24| Relação terminada

VISÃO: KARLEY, CANSTER E QUEILEN.

Foram mais de três horas e meia de viagem. Tive tempo para dormir, assistir vídeos e pensar no que Hyde queria me contar.

Desembarcamos respirando um ar conhecido. Um ar brasileiro. Pegamos o táxi que nos avistou e fomos para a casa. Assim que Queilen abre a porta, corro e me jogo no chão:

- Óh, meu lar!

Foi tão lindo ver aquele sofá, aquelas escadas, a cozinha... Bom, menos aquela cadeira. Eu ainda tinha medo dela.

Mesmo sendo três dá tarde, resolvo tomar banho. Entro no banheiro e me ducho. Aquela água quentinha caindo sob meu corpo, levando toda tensão que se acumulou.

Alguns minutos depois. Coloco aquelas vestimentas que chamo de 'pijama'. Desço e me junto à Canster e Queilen para assistir TV.

O medo de perder aquela espada era tanto, que eu pretendia dormir com ela; levá-la para todo canto. Eu sentia que aquele feitiço mais a espada, faria que não tivesse mais apocalipse nenhum:

- Por que trouxe a espada, Karley?

- Ah,Canster. Sabe aquele apego que você tem à privada? Tenho um apego à espada. Tenho que garantir que ela esteja em minhas mãos o tem...

As cortinas balançam, sentimos calafrios e algo atrás de nós. Quem era? Ana e Ciguel!:

- Bela espada. - Elogio Ciguel deixando-a contra luz. - De geração à geração talvez, ela proteja muitos humanos.

- Que espada maravilhosa.

- É maravilhosa mesmo,Ana. - Concordou Canster se levantando com a intenção de abraça-los.

- Não tinham perdido seus poderes? Não poderiam se comunicar através de sonhos,apenas? - Indagou Queilen.

- Sim. Isso que aconteceu mas, Ragatã, por algum motivo nos libertou. Isso se foi ele. - Foi bom ouvir isso de Ana.

- Que bom que estão libertos. Conseguem nos informar quando vai ser a batalha?

- Olha, não temos certeza. Mas em menos de uma semana. Então o recomendo estar preparado sempre. - Aconselhou à mim,Ciguel.

Será que força contava nessa batalha? Porque se não eu iria malhar. Não quis perguntar para não passar vergonha, mas acreditava que não contava.

- Nos vemos amanhã. Apesar de Karley ser o guerreiro que irá batalhar, todos devem estar preparados para ajudá-lo em um momento ruim. - Falaram antes de desaparecer.

Eu não estava sozinho nessa? Meus amigos ajudariam com a batalha? Eu não queria isso. Não me importo de ficar ferido, mas eles não podem se machucar. Não me perdoaria por isso.

Passamos o resto do dia tirando as roupas das malas, assistindo TV e comendo guloseimas. Apesar desses fatos que seriam surreais acontecerem, ainda temos 30% de vida comum.

Quando a noite chegou, Canster foi tomar banho. E sem sua presença, vou arriscar meu corpo a conversar com Queilen:

- O-oi.

- O que quer?

- Não vou ser desses insistentes, mas você está acabando com nossa relação. - Um erro dizer isso.

- EU? EU ES...

- Você tem que me compreender assim como te compreendo. Vou ficar à frente de um demônio poderoso e batalhar com ele. Quem sabe se irei sobreviver. Quero aproveitar meus últimos dias,talvez. Já pensou no quão você quer me dizer e não der tempo?

Minhas palavras a calaram. Simplesmente, olha para a janela esquerda e faz um barulho parecendo chorar. Vou até seu ouvido e sussurro.

- Desculpa por nossa relação terminar por aqui. Mas é, foi preciso.

E a beijei na bochecha.

Provavelmente ela ficaria com o quarto, e eu no segundo quarto de hóspedes. Foi lamentável dizer aquilo. Me machucou tanto...

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