🥂|Capítulo 01|🥂

Aqueles olhos estavam fixos, olhando para o lado de fora, porém, aquela mente não estava focada na paisagem que era exposta para si no auto daquele prédio. Nem também naquele clima que era proposto para os demais que caminhavam no lado de fora. Sua mente vagava longe, tão longe. Seus pensamentos lembravam do momento que na sua vida poderia ter sido uma péssima escolha, ou quem sabe até mesmo uma péssima atitude.

Se fosse possível voltar atrás, se fosse possível voltar no tempo, e apagar a maldita noite que o conheceu, que o tornou seu e por fim declarou seu amor. Teria sido menos sofrido, todavia, as escolhas do tempo o fez enxergar, que a verdade não  vem no dia e sim com o passar do tempo, e o conhecer das pessoas.

Farto, e cansado do que vivia em sua vida amorosa, estava tentando tomar a coragem de ligar. Sua mão, segurava firme o aparelho, fixo em sua mente e a decisão. Quando decidiu a porta do seu escritório se abriu revelando seu secretário, e fiel amigo com um belo sorriso sobre os lábios.

— Tenho novidades.

Se aproximou da mesa em passos alegres, o corpo de keonhee se virou para o ser que entrava, Leedo o encarou desmanchando o sorriso.

— Aconteceu algo?

— Não, mas pretendo fazer acontecer.

— O que vem nessa cabeça?

— Acho que vou terminar com o Hwanwoong.

— Resolveu abrir os olhos meu amigo.
Keonhee encarou Leedo confuso, como não tivera entendido seu dizer. Leedo soltou um suspiro, e sentou na cadeira estofado.

— Olha meu amigo. Nada contra você, mas já estava na hora. Dês do primeiro dia que aquele garoto dissera estar apaixonado. Não era nenhum pouco verdadeiro. Ele amava o dinheiro e tudo que você dava a ele.

Keonhee encarou o amigo, o fazendo novamente cair no mar de pensamentos, e retornar ao que era mesmo realidade. Os dois nunca foram apaixonados, pelo menos da parte do companheiro nunca obterá as verdades, nem beijos e nem se quer noites juntos. Keonhee nunca o tocara e sempre que o desejava o mesmo inventava a desculpa ou sumia por várias noites.

— Não  acredito nisso.

— Eu sinto muito mas ...

— Não. — O corrigiu. — Eu não acredito que fui tão besta de não ter visto os olhos e os desejos dele sobre mim.

— Achei que fosse mais esperto. Mas o teu amor segou você por completo.
Os olhos de Keonhee em fúria desviaram de Leedo para o aparelho que ainda estava em sua mão, ligando a tela, deixou seus dedos rolarem para o aplicativo de mensagens.

“Oi, tudo bem? Vamos jantar fora hoje?”

A mensagem não demorou para ser respondida.

“Claro, te vejo no restaurante que eu gosto.”

“Está bem, até lá.”

Quando terminou olhou Leedo com um sorriso ao qual nunca se quer imaginou estar naquele semblante. Aquele sorriso indicava que ele seria tão cruel quanto o que fizera mal a si.

— O que está planejando fazer?

— Apenas terminar o que não devia ter iniciado.

— Você vai mesmo terminar com o Hwanwoong?

— Vou, dar um fim nisso, e parar de ser besta. Mas já ponho também em minha cabeça que eu não nasci para ser amado.

— Não fale uma besteira dessas Lee. Logo você vai achar alguém que vai te amar de um jeito que nunca se quer sentiu em sua vida.

— Já perdi as esperanças meu amigo.

Leedo sabia que não ia adiantar debater com keonhee, nem tanto, o sentimento dado e não retornado pelo outro estava já gasto. Seria mesmo de comum Keonhee achar que o amor não existia, ou que ele não nascerá para amar. Leedo por sua vez apenas suspirou e concordou se levantando.

— Bom, estou indo. A reunião da empresa é daqui a uma hora. Não se atrase.

O acenar positivo do mais velho foi a confirmação, virando o corpo sobre os sapatos sociais pretos seguiu a sair em direção a porta, para então, após fechar atrás do corpo ficar apenas Keonhee novamente a sós naquela casa. Tomando um fôlego para não se estressar mais apenas pegou um copo sobre uma mesinha de vidro que havia no canto da sala, pegou uma garrafa de whisky e virou sobre o recipiente transparente.

— Um brinde a o meu amor de trouxa. — Ergueu o copo para seu perfil no vidro e bebeu o líquido num gole só. Fazendo uma careta, por sentir o líquido queimar ao passar pela garganta.

Dentre as horas que se tornam tão torturantes, mesmo que á diferença entre classes e pessoas, a história era silabada na igualdade. Seoho, que estava olhando fixo para seu reflexo, estava  a analisar suas vestes, uma calça justa, marcava seu corpo, sobre os pés estava duas correntes que só prendiam na parte superior, já a inferior era tocada diretamente sobre o chão de carpete vermelho. Sobre suas curvas, estava uma corrente de pedras contornando, que no mover brilhavam com o reflexo da luz. Em seu pescoço um colar dourado, em suas orelhas um par de brinquinhos de argola e no rosto uma maquiagem artística com brilho.

— Você está Divo!— Ouviu um dos jovens que tinha um jeito solto de ser, e vestia roupas justas e marcantes em tons rosas.

— Eu não sei. Parece que estou nu. — Seoho soltou um suspiro, um jovem que acabou de completar seus 18 anos, morou no orfanato dês que se conheceu por gente, tinha agora que lutar para sobreviver naquele mundo. As escolhas não eram tão abertas para quem não possuía nada de útil, a não ser o gosto pela música e a dança que fazia sua mente se libertar.

E naquele momento, o único local que o fazia realizar seus desejos era uma boate bem conhecida na cidade de Seul. Respirando fundo, terminou de passar o glos sobre os lábios carnudos e seguiu em passos lentos para onde entrava para o palco. Com ele havia mais duas meninas, ele porém era o centro da atenção naquele ambiente.

No respirar fundo, lembrou quando pisou pela primeira vez, mostrando para o dono seu talento de dança, e mostrando suavidade e luxúria apenas com o olhar. Depois desse dia ganhava dinheiro somente para ajuntar e conseguir sua casinha e morar feliz. Não pensava em família, nem tanto seu emprego não dava esse sonho. Porém,sabia que ficar com seus amigos era legal, e fazia daquele dinheiro um almejo de liberdade.

Claro, que ele tinha um lugar para morar, o dono da boate, por ter achado Seoho um jovem meigo e muito fofo, além de uma ótima companhia deixou o menor morar com sigo e três meses completando, o menor se tornou muito mais que apenas um morador na casa, havia se tornado seu filho.

Assim que foi anunciado, Seoho sorriu e subiu junto com as duas dançarinas, e logo a música tomou seu rumo. Uma música que mexia não só com o abalo do corpo, mas também com a alma. Quem sabe as batidas dessa música mostrava aquela história se unindo.

A dança envolvente fazendo vibrações sobre os homens e mulheres que viam e lançavam dinheiro aos pés de Seoho. Quanto os passos pesados para dentro do restaurante que keonhee entrava. Vendo seu ex namorado com um sorriso ao qual já estava farto de ver, na sua mente passava todo o amor que tiveram, e quando tudo acabou. Quando a ganância pelo dinheiro tornou-se maior que o amor.

Se aproximou de Hwanwoong, sentou na frente dele e suspirou, o jovem desligou o telefone ao qual tagarelava com os amigos.

— Por que está com esse olhar?— sua sombrancelha levantou, mostrando estar confuso.

— Hwanwoong, eu não quero mais. — o mesmo ainda encarou confuso.

— Não quer mais o que?

— Continuar esse relacionamento. Eu estou terminando isso agora para não ter mais um coração ferido.

— Você só pode estar louco?!

— Não, eu não estou louco. Cansei. Hwanwoong faz tempo que você vem me ignorando. Não transamos. E nem se quer nos beijamos. Mas dinheiro você nunca esquece. Então já digo e repito. Acabou aqui. E não vou voltar atrás. Adeus.

Seu corpo se ergueu da cadeira, Hwanwoong olhou assustado, ele nem estava ligando do relacionamento, realmente ele nunca tinha amado Keonhee verdadeiramente. Porém, tinha as mordomias já desejadas dês que se conheceu por gente.

— você não pode fazer isso! Como fica minha vida?

— sua vida? Sua vida? Da mesma forma que vives. Na sua ganância nojenta. — Se soltou de suas mãos — Apartir de hoje, se sustente só. Me esqueça. — saiu do ambiente a passos pesados. Claro que aquilo doeu nele, nem tanto ainda amava o jovem, porém estava farto daquele relacionamento, então deixando para trás um garoto gritando de raiva seguiu para seu veículo, onde seu motorista esperava e seguiu para sua casa.

Assim como o fim da melodia, e a dança acabou com Seoho respirando pesado e cansado, foi o fim da noite de ambos. E começando um novo início para esses dois jovens, que nem esperam o que o futuro aguardava. Seoho desceu do palco feliz pelo resultado do dinheiro, já ganhado o suficiente para terminar sua noite e ir para a casa de seu chefe para poder dormir.

— Parabéns pequeno. Você arrasou.

— Yaaa, obrigado. Eu vou para casa. Quer que eu deixe algo pra você pronto?

— Deixa aquela comidinha que você fez ao meio dia no micro pra mim. Por favor.

—Claro hyung. Até amanhã de manhã!—  Se despediu, abraçando o mais velho que sorri com a atitude do jovem. Seoho chamou o táxi e assim seguiu para casa, por fim se livrar de todas as roupas pesadas de frio e colocar seu pijama, atirar na cama após o jantar e dormir para seguir o dia que veria a seguir.

Assim como Keonhee, deitando a cabeça no travesseiro não sofrendo mais com o que lhe perturbava. Sabendo que agora estava livre, porém não ia mais se preocupar com o bendito amor.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top