15| Em solo japonês

Queilen lia um livro, Canster ouvia música, e eu, tentava dormir. Bem destacado, tentava. Eu pensava na vida. O medo estava dizendo para mim não ir, porque eu iria morrer, e não teria volta.

As aeromoças eram de origem japonesa, mas, trilíngue:

— Hello, Mrs.

— Olá. - Queilen cumprimentou.

— Óh,Brasileiros. Desejam alguma bebida?

— Eu aceito uma água de coco, por favor. - Canster pediu.

— Eu não desejo nada, agradeço. Vai querer algo,Karley?

Eu estava tão, tão concentrado, que nem percebi que Queilen me chamava.

— Karley!

— Oi,desculpa.

— Sem problemas. Deseja algo, senhor?

— Eu gostaria de um suco de maracujá,se conter.

— Ah,claro.

Alguns minutinhos depois, e recebemos o que pedimos. Esse suco fez com o que eu me acalmasse um pouco. E não sei se foi quando relaxei ao toma-lo, ou tinha ''boa noite cinderela³'' dentro. Pois, adormeci.

Acredito que eu tenha dormido por quatro horas, que seria a duração de voo. Sou acordado por Queilen:

— Acorda! Estamos em solo japonês.

— Já? - Perguntei surpreso.

— Vamos! Temos que conhecer esse país! Alugar um quarto, passear, comer comidas japonesas... - Disse Canster anioso.

— Me desculpe,Canster, mas estamos aqui para procurar a espada que vai evitar um apocalipse. - Falei.

— Desculpa, fiquei meio agitado.

Ele era muito ansioso. Isso era bom pra uma pessoa que vê horrores todos os dias, mas às vezes, era irritante.

Saímos do avião e do aeroporto. Era muito bonito os lugares, os comércios... Só que sem saber a língua japonesa, tentávamos entender inglês. O único mais fluente, era Canster. Ele viveu no Canadá também né.

Vimos um hotel, com boa categoria. De muitos que vimos até esse, foi o que mais nos chamou atenção. Entramos e fomos até a recepção. Era um luxo! Com lustres de ouro, uniforme dos carregadores bem decorado... Mas aí, fomos até o balcão e perguntamos:

— Olá.

A moça me olha, parecendo pensar que eu era um doido falando palavras satanistas ou algo do tipo. Então, foi obrigada a pedir para que sua amiga nos atendesse.

— Olá. - Repeti.

— Olá. Desculpem minha parceira, ela não aprendeu português ainda. Desejam algo?

— Quanta custa um quarto por noite?

— Exatamente R$: 536,00 em um quarto com uma suíte. Com duas suítes, será R$: 890,00. Mas, pela sorte de vocês, daria pra cobrar o quarto com duas suítes em cada três dias.

— Vão querer,gente? - Queilen perguntou.

— Bom, eu gostei. - Falei.

— Eu também. - Canster afirmou.

Ficamos com o quarto 214.

— Vocês gostariam de um guia, para traduzir as coisas que os japoneses falam?

— Não, obrigado.

Subimos até o quarto. Era enorme, era lindo! Uma sala espaçosa, uma cozinha azulejada e um banheiro, com privada eletrônica! ( Com o banheiro eu me impressionei de verdade. Pena que quase não ficaríamos nesses quarto maravilhoso.)

Arrumo nossas coisas. Canster, com seu entusiasmo ligado, pede pra ficarmos e conhecer mais o quarto. Eu aceitei. Mas amanhã, iríamos a procura do templo sem uma desculpa!

Como sempre, entro na internet e pesquiso coisas que preciso saber. No caso, repelentes contra anjos e demônios. Sim, até anjos. Porque o meu maior medo, não era de Ciguel, era do Arcanjo Rafael.

Queilen, elogiava a cozinha. E Canster, o banheiro:

— GENTE! - Ele gritou.

— Fala! - Disse.

— ESSA PRIVADA É MARAVILHOSA! - Exclamou. — EU ADOREI ESSE QUARTO! Podemos ficar mais um dia nele sem investigações,amanhã?

— Não! - Queilen e eu exclamamos.

|³ líquido que faz as pessoas apagarem por completo. Uso excessivo, leva a morte.|

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top