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Maya Mancini

Quando ainda estávamos no restaurante em uma conversar contagiante, me dei ao luxo de pensar por um momento em Heitor, o que será que ele e meu pai conversaram? Será que foram fazer algum tipo de negócio?

Tenho até medo de perguntar a meu pai, com certeza ele vai desconfiar, ele me conhece muito bem, sabe quando estou mentindo e isso é a última coisa que quero fazer. Claro que não gosto nem um  pouco desse ciúmes que meu pai tem dos meus namorados, mas ele precisa entender que eu já sou uma mulher adulta.

...........

Três horas se passaram e nós ficamos reunidos em família no restaurante da minha mãe e tias, colocamos o papo em dia e matamos a saudade que tanto sentia-mos. Amo demais minha família, eles são tudo para mim, eu até lembrei do meu avô, Mauro Beamont, mas papai disse que ele viajou e está muito feliz aproveitando sua aposentadoria em uma casa de praia.

Meu pai sugeriu que todos nós nos fossemos almoçar juntos, vi meu tio Liam segui para o carro dele com minha tia Giovanna e minhas gêmeas preferidas, e minha tia Luísa ir no dela com tio Gustavo.

Eu fui para o carro do meu pai com minha mãe, meu irmão e minha amiga Lis. Mas, infelizmente quando já estamos próximos  da mansão, vimos o portão de entrada principal cheio de jornalistas.

Meu pai deu uma freada brusca fazendo nos assustar.

— Puta que pariu — exclamou meu pai já nervoso.

— Calma Luca, vamos dar um jeito nisso — disse mamãe na esperança de acalmá-lo.

— Eles já souberam da chegada de Maya, esse urubus do cacete — disse e apertou o volante com força.

Olhei para meu irmão que está com uma cara de preocupado e olhei para Lis que está do mesmo jeito, vi meu pai respirar profundamente e encostar a cabeça no banco. De repente, uma chamada surgiu no carro e logo meu pai deu comando de voz, a voz de Batista surgiu dizendo que já estava contornando toda esta situação. Ficamos em silêncio até que ele apareceu fazendo sinal para que meu pai avançasse com o carro enfrente ao portão da mansão. E assim meu pai fez, ao chegarmos perto do mesmo, alguns jornalistas começaram a bater no vidro do carro...

— Pai, se não falar com eles vai ser pior  — falei olhando para todos.

— Eu concordo Luca — disse mamãe soltando o sinto.

— Eu tô até com medo desse doidos mas eu concordo Sr Mancini — disse Lis

— Pai, eu faço a escolta das meninas e o senhor protege a mamãe — disse Miguel prontamente.

— Tá, vamos — assentiu.

Avançou com o carro e ele parou próximo ao portão ao invés de entrar para garagem, olhei para o lado e vi alguns seguranças segurando os jornalistas que insistiam em falar com a gente.

— Tá legal, chegou a hora, vamos descer — disse e nós assenti-mos.

Meu pai antes de abrir a porta do carro deu um beijo em mamãe, sorri e olhei para Miguel que fez uma careta engraçada, meu pai olhou para trás e fitou Miguel..

— Fique atento ao meu sinal..

— Pode deixar coroa — disse fazendo todos riram mas, nosso pai revirou os olhos.

— Hora do show..— disse colocando sua arma nas costas e saiu do carro.

Logo os jornalistas ficaram eufóricos e começaram avançar mas, os seguranças do meu pai os barraram, ele foi até a porta do carona e abriu para mamãe, quando ela desceu meu pai fez um gesto com os dedos e meu irmão desceu também, uma chuva de flashes surgiu, meu irmão acenou para eles, ao senhor! Miguel adora aparecer.

— Sr Mancini, uma palavrinha por favor..

Pediu uma jornalistas com cara de me foda, mas mamãe logo segurou em seu braço e ele laçou sua cintura. Boa!

— É verdade que sua primogênita está aqui ? — questinou indo atrás dele mas ele não respondeu.

— Senhora Natália, sua filha vai abrir um consultório aqui no Rio — questinou mas minha mãe não respondeu.

Eles finalmente conseguiram passar do portão, olhei para trás e vi os carros do meu tio Liam e tia Lu, eles moram aqui neste mesmo condomínio da mansão.

Mas infelizmente os jornalistas correram para minha direção ao me ver saindo do carro, eu e Lis seguimos na frente, olhei para trás e vi Batista e meus dois seguranças, Carlos e Josep fazendo nossa escolta também.

— Olha, ela está aqui — berrou os jornalistas. Puta merda de vida!

— Maya, poderia dar uma entrevista para mim? — disse um cara com um celular na mão apontando para minha direção.

Porra, tudo bem que nossa família ficou muito conhecida pelo mundo inteiro com os melhores lançamentos de tecnologias avançadas pelo mundo, e também por eu ter ganhado muita fama pela minha carreira lá em Los Angeles. Mas, eles são terríveis, e ficaram ainda piores por meus pais sempre tentar preservar privacidade, minha e do meu irmão. Meus tios também fazem isso, eles não obrigados a deixar seus filhos a ter fama sem a vontade deles, claro que meus primos decidiram não querer isso.

— Maya, é verdade que você voltou para morar com seus pais? — mais que pergunta idiota, esse jornalistas querem entrar na minha semana.

— Ela não tem nada a declarar — disse meu irmão me protegendo.

— Quem é essa moça? É sua amiga? O que ela faz? — perguntou olhando para Lis que revirou os olhos.

Quando finalmente chegamos dentro da mansão pude ficar menos tensa, porra, estes jornalistas souberam rápido da minha volta.

Fomos para a sala e logo vi meus pais sentados conversando. Ficamos conversando um pouco sobre o que aconteceu e depois meus pais foram tomar banho para almoçar, eu, meu irmão e Lis fizemos o mesmo.

Em questão de minutos descemos para o jantar e eu pude notar como Lis está fofa com seu vestido amarelo de manga comprida e usando uma rasteirinha no pé. Ela me elogiou dizendo que eu estava perfeita com meu vestido branco de seda e uma sandália de salto alto prateado.

Neide apareceu avisando que o jantar já estava pronto.

— Um brinde a volta da minha linda primogênita, Maya! — disse meu pai sorridente quando todos já estávamos na mesa.

— Ai gente assim vocês me deixa emocionada — falei brindando com todos.

O almoço seguiu perfeito, brindamos e rimos das briguinhas dos meus tios com meu pai e a mamãe e minhas tias só faziam rir assim como eu e o resto da família, até Neide fez parte desse almoço.

Agora estou deitada no sofá no colo da minha prima Laura e com as pernas no colo de Lis. Luna está no celular sentada na poltrona ao lado falando com alguém e pelo visto o papo esta ótimo, meus pais disseram que vão precisar voltar para seus trabalhos e meus tios também, meu irmão disse que iria encontrar com meu primo Gael e se foi deixando nós três sozinhas.

Laura está mexendo nos meus cabelos, até que o celular dela vibrou, ela tirou do bolsa da sua calça moletom e começou a mexer, depois ela colocou sob a branquinha de canto ao nosso lado.

— Gente, acabei de receber um convite pelo WhatsApp, um amigo da faculdade me convidou para ir a uma festa em um barco lá na praia de Ipanema, vamos?

— Aí Laura, acho melhor não, você viu os jornalistas lá fora quando chegamos.

— Aí Maya deixa de ser careta, vamos...

— Tá, mas com uma condição...

— Qual?

— Carlos vai com a gente...

— Tá, tá bom — disse revirando os olhos.

Ela e Luna odeia seguranças, eu as entendo mas não temos para onde correr. Rapidamente ela perguntou a Luna se ela queria ir e ela disse que não, certamente ela quer conversar com quem está do outro lado da linha.

Fomos para o quarto e eu peguei um biquíni ciganinha preto florido e Lis um biquíni asa delta com bojo. Pegamos nossas cangas brancas de renda iguais e descemos para sala, logo vejo Laura linda com um rabo de cavalo alto e usando um biquíni cortininha branco de amarrar com detalhes dourados.

— Luna você tem certeza que não quer ir não é?

— Aí gente, tenho, odeio praia —disse afastando o celular do ouvido.

— Tá bom, tchauzinho..

— Tchau meninas — respondeu sorrindo.

— Praia, ai vamos nos — disse Laura, eu e Lis rimos.

Seguimos para garagem e pedimos para Carlos ir de roupa de banho e depois de muita relutância ele aceitou, fomos de carro com ele dirigindo para o tal barco na praia de Ipanema, fomos o trajeto inteiro rindo das piadas de Lis que por sinal fez o belíssimo favor de contar a Laura sobre Heitor, após alguns minutos chegamos e mandamos o Carlos ficar um pouco afastado do barco.

Quando chegamos vimos uma lancha aberta e pegamos, o barco está cerca de alguns metros distância, o dono da lancha se aproximou com a lancha do barco e nos tiramos nossa canga, quando subimos olhei para dentro e notei que já tinha algumas pessoas, mas não tantas, logo Laura seguiu na frente toda animadinha, olhei para Lis e ela saiu em minha frente sorrindo, respirei fundo e entrei.

Logo Laura se aproximou com um rapaz bonito, alto e magro porém um pouco definido.

— Meninas, esse é o Jhon, ele é o aniversariante do dia — disse olhando para nós e olhou para ele em seguida — Jhon, essa são Maya e Lis...

— Olá meninas, muito prazer — estendeu a mão em nossa direção eu apertei e logo Lis fez o mesmo.

— Prazer é todo meu — falei e Lis apenas acenou gentilmente.

— Fiquem a vontade, curtam a festa — disse se afastando.

A música Dreams Girl remix começou a tocar e Lis e Laura começou a dançar, eu fiquei um pouco tímida mas Laura me puxou para dançar, comecei a rebolar no ritmo da dança acompanhando as meninas, alguns caras ficaram nos olhando e nos admirando, Lis logo viu uma mulher que chamou sua atenção e foi até ela, pelo visto ela se deu muito bem por que a menina logo puxou papo com ela.

Continuei com minha dança com Laura e fui dando para trás sorrindo até que bati minhas costas em um peitoral forte.

— Me desculpa eu...

Não consegui completar a frase pois estou chocada com quem estou vendo na minha frente com um sorriso malicioso, ele me olhou de cima a baixo e mordeu o lábio, Aí senhor, esse homem não poderia ser menos gostoso?

— Desculpas aceitas, bonequinha...

— Você aqui de novo cara? Por acaso você está me perseguindo? — falei com petulância.

Ele riu e abaixou a cabeça, quando levantou a mesma me encarou trincando o maxilar e olhou bem no fundo dos meus olhos. Isso me causou um estranho frio na espinha e senti minhas bochechas queimarem.

— Adoraria, mas não, fui convidado para esta festa...

— Maldita hora que aceitei vir — ele sorriu e se encostou na lateral do barco.

— Aceita tomar um drink?

Eu me aproximei e fiquei entre duas pernas, encostei meus lábios em seu ouvido em seguida e senti sua respiração pesada.

— Vai sonhando.. — sussurrei e eu senti que ele estremesseu.

Me afastei mas não fui muito longe, pois o homem pegou em meu pescoço com um pouco de força, só que infelizmente meu corpo traída me fez sentir um desejo forte e louco.

— Me solta seu maníaco — rosnei.

— Maya, Maya, você ainda vai ser minha eu garanto — disse com os lábios próximos aos meus.

— Continua sonhando — sussurrei o encarando firme.

— Isso, pode me provocar, vou te deixar bem a vontade bonequinha — disse e me soltou com um sorriso diabólico.

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Luna Mancini

Laura Mancini

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Olá pessoal, e aí o que acharam desse capítulo? Será que dessa vez Heitor vai pegar Maya de jeito?

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