Shadow Falls - O confronto | Prólogo do Livro II
Era como ver um replay em minha mente, em todas as vidas. Era mais forte que eu. Eu tinha o instinto de protege-lo e como todas as outras vezes o medo toma conta de meu corpo. Era tão familiar sentir meu corpo sendo jogado ao alto com uma força sobre humana. Era óbvio que eu não podia detê-lo, mas eu queria ajuda-lo. E mesmo naqueles últimos instantes de vida eu sabia que nosso amado filho estava seguro e teria uma vida. Mesmo que ela fosse amaldiçoada por nossa causa. Eu gostaria de poder vê-lo algum dia, espero poder reconhece-lo.
Em um piscar de olhos, sinto minha cabeça se chocar com o chão e meus olhos escurecerem ao mesmo tempo. Eu apago e acordo e sinto algo molhado sair de minha cabeça e mesmo que eu queira gritar para ele as últimas imagens que vejo são de Moacir e Jandir se matando novamente em um ciclo vicioso, sob a visão de Jacir no alto em seu auge.
TRÊS HORAS ANTES
- Mamãe, me conta novamente...
Começo a sorri enquanto embrulho meu filho na pequena cama.
- Já contei a você tantas vezes que acho que já de mais falar dela mais uma vez.
- Não mamãe. Eu amo essa história.
Ela dá um doce sorriso, lhe afago o rosto e começo a contar o conto que ele ouve atentamente segurando o cobertor sobre seu corpo. Com um sorriso no rosto, finalizo a história enquanto meu amado filho abaixa as pálpebras e cai em um sono profundo. Levanto-me devagar e deixo o quarto, desligando a luz e mantendo a porta entre aberta. Júlio, meu marido estava sentado do lado de fora da casa, observava as estrelas daquela noite. Me aproximo dele e o abraço.
- No que está pensando?
- No quão minha vida é vazia sem você. – ele se volta a mim e olha diretamente para os meus olhos verdes. – Demorei tantos sois e luas para te encontrar novamente.
- Eu sei meu amor. – acaricio sua pele.
Ele se aproxima de mim e me beija. Era como voltar no tempo e sentir a água em meus pés, e a boca dele tocando a minha. Aquela era a decima terceira noite de lua cheia. Nossa decima segunda encarnação.
- Você fez os preparativos? – ele me olha preocupado.
Com um meneio de cabeça respondo-lhe que sim. Sento-me na varanda ao seu lado e coloco a mecha de cabelo que estava solta atrás da orelha. As nossas reencarnações nunca eram iguais, nem sempre eu recebia tudo da melhor forma, mas em algum momento tudo fazia sentindo para mim. Era como sentir a mesma dor durante anos a fios da mesma maneira.
- Éramos apenas dois no começo. – ele interrompe meus pensamentos e o olho – Agora existem tantos de nós, porque me deixei pensar que tudo seria resolvido e ele por vingança gerou para cada filho abençoado por Jaci um por Anhangá.
Aperto sua mão e ele me olha.
- Eu amo você Eduarda.
- Eu amarei por toda eternidade Júlio. – lhe toco os lábios e um uivo ao longe faz com que nos afastemos.
- Eles estão a caminho. Cuide de nosso filho.
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