❝My Way❞ Part/8


Capítulo 1° "My Way"

Aos domingos, Kiara fazia a mesma coisa por quase três anos. A semana inteira o corpo dela era fisicamente normal. Os frascos de seus remédios mantinham tanto o exterior como o interior estável, mas nos fins de semana sentia-se relativamente desgastada.

Seu corpo, precisava ser recarregado, revitalizado. Era necessário especialistas oncológicos, para realizar suas doses corretamente.

Portanto, todo domingo, a jovem Kiara deitava-se naquela mesma cama hospitalar, e preenchia-se das drogas. O tratamento era experimental, mas havia dado aos pacientes longos dias de vida ⎯  por mais arriscado que fosse, ele funcionava milagrosamente.

Além de seus benefícios na regressão tumoral, ele contribuía para recomposição. Era esperança para muitos, principalmente aos familiares. As partículas gélidas que o climatizador dispersava de ar adentravam suas narinas, direto os seus pulmões.

Não se recordava como era não está tão debilitada, de como não era se sentir tão doente, ou tão não impotente. Isso era o martírio, ela se lembrava especificamente como era não está doente, e que era algo bom. Mas, infelizmente não conseguia sentir como era não está, e não sentir era algo horrível.

A decoração da sala era cinza neutro, adaptado para ela. Seus pais fizeram reformas deixando-o mais simpático, e casual possível; afinal ali tornou-se parte dela por anos.

Havia algumas mobílias, uma televisão de plasma na parede, tapete de lã no chão, poltronas, alguns livros numa estante de vidro. O mais distante visualmente de uma sala de internação hospitalar.

Nos porta-retratos em um criado mudo, uma foto da família. Kiara estar mais nova, treze anos, uma peruca castanha, e ambas estão com vestidos vermelhos, e seu pai de terno. Foi no natal estavam felizes, pelo menos fingiam estar.

Numa outra foto, é Alyssa junto a ela, fazendo careta de peixinho. Lembrava daquele dia com carinho. Foi o primeiro dia de aula para Kiara na Heanrtworth, e a primeira vez que seus olhos puderam apreciar Nate Westerfield.

Não tinha vergonha de afirmar para si, que Nate era um dos seus poucos motivos para ir à escola. Bem, ela pensava que não viveria o suficiente para precisar dos conhecimentos exercidos pela grade educacional.

Agnes Vincenzo havia ido à recepção, e Dr. Parson fazia as avaliações. Ele falava algumas coisas, mas a concentração mental dela estava em outra coisa. As doses do medicamento caiam passivamente no micro gotas. Iria demorar horas para o termino da dosagem.

⎯  Como sempre o tumor está reagindo bem aos medicamentos. Só temos que suspender o uso de alguns comprimidos e substitui-los, para que não haja resistência nas células cancerígenas. ⎯  Ele dizia com voracidade, relendo mentalmente o relatório da radiologista.

Kiara Anderson não protestava, ficará quieta olhando fixamente as gotas saltarem, e agulha enfiada em sua veia. Rodeada pelos tubos. O homem de cabelos castanhos assentiu para si mesmo, enquanto ela dará um longo suspiro demonstrando sua falta de interesse no que ele proferia.

Achara o silencio dela, e a ausência da sua governanta a oportunidade de finalizar a avaliação verbal, e apenas arquivar os precedentes nos arquivos semanal.

⎯  Nos vemos na próxima semana, Anderson.

Kiara continuou com os olhos nas gotas, apenas ouvira a porta sendo fechada lentamente.

Dr. Parson uns dos médicos mais qualificados da Holden, entretanto como um humano, ele era irônico e arrogante, aspirante em piadas ofensivas. Nunca nenhuma atitude fora tomada por seu comportamento esnobe com os pacientes.
A ex-mulher dele morreu com o amante afogados.

Kiara acreditava na possibilidade de que Parson havia matado eles. Parson as vezes transcendia a face de um sociopata, sempre fingindo ser amistoso com todos. Ela também pensava que ele talvez fosse assim por ter vivido inúmeros tormentos. ⎯  Parson assassino? Impossível. Ele só é velho e ranzinza.

Ela possuía uma imaginação sem extremidades, criava teorias sobre as pessoas ao redor. O seu Passa-Tempo.

Lembrara da metade de sua adolescência que enfrentará naquele quarto. O cômodo continuava o de sempre, foi um verdadeiro terror, as lembranças oscilavam, sentirá um arrepio por toda a espinha. Detestava lembra da angustia que passara, dos dias deprimentes em que implorava que acabasse.

Em que enchiam ela de morfina e a espetavam com agulhas frequentemente. A saliva rasgava a garganta semelhante ao ácido, e o seu estômago davam explosões, e ela sentiu as piores sensações que um ser humano podia senti. ⎯  Medo, desespero e solidão.

Transfigurou-se para uma jovem amarga e vazia, negligente. Não mudou para ser atrativa, apenas não desejava ser manipulada por terceiros, no qual a daram rótulos.

Ela proibiu qualquer de seus familiares de ir ao hospital, com exceção do pai, mas somente em casos graves. Dereck era o único que Kiara permitia que fosse nas reuniões junto aos médicos, o único responsável por ela.

Afastara o resto da família subitamente. Na sua casa Kiara Anderson evitava eles, sempre em seu quarto ou, na residência de Alyssa. Em toda a sua vida, jamais tivera uma conversa carinhosa com as irmãs, e a Mamãe Jane, que teria sido real.

Nem mesmo depois do diagnóstico e da quimioterapia quando Virginia e Sarah cortaram os cabelos para fazer uma peruca, em um puro gesto de prestatividade e amor. Todos enalteceram-se pelo o ato das irmãs Anderson.

Coitadas estão passando por um momento difícil com a pobre irmã, estão sofrendo psicologicamente. Eles diziam.

As irmãs acharam resquícios dos cabelos da peruca no tapete do quarto hospitalar, em defesa de Kiara, ela os picotou com a tesoura sem ponta.

⎯  A cor do cabelo, é incongruente com as minhas íris. ⎯  disse a garotinha, quando sua mãe especulou.

⎯  O que falei sobre afrontar a sua mamãe?

Jane Anderson que estava diante da cama hospitalar da garotinha, agarrou o pulso da garota com força.

Nessa época Kiara Anderson, estava sem cabelos, com tubos de oxigênio nas narinas possibilitando a sua respiração, e com cateter na mão.

⎯  Peça desculpa pela hostilidade sua garota repulsiva! ⎯  Resmungou Jane, refletindo a desaprovação enfiando as unhas no pulso da garotinha, que permitia descer uma lagrima dos olhos marejados.

⎯  Não pedi que fizessem aquela coisa estranha. Me recuso implorar pelo perdão, quando elas deveriam. Meus cabelos vão crescer, Agnes prometeu. ⎯  disse chorosa, sendo intimidada pelos olhos negros e aversivos da mãe.

Kiara tinha tubos do soro enfiado por meio do cateter, que levava o medicamento em as veias. A sua mãe segurou na agulha que a garotinha possuía no braço e empurrara fortemente na pele da menina.

⎯  Está me machucando, mamãe. ⎯  disse com voz entrecortada, notando o sangue fluir no tubo.

⎯  Reze para viver o suficiente para crescer seus cabelos. Agnes é quase tão desprezível que você, alimentando a sua imaginação. Peça desculpas as suas irmãs, compreende o que digo? ⎯  ela aproximou perto da garota, inclinou nos ouvidos dela. ⎯  Compreende Kiara?

⎯  Sim. ⎯  Ela deixou as lagrimas escorrerem pelo seu rosto, e a sua mãe largara o seu braço. Jane passou a mão nos fios como se aquela ação contundente, não estivesse acontecido.

⎯  Sim, o quê Kiara? ⎯  exigiu ela, sem nem se quer mostrar uma sombra de arrependimento.

⎯  Sim, mamãe. ⎯  a garotinha sufoca o chorro na garganta, e diz baixinho com ainda as lagrimas escorrendo por seu rosto amedrontado.

⎯  Quero que sorria durante o vídeo diário, e irei providenciar uma peruca nova. Desfaça essa cara deprimente!

Lembrar desse dia assim como os outros, fazia a garota flamejante ter aquela mistura de aversão e angustia. Vingança, essa palavra a produzia de algum modo uma sensação de esperança. Não um tipo de esperança benevolente, uma esperança obscura e amarga.

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