Il Destino Chiama, Lei si Arrende
Irina
A morte de Virgílio e Ângela me lembrou a morte de meus pais, uma culpa imensa invadiu meu peito, eles morreram devido à promessa que fiz aos meus pais, eu coloquei a minha vida acima da deles e agora eles estavam mortos.
A dor de Aldo era minha culpa, eu não pude evitar chorar, mas não foram os braços de Aldo que me consolava, Ricco me puxou para o seu colo, enterrando a cabeça em meus cabelos.
Aldo não me olhou nenhuma vez desde que saímos do Brasil, eu tentei estar perto dele, mas ele me afastou, nem mesmo no velório ele me permitiu ficar perto, eu não sabia mais o que fazer, então cedi e deixei Ricco conduzir a nós dois como ele quis.
Ricco sabia da importância que Virgílio e Ângela tinham na minha vida, por isso não me fez perguntas, nem exigências apenas esteve lá, ao meu lado.
Após o enterro os líderes das famílias e outros homens se fecharam no escritório, Vitto não foi com eles, e passou cada minuto me encarando, eu pude ver o olhar presunçoso em seus olhos.
Eu queria gritar que fora ele o assassino, que o responsável pela morte daqueles que foram como pais para mim, estava bem ali ao alcance de suas armas.
Mas eu conhecia o poder de Vitto, eu seria a última a morrer, ele faria questão disso, ele limparia a sua faca em meus cabelos quando matasse o último homem.
Eu vi Aldo seguindo em direção a casa da árvore, ele sempre ia para lá quando o telhado não era uma opção.
— Oi! Posso entrar?
— Acho melhor você voltar, não devia estar aqui fora nesse frio.
— Aldo deixe-me te ajudar, não quero que sofra sozinho, você me afastou desde que saímos do Brasil, por favor, deixe-me ajudá-lo.
— Já disse para voltar para casa Irina, eu não preciso da sua ajuda, a menos que ela seja útil para pegar o assassino dos meus pais, eu não preciso de nada além disso, agora saia daqui, volte para o seu noivo, volte para a sua vida segura e me deixe.
— Aldo não fala assim comigo, por favor eu amo você, eu quero ficar ao seu lado, não me manda ir embora por favor.
— Quando você me mandou, eu fui, agora dê-me o mesmo benefício e saia daqui, Irina, por favor.
— Mas você disse que, o que aconteceu no Rio, eu pensei que você me amava — implorei tocando o seu braço.
— Isso não tem nada a ver com sentimentos, Irina, tem um assassino a solta, pegá-lo é mais importante, vá com Ricco você estará segura com ele, você tinha razão eu não posso ser o que você precisa.
Eu não podia ouvir mais nada ele me rejeitou novamente, fez exatamente o que eu temia, ele fez meu coração bater mais uma vez e depois o quebrou em um milhão de pedaços.
— Você está bem? Onde você estava? — perguntou Ricco me parando no meio dos degraus. Eu estava tão atordoada que não o vi descendo.
— Fui ver Aldo, ele está na casa da árvore.
— Sei, e como ele está? — perguntou estudando meu rosto, eu dissera a verdade, algo me dizia que Ricco sabia de mais do que eu queria que ele soubesse.
— Bebendo muito, ele não quer falar comigo, me mandou embora.
— Não fique triste por isso baby, ele está sofrendo logo ele volta a razão. Vou levar você para casa, não é seguro ficar aqui.
Eu não tinha outra escolha, se dissesse não Vitto iria se deliciar comigo em um espeto, Aldo não me queria, então eu não iria mais resistir, era hora de parar de lutar contra o meu destino, era isso que o meu pai queria, era vontade dele que eu ficasse com Ricco Venni, Ricco pode me manter segura e o amor do Aldo não é grande o bastante para querer mais para nós.
Juntei todos os cacos do meu coração e voltei para casa, era hora de ser a mulher perfeita, uma que não fala não ouve e não deseja nada além de fazer seu homem feliz, mesmo que a felicidade dele não seja ela, e sim todas as outras.
Na volta para casa Ricco não me dirigiu a palavra nenhuma vez, no entanto, não deixou de me observar, eu tentei não me prender a isso e passei a viagem inteira fingindo dormir.
Eu já vira Ricco irritado e violento em muitas situações, mas nunca comigo. Mesmo quando algo o desagradava ele se continha de modo a não me atingir nem mesmo com palavras.
Mas desta vez ele parecia diferente, não podia decifrá-lo a partir de suas expressões. Quando chegamos a casa Ricco desceu do carro, dando a volta me ajudou a descer.
— Venha. — disse segurando minha mão e me conduzindo ao meu quarto.
Ainda frio e me encarando o tempo todo e ele me fez sentar na cama.
— Três perguntas, me responde da forma que preciso saber, capisce?
— Ricco, você está louco? Porque isso agora, não falou uma palavra comigo durante a viagem, e agora isso, o que está acontecendo?
— Primeira pergunta, você ama o Aldo?
— Quê? Não, pelo menos não disse jeito.
— De que jeito, Irina?
— Você entendeu o que eu disse, eu amo o Aldo como a um irmão. — menti com dor no peito. Ele não disse nada apenas me olhou mais sério.
— O que houve entre vocês dois? Aldo quer você?
— Não, claro que não, ele estava preocupado comigo só isso
— Então me diz o que aconteceu na praia, e não minta para mim.
— Não aconteceu nada Ricco eu juro.
— Mentira! — ele gritou chutando a cadeira em que estava sentado e ela se partiu contra a parede. — eu não vou perguntar de novo.
— Eu vi você... Na boate... Eu subi para usar o banheiro do escritório, e vi você e aquela vadia asiática. Fiquei fora de mim, foi por isso que Aldo me levou à praia. Eu sempre soube dos seus casos, eu via um olhar ou outro, mas te ver "fottere quella vacca" em seu escritório foi demais para mim.
Ricco tomou uma respiração mais profunda, mas não disse nada.
— Eu não queria isso para mim, não queria ter que passar a minha vida dividindo o meu marido com um monte de mulheres, eu só tive medo pelo meu futuro. Aldo só me levou a praia por que eu precisava chorar, não fizemos nada de errado juro Ricco.
— Sinto muito ruiva, eu não queria que você visse algo assim, você não merece o que fiz com você. Merda baby eu não sei se estou pronto para isso, mas vou tentar. Prometo que vou tentar.
Ricco veio para cima de mim, me arrastando com ele até a cabeceira da cama, seu corpo sobre o meu ele lambeu meu pescoço levando a língua até a orelha e puxou o lóbulo com os dentes.
— Será que você consegue Irina? Você consegue ser suficiente para a mim? Sou um homem de paladar exigente, e sou muito faminto, ruiva. — Ricco rasgou meu vestido deixando os pedaços no chão, a calcinha e o sutiã seguiu a mesma pilha.
— Hum! Eu acho que posso viver com isso. — disse ao morder meus mamilos esticando-os ao máximo entre seus dentes.
Eu sacudi minha cabeça, mandando Aldo e sua indecisão para o mais profundo do meu coração, se Ricco podia ser só meu eu seria só dele.
— Deixa eu te mostrar que posso ser o suficiente para você Ricco. — prometi devolvendo seus beijos com luxúria, entregando-me ao meu carma.
Empurrei seu corpo para fora e ele entendeu o que eu queria. Deixei minha boca mostrar a ele, enquanto ele gemia eu aumentava a velocidade das minhas mãos e língua.
— Ah! Posso viver com isso baby, mas quero estar dentro de você quando eu gozar, vire-se para mim ruiva, quero essa bunda gostosa hoje, mas primeiro quero ver você gozar para mim.
Independente de sentimentos, Ricco sabia falar através de seu corpo e obtinha respostas a todas as suas perguntas, eu gozei nas suas mãos, na sua língua, no seu pau, e depois me dei a ele como ele pediu até que ele gozou com um gemido gutural gritando palavrões que deixariam um padre de orelhas vermelhas.
— Irina, quero que você vá a um médico, encontre um método anticoncepcional mais seguro, não usarei mais preservativos com você, mas antes vou fazer exames para que você se sinta tranquila, capisce?
— Sim querido, eu cuidarei disso pela manhã.
— Baby, eu vou preparar tudo para que nos casarmos aqui no Brasil, não estamos em clima de festas em Vennidit, mas quero legalizar a sua situação, mas eu já te disse antes não quero filhos até que eu pegue esse desgraçado, isso não é discutível, você me entendeu?
— Sim e eu concordo com você, não seria certo trazer uma criança para o meio dessa guerra. — eu não traria uma criança para esse mundo se eu pudesse evitar.
— Bom, eu não vou te ferir mais com as minhas escapadas, eu prometo. — sussurrou em meu ouvido antes de se levantar.
— Vou trabalhar mais um pouco, e Irina, você-é-minha, não se esqueça disso, capisce? — Ricco disse a porta sem olhar para trás.
O vento frio na minha espinha me disse que se eu sabia o que era bom, eu sempre me lembraria disso.
Ricco cumpria a sua promessa, se ele ainda me traia, ele era muito mais cuidadoso agora, no entanto, eu que era uma esposa troféu, havia me tornado o seu maior tesouro. Ele me exibia nas festas, em eventos no clube. Eu estava sempre ao seu lado, sempre me tocando, e fazendo demonstrações públicas de que ele estava comprometido comigo.
Havia um enorme anel de noivado em meu dedo agora para provar, bom para mim e péssimo para as mulheres que pareciam viver em um eterno velório todas às vezes que nos viam juntos.
Ricco mandou trazer um de seus primos de Vennidit para me acompanhar a todos os lugares. Ricco não confiava em pessoas de fora das famílias, mal sabia ele que o seu maior inimigo comia com ele à mesa, e ele o chamava de "titio".
Vincent Scaranzo era um homem perigoso, eu não gostei dele logo que o vi, mas como eu saia de casa sozinha apenas em raras ocasiões, eu não me importei muito, afinal eu mal via o segurança.
Eu já não pensava tanto mais em Aldo, e embora eu me sentisse um tanto fraca eu estava começando a respirar novamente. Eu não ouvia falar dele há semanas e esperava não ouvir falar dele até o casamento, mas segundo a lei de Murphy "nada é tão ruim que não possa piorar" teoria tristemente provada por mim.
Estava curtindo todo o prazer do sol quando fui surpreendida por meu insaciável noivo, ele não mentiu quando disse que sua fome era grande.
— Você é muito gostosa minha ruiva, eu poderia passar a minha vida toda aqui. — ele disse e senti a picada forte da palma de sua mão em minha bunda arrancando um grito da minha garganta.
— Ei! — gritei em protesto — se quebrar o prato não poderá comer nele depois — Ricco riu e depositou um beijo em minha testa.
— Sei cuidar do prato e da iguaria servida nele — riu presunçoso — Irina você foi ao médico? Essa injeção está te fazendo mal, resolva isso logo eu não quero ter que voltar a usar camisinhas, capisce?
Acenei, mas não disse a ele que já havia ido ao médico e feitos os exames necessários agora só iria retornar para pegar os resultados e uma nova receita.
— Aldo está vindo amanhã, mas não ficará hospedado aqui, ele preferiu um hotel. Vou dar uma festa de Boas-vindas para ele amanhã, você pode cuidar disso não é mesmo? — ele disse me olhando, estudando minhas reações.
— Claro, mande a lista de convidados, eu cuidarei do resto. Aldo está bem? — perguntei tentando parecer interessada em ser uma boa anfitriã. — Vai ser bom vê-lo, ele estava muito mal da última vez que o vi.
— Verá com seus próprios olhos quando ele chegar. — respondeu ríspido, e um arrepio de alerta percorreu minha espinha.
Aldo voltou? Porque ele não me deixava ir, não era só com meu coração que ele estava brincando, era a minha vida, mas desta vez eu não o deixaria chegar tão perto.
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