CAP 1 - Muito emocionante
ESTE LIVRO ENCONTRA-SE EM REVISÃO. DECIDI DEIXA-LO NA PLATAFORMA PARA NAO INTERROMPER A LEITURA DE QUEM ESTÁ ACOMPANHANDO.
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E aqui estou eu.
Mais uma vez comemorando meu "mesversário" de casamento no Dogão do Klebão.
Deprimente.
O Rafa insiste nessa simbologia ridícula e eu me pergunto que parte ele perdeu da nossa conversa sobre "atenção, carinho e diálogo é o que realmente importa?" Do que adianta encher o rabo de pão com salsicha e não trocar mais de meia dúzia de palavras na mesa? Nessas horas eu realmente não consigo entender como estamos juntos há sete anos.
Não posso negar que também me preocupo com o fato de comer um hot dog gigante às nove da noite. A balança amanha não será piedosa, tenho certeza.
Mas nesse momento a balança é o menor dos meus problemas, diante de um moreno de olhos verdes deliciosamente gostoso que está sentado umas duas mesas à minha frente. Alto, ombros largos, sorriso Colgate e aquele cabelo brilhando de gel todo "bagunçado". Ah esses cabelos...
Está sentado com uma garotinha de no máximo 10 anos e parecem muito próximos. Pai e filha? Grande possibilidade. Primeira coisa que reparei foi a falta de uma aliança em seu dedo. Eu não deveria reparar nessas coisas. Definitivamente não, eu sei.
Não sou uma vadia, mas tenho o péssimo hábito de observar as pessoas. Quando digo pessoas, entendam por homens bonitos. Pra mim é quase automático indagar se são casados e o quão felizes suas mulheres são na cama.
Enfim, voltando ao moreno lindo e sensual. Sendo o Rafa um viciado no wattsap, está sempre alheio a tudo a sua volta. Já o moreno, tá bem espertinho.
Ai Jesus, o que estou fazendo? Mordendo o canudinho e olhando pra ele? Misericórdia, Julia! Estou tão na seca que to achando que sou protagonista das minhas leituras da wattpad. Se existe uma crise no sétimo ano de um relacionamento, no meu caso, ela começou na primeira semana de namoro. Fato.
Desvio o olhar e lembro da minha última conversa com o Rafa sobre nosso casamento.
Estava determinada a pedir o divórcio. Não dava mais pra fingir que estava tudo bem, que não sintia falta de sexo e que o fato de sermos bons amigos NÃO substitui essa necessidade. Não é só sexo por sexo. Meter e gozar. Eu quero magia, quero ser prioridade. Ser apreciada. Minha amiga diz que o sexo quando é bom de verdade a gente vê até fadas. Eu não queria tanto. Um orgasmo descente fruto de um sexo mais selvagem tava de bom tamanho. Quando consegui ser sincera pela primeira vez, não deu muito certo; o Rafa quase derreteu de tanto chorar. Implorou para que eu não me precipitace, que ele seria mais atencioso e nós conseguiríamos achar uma solução. A droga da coragem evaporou e decidi por nos dar essa chance, buscar ser mais compreensiva - embora eu precise mesmo é de um bom comedor. Fato.
Essa conversa tem coisa de um mês. Agora ele quer fazer uma viajem para "desestressarmos". Será que é tão difícil assim dele entender que eu não preciso viajar, comprar bugigangas ou ir à massagista do Resort para ser feliz? Tá, confesso que isso é bem legal, mas de nada adianta se quando estivermos na cama for um desastre com aquele sexo robotizado que me deixa cada dia mais infeliz. Porra! A única forma de eu "desestressar" é ser comida bem duro e ter orgasmos incríveis. Ou seja; nada será diferente.
Sempre me questionei como um homem com tanta energia para correr e pegar peso na academia pode ter tão pouco tesão. Acredito que tenha testosterona suficiente para isso pois ganha músculos com bastante facilidade, no entanto, na cama as coisas não são como deveriam. Por muio tempo achei que estivesse me traindo, pois além de ter um belo cuidado com o corpo ele também é muito bonito. Acabei por esquecer essa ideia depois de pagar um detetive particular por dois meses.
Deixa só eu explicar mais ou menos como é meu casamento:
Minha vida sexual praticamente não existe. É uma grande bosta. Não digo isso por que sou aquele tipo de mulher insaciável, que precisa transar todo dia, que não está satisfeita com a dedicação do seu marido ou por quase nunca chegar lá - se é que me entendem - mas por realmente ser uma grande bosta.
Estou casada há seis meses e transo duas vezes por mês. Vergonhoso, eu sei. Mas o que eu posso fazer? Quando não estou com muito tesão e não tão irritada com o fato de não ser prioridade na vida do Rafa, eu calço as sandálias da humildade e vou atrás dele. Mas nem sempre estou disposta a correr o risco da rejeição. Mês passado não transamos, por exemplo. Muito chocante né?
Aí você me pergunta: Porque não se separa? Sempre foi assim? Bem, assim, assim, não. Quando namorávamos não era tão ruim. Ou pelo menos eu me convencia disso. Ele sempre foi muito fofinho, carinhoso e conversávamos tanto que o sexo não era tão importante. Mas eu sentia falta de uma pegação forte, aquele fogo de só olhar a pessoa e já ficar molhada, sabe? Mas... Como meu sonho sempre foi casar e formar uma família, me convenci de que a calmaria de um amor seria um alicerce seguro para nós dois, mesmo porquê, o Rafa é um homem maravilhoso e seria um excelente pai, então... depois de seis anos de namoro e noivado, enfim, casados. O que eu não esperava era que o sexo, que não era tão bom - e que eu julguei não ser primordial - pudesse ficar ainda pior.
Descartada a possibilidade de uma amante, minha amiga me fez perceber que é perfeitamente normal os casais diminuírem o ritmo depois de muito tempo juntos, sem contar com a rotina, trabalho, casa, e... ah, e tudo que compõe uma rotina estressante! Se bem que no fundo eu sabia que ele sempre fora meio morno.
Com a alta estima lá no pé, passei a me olhar no espelho e ver uma versão muito cruel de mim. Meus dois quilos a mais pareciam 10. Os cabelos castanhos estavam opacos e sem vida. Olhos sem graça, boca pequena demais, seios murchos, muita celulite, chulé, cecê e bafo. A mulher confiante de seis meses atrás já não existia. Aquela relação estava me matando dia após dia.
Indiferença.
Comecei a me dedicar mais ao trabalho. Aceitava todas as viagens e ficava até mais tarde. Meu marido, depois de algumas semanas, sentiu essa distância e por fim, desabafei toda a minha frustração.
- Rafa, não é normal um homem de 28 anos não sentir tesão.
- Mas eu sinto tesão! Claro que sinto! Mas não me compare a esses pervertidos que só pensam nisso o dia todo, né? Pelo amor de Deus! Eu sinto muito tesão por você. Eu te amo, Ju.
- Eu sei que você me ama, mas não me sinto desejada. Você fica até um mês sem me procurar - falo quase em lágrimas. Isso é muito deprimente.
- Não é assim também, né? Eu estava com problemas na empresa, você sabe. Todo homem que passa por problemas no trabalho fica meio... Abalado... cai um pouco a libido.
Eu odeio essa palavra.
- Ok! Mas nada justifica sua mulher com todo o fogo no rabo - ele revira os olhos, odeia que eu fale assim - de lingerie nova deitada na cama, quase derretendo de tanto tesão e você simplesmente... nem aí... vira e diz que tá com dor de cabeça...
Não consegui controlar minha raiva. Ele não pode justificar seus problemas no trabalho nem porra nenhuma diante de uma mulher fogosa e louca pra trepar! Inadmissível!
Nesse momento eu já não suporto mais e as lágrimas vem sem que eu perceba. Coloco as mãos no rosto, tentando amenizar o estrago de tamanha humilhação. Não é a primeira vez que discutimos sobre isso. E tínhamos apenas seis meses de casados.
Eu já não queria mais isso. Ficar implorando sexo, paixão e orgasmos. Cansei de me virar sozinha. Precisava de um cara muito quente pra acabar com tanto fogo que eu sentia. Os livros que eu lia só piorava meu estado..... ai que vontade de morrer....
E depois de uma série de consultas médicas e exames, veio a confirmação de que era somente o stress que estava afligindo o Rafa, e ele me prometeu dar mais de sua atenção; e sexo, talvez.
-*-
Chegamos em casa e logo percebi que não deveria ter comido aquele cachorro quente dos infernos. Que puta queimação eu tô agora.
Enquanto tomo um banho, meu amado marido já coloca seu pijama fofinho e deita com o celular na mão. Eu fico vendo do banheiro e me pergunto se existe mais algum homem nesse mundo que usa pijama listrado.
Quando ele me da um beijinho de boa noite, solta uma de suas pérolas:
- Hoje nós comemos muito, mas amanha você verá a força do meu pênis!
Quê????? Pênis? Broxei na hora... Isso era o máximo que ele conseguia? Sério?
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