CAP 3 - A flor da pele
O elevador é um lugar bem complicado quando se está com tesão e a pessoa está ao seu lado toda cheirosinha, receptiva e exalando malícia. Seguro minha pasta com as duas mãos e olho para os meus sapatos. Meu coração acelera e eu não sei se queria que ele realmente se atirasse pra cima de mim. Tem muito tempo que não flerto e estou meio que.....apavorada. A situação está totalmente propícia para uma aventura, mas graças a minha nossa senhora das casadas e mau comidas ele fica somente rodeando, encosta na porta do elevador com as mãos para trás, me olha, como se estivesse querendo aprovação. E eu, infelizmente ou felizmente, não sei direito, não dei.
.....
Chegamos ao estacionamento subterrâneo que tem somente nossos carros. Vou em direção ao meu e me despeço dando um tchauzinho no ar. Ele me da uma piscadinha e deseja um bom final de semana. Ta dando uma puta chuva, e lá de cima do escritório não dava pra ouvir nada. Ao ligar meu carro ele simplesmente não liga. Merda! Tento de novo e nada. Não posso acreditar nisso. Se pegar um taxi agora vou pagar uma fortuna por causa desse transito caótico de São Paulo sexta à noite. Ainda mais com chuva. Penso na minha única opção: o Rafa, que está em Recife fazendo um curso pela empresa que trabalha, ou seja, não tenho opção. Ainda pensando no quão horrível as coisas poderiam se tornar....
- Quê que ta acontecendo Ju?
- Não sei Nando, mas não quer ligar de jeito nenhum. Você entende alguma coisa de mecânica?
- Nada. _ Ele fala balançando a cabeça e a colocando meio pra fora.
- To fodida. _ Falo saindo do carro. - Me dá só uma carona até o ponto de táxi, por favor?
- Que isso Ju! Te deixo em casa! Com essa chuva, tá maluca. Onde tu mora?
- Pinheiros.
- Ótimo, perto da USP. Entra logo antes que eu te pegue ai...
Tremedeira. Fico meio sem graça. Nunca fui de ficar sem graça diante de homem nenhum, mas esse Nando é meio metidinho demais.
Assim que entro no carro, um Range Rover incrível, penso porque será que ele trabalha como assistente. Ele é rico. Muito rico. Esse carro é uma fortuna! Qual será seu mistério? O que ele esconde por trás de tanta gentileza e malícia?
Ao colocar o cinto de segurança ele empaca.
- Ah, esse cinto tem uma manha. Perai. _ Ele fala e vai lá no cantinho do cinto e da uns pequenos puxões. Chega seu corpo tão perto de mim que inalei todo seu perfume. Cheiro de homem; que quer foder hoje. Ele puxa o cinto bem devagar e passa lentamente pela minha frente quase encostando minha boca. Fecho os olhos e lembro que estou no estacionamento da empresa! Abaixo a cabeça na hora e respiro fundo. Meio um suspiro..... Ele também suspira e da pra perceber a alteração da sua respiração. Ele também sente isso....
Vamos na maior parte do caminho sem nos falar. Mas a chuva aperta tanto que esta realmente difícil de continuar. Ele está quase chegando na minha casa quando diz que precisa parar um pouco por que está perigoso continuar.
Me sinto meio claustrofóbica. Mesmo com o ar ligado, estar tão perto dele, com seu cheiro dominando o ambiente, sua respiração irregular, eu começava a suar....
- Você está pagando hora por causa daqueles dois dias que você não veio semana passada?_ Ele pergunta meio casual.
- Isso. Precisei viajar e agora estou nessa roubada.
- Espero que pelo menos a viajem tenha sido boa. _ Ele me dá aquela olhada meio de lado, mexendo no volante, inquieto.
- Foi tipo uma segunda lua de mel.... _ Demonstro minha depressão com essa frase e reviro os olhos.
- Você tem oito meses de casada! Não era pra ter uma segunda lua de mel. Era pra você ESTAR em lua de mel!
- Pois é.... ás vezes as coisas não são como a gente gostaria.... mas não da pra ficar.... a deixa pra lá, são meus problemas e eu não quero acabar com sua noite te alugando desse jeito.
- Primeiro: você não está me alugando. Segundo: você jamais acabaria com a minha noite. Você é encantadora demais pra isso.
Olho pra ele engolindo seco e me sinto desconfortável por sentir meu rosto pegar fogo. Quando vou falar ele me corta.
- Se fosse minha, estaria de lua de mel até hoje. _ Ele vira meu rosto cheio de desejo e pega no meu queixo meio firme. - E devoraria você todos os dias, em todos os cômodos, de todas as formas possíveis.
Viro o rosto, tirando sua mão do meu queixo, respiro como se tivesse corrido uma maratona e quase ouço meu coraçao de tão acelerado.
- Nando pelo amor de Deus, trabalhamos juntos, sou casada... não é lá um casamento exemplar, mas sou casada, e você... não podemos...
Nem vi quando ele se virou completamente na minha frente e me beijou.
Ai... to no céu... que que é isso? Ele me beija com tanta urgência que eu mal conseguia respirar. Agarra minha nuca e puxa levemente meu cabelo. Ele chega pra trás e eu gemo. Ele me olha daquele jeito, serrando os olhos e lambe meu lábio inferior bem devagar. Tá complicado essa tortura! Há muito tempo não sinto tanto tesão e minha amiguinha lá embaixo se aperta muito molhada. De repente ele começa a beijar meu pescoço e para nos botões da minha camisa. Eu abro os olhos e ele me olha profundamente. Aqueles olhos azuis, aquele cabelo molhado de gel... Mas ele falou que precisava entregar o trabalho na faculdade!
- Você precisa ir pra faculdade... _ Falo gemendo, enquanto ele lambe e beija meu pescoço.
- Foda-se a faculdade! Eu quero você! É tudo que eu quero desde que te vi pela primeira vez; linda, sexy e gostosa _ele demora mais nesse adjetivo, - tudo o que eu quero é foder você a noite toda.
Decisão tomada!
- Vamos pra minha casa.
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