Capítulo 12. Noite de jogos.

Por algum motivo Íris não foi acordada pelo seu despertado que costumava ser insistente durante horas, abriu os olhos com certa dificuldade estava deitada na cama, deitada no meio da cama. Encarou o teto, não se lembrava de como chegou ao quanto, na mesa de cabeceira estava seu celular já passava das 9h da manhã.

Não se lembrava como chegou lá, rolou para o lado e viu o celular do lado vazio da cama, já passava das 9h da manhã ela rolou suavemente pelos lençóis macios, ultimamente todos os dias pareciam sábados preguiçosos ou domingos entediantes, não havia muito o que fazer. Poderia passar o dia na cama mas acabou mudando de ideia.

Tomou um banhou e colocou uma roupa simples, não tinha o que fazer. Caminhou até a cozinha seu dia não começava sem um forte café, quando chegou viu Oliver parado era um perfeito Adônis, sua camisa estava molhada de suor guardada em seu corpo deixando evidente os seus músculos definidos, parecia câmera lenta quando ele tirou a camisa e colocou sobre o ombro, exibindo sua barriga definida com leve curvas, gotas de suor escorriam pelo seu rosto e pescoço, a respiração estava ofegante e sua face corada. Era possível seu peito subia e descia rapidamente.

Oliver estava extremamente sensual, Íris sentiu sua boca encher de água com aquela cena.

— Bom dia — Oliver disse se virando pra Iris, sabia que ela estava ali o rosto branco da moça tomou um rubor suave e um sorriso surgiu nos lábios de Oliver.

— Bom dia — Iris disse após desviar o olhar dele um pouco constrangida. Talvez fosse a mente criativa dela, mas homens suados realmente tinha um Q mais sexy, homens lutando também, ou cortando madeira, provavelmente era sua biologia a procura de alguém para procriar.

— Dormiu bem?

— Como uma pedra, nem lembro de como cheguei na cama.

— Eu te levei até lá. — Oliver comento, ele se encostou na pia e sorriu — você dormiu no sofá, te coloquei na cama agora pela manhã.

A mente de Íris vagou um pouco, ela havia dormido no sofá e ele? Diversas perguntas surgiram na sua cabeça mais ela resolveu se cala já que explicações as vezes eram complicadas de se dar. Oliver por outro lado se lembrava de tudo, Íris dormiu no sofá e ele também, mas dormiu sentado, seu corpo estava dolorido pela posição enquanto ela ficou esparramada no sofá, quando a pegou no colo para levar para o sofá ela reclamou um pouco, algo adorável e fofo.

— Vou fazer café. — Ela acendeu uma boca do fogão e colocou a água para ferver.

— Vou tomar um banho e volto para tomar café com você.

Oliver passou por Iris e deu um beijo seu bochecha a fazendo corar novamente, antes de ir para o banheiro.

A corrida havia deixado Oliver desgastado, ele deve ter dado três voltas em todo o condomínio, custava correr mais, agora ele precisa procurar coisas que colocasse a segurança dele em risco. Não achou nada de especial, não havia muitas crianças no condomínio, havia conversado rapidamente com o jardineiro quando parou que contou um pouco do condomínio, idealizado e feito pelo filho de um vereador chamado Pietro, ele era casado com Kelly, pelo visto poucas pessoas gostavam dela, naquele ambiente.

Após o banho, Oliver voltou para cozinha, Iris tinha feito café e estava comendo uma torrada, secada e mexendo no celular.

— O que está fazendo?

— Jogando e você? — Ela disse sem desviar o olhar da tela.

— Vou tomar café com a minha linda esposinha.

Oliver se serviu de café e sentou no balcão olhando o que Íris jogava, era algo de montar.

— Não vai comer a torta da vizinha? — Oliver perguntou enquanto colocava café em uma xicara.

— Vai que tem veneno.

— Ela não me envenenaria. — Oliver sorriu para Íris.

— Engraçadinho. — Íris revirou os olhos para ele, parecia que estava a provocando, quantos anos tinha pra agir desta forma? — Precisamos mesmo ir nesta noite de jogos, eu não gostaria. Somos jovens, isso nem faz sentido.

— Somos um casal jovem, precisamos de amigos que sejam uns casais também — ele comentou enquanto lia o portal de noticias da policia federal.

— Não somos um casal jovem, e jogar parece coisa que meus pais fariam.

— Eles fazem? — Era curioso, mas talvez casais mais velho que não tem mais assunto faça noites de jogos, de onde ele veio não era comum. Na realidade poderia até ser, teve uma época que sua mãe jogava carta com as amigas mas era uma desculpa para beber com as amigas e falar mal dos homens.

— Estou dando um exemplo Oliver, não precisa ser tão literal.

— Ah tá. — Ele terminou de tomar o café — Vamos, de qualquer forma, vai ser bom fazer reconhecimento.

— Você sempre age como um policial?

— Eu sou um policial, Íris — Oliver tirou os olhos das noticias e olhou a moça, não sabia bem o que tinha de mais e agir como um policial e qual era o significado disso.

— É que você parece que — um suspirou saiu dos lábios de Íris, como explicar que parecia frio, calculista e grosseiro sem ser ofensiva.

— Pareço? — Os olhos de Oliver estreitaram sobre ela, seu foco se voltou totalmente a garota sentada a sua frente, ela encolheu os ombros suavemente.

— Sério — Era o melhor que ela conseguia.

— Pode ser.

Oliver voltou novamente sua atenção para o portal de noticia, lendo as ultimas apreensões do seus colegas, ele não estava com saudade do seu lar físico, mas sentia falta das pessoas e de seu trabalho.






Não era seu evento favorito, sair com pessoas em lugar desconhecido e sem contar o fato de estar sendo perseguida por um bando de caras do Narcotráfico, claro que isso poderia ser comum para algumas pessoas mas não era Íris, na realidade neste momento ela tentava procurar alguma referencia de alguém que estava tão ferrada com ela e sua mente dava um gigantesco branco.

Sair de casa, deixar suas coisas, deixar seu emprego, suas crianças, suas roupas, seus sapatos.

Agora era o momento da viagem em que Íris mais odiava Oliver, o fato dele ser bonito não o tornava uma pessoa com ela conviveria.

Naquele momento estava a vida de Íris parecia uma comédia romântica onde a mocinha procura roupa e não encontra nada, bom ela observou as poucas peças que conseguiu pegar da sua casa, havia apenas uma e talvez isso deixava ela com mais raiva ainda. Íris havia comprado um vestido para uma confraternização da escola.

A peça de roupa estava em cima da cama e encarava Íris, talvez ela devesse ir de roupão. Ele era um vestido de alças finas, rosa claro com babado na lateral e flores desenhadas. Agora ela o odiava.

Não havia tanta escolhas, Íris tirou o roupão e colocou o vestido, ela se olhava no espelho impaciente, Oliver parou na porta, se recostou no portal e deu um leve toque para chamar atenção.

— Que droga — Iris reclamou se olhando no espelho, pensava em como aquelas outras mulheres estavam vestidas. Ver Oliver na porta a deixou novamente com raiva.

— Vamos? — Oliver observou a cara de poucos amigos.

— Não quero ir, não tenho roupa — Ela bateu o pé no chão, estava se sentindo pior que uma criança teimosa.

— Você está linda — Oliver diz com a voz doce, era obvio que se tratava de elogio apenas para agradar Íris.

— Diz isso por que você tem roupa.

Oliver estava com a roupa perfeita, era simples e distinto. Uma calça jeans de lavagem escuta, um tênis branco que parecia brilhar e uma camiseta preta que deixava seus músculos aparente, ela o odiava ainda mais por ter pensando que ele estava perfeito na roupa.

— Estou de Jeans e camiseta.

— Homens não tem tantas opções como nós.

— Vai dar tudo certo.

— Esse lugar devia chamar inferno. Não paraíso. — Íris se sentou na capa enquanto encaixava seu sapato no pé, sentimentos ruins não era seu forte mais estava dominada por eles.

— Esta nervosa. — Oliver se encostou na parede do quarto e observou Íris.

— Estou uma pilha. O que vamos dizer. — Ela se levantou e ajeitou seu cabelo que hoje tinha resolvido ficar rebelde.

— Somos um casal feliz. — Íris revirou os olhos, como ele poderia ser tão convencido em meio a uma tragédia. — Eu sou um engenheiro lindo e sexy que trabalha a distância, viemos para cá, pois estamos tentando ter filhos e queremos um ambiente calmo.

— Eu não quero ter filhos com você — Iris disse sem nenhuma sutileza.

— Não adoraria ter filhos com meus belos olhos.

— Como você é metido.

Iris passou por ele batendo seu ombro contra o dele poderia ser bonito mas não precisava ser arrogante também.

Desceram a escada em silêncio, Oliver não tentou fazer mais nenhuma brincadeira isso não ia acalmar Íris, isso é um fato.

O mais magico da situação era que a insuportável, apelido que Íris deu para Kelly era sua vizinha da frente e eles só tiveram que atravessar a rua.

Quando Oliver tocou a campainha ele colocou a mão na cintura de Íris — pareça apaixonada — ele sussurrou contra o ouvido dela, ela sentiu um arrepio devido seu hálito de menta

— Devia falar o mesmo para você.

— Mas eu estou — Oliver, beijou graciosamente o pescoço dela próximo da orelha, deixando seu rosto ruborizar.

— Idiota.

— Sincero.

A porta se abriu interrompendo a conversa deles, a face de Íris veio ao chão, Kelly estava com os cabelos loiros soltos cheios de cachos, um vestido vermelho justo com um grande decote, Iris se sentiu intimidada pela presença dela.

— Vocês vieram — Kelly beijou a face de ambos — sua roupa é tão fofinha, assim como você — Ela disse sorrindo para Íris se referindo a roupa de Íris.

— Obrigado pelo convite — Oliver disse.

Ao adentrarem na casa, foram apresentados a todos os presentes. Pietro, o marido de Kelly, ostentava uma aparência duvidosa, o que levou Íris a suspeitar que sua riqueza fosse o motivo para Kelly se envolver com ele.

Havia outro casal, Jéssica, uma mulher de estatura baixa com cabelos chanel em um tom de preto azulado, e seu marido André, um respeitado delegado da Polícia Civil.

Íris sentiu uma gota de suor deslizar por suas costas quando descobriu a profissão de André. O medo de que ele descobrisse a verdade sobre Oliver e isso colocasse em risco a segurança deles a assombrou.

Todos estavam acomodados em volta da mesa de centro, repleta de caixas de jogos, petiscos e bebidas. Oliver, cortês como sempre, aceitou o whisky que Pietro lhe serviu, e fez um monólogo sobre como aquela era uma bebida rara e cara. Íris educadamente recusou o convite, sentindo-se um pouco fora de lugar naquele ambiente sofisticado.

— Como se conheceram? — A pequena Jéssica perguntou estava animada, esperando uma grande história romântica.

— Nós? — As pupilas de Íris se dilataram suavemente, ela estava se sentindo em pânico, todos se viraram e observaram a moça que neste momento sentiu suas mãos começarem a tremer.

— Posso contar? Eu adoro essa história. — Oliver segurou a mão de Íris.

— Vá em frente. — Iris não sabia, mas Oliver havia se preparado parar qualquer pergunta ou detalhe do relacionamento deles.

— Foi engraçado — Ele disse sorrindo — Na realidade foi amor a primeira vista.

— Que romântico — os olhos de Jessica brilhavam para mentira perfeita que Oliver começou a contar.

— Eu a avistei Íris pela primeira vez atravessando uma rua, ela tem uma beleza totalmente incomum, não andava parecia flutuar pela faixa de pedestres. O sinal acabou abrindo e me desencanei, apesar dela ser a mulher mais linda que já vi. Na segunda vez que avistei, ela estava caminhando cercada de crianças, em uma praça.

— Dia de exploradores da natureza?

— Sim, aquele dia. Ela conversava com as crianças e duas meninas colocam flores no seu cabelo e ela ria de algo. Não sabia o que era mais eu fiquei hipnotizado.

Iris olhava para Oliver, lembrou-se do dia dos exploradores da natureza, aquele dia Juju estava colocando flores no cabelo dela e disse que iria tio Oliver iria buscar ela naquele dia.

— Depois disso, banquei o stalker e fui atrás dela, mandei dei flores e me declarei o mais rápido que consegui, eu não podia deixar essa mulher escapar.

— Nem acredito que você estava me vendo na praça. — Iris disse baixo para Oliver, ele apenas sorriu levou a mão dela até seus lábios e deu um suave beijo.

— Quanto tempo de relacionamento? André nem é mais romântico assim.

— Foi três meses de namoro, então pedi ela em casamento, foi simples apenas no cartório, tanto que nem temos as alianças ainda — Oliver mostrou a mão — chegou errado e eu tive que ajustar.

— viu amor, eles tem pouco tempo juntos, em breve também não terá mais tanto romantismo. — André disse buscando a defesa pela sua ausência de romantismo.

— Só se Iris enjoar — Oliver beijou a mão dela, ela ainda estava chocada com a história e a mentira de Oliver, será que aquilo poderia ser real, ele estava sendo tão fofo e gentil.

— Minha festa de casamento foi enorme, não sentiu falta? — Kelly perguntou.

— Não, para mim o mais importante era a gente estar juntos.

— Ela é adorável, não disse — Oliver aproximou seus lábios ao de Iris e lhe roubou um leve beijo.

Kelly mudou de assunto o mais rápido que conseguiu voltando a atenção para si, foram horas de jogos. Após jogar ação e imagem, os seis passaram para uma partida de cartas onde Iris ganhou todas.

— Eu não sabia que jogava truco tão bem — Oliver disse perto de seu ouvido.

— Aprendi com meu avô.

— Caixinha de surpresa, minha linda, — ele beijou seu ombro nu. Mas uma vez Iris ganhou de Kelly.

Após drinks sem fim e animadas conversas, foi a hora de ir embora. Iris e Oliver se despiram de todos. Ambos estavam altos, já que Iris acabou bebendo duas taças de vinho o que era acima do seu limite alcoólico permitido.

— Quer dar uma volta? — A voz de Íris saiu alta, seu rosto estava avermelhado devido a bebida.

— Esta tarde, minha linda, nossa volta será até em casa. Você não bebe?

— Nunca — ela sorriu, abriu os braços e girou — o vento está tão bom.

— Estou vendo, arco íris, vamos para casa.

— Vamos brincar de pega-pega.

— Não, Iris.

Ela saiu correndo pelas ruas, seus cabelos dançavam com o vento e o tecido leve de seu vestido esvoaçava com a brisa, ela gargalhava sem motivo, por mais que aquela cena fosse charmosa ela ainda era ameaçada e isso poderia ser um risto.

— Iris — Oliver saiu correndo atrás dela. — vamos para casa.

— eu não moro aqui — Iris disse com a voz levemente enrolada.

— Só alguns dias, lembra?

— Você me viu naquele dia? No dia dos exploradores.

Oliver tinha visto ela, quanto adorável ela estava brincando com as crianças, o quanto ela está adorável agora, seu mão puxou Íris pela cintura suavemente deixando a moça sorridente cara a cara com ele, ele não queria q ela fugisse pela rua de novo.

— Juju me disse que eu devia me casar com você aquele dia, ai eu seria tia dela de verdade. — Íris tocou o nariz de Oliver com seu indicador.

— Julieta é esperta.

— Mas isso tem muito tempo.

Ele se calou, lembrava que foi o dia, que foi pego e feito de refém por um cartel de drogas, naquele trágico acidente que perdeu seu amigo. Aquele dia despertava um gatilho ruim, mais se lembro disso hoje, naquela hora, se lembro de todas as vezes que viu essa garota.

— Lembro, pois foi o início de tratamento da Julieta, ela estava tão feliz de ir a medicar, pois era uma moça gentil. — Íris segue tagarelando enquanto Oliver a carrega até em casa.

— Você tem boa memoria até bêbada. Vamos.

Ambos caminhavam lado a lado, Oliver a segurava pois tinha medo da jovem sumir de novo, era suave as mãos repousando na cintura dela, eles caminharam e Íris ria de algo que não sabia ao certo o que era, entraram em casa, Oliver trancou a porta de casa. Segurança.

Havia ligado todos os alarmes e as lâmpadas tinha sensor de movimentos, eles subiram pela escada e as luzes foram acendendo, os olhos de Íris ficavam bem pouco aberto, quando ela teve um leve momento de lucidez ela foi até o quarto, parou em frente a cama e encarou e depois se virou pra Oliver.

— Liga a brisa para mim — Ela disse encarando Oliver — está calor.

Ele riu do jeito que ela falou enquanto ligava o ar condicionado. Iris desamarrou seu vestido ficando apenas de roupa íntima na frente de Oliver, estava conjunto rosa claro, simples, sem detalhe, mas seu corpo era o maior detalhe, suas curvas eram o detalhe que Oliver adorou ver. Simplesmente apagou na cama, no dia seguinte Oliver sabia que ela não iria se lembrar de nada. Encostou a porta e a deixou sozinha, observar uma moça bêbada era indelicado de sua parte quase criminoso.

Suspirou profundamente, não iria se viciar naquela imagem, foi até seu quarto precisava de noticias e sair daquele lugar. Sentou-se em frente ao seu notebook e olhou a caixa de rascunho de um e-mail que compartilhava com seu Carlos, não havia mais ameaças, mas havia uma movimentação estranha, muitas perguntas que envolviam o afastamento de Oliver. Dito que ele tinha ido para Namíbia. Havia mandado algumas novidades, e sabiam que invadiram o apartamento de Iris novamente, o que mostravam que ainda não estava satisfeito.

— Preciso manter ela em segurança — Oliver sussurrou para si mesmo.

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