Regra 9 (Rue)
Jules deitou próxima a mim.
-Tem uma aranha do meu lado.
-Hm.
Estava dormindo, mas ainda podia a ouvir e sentir seu cheiro ao se aproximar.
-Rue?
-Hm.
-Tá frio. Pode me abraçar?
-Hm.
Virei e coloquei meu braço sobre ela, depois a puxei para mais perto. Acordei muito tempo depois, ainda estava abraçada à ela. Puta que pariu, por que tão trouxa?
Tentei me afastar, mas ela me puxava para mais perto como se eu fosse um cobertor.
-Jules.
-Hm.
-Eu tenho que ir ao banheiro.
Ela me puxou para muito perto. Senti sua respiração, seu doce cheiro adentrando as minhas narinas, seus lábios mais perto... Balancei a cabeça e me afastei.
-Não. -Ela soava brava.
-Eu tenho que ir ao banheiro.
-Não tem.
Ela abriu os olhos.
-Quer que eu faça xixi aqui?
Ela riu.
-Não.
-Então, me solta.
Ela se inclinou e tocou no meu nariz. Meu corpo estremeceu.
-Pode ir.
"Não quero mais". Porém fui no banheiro químico, já estava nojento, mas era isso ou o mato. Ao sair do desastre químico me deparo com todas fora da barraca encarando algo.
Não conssgui ver. Elas tapavam minha visão. Caminhei três metros até enxergar, roupas da Kat e da Maddie rasgadas nos baixos galhos.
-O que fizeram com elas?
Olhei para Jules.
-Eu não sei. -Sua voz estava abalada.
Olhei de relance para Lexie e Cassie, elas não expressavam reação, o choque era muito grande. Minha cabeça girava e meu coração disparava.
-Tem um bilhete. -Disse Lexie à Cassie.
Ela o pegou e leu distante de nós. Reparei que havia outro.
-... Só poderemos usar essas roupas. -Resumi para Jules.
Ela revirou os olhos.
-Não gostei.
Mostrei o dedo do meio para a pilha de roupas.
-Exato. -Disse ela.
Nós vestimos após a outra dupla. Segundo o bilhete, teríamos que sair por uma saída escondida, não demorou muito até acharmos uma no chão à 3 km de nós.
-Qual o desafio? -Jules me olhou sem esperanças.
-Sobreviver.
-Como?
Eu entreguei o pedaço de papel à ela.
-Também diz que é o último desafio.
-Foi fácil. -Disse eu.
-Ou não. -Disse Jules apontando para uma dupla segurando um arco e flecha para nós.
-Vocês morrerão!
-Qual seus argumentos? -Jules colocou as mãos na cintura.
-Duas mulheres, sendo uma delas trans e outra negra.
-Dois homens héteros brancos cis acham que merecem viver mais do que a gente? -Eu ri. -Nem fudendo.
Puxei Jules e sai correndo. A nossa sorte foi que eles eram péssimos em mira, e só acertaram a décima flecha em outra dupla.
-Precisamos de uma arma. -Disse eu.
A respiração de Jules estava ofegante pela corrida.
-Eu estou apaixonada por você Rue.
-O QUÊ?
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