Regra 17 (Cassie)
Sentamos em um tronco de árvore no chão.
—Humph.
—Cansei.
—Temos que andar muito ainda. –Disse Nate desanimado.
Revirei os olhos.
—É o custo pra nossa liberdade.
A Guia riu.
—Vocês acham que vão me sequestrar e ninguém vai vir atrás de mim?
Ela continuava a gargalhar. Que ânsia de vômito.
—Achamos. –Maddie a olhou. —Ninguém se importa com você. Já se perguntou por que você sempre tem contato conosco?
—É minha função.
—É uma função perigosa. –Maddie riu.
Ouvi algo nos arbustos. Me virei armada. Nate e Rue fizeram o mesmo.
–Um esquilo, sério?
Eu ri aliviada.
—Nós temos que continuar. –Disse Nate. —Todos estão bem?
Assentimos. A Guia reclamou um pouco, não ligamos. Continuamos a nossa caminhada. Reparei nas mãos dadas de Rue e Jules, olhei para Maddie, ela sorriu e eu retribui.
Passamos por falsas cachoeiras, rios e tudo mais que uma falsa floresta teria. Apenas paramos ao anoitecer para comer e cochilar no chão coberto de folhas secas.
Acordei coçando meus olhos, Maddie estava olhando para alguma direção boquiaberta.
—Viu um fantasma? –Perguntei.
—Oi Cassie. –Disse Kat.
—Mãe do céu! –Exclamei surpresa.
—Você tá viva. –Maddie se levantou com lágrimas nos olhos. —Como?
—Me salvaram. Houve uma rebelião na Casa Amarela. Muitos fugiram. –Ela me olhou. —Eles não querem guerra só querem achar um jeito de escapar.
—Nós sabemos um. –Disse Nate sentando.
Kat estava surpresa. Talvez pelo fato de Nate estar nos ajudando ou porque ele tem um plano, qualquer um dos dois soa assustador.
—Como?
Nós explicamos. Ela se sentou ao lado de Maddie e segurou a mão da morena.
—Parece arriscado.
Eu pisquei.
—Nós não somos funcionários. Como vamos sair por lá sem sermos reconhecidos?
Eu não tinha pensado nisso. Tudo parecia tão bom.
—Nós sequestramos a Guia. –Disse Maddie satisfeita.
—Ninguém se importa com ela Mady.
Maddie sorriu ao ouvir o apelido.
—Algum benefício ela tem que trazer.
—Kat?
Jules correu em sua direção a abraçando fortemente. Rue sorriu para a mesma e ergueu a cabeça cumprimentando. Kat retribuiu.
X
—NÃO.
Olhei para Maddie. Ela carregava um pote vazio.
—QUEM TOMOU A MINHA SOPA, EU JURO QUE VOU M-
—Fui eu bebê, perdão.
—Ah, tudo bem. –Maddie sorriu.
Eu olhei para ela agradecendo. Eu tomei a sopa, não sabia que era da Maddie, não me atreveria a chegar perto da comida dela.
—Vamos? –Rue nos olhou.
—Vamos. –Respondi.
Andamos mais, Nate nos disse que estávamos nos aproximando.
—Quantos km?
—3.
Bufei. Aproveitei para olhar para o céu, coberto de vegetação, não conseguia vê-lo.
—Podemos cantar uma música de trilha? –Maddie perguntou, ela fica toda boba quando está próxima da namorada.
—Claro. –Disse Kat.
Então, cantamos. Quando não sabíamos a letra, Rue fazia barrulhos de trompete nos fazendo gargalhar.
—É aqui. –Disse Nate.
Olhei para minha frente, mais floresta, um lugar completamente fechado pela natureza.
—Ou era para ser.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top