XI. Quando eu tive tempo para me entender
Escrevi seu nome
Com tinta Vermelha
Cálida e empoeirada
Produzi o tom mais velho
Límpido, seco
A cor era salobra
o som era do tipo
enganador
ainda assim tive
a audácia
de chamar de amor
Soubera eu ainda antes
prevendo meu presente
que todo sentimento
que a mim viesse
seria diferente
pois há cores mais belas
em um arco íris
do que uma simples Magenta
Tão doce, tão inocente...
Ah! Quando percebi que era
Violeta, Cinza, Branco
Senti-me bela
como eu -de fato- era
Pois era eu; e era e era!
O sentido que me abraçou
Zumbiu e sumiu
Com o Rubro
Adormeceu sob a tela que forjei
De índole forte e peito defronte
Saldei meu sonho Púrpura delinquente
E entendi a que mundo pertencia
Meu desejo incoerente
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