Capítulo 17
Já era quinta feira e a viagem à Miami passara voando. A sensação que Marianne e Álvaro tinham, em unanimidade, era que aquela aventura mal havia começado e já estava acabando o que era uma tremenda tristeza para os dois.
Aproveitaram o que podiam e o que não podiam.
Álvaro já estava choramingando pelos cantos e mal acreditava que o seu evento favorito do ano estava no fim. Para ele, a semana de moda de Miami era super importante e essencial para o seu currículo, pois acreditava que eventos como aquele lhe trazia ainda mais conhecimento e aperfeiçoamento. E, silenciosamente, desejava que a sua estilista favorita começasse a trilhar o seu próprio caminho. Ele sabia que Mari tinha potencial para ter a própria marca, se ela quisesse. Sentia uma dor no coração por cogitar a hipótese de perder a sua melhor parceira, mas a sua ambição em vê-la brilhar sozinha era maior.
Agora eles estavam na praia, sujeitando a pele branca e sensível aos raios fortes de sol — que se dane se a radiação fazia mal à pele. Queriam voltar para Toronto pelo menos com o nariz vermelho.
— Meu Deus, olha aquele peixão saindo do mar — Álvaro exclamou ao observar um surfista moreno caminhando em direção à areia, terrivelmente molhado e segurando a sua prancha com o braço esquerdo. Uma verdadeira tentação.
Marianne ergueu um pouco a sua cabeça e também os óculos escuros para visualizar melhor o que seu chefe estava admirando boquiaberto.
— Desde quando você gosta de surfistas? — ela riu, não deixando de notar a beleza exótica do homem por quem Álvaro suspirou.
— Amiga, eu gosto de qualquer profissional — ele piscou, fazendo-a gargalhar.
— Você não existe!
Álvaro piscou um olho e entregou outro drink para a garota, enquanto ela mudava de posição e se sentava na areia fofinha.
— Um brinde à nossa viagem! Foi um sucesso e tudo o que temos que fazer agora é aproveitar as nossas últimas doze horas em Miami Beach, poderosinha — ele lamentou. — Quando voltarmos à Toronto, lhe farei uma proposta.
Marianne arregalou os olhos e abriu os lábios para ensaiar uma pergunta, mas estava com sede demais e então preferiu beber o seu drink delicioso de abacaxi com vodca e hortelã.
Ela realmente deveria aproveitar as suas últimas horas ali. Não saberia dizer ao certo quando voltaria à Miami e muito menos quando seria convidada para participar de algum outro evento de moda.
Aproveitou aquela brisa deliciosa para atualizar as suas redes sociais com as fotos que tirara durante a viagem, principalmente ali naquela praia. Miami Beach era uma paisagem a ser glorificada de pé e aplaudida. Todo mundo deveria ir ao menos uma vez àquele lugar.
Suas amigas foram as primeiras a comentarem sobre as fotos e aquilo elevou a autoestima da garota.
Acho que estou no caminho certo!
Queria continuar naquela autoestima toda. Não era apenas pelo fato de se sentir bonita. Marianne sabia que não era nada mal e sempre se cuidou. O problema com a sua autoestima estava inteiramente relacionado a William Dash, e, caramba, passar seis dias inteiros sem sequer cogitar em pensar nele e nas merdas que aconteceram há exatos dois anos.
Oh, céus! Por que se lembrar daquela noite agora?
Era por que a viagem estava acabando?
Por que ela não podia simplesmente adormecer as suas lembranças em Toronto também?
Não, ela não iria pensar naquelas coisas de novo.
Antes de embarcar, tomou um leve calmante, disposta a tirar um cochilo de duas horas, exatamente o tempo de voo até Toronto.
Ela verificou o aplicativo de mensagens e pensou se deveria escrever para o seu terapeuta, entretanto, como o avião estava prestes a decolar, precisou desligar o seu celular totalmente contragosto.
Em Toronto, Dave trabalhava sem parar. Entre um paciente e outro, estava analisando currículos de diaristas. Ele iria colocar uma mulher para cuidar de seu apartamento pelo menos três vezes na semana, pois assim não lhe sobraria qualquer preocupação relacionada às tarefas de casa.
Era sexta feira.
Finalmente!
Por fora aquele homem parecia tão sereno e tranquilo, que chegava a transmitir a sua calmaria aos seus pacientes daquele dia. Todas as sessões do dia foram bem sucedidas e muito bem aproveitadas.
O dia simplesmente passara voando.
E ele estava se comportando como um ansioso filho da mãe.
Tinha coisas para tratar com Marianne. E esperava que ela realmente aparecesse ali. Mais uma hora, e ele teria a conversa definitiva com ela.
Ainda em casa e debaixo do chuveiro, Marianne sentia-se nervosa. Como havia chegado tarde da noite no dia anterior, Álvaro a liberara do trabalho na sexta feira. Seria de muito mal gosto ele exigir que ela trabalhasse unicamente naquele dia.
Ela não se esquecera do pedido de seu terapeuta. Sabia perfeitamente que ele estaria esperando-a em seu consultório às seis da tarde.
Marianne respirou fundo e desligou o chuveiro logo em seguida. Secou os cabelos e fez uma breve maquiagem, tentando evidenciar os seus cílios, ao menos. Queria estar bem apresentável para o seu terapeuta, afinal de contas.
Estou indo conversar com ele — ela digitou e enviou informação para as suas amigas.
Largou o celular na cama e correu para o closet, tentando escolher uma roupa que evidenciasse o seu bronze não tão notável assim.
Ela era muito branca e, se tinha algo que Marianne não ficava, era bronzeada, e sim, vermelhinha.
Já vestida, ela retornou ao quarto e pegou o seu celular, totalmente lotado de mensagens histéricas de suas melhores amigas. Elas não faziam ideia do que ela havia feito com Dave enquanto estivera fora e certamente não iriam saber.
Ela também não fazia ideia de como a sua conversa com ele iria se suceder.
Poderia dar tudo certo. Ou simplesmente desmoronar e dar tudo errado.
De novo.
Ela pegou a sua bolsa, determinada, e jogou o seu celular ali dentro, e sequer desconfiou que um número desconhecido estava ligando para ela.
O relógio marcou no ponteiro que já eram seis horas.
Naquele instante, Dave dispensou Bethany e disse à sua secretária que iria ficar até mais tarde para resolver algumas pendências.
Sozinho em seu consultório, ele andou de um lado para o outro, aguardando a mulher que ansiava inquietamente para ver outra vez.
Ele se manteve de pé, com a porta de seu consultório aberta, ainda usando seus óculos de grau e enfiou as mãos nos bolsos da calça, girando de um lado para o outro. Parecia impaciente. Mas era apenas a agitação do momento.
Por Deus!
Há tempos ele não se sentia desta maneira.
A novidade era algo realmente insano. Até pouco tempo atrás ele se via completamente fechado a um novo envolvimento, e agora ele não consegue pensar em outra coisa.
Havia superado a perda de Samara? Muito provável, até porque tinha tocado a sua vida fazendo sexo sem compromisso com outras mulheres, mas reconhecia a intensidade de uma situação para a outra.
Ele ainda amava a sua ex noiva. Não poderia negar isso para si mesmo. Não havia motivos para ter mágoas dela e muito menos rejeitá-la só porque estava morta há pouco mais de um ano.
Mas tinha consigo a total certeza de que queria Marianne de novo. E isso poderia soar bem egoísta.
Ele girou pelo seu chão mais uma vez. Conferiu as horas em seu relógio de pulso e viu que já havia se passado quinze minutos.
Não! Ela não teria a coragem de furar outra vez!
Ele tentou não pensar muito. Procurou observar Toronto pela janela de seu consultório para ter uma distração plausível. Tinha de se acalmar antes de parecer um ridículo filho da mãe. Ser um psicólogo ansioso soava como uma hipocrisia para ele.
O elevador apitou e foi o suficiente para preenchê-lo de satisfação. Caminhou em direção à porta aberta com uma certa lentidão, para não parecer tão desesperado.
Caralho!
Ela apareceu!
Era real e Marianne estava tão linda quanto da última vez.
— Você apareceu — ele disse, assim que ambos cruzaram os olhares.
O coração dela disparou e seu rosto fora atingido por uma onda de calor. Provavelmente o seu rubor natural se misturou com um pouco de blush que havia passado. Ah, e ainda bem que seus cabelos estavam soltos e cobriam o seu pescoço. Não queria que ele notasse que ela estava em chamas.
Marianne sentia-se afetada por ele. Foi só vê-lo ao vivo e a cores que todas aquelas sensações da última vez que havia estado com ele aqui, em seu consultório, voltaram em si, feito um avalanche descontrolado.
Ela engoliu em seco, a mente e seu estômago gritando uníssonos acerca de tudo que havia feito com o seu terapeuta. Tanto pessoalmente, quanto naquela ligação.
Precisava ignorar antes de trocar os passos e se acidentar com aqueles saltos.
Dave permitiu que seus olhos a analisassem bem discretamente. Respirou fundo quando viu as suas pernas de fora e agradeceu mentalmente pelo fato da primavera estar chegando em peso. E aqueles sapatos...
Malditos sapatos!
Procurou afastar seus pensamentos libidinosos. Deveria conversar com Marianne primeiro e não assustá-la e perdê-la de vista mais uma vez. Ele queria mantê-la consigo.
— Miami me encorajou a cumprir o prometido — ela disse baixinho, tentando manter a calma.
Ele sorriu sem mostrar os dentes.
— Espero que não interprete mal o fato de eu tê-la chamado para conversar aqui. Eu quero fazer as coisas direito. Não tenho pretensão de ofendê-la, ou qualquer coisa parecida — ele tentou se explicar, enquanto ela se aproximava ainda mais dele e passava pela porta do consultório aberta.
Ela adentrou em seu consultório e se lembrou rapidamente daquela noite. Ah, as lembranças eram fortes e bem reais e vívidas ainda.
Sentiu um arrepio quando Dave fechou a porta atrás de si e se aproximou dela.
Ela deveria esperar alguma conversa? Obviamente sim, mas conversar parecia desinteressante demais, quando na verdade o seu corpo já estava dando os primeiros sinais de faíscas aleatórias. Bastaria apenas uma fração de segundos para começar a incendiar.
— Não fique tensa, Marianne — ele murmurou, chegando ainda mais perto de si, mas rapidamente apareceu à sua frente. — Posso chamá-la assim?
— Sim — ela disse com dificuldade, tentando umedecer a sua garganta seca.
Que diabos esse homem faz comigo?
Era uma névoa diferente. Marianne sabia disso. Uma tensão insana, a qual ela não podia — de forma alguma —, ignorar.
— Sente-se — ele gesticulou para o divã e ela fervilhou mais ainda. — Relaxe. Eu realmente quero conversar com você antes de dar um passo adiante — ele voltou a torcer os lábios em um sorriso sem dentes.
Caramba! Ele era sedutor até mesmo querendo ser sério.
Realmente, após aquela noite, as coisas entre eles haviam mudado. Será que daria certo se ela decidisse voltar à se tratar com ele? A possibilidade lhe deixava nervosa. Suas mãos suavam.
Dave caminhou até o outro lado do consultório e ela observou em silêncio. Ele serviu duas taças de vinho.
Vinho? Aquilo soou muito convencido de sua parte.
— Não é o que está pensando — ele disse, presunçoso, entregando uma taça para si. — Eu só quero que você fique relaxada.
— Está bem — ela lançou um sorriso tímido, enquanto ele contornava e se sentava em sua poltrona.
Ele propôs um brinde antes de iniciar aquela conversa necessária. A sua intenção era descontrair aquele ambiente e fazer fluir. Teria de dar certo. Marianne teria de entender o seu lado e aceitar iniciar algo com ele.
Marianne encostou a sua taça de cristal na dele, fazendo aquele barulhinho e deu uma bebericada, esperando-o começar.
— Marianne, eu pretendo esclarecer algumas coisas com você e deixar os meus interesses em evidência, mas antes eu gostaria de saber o porquê você saiu correndo naquela manhã de domingo — o rosto dela pegou fogo. — Você se arrependeu? Ficou com medo? Assustada? Eu queria entender o que aconteceu realmente.
Ela passou a língua entre os lábios e piscou algumas vezes, tentando encontrar alguma resposta coerente.
O que deveria dizer? A verdade?
— Não, eu não me arrependi — ela respondeu, com um pouco de dificuldade, seu coração parecia que ia pular para fora, mas ela seguiu em frente. — Só que as coisas funcionam para mim de um jeito diferente, doutor Russell.
Ela o encarou e Dave conseguira captar a decisão e a sinceridade em seus olhos escuros.
— Marianne, por favor, não me chame de doutor Russell. Não estamos em consulta. Isto é uma conversa em particular com duas pessoas interessadas em um único motivo.
— Desculpe, Dave — ela sibilou, falhando a sua voz.
Ele relaxou as suas costas e cruzou as pernas, sentando-se de uma maneira casual.
— Eu espero que você entenda bem o que eu quero com esta conversa. Eu deveria ser cauteloso por ser terapeuta, mas pessoalmente eu não sou. As minhas decisões são tomadas depois de pensar muito sobre e, quando eu as tomo, eu não quero perder tempo. Está pronta para ouvi-las?
Marianne assentiu.
— Sim.
— Que bom — ele sorriu, fitando-a intensamente, e elevou a taça de vinho à sua boca.
O ventre de Marianne vibrou com aquilo. Ver aquele homem beber vinho, daquela maneira, era uma obra do inferno. Mas não no sentido ruim, não exatamente. Era obra do inferno porque Dave estava um absurdo de sensual. Ele era um verdadeiro deus. Marianne nunca havia visto algo tão erótico quanto aquele homem tomando vinho. Por Deus, quantos homens ela havia visto tomar vinho antes? Deveria ser algo normal, mas não estava sendo.
Quanta inquietude.
— Eu quero começar esta conversa lhe pedindo desculpas — ele voltou a dizer, em um tom profundamente sério, tal como os seus olhos estavam.
— Está me pedindo desculpas pelo o quê? — ela não segurou a sua curiosidade.
— Pela maneira como me comportei em relação a você. Não fui profissional como eu deveria. Em nenhum aspecto. Nós nos conhecemos antes de iniciar as sessões de terapia, eu não deveria ter concordado em atendê-la.
Marianne franziu o cenho.
— Por que não?
Ele lhe lançou um olhar suave.
— Porque eu já estava interessado em você — ele disse sem rodeios.
O pescoço de Marianne ficou roxo na mesma hora.
— Interessado? Em mim? — ela indagou, sentindo-se zonza.
Ele descruzou as pernas e segurou firmemente a sua taça.
— Não me interprete mal, Marianne. Mas, assim como você, desde que me mudei para cá eu frequento o Rebel. Te vi lá pela primeira vez. Você se lembra?
Ela ficou confusa.
Como Dave poderia dizer aquilo se ela tinha lhe dado match no aplicativo de relacionamentos — que havia pago pela assinatura premium —, e se conheceram pessoalmente após marcar um encontro?
Do que será que ele estava falando?
— Bom, eu não sei. Geralmente quando eu vou para o Rebel, eu bebo além do meu limite — ela falou, não se sentindo envergonhada agora.
A conversa estava fluindo tão facilmente que aquilo a deixou mais confusa ainda. Deveria ser o efeito do pouco de vinho em seu corpo já.
Mas ela estava sóbria.
— Nós nos esbarramos antes disso — Dave simplesmente contou. — Um final de semana anterior ao nosso primeiro encontro.
— Aquele fracasso — ela retorquiu, estalando os dedos e jogando mais vinho pela sua garganta.
— Não chame o nosso primeiro encontro assim. Eu entendi perfeitamente o porquê você havia fugido. E não vou me esquecer nunca de suas inseguranças — ele advertiu, tão certo que inebriava a garota.
Ela estava toda dormente.
— Como é que nos encontramos antes? A minha mente está dispersa.
— Sua memória falha quando bebe? — ela ficou pálida e fez uma careta. — Com tequila?
— Para superar certas coisas da minha vida eu aprendi com o meu irmão mais velho que encher a cara é a melhor saída. Não me pergunte quantos shots de tequila eu bebo em uma noite, porque não sei te responder. E, sim, eu não tenho uma boa memória. Talvez porque eu quero que a minha mente force algum apagão para que eu não me lembre de certas coisas, mas não quero falar sobre isso.
Dave a estudou atentamente e se levantou de sua poltrona, apenas para sentar-se ao lado dela no divã.
Ele sabia que Marianne ainda escondia coisas e faria o possível para que ela não se apegasse ao que ela sofreu. Não iria pressioná-la. Deveria ir com calma. E estava determinado a fazê-lo.
— Não quero assustá-la, mas nesta ocasião eu já estava de olho em você. Eu estava na boate com o meu melhor amigo e ele havia se arranjado com algumas mulheres. Eu te vi lá — ele sorriu discretamente e ousou em repousar a sua mão livre nas costas dela, como um gesto gentil de afago. Ela não afastou. Dave ficou satisfeito. — Você dançava alegremente ao lado das suas amigas. Eu não conseguia parar de olhar para você. Não me aproximei porque a pista de dança não é um lugar que me deixe confortável. Você se aproximou do bar e eu estava lá, sentado no balcão. Eu cheguei até você e lhe ofereci uma bebida.
Aquilo não era algo estranho para Mari. Tão logo que ele contou, sentiu uma terrível sensação de deja vù, como se tivesse vivido aquilo de verdade.
— Você recusou — ele continuou. — Mas logo se viu em apuros porque se perdeu de suas amigas e eu me dispus a ajudá-la.
Um filme borrado atingiu em cheio a memória da estilista. Aquela situação toda não lhe era estranha, claro que não. Ela havia sim, se perdido das suas amigas em uma dessas noites. Rapidamente se lembrou de um cara alto para caralho ajudando-a a chegar em casa. Se recordou do cheiro de vômito.
Tão logo se lembrou do tal Muro Sexy que havia lhe ajudado.
Ela olhou firmemente para Dave e arregalou os olhos. O Muro Sexy não era um delírio, afinal de contas.
Era ele.
Era Dave Russell, o doutor Russell, e ele estava ali agora, ao seu lado, querendo conversar seriamente com ele.
Eles já haviam firmado um tipo de relacionamento — terapeuta e paciente —, e no dia seguinte completaria duas semanas daquela transa louca e quente.
Ela já estava perdida. Terminou de tomar todo o vinho para recuperar a sua dignidade.
— Não exagere na bebida. Não quero tratar de assuntos sérios com você alterada. Ou você só sente coragem quando está embriagada?
— Você disse que a sua intenção não era me insultar — ela semicerrou os olhos.
Ele ficou vermelho.
— E eu realmente não quero. Não sou homem de ofensas. E não quero deixá-la desconfortável. Mas prefiro que fique sóbria para ouvir com clareza o que tenho a dizer.
Dave se colocou de pé, pegando a taça vazia dela e caminhou até os fundos do seu consultório, descartando-as posteriormente, enquanto Marianne ansiava cada vez mais pelo rumo que aquela conversa iria tomar.
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