertas pelo toque de recolher. Todos temiam as mortes e desaparecimentos que vem acontecendo nesses últimos tempos. Me perco em meus pensamentos que não percebo que vou contra uma pequena miniatura de pessoa. Conheço esse cheiro até de longe.

- Elsie. - Sorrio de lado.

- Harry. Não acha perigo sair depois do toque de recolher ? - Perguntou-me.

- Eu é que devia-lhe perguntar isso. Sabe que não pode andar sozinha por ai essa hora, lembra do que aconteceu da última vez ? - Lembro-a.

- Sim. Eu estava indo pra casa mais acho que me perdi ? - Sua resposta em forma de pergunta me fez rir.

- Vamos, eu te levo até sua casa. - Surpreendo-a com minhas palavras.

Andamos com calma pós sua casa ainda estava longe e andar rápido as vezes cansa, se bem que sou um anjo mas cansa do mesmo jeito.

A pequena menina de cabelos castanhos ao meu lado estava quieta o que era estranho já que a mesma era a mas animada de seu grupo de amigos. Algo de ruim estava acontecendo com a mesma e isso não é bom.

Paro em sua frente fazendo Elsie parar de caminhar e encaro-a olhando em seus olhos profundamente.

- Eu sei que não somos próximos mas saiba que pode contar comigo. Estou aqui para lhe ajudar. - Tento reconforta-lá com minhas humildes palavras.

Ela me encarou um pouco hesitante antes de se pronunciar.

- Tem alguma coisa de errado comigo.

- Meu anjo, não há nad.. - Sou interrompido pela pequena garota que parece está mas aflita aos passar dos minutos.

- Harry. Tem alguma coisa errada comigo. - Ela afirma suas palavras com uma certeza fora do normal. - Eu vejo coisas, eu escuto coisas, eu sinto coisas.

Assim que acaba suas palavras apenas um nome vem à minha mente: Azucrim.

- Tem alguém atrás de mim. E não é uma pessoa normal.

- Você pode estar enganada afinal seres sobrenaturais não existem. - Isso não era para estar acontecendo. Essa entidade maldita está pondo meu plano por água baixo.

- Lá no fundo sabemos que eu falo a verdade. Este monstro está usando meu irmão para me machucar, Harry.

Uma onda de culpa me atinge, não estou sabendo cuidar dela. Isso não era pra estar acontecendo, Elsie não devia nem sequer desconfiar do segundo plano.

- Sabe o que mas me dói ? É ver a tristeza nos olhos do Danny e não poder fazer nada.

- Desculpe-me. - Peço com toda à sinceridade que existe em meu coração.

- Não é culpa sua. - Passa a mão pelo seu rosto destruindo qualquer vestígio de água.

- Sim é. Eu sou a pessoa que mais tem culpa nisto.