Capítulo 15
— Ah.. hm temos que ir para a ilha, decidimos ir hoje. Agora.
— Regra nova, eu quero saber de tudo antes de me colocarem nos planos. —Coloquei meu capuz pra cima e saí do quarto, ficando mais próxima deles.
— Vamos conversar, aonde podemos ir?— Fechei minha porta e esperei ate que ele apontou para a porta de entrada, chamamos os outros e fomos todos para a mesa no jardim.
— Primeiramente, gostaria de explicar o caso dos piratas, vamos ter contato com eles de novo e gostaria que você soubesse de tudo, Olivia. — Fiz uma cara que parecia ter saído da sua coleção do deboche, eu não acredito nisso.
— Primeiramente, quero que saiba que sou uma pessoa muito apegada às minhas sensações e conceitos. Não estou com vontade de ouvir você mudar os fatos que na minha cabeça já estão concretos e muito bem expressados.
— Isso se chama mente fechada, e não é muito seu feitio.
— Você conseguiu fazer a cabeça de todos aqui tão rápido?
— Você apenas não quer admitir que não tem motivos para não gostar de mim.
— Ah, acredite, eu tenho muitos!
— Chega gente, esse não é o ponto dessa conversa.
— Verdade, Dante.— Anastácia concordou.
— Não interrompa outra conversa minha, eu tenho meios para te fazer calar essa boca.
— Você está ameaçando-o?— Disse isso e senti que minha paciência estava se esvaindo.
— Sim. Estou.— Max ajeitou o cabelo como se alguém tivesse lambido aquilo, e se ele não quer bagunçado, é o que eu quero. Me levantei da mesa alterada quando disse "Assim não dá!"
— Senta aí logo e vamos terminar isso, não precisamos nos falar depois. Você já está me enchendo o saco, nem meu grande bom humor aguenta você.
— Babaca.
— Idiota.— Mantivemos um silêncio estranho por 5 segundos e Clark começou a falar.
— Queremos propor um acordo, vocês nos ajudam a descobrir sobre esses encantos e nós levamos vocês para casa.
— Hahaha, nós morremos tomando algo dos piratas e vocês voltam pra casa seguros, traduzi? Mas é claro que não. Não!— Talvez eu tenha soltado a risada mais verdadeira da minha vida.
— Olivia!
— Ana, eles querem se aproveitar das nossas habilidades nos mandando para a cova, aqueles papéis dos encantos você acha que eles entregaram para gente de bom grado? Eles roubaram! Não vamos pra linha de frente!
Eu estava gritando por dentro e por fora, não tem nada que eu não suporte mais do que pessoas que não me ouvem.
— Você fala como se fosse a melhor lutadora e que caíssemos aos seus pés.— Max falou com tanto desdém que eu nem pensei no que faria, apenas acertei dois socos nele com esse sentimento me esmagando por dentro, era como se eu estivesse em colapso, então recebi um chute forte no quadril, me empurrando, e os guardas já estavam me segurando quando fui tentar, de forma falha, golpeá-lo de novo gritando com ele.
— Cala essa sua boa de merda.— Tentei analisar a situação de fora e nenhuma opção sai boa, eu sendo arrastada pelos guardas ate dentro do castelo, gritando. Parabéns Olivia, condenada a morte por não aceitar um acordo que te daria o mesmo fim!
Quando achei que tudo estava perdido, ouvi Max mandar eles me soltarem enquanto vinha em minha direção. Libertaram meus braços em frente ao portão, e ele passou por mim batendo nossos ombros de propósito ao dizer "vá embora" tão frio que me deu vontade de quebrar a droga desse gelo com mais soco. Estou com aquela sensação intrigante de contradição, e isso me comanda. Não gosto nada disso. Como assim eu só tenho essa opção? Agora eu preciso da outra, agora eu quero o acordo.
Olhei para baixo e só então percebi o pouco de sangue que tinha na minha mão, isso dói mesmo. Todos vieram querer brigar comigo, mas a minha falta de resposta, fez eles pararem de falar. Eu decidi aceitar, aquilo era como uma imposição na verdade. Max mandou Clark nos avisar que o barco estava pronto, a festa estava rolando de tarde e nós fingiríamos um passeio. Fomos para lá e ninguém estava falando ou se olhando depois de tudo que aconteceu. Estávamos partindo no por do sol e eu me perguntava como minha mãe estaria.
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