Capítulo 11
Marianne poderia jurar que estava no paraíso. Ela sentia a maciez dos lábios de Dave contra os seus e tudo o que queria fazer era continuar.
Ela o queria.
E ele, bem, era evidente que estava interessado na garota há muito tempo.
Já haviam trocado um beijo antes, o qual Marianne não se recorda, provido de hálito de vômito dela, misturado com o mentolado dele, e na verdade, naquele dia, o beijo não poderia ser definido como um, pois o mais próximo que chegara foi algo escorregadio, desconexo, sem sentido.
Entretanto, os lábios dela formigavam, ansiando por mais e mais, e ela estranhamente o reconhecia, mas não sabia dizer como e por isso decidiu parar o beijo.
— Me desculpe — ela sussurrou, desvencilhando dele.
— O que houve?
— Nós não podemos. Você é o meu terapeuta, você...
Dave meneou a cabeça, e continuou tocando levemente o rosto dela, procurando acalmá-la.
— Não vamos pensar nisso. Não agora — ele sussurrou, chegando mais perto e tocando os lábios dela bem levemente.
— Não mesmo. Eu quero continuar — o coração de Marianne trepidava e quando mais próxima ficava de Dave, mais coragem ela tinha.
Dave sorriu torto e infiltrou os dedos em sua nuca, apertando-os nos fios de seus cabelos, induzindo-a a gemer de satisfação e implorar por mais.
Marianne não entendia o porquê sentia-se desta maneira com ele. Tudo bem que ela estava alcoolizada, tinha a opção de fugir de novo quando lhe desse na telha e para ser sincera ela estava esperando por isso, mas esse desespero não veio. No lugar do medo, foi despertado algo que fazia tempos que ela não sentia, uma necessidade súbita de ser tocada por um homem.
— Vamos para outro lugar — ela implorou, detendo-o.
— Não prefere ficar aqui? Ao menos você poderia se sentir segura. Quer mais uma tequila?
— Não! — ela gritou, exasperada. — Se eu beber mais uma dose ficarei péssima e não terei a chance.
— Que chance?
O pescoço dela ardia violentamente enquanto ela forçava a ignorar esse detalhe e a criar a coragem que lhe faltou há tanto tempo.
Ela não perderia a sua chance.
Não outra vez.
De jeito nenhum!
— De acalmar o meu cio — ela disse rapidamente, com o rosto em chamas. — Quero dizer, de... de... ai, meu Deus... eu...
Dave estava achando uma graça a confusão da mulher em seus braços e se tinha uma coisa que ele queria era ajudá-la, não importava de que maneira.
Àquela altura não existia doutor Russell e senhorita Vielmond em um consultório de terapia.
Naquela noite, eram apenas Dave e Marianne e um desejo descomunal que crescia ainda mais entre os dois. E olha que eles ainda estavam sentados naquele sofá afastado da boate.
Dave não deixou de acarinhá-la e observou atentamente os indícios corporais da garota. Ela estava totalmente entregue aos seus toques. Ele tinha total conhecimento que Marianne estava um pouquinho alterada por conta do álcool no sangue, mas não o suficiente para perder a noção do que estava fazendo ou simplesmente passar mal e apagar sem se dar conta de nada. A água mineral tinha esse efeito. Ela estava alegre e mais solta e sabia perfeitamente o que estava acontecendo.
Agradeceria de joelhos por estar criando coragem. A sua carência já doía de desespero e agora seria tudo ou nada. Ou ela largaria o medo de lado e imploraria para que Dave transasse com ele, ou fugiria de novo e nunca mais teria coragem suficiente para encará-lo. Mas isso poderia acontecer na manhã seguinte se escolhesse a primeira opção. E quer saber? Ela não se importava com isso.
— Você quer o mesmo que eu? — ela voltou a abrir a boca, encarando-o seriamente.
— O que você quer? — ele assoprou contra a sua pele, deixando-a ainda mais quente e atiçada.
— Eu acabei de ter a cara de pau de admitir para você que eu não transo e que estou com um fogo retraído há muito tempo por conta dos traumas que o meu ex deixou em mim. É tudo ou nada, doutor Russell. Aproveita que estou com a coragem aflorada e me diga se você ainda está afim de... hum... me conhecer melhor.
O homem sorriu torto, não conseguindo mais controlar o que sentia por dentro e por fora.
Estava completamente excitado pela ousadia da mulher e, como ela mesma advertiu, era tudo ou nada.
— Vem comigo. Confie em mim — ele se levantou e puxou Marianne consigo, guiando-a para fora da boate e a colocando dentro de sua Range Rover, antes de dar partida.
Sabia perfeitamente que Maxmilian levaria uma ou várias mulheres de uma só vez para o seu apartamento, e que também seria uma merda deixar que Marianne o levasse para a sua casa ainda no primeiro encontro, apenas para uma noite de sexo casual, portanto havia apenas uma opção.
O seu consultório.
Ele podia entrar e sair daquele lugar a hora que bem entendesse e era justamente para lá que ele a estava levando.
Só de imaginar o que aconteceria lá dentro deixava-o ainda mais louco por dentro. Tinha um fetiche resguardado em si que sequer teve a ousadia de realizá-lo, mas ele também nunca havia se interessado por uma paciente, portanto, seria a sua primeira experiência.
Como um gesto de delicadeza e confortante, a sua mão direita tombou para a de Marianne, caída em cima de sua perna esquerda, e ele entrelaçou seus dedos nela, apertando-a firmemente, fazendo com que ela levantasse o seu olhar e o encarasse, compreendendo, de uma vez por todas, que ela estava segura.
Dentro de si havia um turbilhão de pensamentos e conflitos. Depois de quase três meses sem um contato mais íntimo com um homem, era a primeira vez que ela estava saindo com um, mas ele não era qualquer um.
Era Russell.
Ou doutor Russell.
O seu terapeuta.
Minha nossa, o que deu em mim?
No meio do seu embate interno, Marianne não conseguia definir o que estava sentindo naquele momento. O frio na barriga a impedia de pensar com coerência, mas ela estava pouco se importando com isso.
Ela queria muito aproveitar aquela noite. Estava profundamente carente e sabia que seu interior fervilhava por Dave. Marianne desejava o seu terapeuta, imensamente. As suas veias pulsavam conforme o ritmo que o seu coração bombardeava. Ela sentia algumas fisgadas bem intensas no meio de suas pernas e queria acreditar que aquilo era resultado da bebida.
Ao virar o carro em direção ao estacionamento, Marianne reconheceu o local, apesar de estar escuro ao redor.
— O seu consultório? — ela questionou, alarmada.
Dave deu de ombros.
— Eu divido um apartamento com o meu amigo e provavelmente ele deve estar com várias mulheres lá, acho extremamente falta de educação oferecer-me para passar a noite em seu apartamento, você não é digna de ser levada a um motel qualquer, então... foi a minha melhor opção.
Ela corou.
— Ah!
Dave moveu os lábios para um sorriso sem dentes e estacionou o veículo em sua vaga, ansioso para o que veria em seguida.
Trêmula, Marianne o acompanhou.
Na verdade, o nervosismo foi esquecido no instante que adentraram na ampla sala alugada do rapaz. Dave não esperou nem um milésimo de segundo, puxando-a para si e colando os seus lábios aos dela, provando-a mais uma vez.
Excitada, Marianne apenas gemeu e, em resposta, transpassou os seus braços nele, colando-se ainda mais naquele corpo quente e esguio, totalmente gostoso e perfeito.
Caramba, tudo em Dave era muito além do que ela esperava. Ele parecia ser algo familiar para ela, mas realmente Marianne só estava com vontade de realizar a sua fantasia.
Ela queria ser tocada e venerada.
Queria sentir o gato dominar o seu corpo e fazê-la ir ao paraíso, como nunca fora antes. Não com um homem.
E, se no beijo Dave demonstrava o quanto era quente, imagina naquilo?
Sim, Dave tinha os lábios incríveis e uma língua poderosa. Ele não era comedido no beijo da maneira que geralmente se comportava. Claro que não. Marianne sequer imaginava, em seus sonhos, que o beijo do rapaz fosse quente e sensual, que sua língua fosse ousada, e que ele se encaixaria perfeitamente nela.
Dave era único enquanto beijava. Ele não gostava de executar nada de modo mecânico, pois nunca soube agir desta maneira. Ele gostava de atiçar o fogo da mulher e fazê-la viajar para outras sintonias enquanto os seus lábios estivessem explorando-a de um jeito tão íntimo.
E ele estava adorando a combinação que possuía com Marianne. Era como se os lábios carnudos dela tivessem sido moldados para encontrar os seus, de tão deliciosos e convidativos.
Porra, ele não iria se segurar.
As línguas batalhavam entre si em uma disputa nada retraída. Marianne estremecia em todos os momentos que a barba dele roçava em seu queixo, todas as vezes que ela recolhia o ar fresco do hálito dele em seu interior, e ela não tinha dúvidas que aquela noite renderia.
Dave apenas interrompeu o beijo para abrir a porta de sua sala e rapidamente voltou-se para ela, envolvendo-a em seus braços fortes e quentes.
— Seja bem vinda — ele gesticulou para que ela entrasse na frente.
Ela sorriu, sem tirar os olhos dos lábios inchados dele. Estavam convidativos para caralho. Marianne suspirou, pois Dave a olhava do mesmo jeito, e fitou o ambiente escuro à sua frente.
Dave acendeu as luzes e ela engoliu em seco. Estivera aqui apenas para as consultas de seu tratamento e em uma condição completamente diferente a qual se encontrava agora com Russell.
Ela estava ali.
No consultório dele.
Visualizando o divã à sua frente, vacilou. Marianne fechou os olhos de um jeito desesperado e a sua pulsação, que já estava forte, ficara frenética ao ponto de ser ouvida por outra pessoa.
Ao aproximar-se, Dave soube que Marianne estava tensa. O seu corpo indicava isso. Ele hesitou em seguir adiante e chamou pelo seu nome.
— Marianne? — ela se virou para ele, quase tropeçando diante o seu cambalear. — No que está pensando?
— Eu... — ela desviou os seus olhos para o chão.
Instantaneamente, o polegar de Dave tocou o seu queixo, obrigando-a olhar para ele.
Ela passou os dentes em seus lábios, profundamente inebriada e afetada pelo domínio que Dave parece ter sobre si.
— Em nada. Eu... — Marianne engoliu em seco. — E se você não gostar disso? Como será depois? Eu...
Dave a fitou intensamente, e suas mãos penderam-se em seus ombros.
— Vire-se de costas — ele praticamente ordenou, fazendo-a obedecer de imediato.
Completamente focado, Dave decidiu usar todas as suas armas de sedução para encorajá-la seguir em frente e não dar para trás, não agora que já estavam ali.
Lentamente, ele afastou os cabelos enormes da mulher para frente, desnudando a sua nuca, e tratou-se de pressionar seus longos polegares ali naqueles pontos, que ele sabia que haviam nós.
A sensação fora tão gostosa que Marianne gemeu alto, sem conseguir controlar, de fato. Ela não sabia como e nem porque uma simples massagem de Dave lhe surtia tanto efeito, e também não queria pensar demais.
Estava cometendo este erro há cada cinco segundos e, se persistisse em continuar, provavelmente essa noite não aconteceria.
— Que se dane essa massagem, Russell — ela disse em um tom um pouco ríspido, mas embevecido de desejo, e virou-se para ele, fechando os seus dedos no paletó caro do rapaz e puxando-o para si.
Queria provar um pouco mais do seu beijo e se perder naquela boca deliciosa que sugava a sua com tamanha voracidade.
O beijo de Dave era quente, molhado e, caramba, era fodidamente erótico, mesmo que não houvesse pretensão.
Marianne estava em choque ou talvez fosse o efeito da bebida, mas em seu interior ela reconhecia aqueles lábios nela. Ela reconhecia as mãos que apertavam fortemente as suas pernas e sua cintura e a erguiam para o alto tão facilmente, e jurou que aquele torso duro e forte já havia encostado em sua pele.
Ela estava no paraíso e poderia jurar que estava realizando a sua principal fantasia erótica dos últimos dias, que era transar com o seu deus grego. Mas Russell era o seu deus? Ela não sabia responder e também não tinha tempo de pensar em alguma resposta ou junção de teorias.
Não quando está nos braços de um homem que literalmente a prensou fortemente na parede e passou a ficar ainda mais ousado, incentivando-a a ser também.
Minha nossa, isso é demais!
Os lábios dele abandonou os dela apenas para alcançar outros lugares, começando pelo seu queixo, descendo lentamente, até chegar na extensão de seu pescoço, cada vez mais vermelho e quente, o que deixou Dave ainda mais atormentado de desejo.
Marianne gemia baixinho ao sentir a barba macia e grossa dele roçando sob a sua pele sensível, ateando fogo ainda mais em seu pescoço e contorcia-se nos braços dele, sentindo aquele volume encostar avidamente em sua virilha enquanto ele se movimentava contra ela.
Era delicioso.
Dave não dava-lhe tempo algum para raciocinar.
Ele era ágil.
Ao mesmo tempo que seus dentes pressionavam a pele de seu pescoço, suas mãos exploravam o seu corpo despudoradamente, apertando a sua carne sem rodeios, fazendo-a ficar cada vez mais excitada.
As pontas dos dedos dela começavam a formigar e exigiam que ela o explorasse também.
Marianne não tinha o porquê ficar parada e esperar que ele fizesse tudo. Ela não era mais virgem e sabia o que estava fazendo, embora pudesse garantir que jamais tivera uma noite tão gostosa quanto aquela.
E ainda nem tinha começado direito.
Ambos estavam aos beijos e carícias um pouco ousadas, mas ainda providos de roupas.
Não, aquilo era demais!
Marianne não queria que Dave continuasse vestido. De jeito nenhum! Ela necessitava conferir o conteúdo e o rapaz pensava a mesma coisa.
Se pudesse, ele rasgaria a roupa dela com tamanha facilidade. Não é para duvidar da força brutal que Russell tinha nessas horas. Ele poderia ser gentil, educado, comedido e muito centrado enquanto trabalhava, mas na hora do sexo ele era justamente o oposto. Qualquer mulher que se estribasse com ele queria repetir a dose, algo que ele nunca fez desde que Samara se foi.
Não, ele não pensaria nela agora.
Na verdade, ele só tinha olhos, corpo e mente completamente concentrados em uma só mulher. E iria aproveitar a noite como se não houvesse o amanhã.
Dave sabia, desde o início, e reconhecia que o seu corpo aclamava por Marianne desde quando ele a vira livre no Rebel e tentara se aproximar. Ele sabia do desejo profundo que estava sentindo há dias e tinha total certeza que não desperdiçaria sequer uma fração de segundos.
Ele a colocou no chão de novo, deixando-a ereta e afastou-se apenas para analisá-la.
Marianne estava com uma aparência embevecida de prazer e ele soube que quanto mais progredisse, mais ela se tornaria a sua perdição.
Ora, eles sequer haviam começado e os olhos dela estavam entorpecidos de tesão, os lábios estavam inchados por causa dele, e a cor da pele dela... céus, ele gostava para caralho de saber que ela estava corando por ser sensível a ele.
Lentamente, ele aproximou-se dela de novo. Dera um beijo leve em sua testa, no melhor estilo protetor, e desceu outra vez para o seu pescoço, até agora a sua parte favorita. Suas mãos se uniram no zíper do vestido dela, enquanto seus lábios pendiam para os ombros, explorando, lambendo e mordiscando devagarzinho, enquanto o zíper descia e revelava um pouco mais da pele dela.
Foi um espetáculo digno de aplausos. Dave nunca tinha visto algo parecido. Marianne era do tipo "normal", mas era sexy, de acordo que ele já tinha imaginado.
A peça descia pelo corpo dela de maneira lenta e, porra, aquilo era muito sensual. Tão logo ela estava seminua à sua frente e ele ficou enlouquecido com o que vira.
Marianne era muito pequenininha e suas curvas só complementavam a sua delicadeza. Ela provavelmente sentiria o pós foda com total complexidade, uma vez que Dave era muito mais alto e mais forte que ela. Ele deveria ir com calma.
Enquanto ele estendia mais ainda aquela agonia, por conta de seus olhos azuis estarem devidamente ocupados em cima da lingerie de renda na cor creme e o sutiã em formato de meia taça, Marianne suspirou e, sem pensar muito, jogou seus saltos para longe, quebrando qualquer vestígio de sensualidade nela — bem, ao menos ela achava —, deixando um Dave ainda mais hipnotizado e com a boca seca diante dela.
— Ah, Marianne — o gemido saiu de sua garganta com uma rouquidão poderosa, e aquilo foi basicamente um comando silencioso para que ela deixasse qualquer insegurança ainda viva dentro de si de lado e mergulhasse de cabeça naquela noite.
Ela tratou de fazer o mesmo com ele. Ignorou os dedos trêmulos e os depositaram na borda do paletó do homem, afastando-os do corpo dele e jogando-os para longe, bem como a camisa social preta dele.
Marianne arfou quando viu o torso desnudo e super definido do homem, que não era tão exagerado, mas ainda sim era bonito de se ver. Ele tinha algumas tatuagens em seus braços e ela anotou mentalmente em perguntar o significado delas depois.
Agora ela não teria tempo suficiente para dizer alguma coisa. Estava absorta demais e queria que ele a possuísse agora.
E Dave sabia disso.
Ele a puxou para si de novo, erguendo-a em seu colo e a colocou sentada em sua mesa, desprovida de uma desorganização de papéis ou qualquer outra coisa importante que poderia cair ou estragar.
Afastou as pernas da mulher e se enfiou no meio delas, enquanto suas mãos tocavam os seus seios ainda cobertos pelo sutiã, deixando-a ainda mais úmida de tanto tesão.
— Linda, Marianne — ele murmurou, descobrindo a peça dela e observando os seus mamilos rosadinhos.
Ele salivou e deteve uma das palmas da sua mão no pescoço dela, deslizando sob aquela pele quente, não resistindo e tomando cada um dos seios em sua boca.
— Meu Deus! — ela arfou, tombando a sua cabeça para trás, fechando os olhos ao sentir a língua quente dele em seu mamilo sensível e mal conseguiu se controlar.
Seus dedos cravaram-se nos cabelos dele, bagunçando-os e apertando fortemente em seu couro cabeludo, mas Dave não protestou de dor.
Estava ocupado com outra coisa.
Depois de se livrar do sutiã lindo dela, ele deu atenção plena e máxima àqueles seios, devidamente faminto.
Marianne era do jeitinho que lhe atraía em uma mulher. Uma beleza normal, única, delicada e sem muitas alterações estéticas, uma verdadeira perfeição aos seus olhos.
Ele deteve-se por um longo tempo a sua atenção nos seios dela, que ele anotou mentalmente de ser uma das partes mais lindas do corpo dela, porque eram deliciosos demais. Ele apertava, sugava, massageava um por um, fazia-os sumirem em suas mãos, e lambia aqueles bicos de um jeito animal e faminto, extremamente guloso.
Ele queria mais.
Marianne queria ainda mais.
Estava sob efeito bem tímido do álcool e ardia em tesão.
Uma mistura bem minuciosa, ousada, quente e tentadora.
Ela deveria beber mais vezes da forma que ele a instruiu. Lhe ajudaria muito.
Ou era apenas Dave que estava fazendo o seu trabalho direito.
Já havia se passado uma eternidade de minutos e ao lado de fora a noite estava em profunda escuridão, exceto pelas trovoadas e o barulho de chuva que começaram a surgir, e Dave ainda estava centrado nas preliminares. Ele queria que Marianne estivesse prontinha para ele, mas queria deixar a espera ainda mais tentadora.
Enquanto ele descia a língua e os lábios para a barriga dela, Marianne tentou esfregar as pernas uma na outra, e os espasmos começavam a dar sinais, resultando em um latejo descomunal concentrado em sua virilha.
Russell adorava isso.
Ele amava despertar o desejo em uma mulher e oferecer-lhe o mais puro prazer.
Era o ponto mais alto da satisfação humana e ele sabia perfeitamente que um bom sexo poderia curar qualquer pessoa.
E Russell tinha uma necessidade insana de curar Marianne. Só não compreendia de onde vinha esta loucura.
As pontas de seus dedos circundavam o ventre dela, enquanto ele ajoelhava ainda mais, e aproximava-se daquele lugar ainda oculto pela calcinha encharcada dela.
Ele até engoliu em seco quando percebeu o brilho da umidade transcendendo o tecido da minúscula peça que ela usava. Ele alternou seus olhares entre o rosto e a intimidade dela, mordendo os lábios, atormentado.
— Não me faça esperar mais — ela implorou, quebrando o silêncio e tentando controlar-se.
Dave piscou um dos olhos, curioso, enquanto seus dedos embolavam-se no elástico da calcinha e começava a desprendê-lo da pele macia dela. Ele estava sedento para sugar a excitação dela e beber todo o seu prazer, como um lunático desesperado de fome, mas ela meneou a cabeça.
— Marianne...
— Eu quero sexo! — ela disse, em estado de alerta. — Me dê o que eu preciso e depois...
Dave rosnou e, sem delongas, o pano da calcinha desfez-se em seus dedos, ecoando aquela sala vazia com o som do rasgo e do estrago que ele fizera naquela peça e, sem muito pensar, retirou a sua calça, com uma pressa alucinante, quase tropeçando naquele bolo de panos em seus pés e chutou-a para qualquer lugar ao ficar ereto outra vez.
Marianne salivou ao deixar os seus olhos conferir todo o conteúdo do homem, e quase gozou sozinha ao detê-los — por um longo período —, no pau dele.
Obviamente o tamanho de Russell não era algo exagerado que só se via em contos eróticos ou montagens toscas de filmes pornôs, mas era uma maravilha de se observar, de babar e querer ajoelhar-se aos seus pés e praticamente chorar para que ele permitisse que ela o chupasse, de tão perfeito que era. Tinha um tamanho ideal, uma espessura tentadora e veias pulsantes que complementava o atrativo dele.
— Gosta do que vê?
Marianne desviou-se do pau e voltou a olhar Dave nos olhos, não resistindo e passando a língua entre os lábios.
— Para caramba — ela diz baixinho.
Dave deu um sorriso sacana e aproximou-se dela, tomando os seus lábios de novo, enquanto uma das mãos dele unia-se à dela e a trazia para tocá-lo, do mesmo jeito que ele fizera com ela.
— Ah — Marianne soluçou quando os dedos dele pressionaram a sua carne, demorando um bom tempo no clitóris inchado dela, antes de explorar a sua entrada, e ao sentir o pênis quentinho e duro dele pulsar em sua mão.
Ambos não resistiram à tentação e passaram-se a se masturbar na mesma velocidade e proporção, conhecendo um ao outro, dando prazer um ao outro.
Os dentes de Russell prenderam-se nos lábios inferiores dela e, de olhos bem abertos e presos um ao outro, se exploraram por um bom tempo, quebrando o silêncio apenas para emitirem os sons do prazer que não poderia continuar quieto.
Estavam no limite quando Dave a puxou para si e a colocou de pé, com o torso inclinado sob a mesa de vidro e a bunda dela virada para ele.
Ele queria comê-la.
Não estava aguentando mais e o suor escorrendo pelo seu corpo evidenciava a tortura presente em si.
Não iria esperar por mais nenhum segundo, mesmo que tenham pulado várias etapas de uma noite de sexo completa.
Era agora ou nunca.
E ele complementaria de outras formas, do seu jeito.
Antes de enfiar-se nela, afastou-se apenas para contornar a mesa e tirar a camisinha de sua gaveta, deixando Marianne assistir ao vivo o pequeno espetáculo que era Dave rasgando o pacotinho com os dentes e colocando o material de látex tão habilmente em seu membro. Tudo bem que uma cena dessas não era tão atrativa assim, mas Russell era tão perfeito que Mari queria aplaudi-lo por ser sexy até em momentos que necessita ser consciente.
Dave a encarou, estudando-a, e tocou levemente o seu rosto.
— Pronta?
Ela assentiu.
— Acho que estou.
Ele riu, movendo-se de novo e fazendo-a acompanhá-lo, até ele ficar atrás dela.
A mão dele tocou o seu bumbum e o apertou de um jeito que fizera Marianne gritar de luxúria. Ele estava acarinhando a sua pele, deixando-a arrepiada e sensível, ao ponto de fazê-la rebolar institivamente, procurando pelo seu pênis e suplicando pela penetração.
— Oh, Dave, por favor.
— Diga o que quer, Marianne — ele sussurrou em seu ouvido, mordiscando o seu lóbulo e encostando a cabecinha de seu pau na entrada escorregadia dela.
— Você! Agora! — ela revirou os olhos de tesão quando ele riu e assoprou o hálito quente em sua orelha, e a ponta de seus dedos praticamente arranharam o vidro grosso e temperado da mesa dele no instante que ele avançou. — Ah, caralho!
O pau de Dave adentrava em sua vagina de uma maneira mais sutil, lenta, invadindo-a bem devagarzinho, para que ela sentisse a sensação de ser preenchida por alguém que a desejava intensamente.
Dave rosnou ao sentir cada centímetro seu ser engolido naquela primeira investida, de tão quente e apertada que Marianne era, e tratou de retesar, apenas para provocá-la ainda mais e deixá-la ainda mais sedenta por ele.
Há muito tempo o sexo não acontecia daquela maneira para nenhum deles dois.
A conexão que surgira entre eles pôde ser sentida em cada célula de ambos, a cada toque, beijo, exploração que faziam um com o outro.
Dave começou devagar, mas aquilo não era suficiente para Marianne. Ela queria mais e implorou por ele o tempo todo. Ele entrava e saia dela com avidez e uma volúpia sem fim, viciante para os amantes que se experimentavam enquanto a chuva alastrava-se lá fora.
Eles não conseguiam parar.
Eles não queriam parar.
E quanto mais se uniam, mais se exploravam.
Em cima da mesa, de frente e de costas, finalizando em cima do divã, com Marianne cavalgando nele até atingir o orgasmo, tremendo-se toda nos braços dele, enquanto ele a abraçava e a apertava ainda mais em seu corpo, metendo cada vez mais rápido até grunhir e desfalecer inteiro debaixo dela, finalizando assim, aquela longa noite de sábado, que já atingia altas horas da madrugada.
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