Capítulo Único
Era outono na cidade de Palmas no ano de 1997.
Em uma casa muito luxuosa morava o jovem Alan, ele tinha tudo o que desejava. Porém, não era feliz. Algo estava errado com seu interior. Com sua alma.
Todos os dias ao caminhar pela calçada, Alan se perguntava:
- Afinal, o que tenho? Sinto uma forte tristeza dentro de mim.
No coração de Alan, algo faltava. Algo não estava certo.
O jovem não encontrava respostas para suas dúvidas, então voltava para casa e lá não havia nada que lhe trouxesse alegria.
Um certo dia, ao acordar, Alan resolveu abrir sua caixa de lembranças, em que guardava com muito carinho coisas importantes.
Ao abri-la, ele se deparou com a foto e recordações do grande amor de sua vida. E então em sua tristeza e nostalgia se perguntou:
- Por que você se foi e me deixou aqui? Sinto tanto a sua falta, Amanda.
Amanda havia sido a bela namorada de Alan, ela já não existia mais por conta de uma acidente. Ele havia perdido o grande amor de sua vida.
Por um instante, Alan ouviu a doce voz de Amanda falando com ele e sussurrando sobre os planos para o futuro.
Ela havia lhe contado que queria ser veterinária, ter sua própria clínica e que quando os dois se casassem iam viajar por toda a Europa.
Por um breve segundo Alan fechou os olhos e sentiu Amanda em seus braços, mas quando os abriu a realidade veio de encontro ao seu ser.
Em um grito de desespero, disse:
- Por que você se foi, Amanda? Por que a vida me tirou você?
E nesse momento ele sentiu em seu coração que a vida lhe deu tudo o que ele desejava, mas foi roubado algo que ele nunca teve: o verdadeiro amor.
Em um lapso temporal, Alan teve a certeza da resposta que buscava para as perguntas da sua alma.
Chegou a seguinte conclusão:
- É verdade, tenho vivido triste por todos esses anos. E nada do que tenho faz sentido para mim.
Ele percebeu que a vida era sua maior riqueza e que estava caminhando por uma estrada onde nada é possível planejar, e assim viveu tudo que pôde em sua vida.
Morreu com 93 anos, e foi encontrado em sua casa com escritos em uma agenda que dizia:
Na caminhada do destino, onde temos a vida e a morte, só nos resta uma opção: Viver o mais alegremente possível. Todos os segundos contam para uma vida boa e longa.
Conto escrito originalmente no ano de 2017 para o trabalho de português da minha filha.
Capa: Sant_Writer
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