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Maya Mancini

— Janta comigo? — sussurrou baixinho com a testa colada a minha.

Essa pergunta fez meu corpo todo reagir e uma excitação avassaladora se espalhar por cada parte do mesmo, mas minha cabeça está alertando PERIGO!

— Eu..eu não sei Heitor — falei ao me afastar.

Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e cruzei os braços.

— Para de se fazer de difícil Maya — agarrou minha cintura novamente — eu sei que você também me quer..

— Muito engraçado você dizer isso, você se acha tanto...

Fiquei o encarando e vendo como ele se acha o gostosão, pior de tudo é que ele é mesmo, para acabar de matar minha sanidade o homem deu um sorriso de molhar a calcinha mostrando seus lindos dentes brancos e alinhados.

— Vamos — falou praticamente suplicando.

Eu sorri e aproximei meus lábios no seu ouvido...

— Não — falei e mordi o lóbulo da sua orelha só para provoca-lo.

Ele estremesseu e apertou minha cintura com suas mãos grandes e firmes.

— Tá me provocando? —perguntou voltando a me encarar e arqueou a sombrancelha.

— Se você está dizendo... — dei um sorriso travesso.

— Por que é tão difícil dizer um sim para mim?

— Por que você tem cara de perigo..

Ele engoliu seco e fechou os olhos com força, como se estivesse buscando palavras ou um jeito de se expressar.

— Eu..

— Pela sua cara tem algo quer me dizer mas..não precisa.

Ele me deu um sorriso torto e deu um beijo no pescoço, mas fomos interrompidos..

— AÍ MEU DEUS — disse Lis de um jeito engraçado e eu me afastei dele rapidamente.

— Olá Lis — disse Heitor sorrindo e acenando com a cabeça para ela.

— Olá, gente desculpa ter atrapalhado, olha, finge que eu não estou aqui — disse Lis toda empolgada e saindo praticamente correndo.

Ele virou em minha direção sorrindo e eu sorri de volta.

— Sua amiga é bem engraçada — disse ainda com com um sorriso largo.

— É verdade, mas ela é um amor de pessoa — falei ao lembrar das loucuras dela.

— E eu? — disse me fazendo criar uma interrogação na minha mente.

— Você o que? — falei sem entender.

— Também não sou um amor de pessoa?

— Heitor... você fala cada coisa... — falei sem jeito e sentindo minhas bochechas queimarem.

Ele mordeu os lábios e sorriu novamente, colocou as mãos no bolso e se encostou na pilastra da sala.

— Vamos falar disso em um outro momento, agora só quero ouvir que aceita jantar comigo..

— Tudo bem, mas com uma condição..

— Qual séria?

— Que você não vai tentar nada, que vai com calma..

Ele me fitou um pouco e sorriu lindamente me fazendo corar de novo, droga! Esse homem me deixa toda sem jeito.

— Tudo bem, vamos fazer do jeito que você quiser, desde que você me dê uma chance.

Só de ouvir ele falar assim, sinto suar nas palmas das mãos e meu coração acelerar.

— Só...me dá alguns minutos tá bom?

— Tá bom..

Eu ia dando as costas a ele mas rapidamente um dúvida veio em minha cabeça me fazendo virar em sua direção novamente.

— Espera, como você descobriu onde eu moro?

— Fiz meu dever de casa...

— Cara, você é louco, já volto..

Falei com um sorriso torto e segui para o quarto, e fui até o banheiro, tomei um banho quente relaxante para ver se conseguia raciocinar e digerir o fato de um homem mais que perfeito está a minha espera na sala querendo jantar comigo.

Assim que acabei o banho, peguei uma toalha enrolando me enrolando em seguida, caminhei até o closet e escolhi um vestido vermelho de renda de manga comprida com as costas nuas e um pouco curto, nos pés escolhi um sapato de salto fino preto, Fiz coque em meus cabelos e deixei duas mechas soltas uma em cada lado, optei por não marcar muito os olhos então, eu passei só um rímel e na boca um batom vermelho bem chamativo.

Passei um pouco perfume e coloquei meus adereços, um brinco dourado pequeno e uma correntinha dourada combinando. Peguei minha bolsa pequena quadrada preta e me olhei no espelho gostando do resultado.

Fui até a sala de cinema onde Lis está ainda  assistindo filme, assim que parei na porta ela deu um pulo do sofá e sorriu adorando meu look.

— Amiga, você está um arraso, quando ele te ver vai surtar.

— Aí Lis também não exagera, eu nem caprichei.

— Imagina se caprichasse, agora vai lá e deixa aquele homem de quatro por você — disse me virando para a porta e me empurrando para fora da sala.

— Aí Lis — reclamei ao sentir um tapa em minha bunda.

— Vai lá garota e lembre-se de deixa ele de quatro — falou sorrindo e eu revirei os olhos.

Dei tchau e caminhei ainda tentando criar coragem para aparecer na frente de Heitor, assim que cheguei no mesmo ambiente que ele, por um momento o fitei, ele está sentado no sofá olhando as horas, passava a mãos repetidas vezes no rosto como se estivesse tentando buscar por calma, assim que virou o rosto em minha direção se levantou e veio ao meu encontro parando em minha frente.

— Nossa!! — sorriu e suspirou — você está linda — completou..

— Obrigada, você também não está nada mal.

— Obrigada — deu um sorriso torto e estendeu a mão em minha direção.

Toque em sua mão e ele entrelaçou os dedos nos meus, ele caminhou até a porta e saímos do apartamento. Descemos para a frente do prédio mas assim que vi os seguranças eu parei na frente de um deles

— Josep, não conta para o meu pai dessa minha saída e com quem estou indo, está bem ?

— Mas senhora, eu preciso passar todas as informações e...

— Não vai, eu estou dizendo para não passar, meu pai não precisa saber de nada ainda ou ele vai causar um terremoto — falei me recordando do dia que apresentei Fenício como meu namorado a ele.

Meu pai quase mata o rapaz.. Imagina se ele descobre sobre mim e Heitor?

— E o que eu digo senhora?

— Sei-lá, seja criativo, inventa — falei rindo e ele fiz uma careta engraçada.

Fiz sinal para Carlos fazer nossa escolta, assim que saímos do prédio vejo um carro preto lindo e muito chique, com certeza esse é o de Heitor.

—Adorei o carro — falei toda faceira.

— Que bom que gostou — disse abrindo a porta para mim.

Entrei e me acomodei, Heitor deu a volta no carro e sentou ao meu lado no banco do motorista.

Ficamos nos olhando por alguns segundos e ele desceu o olhar para meus seios.

— Segurança em primeiro lugar bonequinha — disse colocando o cinto de segurança em mim.

O safado fez questão de roçar seu braço em meus seios.

— Eu sei muito bem essa sua preocupação com minha segurança, aproveitador! — falei estreitando os olhos para ele que sorriu maliciosamente.

— Aproveitador? Imagina, não fiz nada demais, você que está com pensamentos libidinosos.

Não respondi, apenas revirei os olhos e me remexi no banco, virei meu rosto para a janela e logo notei que ele colocou o carro em movimento. Fiquei olhando a rua mas ainda sinto seu olhar sobre mim, isso de alguma forma me deixa um pouco sem jeito, não sei por que eu me sinto assim, nunca fiquei tão incomodada ou desajeitada sobre um olhar de um homem e infelizmente Heitor me causa este efeito.

Fiquei tentando me manter o mais calma possível, respirei fundo e o olhei de lado, fiquei observando ele dirigindo tranquilamente, notei seus cabelos negros bem arrumados e sua barba bem alinhado, meu Deus, o homem sabe se arrumar viu? É e essas mãos no volante?

— Quer alguma coisa?...

— O que? ..

— Tô perguntando se quer algo de mim..se quiser só pedir, sou facinho, facinho.. — disse todo faceiro.

— Não quero nada de você, aliás pensando bem, quero duas resposta...

— Pode perguntar o que quiser, você quem manda — disse sorrindo.

Ele me olhou e voltou a olhar pra direção em seguida mas, notei sua espera pela minha pergunta. Eu preciso tirar essas dúvidas da minha cabeça, tenho várias na verdade mas, essas duas são as que me chamam atenção.

— Por que trabalha com meu pai? E o que faz da vida?

Ele se remexeu no banco e apertou um pouco o volante, nesse momento eu percebi que ele está desconfortável com alguma coisa, ele respirou fundo e eu continuei o encarando esperando alguma resposta.

— Sou um CEO que acabou de descobrir um bom investimento na área tecnológica e bom...seu pai é um dos empresários mais famosos do mundo e dono de uma das empresas de tecnologia de ponta no mercado — deu uma pausa — já tem um bom tempo que estava esperando por essa parceria.

— Hum, então você agora é um dos sócios dele, entendi..mas por que ainda sinto que tem muito mais a dizer?

— Olha Maya, eu quero que me conheça melhor, quero que veja quem realmente sou..

— Entendi...

— Confesso que me surpreendi quando descobrir que você, justo você é filha dele

— É mesmo? Posso saber por que ?

— Por que você é a mulher mais linda que eu já vi em toda minha vida.

— Nossa, bem direto você..

— Sou muito mais que isso Maya..

— Então me conta..

— Na hora certa vai saber..

Ele parou o carro em um restaurante chique, Térèze, um dos mais sofisticados da cidade.

— Bom, chegamos..

Ele desceu do carro e deu a volta, abriu a porta para mim e me estendeu sua mão como um perfeito cavalheiro.

— Esperem verificar o perímetro senhores — disse Carlos ao descer do carro atrás de nós.

Ele foi até o restaurante e fez o que tinha que fazer, quando viu que tudo estava limpo fez sinal para Heitor que logo deu o berço a mim nos fazendo entrar no ambiente.

O restaurante é bem aconchegante, tem um se de romantismo, as cortinas nas janelas são brancas e estão amareladas, as mesas e cadeiras são madeiras de marfim, as toalhas sobre as mesas são brancas e tem pequenos jarros redondos de vidros com rosas vermelhas dentro.

Agora é só rezar para que nenhum paparazzi nos pegue aqui, não quero aparecer na primeira cada de revista sendo anunciada como namorada do sócio do meu pai.

Respirei fundo e logo fomos conduzimos até uma mesa, pelo visto Heitor cuidou de tudo, já havia até reservado uma em seu nome.

— Então, me conta mais sobre você — falei ao me acomodar na mesa e ele fez o mesmo.

— Bom, como você já sabe eu sou um CEO, tenho várias empresas espalhadas pelo mundo mas a principal se localiza aqui na cidade, se chama Fashion Accessories.

— Interessante..já ouvi falar..

Ele deu um sorriso torto e se encostou na cadeira.

— Sabe o que é mais interessante para mim? — sorriu maliciosamente — você..

— Você é um galanteador sabia — falei revirando os olhos.

Claro que eu me sinto fodidamente atraída por esse moreno mas eu não posso facilitar, eu não vou ser mais uma em sua cama, pela sua cara da para ver que pode ter todas aos seus pés.

— Era, agora se você quiser posso ser só seu — disse me olhando no fundo dos olhos.

Disse me surpreendendo..

— Já está esquecendo minhas condições? — falei mudando de assunto e arqueei a sombrancelha.

Deus do céu! Que homem que sabe jogar charme, preciso me controlar para ele não notar essa minha cara de me foda.

— Tudo bem, desculpa, então.. você é psicologa?

— Sim, me formei lá em Los Angeles e após dois meses de formada abrir um consultório por lá.

— Hum, também me formei lá.

Esse olhar dele está me matando aqui, ele não desviou o olhar do meu mas inesperadamente senti sua mão sobre a minha na mesa, ele a pegou delicadamente e levou até a boca depositando um beijo demorado sem deixar de me encarar. Nem preciso dizer que minha calcinha já era né?

Ele soltou minha mão e eu sorri do seu modo delicado e cavalheiro de me tratar, ele é bem elegante. Jantamos calmamente, adorei a escolha dos pratos, Heitor escolheu quiche ao molho poró e eu macarrão campestre.

— Qual tipo de vinho você gosta?

— Opus One 2013 — falei calmamente.

— Já vi temos algo em comum..

Seu celular tocou nos tirando do transe que já havia iniciado após seu comentário bem sensual. Ele tirou o mesmo do bolso e olhou na tela, mas me surpreendi quando vi sua expressão ficar nada agradável.

— Maya, perdoe-me pelo contratempo mas temos que sair daqui....

Disse nervoso e se levantou rapidamente pegando em minha mão me arrastando pelo fundo do restaurante...

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Ola amores? O que acharam desse jantar especial? E o que era que aconteceu para Heitor ter essa reação?

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