13

Miguel

Hoje seria a nossa terceira e última tarefa.

Amanhã a Jade se casaria.

E no dia seguinte a Flávia iria embora.

Estava esperando a Flávia me mandar uma mensagem para ir busca-la em sua casa.

Como a nossa tarefa não ia ser tão difícil assim, já que seria só escolher o bolo e os bonecos, marcamos de nos encontrar só a tarde.

— Pronto Miguel pode vim, estou te esperando.

— Certo respondo já saindo do meu quarto, quando uma pessoa me para.

Gatinho Ester coloca suas mãos atrás do meu pescoço.

Ester, o que você está fazendo aqui? Pergunto intrigado.

Eu pensei em dar uma passadinha Ester começa a mim beijar.

Eu estou ocupado agora tento afastar sua boca da minha.

Você vai há algum lugar? Ela para de tentar me beijar e me olha, começando a mexer no meu cabelo.

Eu vou fazer a minha última tarefa de padrinho digo simplesmente, até porque era verdade, ela só não sabia que a minha ex-namorada era a madrinha.

Você vem ainda hoje? Ela arqueia uma sobrancelha e me olha, séria.

Que tipo de pergunta é essa? Ela nunca tinha me perguntado isso antes.

Por que à pergunta? Pergunto, desconfiado. Será que ela sabe que é a Flávia?

Você disse que essa é sua última tarefa e o casamento é amanhã, então talvez não der tempo de você ajeitar tudo hoje ela me solta um pouco e começa a arrumar a blusa que ela mesma tinha desarrumado, por conta desses abraços sufocantes.

Pelo menos ela não sabe quem é, ainda bem.

A tarefa é fácil, eu volto ainda hoje. Agora eu tenho que ir saio dos seus braços.

Eu vou descer com você também, se você não estar aqui não tem importância para eu estar também Ester prende o seu braço no meu e eu só concordo com a cabeça.

Estou me atrasando cada vez mais.

..............

Você demorou, achei que não vinha mais, estava até pensando em ir sozinha, mas é só você tem que o endereço então a minha ideia foi por água abaixo Flávia diz assim que entramos no carro.

Desculpa, houve um imprevisto vergonha de olhar nos seus olhos é o que não falta.

Eu não posso mais aguentar isso por muito tempo. Tenho que terminar com a Ester o mais rápido possível, isso é o certo a se fazer, vou só deixar o casamento da minha irmã passar e depois disso terminarei com ela.

Ainda bem que a terceira tarefa é a mais fácil de todas Flávia diz bem feliz. Já eu não estava nenhum pouco feliz.

Sim, estou feliz por hoje ser a última tarefa e por amanhã a minha irmã finalmente se casar, como eu não ficaria feliz com isso? Mas depois de amanhã o meu coração vai partir novamente e dessa vez eu não sei se vou conseguir sobreviver.

Só há um problema saio do meu devaneio a partir do momento que me lembro que tenho que lhe dizer uma coisa.

O quê? Ela olha para mim, assustada.

É o lugar mais longe de todos em que já fomos, mesmo que a gente termine bem rápido, ainda assim voltaremos a noite lhe explico.

É melhor voltar de noite do que só amanhã ouço sua risada.

Isso não me passou pela a cabeça, mas até que seria legal dormimos juntos só por uma noite.

Essa noite.

.............

Esse bolo dissemos em uníssono enquanto apontávamos para o bolo.

Escolhemos um bolo de quatro andares. Algumas flores e laços o enfeitavam, além de ter dois bonequinhos agarrados se beijando, tornando assim tudo mais bonito.

Nossa, vocês estão em sintonia o atendente rir. Olho para a Flávia e nós começamos a rir também.

Fomos pagar pelo o bolo e saímos da loja e como eu tinha dito a ela, já era noite.

Você estava certo, já está de noite e é melhor nós irmos logo para casa Flávia diz assim que chegamos perto do meu carro. O destranco.

Verdade entramos dentro do carro.

Tudo estava indo bem, vínhamos conversando pra caramba.

Acho que pelo fato de que daqui a dois dias ela vai embora e nós queremos aproveitar a presença um do outro o máximo possível.

Sério que você se lembrou disso? Até eu já tinha me esquecido Flávia gargalhava.

Ia lhe responder, mas como a estrada estava muito escura e ainda era cheia de buracos, acabamos caindo em um deles ele não era profundo, mas fez com que o pneu furasse.

Você está bem? Pergunto colocando uma mão no seu ombro, eu tinha que ter a certeza de que estava tudo bem com ela.

Estou sim, mas e agora o que faremos? Flávia massageava suas têmporas.

Bom, eu não sei. Será que tem algum estabelecimento aberto por aqui? Eu poderia perguntar se tem alguma oficina por aqui perto  assim que digo isso me lembro de que quando viemos mais cedo, eu havia visto uma pousada bem perto de onde estávamos.

Tínhamos que pensar aonde havia uma oficina e aonde dormiríamos, caso não houvesse oficina por aqui perto.

Eu me lembrei que tem uma pousada perto daqui digo bem rápido.

Ótimo você pode ir lá, eu fico aqui olhando o carro Flávia sugere.

Eu não gostei dessa ideia.

Você tem certeza disso? Arqueio uma sobrancelha, um pouco confuso.

Eu não queria deixa-la aqui sozinha, mas alguém teria que ficar aqui olhando o carro. Se ela soubesse onde ficava a pousada eu poderia ficar aqui e ela iria.

Era até melhor. Tanto para mim, quanto para ela.

Você não acha melhor eu ficar aqui e você ir lá perguntar? Sugiro o que acabei de pensar, e tomara que ela aceite o que eu acabei de dizer.

Ah não, eu nem sei onde fica essa pousada. A gente veio tanto a ida como a volta conversando, e era você que estava prestando atenção na estrada e não eu. Pode ir, eu fico bem aqui ela me tranquiliza, balançando a cabeça positivamente. Eu concordo, ainda meio incerto do que estou prestes a fazer.

Já começava a me afastar, quando a Flávia me chama:

Miguel?

Sim? Volto a olhar para ela.

Vem logo. Sua voz tinha uma mistura de súplica, com urgência e desespero. E esse foi o meu impulso para começar a correr.

Assim que chego no estabelecimento, abro a porta de entrada. Entro e logo avisto uma mulher. Vou até ela.

Boa noite, você poderia me informar se há alguma oficina por aqui perto? Pergunto ofegante por conta da corrida.

Olha, a oficina mais perto que temos por aqui, é daqui a 10km a mulher me explica.

Droga, isso é muito longe.

E quartos, a senhora tem sobrando? Espero que ela diga sim, já basta a oficina se encontrar bem longe. Mas e se por acaso aqui não tiver mais quartos, aonde dormiremos?

Tem sim ela olha para a tela do computador mas eu acabo de ver que só há um quarto, porque como está em período de férias, várias pessoas já se hospedaram.

Droga de novo.

A Flávia não vai gostar nem um pouco disso, mas é a única opção que temos.

Certo, eu vou querer esse quarto. Digo para a mulher, da qual concorda com a cabeça começando a mexer no computador. Eu vou só buscar a outra pessoa que está comigo e logo parto para onde a Flávia permanecia.

Flávia? A chamo, não estava a vendo em lugar nenhum.

Oi, estou aqui Flávia aparece no meu campo de vista.

Eu pensei que tivesse aconte... pego em seu rosto, com uma certa preocupação, por pensar em ter acontecido alguma coisa com ela nesse tempo em que eu estive fora.

Ei, não aconteceu nada Flávia coloca um dedo entre os meus lábios, me impedindo de falar qualquer coisa. Você conseguiu alguma informação?

Consegui mais ela não é muito boa, há uma oficina por aqui começo a falar e seus olhos logo se iluminam só que fica a 10 km de distância, então vamos ter que passar a noite por aqui. Amanhã de manhã eu ligo para o reboque e dou um jeito de consertar o carro.

Ok então, vamos logo para a pousada, estou muito cansada Flávia começa a andar, me deixando para trás.

Sim, mas nós temos que levar o carro para mais perto da onde iremos passar a noite chamo a sua atenção e ela se vira para mim. Você poderia me ajudar? Eu não consigo sozinho dou um meio sorriso.

Olha, estou logo avisando, eu não sou de muita ajuda ela volta para onde eu estou e se posiciona ao meu lado.

Oh não, você é sim e de muita ajuda.

Ah não, você é melhor do que pensa pisco para ela, colocando no rosto o meu melhor sorriso sedutor. Ela rir e acaba revirando os olhos enquanto vamos para a parte de trás do carro, começando a empurrá-lo logo em seguida.

A nossa sorte é que isso aconteceu bem perto do lugar onde vamos passar a noite, porque senão... O jeito seria nos dormimos juntos, dentro do carro.

...........

Bom, eu sei que não era o que você esperava digo assim que abro a porta para nós entrarmos no quarto , mas é o único quarto que tinha.

Se fosse em outros tempos, eu bem que gostaria de passar essa noite com você Flávia fala bem baixinho.

Mas eu a tinha escutado perfeitamente bem, só não conseguia acreditar que ela realmente disse isso.

O que você disse? Chego mais perto dela, para lhe encorajar a falar novamente.

Vamos, me fale, eu quero ouvir isso de novo, saindo da sua boca. Da sua maravilhosa boca.

Que amanhã já é o casamento da Jade, e que provavelmente chegaremos atrasados Flávia se vira para mim, por muito pouco não nos esbarramos, inventando uma desculpa qualquer. Ela nem sabe mentir.

Vai ficar tudo bem, meu sol... digo no impulso de conforta-la, ao mesmo tempo em que eu seguro o seu rosto com as minhas mãos.

Eu já não aguentava mais, eu precisava beija-la.

Aproximo meu rosto do seu, encostando a minha testa na sua. Eu só a beijaria se ela quisesse. Olho para ela à medida que abaixo meus olhos para ficar na altura dos seus. Eu preciso de uma resposta. E como se lesse meus pensamentos, ela me deu a resposta de que tanto eu precisava, começando a morder o seu lábio inferior. A Flávia queria esse beijo, tanto quanto eu. E com isso eu a beijo. Eu havia esperado muito tempo por isso.

Flávia por sua vez coloca suas mãos atrás do meu pescoço, enquanto uma delas agarrava os meus cabelos. Começo a explorar a sua boca pedindo por passagem, ela cede me fazendo logo implorar por mais.

Eu queria mais, cada vez mais, e estava implorando para que aquilo continuasse. Pois seria um pecado parar.

Pude explorar cada canto da sua boca, mas mesmo assim ainda não era o suficiente. Pelo menos não para mim.

Tiro minhas mãos de seu rosto colocando agora na sua cintura; como a sua blusa não era muito comprida aproveito para acariciar a sua pele exposta e macia. Me abaixo para poder beijar o seu pescoço, onde começo a morder levemente.

Miguel... eu acho melhor... pararmos... Flávia diz ofegante e eu tomo consciência do meu ato.

Sim, certo... me desculpe, eu perdi a cabeça a solto não querendo muito fazer isso, mas era o certo a se fazer, pelo menos nesse momento ao qual nos encontramos. Acho que depois dessa você não vai querer que eu durma ao seu lado. Eu posso tentar dormir em outro can... tento explicar, mas ela logo me interrompe.

Não! Flávia diz com pressa. Você pode dormir comigo na cama, há espaço suficiente para nós dois ela esboça um sorriso.

Tem certeza disso? Pergunto com receio, não por mim, mas por ela. Ela pode se arrepender depois dessas suas palavras.

Claro Flávia caminha em direção a cama e se deita na mesma. Vem cá, você não vai querer passar a noite aí em pé ou vai?

Ela realmente disse isso? Ela quer realmente que eu durma ao seu lado? Quer que eu passe a noite toda com ela, agarrado ao seu corpo?

Me sinto como um adolescente de dezessete anos, quando acaba de fazer sexo. O problema é que só em beija-la já consegui sentir fogos de artifícios passando por todo o meu corpo, imagine só quando eu consegui ter o corpo dela colado ao meu, quando estivermos completamente nus, possuindo um ao outro.

Finalmente consigo ir em direção a cama e me deito ao seu lado.

Boa noite, Miguel Flávia se vira para mim e sorrir.

Boa noite, Flávia lhe retribuo o sorriso, fixando meus olhos nos seus.

Tinha como ter uma noite melhor que essa? Mesmo que não tenhamos feito nada demais, com toda a certeza do mundo, para mim, essa noite não poderia ter sido melhor.

Realmente depois de amanhã não passa. Vou terminar o meu noivado com a Ester e tentarei reatar o meu namoro com a Flávia.

Não tenho mais o porquê de estar mim enganando. Eu já sei o que quero e não trocarei isso por nada.

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