Queilen,coloca sal ao redor da cadeira. Canster, põe uma vela em cada parte do círculo. O plano era abrir o portal. Mas e se invés disso chamasse aquela idosa? Acho que não, tomare.

Ficamos em frente a cadeira. E por fim, citamos o feitiço que o abriria:

- Aperi mundo animarum damnati sint ac infernum et pessimus moments

Um grande buraco preto com lágrimas, lágrimas das almas de pecadores se abriu. Olhamos um para outro, parecendo perguntar " Se formos um dos pecadores, ficaremos lá? E se formos e o anjo não aparecer?.." eram muitas perguntas. Mas nenhuma delas nos impediu de ir.

Quando entrei, fiquei tonto. E em um segundo, não exatamente mas, bem rápido eu já estava em um chão firme. Dava pra notar que foi rápido a viagem mas, quando entrava, tudo girava ao redor devagar. Bem bizarro de se ver e muito mais explicar.

Era... Um local obscuro. Você pessoas gritando, outras andando feito um zombie. Era horrível. Eu nunca estive no inferno, mas parecia.

Andamos olhando para os lados. Qualquer barulho ( além dos pecadores ) era sinal de " pegue a arma e atire para todo canto".

Tinha um castelo enorme, que já dava pra imaginar a quem pertencia. Sim, Ragatã. Vimos servos dele, acorrentados uns nos outros, de joelhos. Deu dó de ver essa cena.

Alguns minutos andando, não vimos nada. Então, resolvemos fazer companhia a um dos pecadores:

- Olá, sabe onde está Ragatã? - Perguntou Queilen.

- Ragatã está aqui? Ele voltou?! Onde está? Preciso fugir! Ragatã voltou?! RAGATÃ VOLTOU?!

Dei passos para trás. E uma coisa que acabaria com o plano acontece. Quando esse pecador gritou por nome de Ragatã, todos se agitam e correm desesperados. E o que atrai? Ah, lógico, quem mais não é mesmo? Ragatã! Ouvimos seu grito de fúria e palavras que eram para nós:

*Grito raivoso* - QUEM TEVE A OUSADIA DE VIR PARA MEU PURGATÓRIO?!

Talvez tenha sido burrice, mas o respondi.

- EU! NÓS!

- Karley,pare!

- Temos o totem. Não se preocupe. Talvez nem precisaremos da ajuda de Ciguel.

Ragatã, com seus passos pesados, se aproxima de nós. Seus olhos, saiam chamas de fúria. Ele tinha um amor por aqueles servos, pelo o que deu pra perceber.

Ficamos cara a cara. Pego meu totem, e antes que eu o jogasse. Algo brilhoso entre em minha frente e faz com que Ragatã desaparecesse. Aquele brilho, fala conosco:

- VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO!

Ou melhor, briga conosco.

- Quem é você?! - Perguntou Canster.

Mas ele não respondeu. Ouvimos o grito de Ragatã novamente. E antes de mexer um dedo, esse ser toca em nossos rostos e fomos parar na minha casa. Eu fiquei todo pensativo naquele momento. O que estava acontecendo? Após o brilho acabar, era alguém com capuz. Como todos os seres que nos visitam gostam de um capuz, não é mesmo? Pensei.

- Quem é você? Por que nos tirou de lá?! Era uma missão! Tínhamos que atrair Ciguel! - Exclamou Queilen irritada.

- Ciguel? Ele estás presentes aqui mesmo. - Disse o homem tirando o capuz.

- Ciguel?! - Perguntamos.

- Eu os salvei. Não poderiam ter chamado atenção de Ragatã. Sem estar com a espada do templo Samirishua, ele os mataria em um piscar de olhos. Cuidado na próxima vez!

— Ciguel, precisamos saber onde esse templo está! - Disse.

— Eu... Não sei muito também. Estou aqui para ajudá-los, mas nem eu sei onde está. Apenas a idosa Raiganish sabe onde fica a localização.

— Não sei se você sabe mas, ela morreu. - Disse Queilen enquanto passava as mãos na cabeça.

— Eu sei,senhorita. Mas tem um jeito. Teriam que voltar no dia do suicídio. Teriam que vê-la, ouvir falar onde está.

— Você teria o poder de fazer voltar no tempo? - Perguntou Canster meio ansioso, deu pra ver.

— Sim. Mas por meia hora. Vão querer realizar essa jornada?

— Não temos opção, é preciso! - Falei.

— Descansem. Amanhã, no tempo de vocês, humanos, voltarei.

— Lembre de trocar de roupa. Essa é meio assustadora. - Canster falou.

Dei uma cotovelada no braço dele. Foi meio chato dizer isso, mas mentira não era. Ele nos olhou parecendo querer saber, " O que é assustadora?" e depois foi embora.