Regra 12 (Rue)

Eu preferi não conversar com Jules sobre os sentimentos dela, ou melhor, os nossos... Eu gosto dela, realmente gosto, me vejo envelhecendo ao lado dela.

Mas, Lexie é tão perfeita pra mim, nós nos conhecemos a tanto tempo. Seria tão perfeito ficar com ela. Suspirei.

—Tá tudo bem? –Perguntou Jules.

—Minha costela. –Menti.

—Quer apoiar em mim? –Ela notou que eu estava mancando.

Neguei sorrindo de canto.

Se eu estivesse com alguma droga, tudo estaria melhor, isso doeria menos e eu tenho certeza que eu teria me resolvido quanto à elas. Droga de mato, droga de Jogo, vai tomar no cu, eu odeio ficar sóbria.

Respirei fundo ao passarmos por um lago artificial. Pelo menos, não tenho mais crises, eu chorava toda noite em silêncio, enquanto todas dormiam.

—JULES.

Rue saiu dos seus pensamentos ao ouvir Jules em perigo. Ela correu em direção ao grito. Um adolescente da idade delas havia esfaqueado Jules.

Rue o reconhecera, ele tinha ido com Maddie e Kat. Se ele está livre, onde estariam as duas?

—Tá tudo bem?

Jules desmaiou. Segurei sua cabeça para evitar de bater na pedra. Me inclinei para aguentar o peso, ficando próxima à ela, Jules é muito mais bonita de perto, em seus mínimos detalhes.

Meu coração pulsava forte, me afastei dela, melhor não. Eu me agachei distante dali.

—O que tá fazendo? –Disse Lexie.

—Procurando munição.

Eu olhei pra ela, Lexie estava corada.

—Levanta a calça.

—Você só me avisa agora?

Ela riu e agachou ao meu lado.

—Achei.

Eu a encarei brava.

—Sério?

Ela sorriu.

—É.

Revirei os olhos.

-—Mereço.

—Tem uma ali, mas eu preciso...

Ela se esticou para alcançar a munição, porém escorregou e nos derrubou, caindo em cima de mim. Bem próxima. Ela se inclinou um pouco mais e me beijou.

Foi bom, mas não foi o que eu imaginava. Eu nos separei, meus pensamentos foram pro lugar e só me veio uma pessoa em mente; Jules.

—Vou checar na Jules.

Ela mordeu o lábio, porém não disse nada, ficou ali estática me observando levantar.

—Cassie, cadê a Jules?

—Ela foi atrás de você.

Saí correndo reto, direção oposta da qual vim. Jules estava sentada olhando pra uma árvore.

—Jules.

—Eu entendi. Você não precisa falar nada.

Ela me aproximou, seus olhos estavam marejados, ela brincava com uma flor branca.

—Você não gosta de mim e tá tudo bem.

—Você entendeu errado...

—Eu tô apaixonada por você, vai doer te ver com outra, mas uma hora eu acostumo, claro, se a gente sobreviver.

—Jules.

—Por favor, me deixa quieta.

—Você é...

Ela me olhou, aqueles olhos perfeitos, os quais carregam o mundo. Você é perfeita demais pra mim.

—Você é uma pessoa incrível.

Ela encarou o chão. Meu coração foi se partindo.

—Eu vou pra lá.

Fiquei a observando sair.

"Droga, eu estou apaixonada pela Jules".

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