O escritório
Os primeiros raios de sol começam a entrar pela janela do meu quarto. Está frio. Estamos no meio do inverno e mais uma vez acordei ofegante e encharcada de suor. Sonhei com ele novamente e ainda sinto em meu corpo o toque de suas mãos. Tão real... Permaneço mais um pouco debaixo das cobertas, vivenciando seu toque e implorando que um dia isso seja real.
São 7:00h da manhã. Finalmente tomo coragem e levanto. Vou tomar um banho e enquanto a água cai em meu corpo, as lembranças daquele sonho ardente vão diminuindo. Isso me entristece. Sonho que esse homem seja meu há alguns anos, mas nunca tive coragem para demonstrar isso a ele. Bem, ser casado com a Luana não ajudava em nada, mas agora ela não faz mais parte da vida dele...
Termino meu banho, visto um roupão branco e vou preparar meu café. A lembrança de S. permanece como o aroma forte do café que está na cafeteira. Sim, ele é delicioso... Penso. Uma ideia surge em minha mente e enquanto saboreio meu café com leite, ovos e pão francês, vou dando forma a essa ideia. Hoje é o dia. Tomei minha decisão! Sorrio, satisfeita.
Sou jornalista e trabalho em um jornal muito conceituado da cidade. Luana trabalhava numa mesa perto da minha. Não somos amigas, apenas colegas de trabalho e confesso que nunca me senti mal por cobiçar S. sempre que os via chegar de mãos dadas, andando pela redação. Ele é nosso chefe. Agora, só meu chefe. Após a separação, Luana pediu transferência para uma das filiais de nosso jornal em outra cidade. Já vai tarde, foi o que pensei na época.
Termino meu café e me dirijo para o quarto. Está na hora de me vestir para ir ao trabalho. Abro o guarda-roupa e separo meu melhor terninho. Comprei uma lingerie especial pensando em S. Ela é branca, de seda com renda. Uma calcinha pequena que valoriza minha bunda. Pego-a da gaveta e a coloco lentamente, sentindo a maciez da seda deslizando em minha pele. Essa calcinha é a escolha perfeita para o que tenho em mente. Visto uma saia risca de giz azul marinho, uma camisa de seda branca e por cima o terninho. Calço meu sapato de salto agulha vermelho, capricho em minha maquiagem e por último coloco um batom vermelho. Estou pronta. Decidida a mostrar para S. como ele me deixa louca de tesão.
Sei que S. sempre chega cedo no trabalho. Então corro para meu carro, pois quero chegar antes que a redação fique cheia de gente. Levo 20 minutos para chegar no edifício.
- Bom dia senhorita Lara, como vai? – me cumprimenta Roger, o porteiro.
- Bom dia Roger. Estou muito bem, obrigada. Tenha um ótimo dia de trabalho.
Entro no saguão e me dirijo ao elevador. O elevador não demora a chegar. Quando as portas se abrem, entro imediatamente e aperto o botão de número 19. Esse é o andar que trabalho. Meu coração está acelerado e estou um pouco ofegante. Só de imaginar o que farei dentro de poucos segundos já estou morrendo de tesão.
Chego no andar que trabalho, passando reto por minha mesa e me dirijo para a sala de S. que fica no final de nosso andar. A porta está fechada. Pergunto para Sócrates se S. já chegou e ele me informa que "o chefe está na sala". Dou duas batidinhas na porta e imediatamente ele me manda entrar.
Abro a porta e vejo S. sentado em sua mesa. Meu chefe está vestido com uma camiseta preta, esporte, me olhando com aqueles olhos acinzentados. Ele está lindo! Sua barba cor de mel sempre muito bem feita e aquele ar de homem inteligente e nerd que tanto me deixa louca, está diante de mim. Perco o fôlego por alguns segundos e entro na sala fechando a porta em seguida. Travo-a sem que ele perceba.
- Bom dia Lara, como anda sua matéria sobre o desaparecimento daquele menino?
- Bom dia S. Estou quase concluindo as investigações para terminar a matéria. Ainda estou no prazo. – rimos um pouco.
- Sente-se Lara. Em que posso ajudar você?
- Obrigada S., mas não quero me sentar. Vim aqui para te mostrar algo.
Ele me olha com um ar de interesse e pergunta: - É mesmo?
- Sim.
Dou a volta na mesa dele parando em pé, ao seu lado.
(Continua...)
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