5. Jazz

Os corpos na pista de dança balançavam no bailar estranho do charleston, nova moda entre os dançarinos. A alegria transbordava pelos movimentos e nas notas alegres dos metais que ditavam a farra.

Até que chegava o final da noite, a casa esvaziava e eu cantava minhas melodias melancólicas de jazz para as paredes imundas e para os bêbados semi adormecidos que lançavam um doesto ao léu, únicos ouvintes junto dos funcionários, tão cansados de mim e da minha voz.

Na cidade embriagada em diversão, eu era apenas uma cantora de jazz solitária em um cabaré qualquer. Ninguém se importava comigo.

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