Capítulo 15

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Heitor Guerra

Right..

Vibrou meu celular no meu bolso, quando tirei do mesmo e olhei na tela e vi uma mensagem de texto de Marco, um dos meus seguranças.

" Senhor, perímetro em alerta vermelho, o carro dos capangas do seu pai está se aproximando do local, fuja com a moça pelos fundos do restaurante, o segurança dela já está a espera de vocês lá, saiam agora que eu vou dar cobertura.."

Puta que pariu!! Preciso tirar Maya daqui agora, ela é o principal alvo.

— Maya, perdoe-me pelo contratempo mas temos que sair daqui — falei já levantando e pegando em seu braço.

— O que aconteceu Heitor? Por que está tão nervoso? — Maya me questiona enquanto corríamos para os fundos do restaurante.

Mas, eu não respondi estou preocupado demais em salvar sua pele ou melhor..nossa pele. As pessoas que estão em suas mesas estão nos encarando a medida que passamos por elas com passos largos, espero que Maya me perdoe por fazê-la andar tão rápido com estes saltos.

— Com licença, precisamos sair daqui senhores — falei entrando pela cozinha e os chefes de gastronomia me encaram surpresos.

— Tem uma saída por ali — disse um deles mostrando um corredor ao lado que dava acesso a saída de emergência.

— Obrigado — agradeci e sai a arrastando..

— Heitor, o que porra está acontecendo? — disse se desvencilhando do meu aperto.

Eu parei no caminho bem na sua frente e segurei seu rosto olhando bem no fundo dos seus olhos para passar-te confiança.

— Maya, presta atenção, eu vou te contar o que está acontecendo mas não vai ser aqui e agora, eu sei que não estou em posição te pedir isso mas..confia em mim..por favor!!

— Confiança não se dá, se conquista Heitor...

— Eu sei disso mas...

Não pude completar a frase, uma sessão de tiros começou na direção do restaurante, peguei Maya pela cintura e a joguei no chão embaixo do balcão mais próximo caindo por cima dela. Nossas bocas estão a centímetros uma da outra, se não fosse um péssimo momento eu já estaria atacando essa boca esperta e gostosa dela.

Por um momento eu achei que ela fosse me beijar mas ela não fez, infelizmente. Como estou sobre ela, levantei a cabeça e vi os dois gastronomos abaixados tentando se proteger morrendo de medo.

— Maya, você precisa sair daqui, você tem uma arma?

— Claro que tenho — disse e tirou uma pistola dourada da sua bolsa preta.

— Gostei da pistola — elogiei olhando para a arma e para ela novamente.

— Presente de aniversário do meu pai — disse sorrindo.

Mas infelizmente os tiros ficaram cada vês mais próximos..

— Maya, seu segurança Carlos está esperando por você lá fora, no três você vai sair por aquela porta..

— Mas e você? — me olhou preocupada.

— Não se preocupe, vou logo atrás de você..

Ela me fitou por alguns segundos mas, se assustou e se encolheu perto de mim colocando as mãos no ouvido quando viu os disparos quebrando tudo que havia na cozinha.

— Atenção Maya, eles vão parar de atirar para carregar o cartucho, vai ser o momento exato que você vai sair daqui — falei sentado ao seu lado com a arma em mãos esperando o momento certo de revidar os disparos.

— Heitor, eu não preciso sair, eu sou tão treinada quanto você.

— Agora não é momento de dar uma de heroína bonequinha — falei e ela revirou os olhos.

Os homens ainda continuaram dando os disparos, olhei para Maya temendo pela vida dela, não sei exatamente se isso é impressão minha mas, seus olhos transmitiam preocupação comigo. Ela me olha como se estivesse com medo de me perder, mal sabe ela que é isso que estou sentindo, estou com medo de perdê-la.

De repente os homens pararam de atirar fazendo o que eu havia dito.

— VAI MAYA — gritei para que ela saísse e levantei já atirando.

Ela saiu correndo abaixada enquanto eu virei e atirei nos três homens, consegui atingir um no peito que caiu no chão sem vida mas, os outros dois se esconderam atrás da parede. Atirei na direção deles e me abaixei novamente quando eles reviraram, espiei mais uma vez e atirei acertando um na cabeça.

Inesperadamente o outro homem caiu no chão, mas não foi eu que atirei, olhei para trás e vi Marco.

— Senhor, a moça já está segura, vamos sair daqui — disse ele apressadamente.

— Vamos — respondi seguindo para fora do restaurante mas, antes de ir vi a bolsa de Maya no chão.

Voltei e peguei a mesma do chão saindo em seguida. Marco entrou no carro e eu fiz o mesmo, ele colocou o carro em movimento e saiu cantando pneu.

No trajeto ele está dirigindo em alta velocidade, está concentrado mas logo desviou o olhar da estrada e me encarou.

— Senhor, peço que tenha cuidado agora, tenho certeza que seu pai já descobriu que eu estou passando informações falsas a ele.

— Está me dizendo que meu pai que casou aquele banho de sangue naquele restaurante?

Digo isso por que os homens saíram atirando para tudo que é lado, meu peito dói só de imaginar as pessoas dando de cara com a morte, isso é uma crueldade e nisso que Infelizmente meu pai é especialista.

— Sem dúvidas — disse Marco dirigindo agora sem me olhar.

— PORRA!! — sei um soco na porta do carro.

Estou com tanto ódio, como meu pai pôde mandar fazer uma coisa dessas, ele nem se importou se eu iria morrer, seu próprio filho. Ele na verdade não se importa com ninguém só com a si mesmo.

— Precisamos da um jeito de para-ló — falei deixando as lágrimas caírem dos meus olhos.

Não são lágrimas de medo, mas sim de decepção, ele está tão cego com essa maldita vingança que nem quer saber quem vai atingir pela frente.

— Será que ele não vê que aquelas pessoas no restaurante não tem nada haver com isso? Será que ele não vê que são pessoas inocentes que só queriam ter um momento de lazer? — falei colocando as mãos no rosto chorando.

Encostei a cabeça no banco ainda com as mãos no rosto, minha cabeça está tão cheia que minha vontade é de sumir, mas não posso fazer isso sem tem a certeza de que Maya e sua família estará salva.

Não falei mais nada no trajeto, olhei para baixo e vi a perna de Marco sangrando..

— Foi atingido..

— Não se preocupe comigo senhor, só estou fazendo meu trabalho, que é te proteger..

— Certo, obrigado por isso Marco

— Não tem de que senhor..

— Para onde estamos indo?

— Para seu apartamento..

— Não, vamos para aquele meu galpão de treinamento, lembra onde fica?

— Sim, mas acha que não vão descobrir a gente lá ?

— Meu pai não sabe desse galpão, a única coisa boa de ter puxado do Henrique Guerra é a precaução.

— Certamente — deu um sorriso cansado.

Dirigiu mais alguns minutos em 120k/h até que ele estacionou em frente ao galpão escondido em meio a um lugar totalmente deserto, há muitas árvores ao redor, escolhi este lugar justamente por ser bem afastado do centro da cidade, quase ninguém passa por esta área.

Desci do carro e entramos no galpão, dentro é bem espaçoso, tem várias divisórias de salas, algumas são para treinamentos de lutas, outras são para tiro ao alvo e uma um pouco maior é um arcenal. Depois de todas essas salas uma enfrente a outra há uma porta no meio da parede entre elas, me aproximei e digitei um código na parede ao lado.

Ela foi destravada e eu entrei, é um quarto, eu durmo nele quando venho aqui treinar ou fugir do meu pai, aqui é o único lugar que posso ficar tranquilo sem que ele venha atrás de mim me encher o saco.

Tirei minhas roupas e fui até o banheiro, tomei um banho quente e peguei uma toalha limpa, na gaveta embaixo da pia tem várias calças e camisas, peguei uma calça moletom e uma regata, sai do banheiro e logo vi Marco sentado na cadeira, fui até um armário e tirei uma caixa de remédio, peguei tudo que precisava para fazer um curativo e fui até ele.

Ele rasgou sua calça no lugar que havia sido atingido, me agachei e olhei para o ferimento, por sorte não foi profundo, eu peguei uma agulha dentro da caixa de remédio colocando a linha preta em seguida. Olhei para ele e notei que está um pouco tenso e trincava o maxilar.

— Tá com medo da dor? — falei segurando o sorriso.

— Tá de brincadeira senhor? Isso dói para cacete — disse preocupado.

Comecei a rir e fui até um outro armário, peguei uma garrafa de vodka e uma toalha.

— Toma, morde essa toalha — falei entregando a ele que fez uma careta.

— Espera, me dá aqui essa garrafa — pediu e eu entreguei.

Ele virou na boca e fez uma careta ao sentir a bebida descer pega garganta, pegou a toalha, colocou na boca e mordeu, eu jogue a vodka na região afetada sem ter um pingo de pena, nessas horas a gente não pode ficar assim, quanto mais demorar as chances de inflamar só vão aumentar. Assim que o líquido entrou em contato com o ferimento Marco ficou com os músculos tensos e segurou com as duas mãos na boca.

— AAAH — deu um grito abafado com o pano na boca.

— Aguenta porra, já tá acabando — falei com as sombrancelhas juntas.

Peguei a agulha com a linha no chão e comecei a costurar a abertura do ferimento juntando a pele, o bom de você ter treinamento de elite é que de quebra você tem aulas de técnica de curativos ou de pronto socorro, é básico mas, dá para ajudar em alguma coisa.

Assim que dei o último ponto joguei mais vodka em cima para estancar o ferimento e ajudar na cicatrização, coloquei uma gase com esparadrapos por cima e me levantei indo até a cama, me sentei e respirei fundo já imaginando como vai ser daqui para frente.

Ficamos conversando por algum tempo tentando achar um jeito de parar meu pai e os gangsters dele, mas ele se deu por vencido pelo sono e foi dormir em um colchão no chão, eu deitei na cama e logo meus pensamentos foi para ela.

A linda morena que mostrou hoje ser corajosa, eu sei que havia dito que logo iria atrás dela quando se mostrou preocupada, mas eu achei melhor que o segurança dela a levasse daquele local o mais rápido possível.

Eu não tô me reconhecendo nem um pouco, eu não era assim, minha criação me fez ser um homem que não deve se importar com as pessoas, mas a chegada repentina de Maya na minha vida fez com que isso mudasse, pelo menos é o que estou percebendo..

Eu mudei..por ela e só então, ao pensar um pouco mais a respeito, minha ficha caiu..

Eu estou apaixonado por ela!

     
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Marco

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Oii amores, e aí o que acharam desse capítulo? E o que será que Heitor vai fazer com o pai depois desse ataque?

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