Caro Victor Silveira.

   Ainda me lembro de você, com nove anos de idade, escrevendo poeminhas na escola em um pequeno caderninho que sua mãe te deu. Lembro também do quão você ficava feliz ao receber um elogio de algum professor e da diretora que adorava seus textos. Porém, lembro também do bulling que você sofria por parte dos seus colegas, que te chamavam das piores coisas pelo simples fato de você ser o único menino da sala que adorava escreve e era sonhador ao ponto de colocar o que passava em sua cabeça para o mundo.

     Com o passar do tempo, você deixou a escrita de lado, sua atenção somente alguns livros best-seller que todos estavam levando para não se sentir indiferente. Fico feliz que pelo menos não abandonou a literatura de vez, eu sempre soube que ela estava em seu sangue. Em seguida veio a faculdade, e o seu curso, o Direito te fez abrir a mente, pensar e refletir tantos assuntos que muitos das vezes você dava o argumento errado mas pensava de maneira certa, um perfeito contraditório ambulante. 

    Em meio a tantos textos que você tinha que escrever, eis que surgiu a ideia de escrever um livro, você ficou com medo de até tentar, mas tentou. E com o passar do tempo, no processo de sua escrita você foi bem seletivo, após ingressar mo grupo "A culpa é dos escritores" vi você evoluir muito, melhorou a sua escrita e outros dons, na diagramação e em outras habilidades. Depois de Um Anjo Chamado Igor, você quis escrever milhares de livros pois o que não faltava era ideia que pipocavam em sua mente, como uma máquina e foi ai que você se deu conta que o velho menino de nove anos estava voltando. Você não desistiu ao escrever Um Anjo Chamado Igor, pois sabia que se tratava de um livro muito especial, dedicado a memória de seu irmão, um gesto lindo de sua parte, parabéns! E olha para você hoje! Mesmo depois de tudo, conseguiu concluir seu livro e agora irá publica-lo da maneira que sempre sonhou!!! Mais uma vez parabéns. Posso lhe dizer as últimas palavras ? Nunca desista dos seus sonhos, pois se alguém disser que eles são impossíveis, é sinal que eles vão se tornar realidade.