noite de abril
Eu quero a calmaria
Numa noite de abril
Curtir a noite fria
Na companhia de um vinil
Sentar em frente a lareira
E ver o fogo crepitar
Escutar o meu silêncio e entender o que ele pode me ensinar
Observar da janela a chuva
Que com a terra se mistura
E aos poucos vem me visitar
Cheiro de infância,
Lembrança da criança
Que ainda vive em algum lugar.
Aí de mim!
Sem essa noite de abril...
Sem noite gelada,
Sem silêncio,
Sem vinil...
Aí de mim,
Sem essa chuva pra molhar
As lembranças que na memória seca
Mas que revive quando pela janela,
Vejo a criança liberta
Rodopiando sem parar.
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