2|A festa e um vulto
Fiquei aterrorizado com a pesquisa. Se Cãrniesley não nos venceu, as chances desse seria maior.
Ler aquilo já foi uma pressão. Porque eu perderia o foco da rebelião amanhã e só pensaria e sonharia com isso. Eu quero resgatar a Kaytlen do inferno, quero-a de volta. Não deixarei um demônio ou dois, quantos necessários, me vencer e levasse algo inocente desde o início.
Fui dormir ao lado da Queilen. Ela disse que viraria a noite, mas quem disse que seu subconsciente deixou?
Ao amanhecer...
Abro meu olhos, minha visão fica embaçada por alguns segundos e logo enxergo com clareza. Me levanto e noto a ausência de Queilen na cama. Para não ficar mais nevoso, penso que ela se levantou para correr de manhã como de costume.
Vou para o banheiro fazer a 'barba¹'. Escovo os dentes, lavo o rosto, toda higiene diária... Após terminar, coloco um Smokey, uma calça com listras cinzentas escuras e um sapato de couro. Eu realmente usava esse estilo social em casos especiais.
Após pronto, olho minhas mensagens no Facebook. Canster, havia enviado uma mensagem dizendo que estava a caminho do Brasil. Provavelmente estava entrando no avião quando me enviou essa mensagem.
Vou para a cozinha. Queilen, corria cerca das seis até as sete, e já eram oito horas, seria capaz dela correr por duas horas? Eu não sabia se devia me preocupar, mas eu já estava de cabeça cheia de preocupações. Com tudo isso acontecendo, eu poderia morrer amanhã ou depois, ou hoje mesmo. Mas não de pressão alta ou algo tipo. Por conta dessas coisas que comecei a me envolver novamente...
Tomo uma xícara de café e, deixo um bilhete na geladeira dizendo que já fui ao evento. Assim, ela não se preocuparia com minha ausência na casa, apesar que sabe de tudo.
Entro no carro, dou a partida e vou ao evento. Quando chego no local, sou surpreendido com uma ligação da Queilen:
— Alô,Queilen?
— Oi,Karley. Não se preocupe comigo ok? Estou em um local...
— Onde? Não quer ir comigo ao evento? Você também participa da história, devia estar aqui.
— É... Não posso, estou ocupada. Olha, terei de desligar. Qualquer coisa, me ligue, meu celular está com carga cheia e não o irei desliga-lo.
— Tá. Não quer que eu cancele minha ida e vá te ajudar?
De repente, sua voz aumenta o tom e nega minha proposta.
— NÃO! - Disse desligando em minha cara.
No começo, estranho, mas ela é bem capacitada de fazer muitas coisas, então fico calmo e relaxo. Apesar do nervosismo por discursar na frente de vários outros escritores famosos.
Digo meu nome, e confirmam estar na lista. Coloco meu pé direito dentro da recepção e vejo várias mulheres com vestido de gala e homens com Smokey, como eu. Sou muito bem recebido, e até me apresentam alguns artistas que estavam no evento.
O garçom me oferece uma taça de vinho, recuso porque sou do tipo que já teve problema com o álcool.
Ando por aí, vejo alguns livros amostra. Como era minha primeira festa desse tipo social, pra mim foi um verdadeiro tédio. Com músicas do tipo Ópera, pessoas conversando sobre negócios, nenhuma agitação como as festas comuns.
Ando mais um pouco e entro em corredor com treze portas. No final havia uma estátua, uma coisa que eu odiava. Olho os nomes dos quartos de cada porta e de repente, vejo um vulto, parecendo ser uma pessoa mas, com olhos pretos e risada maligna, grossa. Eu o encarava um pouco distante, uma senhora sai do quarto onde ele estava ao lado, e não o enxerga, era como se só eu pudesse enxerga-lo. Então, eu poderia confirmar que era o Ragatã?!
|¹ Quando me referi a barba, eu queria dizer alguns pelos em meu queixo que eu chamava de barba.|
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