Literatura e a Mulher Cristã: Defraudação Literária
O universo da literatura é de uma amplitude sem tamanho. O ambiente literário pode nos proporcionar experiências indizíveis, e como mulheres cristãs devemos estar atentas a tudo aquilo que nossos olhos alcançam repouso, tudo aquilo que pode ferir a pureza tal como Deus ordenou e tudo aquilo que pode nos afastar dos propósitos nos quais Ele estabeleceu. A defraudação literária é um deles.
Talvez, seja novo para vocês a discussão em torno da defraudação literária. Por muito tempo estudos com estas temáticas alcançaram somente a área de relacionamentos - num campo físico. Todavia, a defraudação abarca áreas que devemos prestar atenção. Nos relacionamentos, em que é frequentemente mais discutido (muito embora o estudo precisa ser ainda mais latente) a defraudação ocorre quando alguém gera em outra pessoa, um sentimento, expectativa e/ou desejo que não poderá ser suprido.
No campo literário por sua vez, a defraudação ocorre de dois tipos, aquela em que a narrativa nos leva ao pecado, e aquela em que nos deixamos envolver a tal ponto, que esquecemos que nossa cosmovisão deve nos guiar em todos os ambientes em que formos inseridos. Vejamos, se eu não posso defraudar meu irmão em Cristo, fazendo-o entender que posso oferecer aquilo que não irei suprir, porque quando estamos inseridas no mundo literário essa realidade muda, ganhando uma aceitação?
Analisemos: você acredita que jugo desigual na vida real é pecado, entende também que o beijo só deve ser dado dentro de laços matrimoniais, então nós lhe perguntamos: por que, quando tratando-se de um livro, podemos torcer desesperadamente para que o casal ultrapasse os limites do decoro sexual, ficando juntos, ignorando todos os sinais de defraudação? Sabemos que "é só um personagem", mas fica a questão, por que ignoramos a defraudação que muitas e muitas vezes temos praticado nos livros?
A defraudação literária é real. Real tanto quanto ocorre nos relacionamentos alheios. Personagens (fictícios) defraudam uns aos outros nas narrativas literárias: romances, contos etc. E, muitas mulheres cristãs têm fechado os olhos para essa realidade. Pecamos quando defraudamos nosso irmão em Cristo e pecamos também quando defraudamos de modo literário. Afinal de contas, ninguém é neutro em determinada leitura, e quando a fazemos, nos posicionamos em grupos distintos, e, muitos deles, quebrando os limites sexuais e/ou de tratamento para com o próximo.
No meio cristão, muitas moças têm desfrutado dos prazeres da leitura. Muitas até têm adentrado o ambiente literário com uma frequência considerável. Elas leem e compram livros. Elas escrevem resenhas e falam sobre as leituras que fazem, sobre os romances que leem, sobre os personagens protagonizantes. Ora, isso é uma benção! Ter moças cristãs no meio literário é de fato uma benção! Porém, é necessário cautela. Cautela quanto aquilo que se lê, "alimenta" e compartilha.
Muito provavelmente, você já deve ter estado em situações literárias nas quais a defraudação surgiu. Um personagem indecente. A mocinha apaixonada que deseja ser amada. O galã másculo que propõe infindas promessas de amor. São muitas as situações. Quando somos chamados, por Deus, à santificação, somos também chamados àquelas em que aquilo que lemos deve estar de acordo com aquilo que professamos crer: Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. (1 Pedro 1:15,16).
O versículo de 1 Tessalonicenses 4:6, nos fornece um ideal bíblico prático que pode ser também aplicado ao ambiente literário, afinal de contas, a defraudação é impureza sexual: "E que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude a seu irmão, porque o Senhor faz justiça de todas estas coisas, como já antes vo-lo temos dito e asseverado" (1 Ts 4.6).
Quando inseridas no mundo literário, como outrora posto, não podemos fazer uma dicotomia em nossas vidas. Relacionamentos em que o matrimônio não seja realidade diária/futura, não pode ser visto como estágio intermediário, e quando fazemos indicações, defraudamos terceiros ou a nós mesmas, incitamos o pecado, levando familiares, amigos e os irmãos em Cristo à humilhação. Lembre-se defraudação é pecado, não importando tipo ou circunstâncias, quando o cometemos, fazemos contra O Deus Santo e Justo, o qual irá nos julgar.
Moças, o evangelho precisa transformar todas as áreas da sua vida, ele deve guiá-la e direcioná-la em tudo, incluindo na literatura ficcional. Paulo, em Tito, nos instrui a abandonar o estilo de vida ímpio e os prazeres pecaminosos. Neste mundo perverso (incluindo o literário), devemos viver com sabedoria, justiça e devoção. Tendo nossa mente cativa à Cruz de Cristo. Seu Sacrifício Salvívico foi belamente manifesto - com preço de sangue - para também pagar toda dívida com marcas de defraudação que comentamos, inclusive a literária. Que a nossa mente seja contagiada por tudo aquilo que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso etc (Fp 4:8). Sem sombras de dúvidas, um escrito defraudador não é capaz de conter estas verdades. Que em tudo possamos render Glórias a Deus. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus".1 Coríntios 10:31
Em Cristo, Kati e Lauri
@cafe_compureza | @cha.teologico
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top