Capítulo 13
Jongin guardou o arquivo em seu laptop quando eram exatamente duas e meia da manhã. Suspirou alto quando finalmente percebeu que podia descansar os olhos e soltar a cabeça contra o teclado, no entanto, antes de fazer isso, olhou a distância como Kyungsoo já não digitava, apenas analisava algo em seu próprio computador movendo o mouse de um lado para o outro.
Em sua mão esquerda havia uma caneta e, ao lado, pequenas notas em uma folha muito rasgada que tirou de algum caderno de Jongin. O mais novo suspirou de novo, se acomodando em seu lado da mesa e deixando sua cabeça segurada por seus braços.
-O que você revisa tanto? –Perguntou cansado, sua voz estava arrastada pelo cansaço. Nesse ponto, queria xingar Chanyeol por lhes dar trabalho assim que terminou seu dia de folga e, por outro lado, ficou grato por ter feito Kyungsoo ficar em seu apartamento naquela noite. –Você terminou os registros?
-Há uma hora.
-Sem dúvida –Jongin se endireitou um pouco para se acomodar. Kyungsoo era muito rápido, sempre foi. –Então por que você ainda está aqui e não dormindo?
-Não estou com sono, e -De repente, ele virou o laptop para Jongin, mostrando algumas fichas de dados. Quando percebeu quais eram as fichas, Jongin olhou para cima, surpreso. –Você sabe que quando tenho tempo livre verifico se isso está em ordem nos arquivos da Máfia. Hoje eu estava simplesmente me certificando de que os registros de óbitos estão completos e em ordem alfabética, mas encontrei algo estranho nesses dois –Com um par de cliques, Kyungsoo mostrou ao moreno. –Veja. O que você vê de estranho?
Jongin, honestamente, não sabia nada. Estava com muito sono para estar falando de fichas que já estavam classificadas e dar o sermão de ser um obsessivo em trabalho para Kyungsoo, mas preferiu olhar mais de perto, uma vez que os nomes dos mortos foi o que chamou sua atenção.
-Soo... –Jongin parou por um momento. –Não vejo nada fora do normal –ah! Por que me bateu?
-Olha mais detalhadamente –Aproximou o dispositivo dele. Jongin simplesmente xingou, acariciando o braço. –Todos os números. As datas, o tempo e os metros. Tudo isso.
Jongin passou o olhar de Kyungsoo para as fichas novamente. Bem, a primeira era de Luhan, ex líder e um de seus amigos. A data de sua morte estava correta ao que lembrava: vinte cinco de novembro de dois mil e quinze. Hora de sua morte: por volta das oito e meia da noite. Sua morte foi devido a um acidente de carro que explodiu em uma missão. Sem corpos.
Olhou para Kyungsoo de uma maneira chateada, ele simplesmente fungou o nariz e passou para a próxima pessoa.
Kim Minseok. Data de sua morte: Vinte e cinco de novembro de dois mil e quinze. Hora de sua morte: sete da noite. Sua morte foi devido a um acidente de carro que explodiu em uma missão, o mesmo carro onde estava Luhan. Nem o seu corpo foi recuperado.
-Há uma hora e meia de diferença entre eles. –Informou Kyungsoo enquanto se virava para o computador. –Por quê?
-Talvez Yoongi errou? –Bocejou. –Um erro de dedo.
-Como poderia errar com uma hora e meia entre eles? –Kyungsoo franziu a testa. –Além disso, você sabe que ele checa mais de três vezes para ter certeza de que tudo está correto. Até mesmo passa pelas mãos de Chanyeol para o verificar da mesma forma. Não entendo por que isso foi alterado.
-E isso importa? Por que você está preocupado?
Kyungsoo olhou duramente para ele.
-Você sabe que é importante que isso esteja correto no caso de precisar dele-
-Eu não acho que seja necessário em momento nenhum –Jongin revirou os olhos. Seus ombros estavam pesados. –Se você percebeu que está incorreto, simplesmente o corrija e pronto. Investigue com Yoongi qual foi a hora correta da morte e a coloque. Fim.
O menor não olhou para ele, apenas ficou olhando para a tela. Jongin realmente se preocupava com o fato do outro ser muito perfeccionista, mesmo com os detalhes mais insignificantes. E, o conhecendo, sabia que não se cansaria até que descobrisse por que havia um erro, achar culpados e os fazendo fazer dez planos sobre por que tudo precisa ser revisto para evitar erros.
-Uma hora e meia –Kyungsoo se recostou na cadeira. Suas mangas enroladas e um par de botões desabotoados, Jongin realmente gostava. –Por que há uma hora e meia diferença entre os dois se eles morreram na hora?
............
Um mês voou tão rápido que Baekhyun não notou.
Um mês em que, sem entender muito, ele praticamente se mudara com Park Chanyeol para seu luxuoso apartamento. Inicialmente foi um ressonante "Não", mas para lidar e fazer o senhor Park entender que ele é uma pessoa independente que poderia sobreviver por conta própria e que, de fato, tem uma casa perto de seu trabalho era muito difícil.
Andy também não ajudou muito. Ao longo dos dias e semanas a situação entre os Park estava se tornando cada vez menos tensa. Baekhyun, com isso, tinha forçado Chanyeol a ter pelo menos uma vez por semana uma conversa com seu filho sobre o seu trabalho e este, que depois disse algo como tudo era muito foleiro, acabou avaliando e conversando com Andy de certas situações. Com este arranjo - ou pelo menos uma parte -, Andy estava extremamente animado quando, uma manhã nos primeiros dias do mês, Chanyeol falou sobre a ideia de deixar Baekhyun viver com ele para "cuidar de Andy em todos os momentos".
"Por que vou desperdiçar uns bons vinte minutos de sono que economizo de casa para o trabalho? " Naquele momento, Baekhyun tinha perguntado com a boca cheia de ovos.
"Porque seu trabalho é cuidar de Andy" Essa foi a resposta do maior, ''E só estou facilitando o cuidado aqui na minha casa, onde policiais e pessoas desconhecidas não intervém. "
"E assim eu posso jogar mais com o Tio Baekkie! " Andy estava se remexendo, de pé em seu assento e saltando várias vezes.
"Nunca. Eu não vou, Park Chanyeol. Só sobre o meu cadáver."
Dois dias depois, ele cedeu após uma sessão de intensos carinhos e beijos de todos os lados.
Bem, Baekhyun francamente teve vergonha de ter cedido muito rápido, mas era Chanyeol e, ultimamente, mesmo um pequeno olhar dele o fazia tremer todo. No entanto, com isso, Chanyeol estava certo em dizer que era melhor cuidar de Andy em sua casa, pois naquele mês eles estavam um pouco mais ocupados, viajando com mais frequência e que só o fazia não ver Park tanto quanto ele queria e muito menos o veria se eles não vivessem sob o mesmo teto.
Então foi assim que terminou, com Byun Baekhyun fazendo as malas e se mudando com Chanyeol -especificamente, em seu quarto, Andy não fez perguntas. Por outro lado, Kyungsoo foi o único que teve problemas com ele em casa, por algum motivo o menor tomou um enorme ódio que Baekhyun não conseguiu explicar por quê. Mas estava indiferente, a opinião do assistente foi dada igualmente e mais, porque aquele pequeno quase não estava em casa – cercava muito Chanyeol, o que odiava, mas de qualquer forma, era a droga do trabalho.
Então, hoje, uma vez que a Máfia Vermelha estava em outra de suas expedições em algum lugar profundo, Baekhyun e Andy decidiram fazer uma festa surpresa a Chanyeol já que, uh-ho, era o dia dos pais e, até onde ele sabia, Chanyeol retornaria um pouco antes das dez da noite, para que ainda pudessem celebrar.
-Papai gosta muito de batatas! –Andy pulou cem vezes no carrinho de compras onde estava sentado. Baekhyun empurrou para a frente, seu sorriso aumentando quando o menino apontou para um grande saco delas. –Ele pode comer cruas! Dá nojo!
-Muito bem –Baekhyun parou na frente deles. –Se comer crua irá lhe causar dor de estomago, não é melhor as preparar para o jantar surpresa?
-Sim! Embora papai goste de coisas frias porque ele é muito caloroso. –Baekhyun quase riu porque Chanyeol era mais frio que o gelo quando se tratava de negócios, mas então se lembrou daquelas noites e ficou muito quente. Sim, era definitivamente quente. –Então, devemos preparar algo não muito quente ou picante porque ele cospe e fica com raiva. Talvez macarrão frio ou sorvete!
-Eh –Baekhyun parou o carrinho e se aproximou ligeiramente do rosto de Andy com um rosto acusador. –Você, pequeno -Fez cócegas seu estômago. –Eu sei que você está tentando me fazer comprar sorvete novamente, mas você não irá conseguir!
Andy fez beicinho.
-O sorvete é a minha vida. Eu vou me casar com o sorvete.
Baekhyun soltou uma risada enquanto colocava o saco de batatas no carrinho e continuava sua viagem.
-Não pode ser sua vida se lhe causou uma infecção. –Lhe recordou Baekhyun. -Lembra do resfriado que te deu? Você não conseguiu nem ver o fim da temporada de Pororo e ficou triste durante uns três dias. Tudo pelo sorvete!
-Não me cause um trauma com sorvete!
-Não é minha intenção –Baekhyun riu.
-Nunca me cansarei dele –Andy suspirou enquanto seu olhar se perdia na seção fria. –Me machucou no início, mas depois foi bom. Comi sorvete depois fiquei doente e nada me aconteceu!
-Porque era limitado –Baekhyun revirou os olhos com diversão. Inquestionavelmente, Andy teve uma overdose de sorvete de chocolate, porque o descuidado de merda do pai lhe deu um pote inteiro sem se preocupar em lhe dar um limite. Adivinhem quem cuidou de Andy a noite toda. Sim, Chanyeol. O que? Baekhyun fez esse gigante pagar seu erro. –Além disso, pelo menos você aprendeu a não comer um pote inteiro novamente, certo?
-O macarrão estão do outro corredor! –Andy o lembrou e Baekhyun virou à direita. –E sim. Não gostei que o tio Baekkie brigou comigo.
Baekhyun sorriu para ele. O menino tinha sua usual dose de aceitação e se mantinha abraçado com os ovos que Baekhyun lhe havia pedido para cuidar até o final. Sua missão - foi assim que Baekhyun chamou as compras - não era totalmente silenciosa, mas quem era responsável por conversar era Andy. Realmente tinha muito a dizer e sua articulação de palavras melhorava cada vez mais.
-Tio Baekkie.
-Hm? –Resmungou enquanto mergulhava entre as carnes para encontrar costeletas de porco. Podia ouvir a voz de Andy atrás de si enquanto olhava os preços.
-Você gosta do meu papai?
Baekhyun parou seus movimentos e sentiu aquela sensação usual em suas entradas. Sim, definitivamente sim. Era o que responderia se fosse outra pessoa, mas era sensível quando se tratava de Andy. Pegando duas costeletas, Baekhyun as jogou no carrinho e olhou diretamente para o menino que mantinha os olhos baixos e brincava com os dedos.
- Por que? –Perguntou em um tom suave.
Por um momento, Andy olhou para ele, mas suas bochechas coraram e voltou a abaixar.
-Me responda, por favor.
Levantando as sobrancelhas, Baekhyun se afastou um pouco, sem soltar o carrinho e engoliu em seco. Andy costumava ser assim também, às vezes serio em suas conversas e de repente, mudava de assunto. A última vez que falaram sobre qualquer coisa relacionada a isso foi em um tempo estranho, há mais de um mês atrás, Chanyeol tinha ido à casa dele e Andy tinha visto eles se beijando. Depois disso, não houve nada.
Até agora.
-Eu gosto -Confessou, algo que nem confessou ao Sr. Park. Ou, pelo menos, não diretamente.
Andy estufou as bochechas e assentiu por alguns segundos. Não houve outra resposta, simplesmente ficou em silêncio.
- Te incomoda? –Questionou Baekhyun, voltando a empurrar o carrinho para se dirigir a seção de frutas.
-Papai também gosta de você.
Baekhyun quase parou por estar envergonhado, mas continuou. Sim, bem, isso não era um segredo. Chanyeol era um pouco óbvio - na verdade, ambos eram - e o alto lhe havia dito algumas vezes, escondendo em frases como "gosto do seu rosto", "gosto do seu corpo", "gosto da sua essência". Então, não havia outra coisa, ele definitivamente gostava. Se gostavam. Pode até ser algo muito mais do que isso.
-E, eu, be-bem –O menor continuou. -Eu também gosto do tio Baekkie-Quero dizer, o tio Baekkie me agrada, eu... –Parecia um pouco confuso. –Eu gosto do tio Baekkie para o papai.
Isso sim o surpreendeu. Até se comoveu.
Agora se deteve de frente ao cabo do carrinho, e olhou para Andy com os olhos arregalados. Porra, até queria chorar. Era como se tivesse tido permissão do próprio Deus para entrar no céu ou algo assim e seu coração se animou.
-Sério? –Perguntou com uma voz fina.
Andy assentiu, mas não olhava. Isso o preocupou um pouco.
-E o tio Kyungsoo?
-Ah... –Andy soltou isso como um pequeno resmungo. –O tio Kyungsoo sempre faz bebes com o tio Jongin e eu não gosto que ele faça.
Foi uma explicação simples, mas suficiente para que Baekhyun não perguntasse mais.
Inicialmente, Baekhyun havia ficado um pouco alarmado com essa expressão de "fazer bebês", mas, eventualmente, descobriu que sim, Andy poderia associar ao sexo, mas, para ele, na maioria das vezes simplesmente significava beijar. Sendo um em cima do outro. Só beijos. Agradeceu mentalmente que nunca presenciou um ato tão traumatizante para um menino de quatro (quase cinco, sempre repete) anos.
Baekhyun agradeceu mentalmente que Andy não foi incomodado quando Baekhyun e Chanyeol fizeram sexo.
Sim, porque já o fizeram. E não queria lembrar aquela vergonhosa primeira vez com o gigante porque, ugh, não. Ele foi ruim. Chanyeol dez de dez. Por outro lado: Ele. Foi. Mal. A segunda vez foi um pouco melhor, quase não se envergonhou.
"Não tão ativo e como se fosse o pão do dia, hein, Baekhyun." Lembrava como Chanyeol o chateava com diversão. "Cinco minutos. Agora você é meu garoto cinco minutos. "
"Oh, Deus, eu vou matar você, eu vou matar você, eu vou mat–aghh".
Até mesmo se agitou quando se lembrou do mau truque.
-Então você vai se casar com o papai? –A pergunta de Andy o tirou de seus pensamentos.
Baekhyun sorriu sinceramente. Esse pensamento era muito doce e inocente da parte de Andy, o que Baekhyun não queria destruir com palavras realistas. Quero dizer, não eram nem mesmo um casal de verdade. Então simplesmente acariciou sua cabeça e continuou movendo o carrinho.
-Você tem que dizer isso a seu pai –Murmurou com uma risada. –Diga que Byun Baekhyun merece o trono. –Se aproximou um pouco e sussurrou: -Que eu sou como se tivesse ganhado na loteria.
Andy riu levemente e ergueu os dois polegares.
-Entendi.
Quando terminaram de fazer compras e colocar tudo no carro –Chanyeol o obrigou a usar um carro e deixar sua linda bicicleta, pf –Baekhyun caminhou para o banco do motorista, mas não antes de assegurar Andy em sua cadeira de criança na parte traseira.
-O tio Zitao volta hoje de uma missão de meses na China e o tio Sehun me disse que chegará com ele no apartamento antes que cheguemos. –Andy parecia estreitar os olhos para olhar a hora que marcava o carro. Quando se certificou de que era a hora certa, se endireitou. -É verdade. Estamos bem com o tempo, tio Baekkie!
-Bom! –Baekhyun sorriu um pouco mais falso do que feliz, ainda se incomodava estar cercado por mafiosos e mais se esses mafiosos se chamam Oh Sehun e olham para você como um rato encurralado.
Eram sete e quinze da tarde e sua surpresa seria preparada junto com Sehun e aquele tal Zitao. Andy havia dito que eles eram suficientemente altos como para alcançar o teto e que eram definitivamente necessários já que << o tio Baekkie tem as pernas um pouco mais curtas que o normal >> então não teve outra escolha senão aceitar.
O tráfego foi muito tranquilo para um sábado, embora não estivessem realmente em uma área tão cheia de carros, ainda estavam dentro do bairro –A única grande era a avenida, mas naquele momento ainda não estava cheio. Não demoraram mais de quinze minutos para chegar ao estacionamento dos apartamentos, Baekhyun estacionou, desceu Andy e começaram a descer as sacolas que não eram muitas.
-Olá, Carlos. –Andy saudou um desses tenebrosos guardas com uma voz quase tão firme como quando Chanyeol fazia. Baekhyun riu baixo quando aquele grande homem se curvou noventa graus ante de um menino de quatro anos. –Como está Perry? Continua comendo bem?
-Ele está muito bem, Sr. Park –Respondeu com um sotaque. –Graças aos remédios que o Sr. Park proporcionou, agora joga bola e vai pegar a vara, senhor.
-Excelente –Andy parecia um pequeno empresário, Baekhyun estava fazendo xixi de rir. -Seria ótimo se você pudesse o trazer um dia desses.
-Entendido, Sr. Park.
Entraram no elevador, Andy ainda com um pirulito na boca com uma aura de grandeza e Baekhyun ao seu lado, parecendo mais um escravo ou louco de tanto que ria.
-Você é um caso, Andy.
O menino simplesmente sorriu.
Pressionou o número indicado, não tardaram de chegar a porta e entrar com todas as sacolas em mãos. Como o mais novo disse, Sehun estava esparramado em um dos sofás jogando em seu celular enquanto outro homem, que Baekhyun percebeu ser Zitao, estava imerso em seu laptop. Ambos os garotos levantaram a cabeça para ver os recém-chegados e Andy correu para Zitao, que o recebeu com um grande abraço.
-Voltaram. –Ouviu a voz de Sehun ao lado, um pouco mais perto do que gostaria. Então se afastou alguns passos.
-Sim. –Levantou os sacos em suas mãos e olhou para ele com uma expressão pobre. –É hora de cozinhar e decorar o lugar. Pernas longas, é hora de usá-las. –Foi a única coisa que disse enquanto lhe entregava a sacola com os enfeites e foi direto para a cozinha.
Sentiu o olhar de Sehun nas suas costas –como sempre- mas não fez mais nada. O garoto começou a decorar como lhe foi ordenado enquanto Andy gritava várias coisas sobre colocar os balões aqui, o confete acolá, etc.
-Boa noite –Baekhyun olhou para cima ao escutar isso, encontrando-se com o rosto afiado do novo menino. –Sou Huang Zitao, vinte e sete anos, líder da área da China. Prazer. –Estendeu a mão e Baekhyun a pegou fazendo uma pequena reverencia para ele.
O outro o olhou com um pouco mais de curiosidade, surpreendentemente, Baekhyun não se sentiu intimidado, era até mesmo um pouco agradável e não era desconfortável.
-Posso ajudar com o jantar? –Perguntou em um tom ligeiramente tímido que até mesmo Baekhyun ficou surpreso que ele fosse um mafioso. –Andy me abandonou e agora está sobre os ombros de Sehun colocando várias letras na parede. -Apontou e sim, Andy realmente colocou as letras que diziam "Parabéns, pai" na parede.
-De acordo –Baekhyun sorriu e o outro deu a volta na bancada, arregaçando as mangas da camisa e se colando ao seu lado para escutar as instruções. –Corta os vegetais por enquanto, por favor. –Disse e o outro não tardou em fazer.
Tiveram uma conversa agradável enquanto faziam o jantar, Zitao lhe disse que conhecia Chanyeol há mais de dez anos e que se juntou à máfia há apenas cinco anos. Sua sede era em Hong Kong e estava encarregado de um pequeno grupo de Vermelhos na área. Também lhe disse que Chanyeol falou muito sobre Baekhyun com eles e isso o deixou envergonhado -pela enésima vez do dia- e Zitao apenas riu docemente.
-Tio Baekkie, telefone! –Andy correu até ele com o celular que Chanyeol lhe havia dado em mãos. Baekhyun enxugou as mãos e pegou enquanto observava a criança articular "é pai, shh". –Obrigada. –Sussurrou ao menino. –Alô?
-Abençoado sejam meus ouvidos – Baekhyun bufou imediatamente ao ouvir isso, Chanyeol riu. – Você já sente minha falta?
-Não. –Mentia. Foi uma semana inteira, por amor de Deus. –Estava fora? –Perguntou com diversão enquanto mexia o macarrão, podia sentir Zitao o observando por trás.
-Muito engraçado, é claro que sente minha falta.
- O que te faz pensar isso?
- Porque sinto sua falta e nós somos um.
- Isso é muito brega, ew! –Gritou com mais força do que queria, era muito vergonhoso. Então limpou a garganta. –Como seja. Pousaram?
- E diz que não sente minha falta ...
-Park Chanyeol.
-Okay, certo -O garoto zombou. –Acabamos de chegar no aeroporto de Incheon, mas ainda temos todo o caminho até em casa. São... oito e meia. Provavelmente, demoraremos mais uma hora, mas, como eu disse, já estaremos aí antes das dez. Como vai tudo? Andy está bem?
Baekhyun se virou por um momento olhando como Andy estava jogando videogames com Sehun.
-Sim, muito bem –Respondeu. -Então nos vemos em uma hora, diga a Kyungsoo para dirigir com cuidado.
-Ele diz para dirigir com cuidado. – Ouviu claramente Chanyeol dizer isso a alguém, provavelmente Kyungsoo. Depois de alguns segundos, Chanyeol voltou. –Ele disse para não o incomodar. Já bati nele em seu nome.
Baekhyun resmungou. Sério, por que tanto ódio de Kyungsoo?
-Excelente –suspirou. –Se ele não se comporta, dê outro golpe.
-Sim, senhor.
Baekhyun sorriu.
-Volte logo, okay?
-Sim. Estou chegando em uma área onde não há sinal, até mais. Eu te- –Se deteve. O coração de Baekhyun acelerou. –Tenha cuidado.
Baekhyun voltou a respirar.
-Está bem. –E desligaram.
Baekhyun colocou o telefone de lado e continuou movendo o macarrão. Uf, faz cerca de duas semanas que Chanyeol sempre se corta nesse mesmo ponto. 'Eu...' eu o quê? Baekhyun sabia. Ou pelo menos poderia adivinhar, mas mesmo o pensamento era muito explosivo e Chanyeol provavelmente pensaria o mesmo.
-Estou com fome –Baekhyun olhou para Sehun que tinha se pendurado no braço de Zitao e o queixo no ombro dele. –Terminaram?
Zitao o afastou com um leve empurrão.
-Sim. Acho que sim.
-Podemos começar com a sobremesa? –Sehun insistiu em agarrar o outro, mas este o empurrou para trás, o fazendo apenas resmungar e ir à geladeira. Sehun olhou tudo dentro do objeto, procurando por algo. -Ei, Baekhyun, onde ele está?
Baekhyun franziu o cenho,
-O quê?
-O bolo que mandaram fazer, onde está? –Sehun abriu toda a geladeira mostrando que não havia nada.
-Merda! –Xingou e imediatamente cobriu a boca para Andy não ouvir.
Certo. Certo. Porra.
Supunha-se que, após as compras, passariam para pegar o bolo que encomendaram para aquele dia em uma padaria perto do mercado. Se esqueceu completamente. Suspirou alto, soltou a frustração com várias respirações e começou a pensar. Bem, pelo menos havia terminado o jantar e ainda havia mais ou menos uma hora para que Chanyeol chegasse, então, se ele fosse pegar o bolo naquele momento, poderia ter a oportunidade de chegar a tempo.
-Tem todo o tráfego na avenida principal –Sehun comentou com os braços cruzados quando lhe contou seu plano. –No mínimo, você faz exatamente uma hora de ida e volta, mas se você adicionar o que tem que esperar para o bolo ser entregue e embrulhado, etc., você terá mais.
Baekhyun lambeu os lábios.
-Por que tio Sehun não vai pegar ele? –Andy perguntou pelo balcão da cozinha.
-Não pode, o bolo está no meu nome. –Baekhyun gemeu.
Não tinha outro jeito. Teria que ir pegar o bolo ele mesmo e chegar mesmo que mais tarde. De qualquer forma, a surpresa é de Andy para Chanyeol, então, se Baekhyun chegar alguns minutos depois, não haverá problema.
Tirando o avental e caminhando até a sala para pegar seu suéter, Baekhyun, decididamente, pegou as chaves do carro e abriu a porta.
-Realmente vai pegar ele? –Era Sehun.
-Sim. Ainda não fecharam, tenho tempo.
-Mas papai estará aqui em breve! –Andy correu para ele.
Baekhyun se pós de joelhos e acariciou a cabeça de Andy.
-Você tem que ficar aqui e quando seu papai chegar, o surpreenda completamente –Baekhyun lhe disse com emoção. –Se perguntar por mim, diga que o tio Baekkie foi pegar uma surpresa e que chegara a qualquer com ela, certo? –Andy assentiu sem discutir e Baekhyun beijou sua cabeça.
Se levantando, apontou o dedo para Sehun.
-Certifique-se de que tudo esteja pronto quando o seu chefe chegar –Estreitou os olhos para ele. –Não faça nada de errado e cuide de Andy. Por favor.
Sehun simplesmente suspirou
-Está bem.
............
Chanyeol esticou o pescoço no elevador e bateu várias vezes em suas pernas. Ainda estava dolorido por toda sua viagem desde o Japão e estar em um carro sentado por uma hora foi ainda pior. Atrás dele estavam Kyungsoo e Jongin e outros dois caras carregando as malas.
Eles chegaram exatamente às nove e quarenta e sua única intenção era chegar, jantar e se deitar na sua deliciosa cama ao lado de um delicioso Baekhyun.
Abriu a porta e ficou surpreso no momento em que encontrou muita escuridão. Mais do que deveria. Como se fosse um truque de mágica, os três tiraram suas armas e apontaram para a escuridão, no entanto, quando as luzes se acenderam, Chanyeol quase teve um ataque cardíaco e Jongin quase atirou na arma quando o confete voou pelo ar e uma pequena criaturinha ao lado de dois adultos familiares pulava em todos os lados, se debruçava contra ele e o abraçava.
-Feliz dia dos pais! –Escutou a voz de seu filho e o sorriso de Chanyeol apareceu imediatamente com isso.
-O que-? Quase mato você, seus filhos da puta. –Jongin segurou seu peito quando deixou cair a arma e se aproximou de Sehun, que teve um leve sorriso. –Ei, oh, Tao, irmão, quanto tempo! -Seguiu até ele e lhe deu um curto abraço.
-O que é isso? –Era Kyungsoo. –Andy?
-Festa surpresa! –Disse nos braços do pai. –Festa ultramegaextremamente secreta para o papai de Andy e do tio Baekkie! É pelo seu dia especial!
Kyungsoo sorriu e Chanyeol fez cócegas no filho. Realmente o surpreendeu, mas ele estava muito feliz. Nem sequer se lembrava que aquele dia existia. Chanyeol olhou em volta tentando encontrar aquela cabeça negra, mas não o fez. Perdido, abaixou Andy e olhou para ele com uma sobrancelha levantada.
-E o tio Baekkie?
Andy ficou em silêncio por um momento, como se lembrando de algo.
-O tio Baekkie chegará logo com uma grande surpresa para o papai! –Informou e Chanyeol torceu o rosto por meio segundo por não obter mais informações de o seu filho.
Chanyeol imaginou muitas coisas: Um Baekhyun com um traje provocativo, um Baekhyun junto com um karaoke, um Baekhyun o enchendo de abraços -ha, muito difícil- e muito mais. Mas realmente não conseguia adivinhar, antes de tudo, aquele pequeno era imprevisível, então apenas acenou com a cabeça e prosseguiu até sala e se sentou enquanto Andy lhe entregava um par de presentes que havia feito no jardim de infância.
Passaram-se dez minutos e Chanyeol estava muito imerso com Andy ensinando e explicando a ele o desenho interminável que fez para ele que não percebeu que seu celular –que havia deixado na mesa- começou a tocar.
-Ah, Sehun, atenda. –Disse com um tom desinteressado e voltou para Andy.
Seu subordinado simplesmente assentiu, colocando um biscoito na boca e pegando o dispositivo.
-Alô? -Respondeu com a boca cheia.
-Senhor, senhor Park, é você? –Sehun juntou as sobrancelhas, engolindo o que tinha na boca e arrumando o aparelho melhor no ouvido.
-Não, Namjoon, é o Sehun –O garoto esclareceu. Chanyeol olhou para ele por um momento. –Por que?
-Algo, algo aconteceu –Sua voz soou um pouco alterada. –Estávamos na nossa ronda habitual, você sabe manter Baekhyun sob vigilância e seguindo silenciosamente, mas - mas aconteceu algo-
-Namjoon, pelo amor de Deus, se acalme e chegue ao ponto. –Sehun exigiu e isso chamou toda a atenção de Chanyeol.
-Sehun? –Chanyeol deixou Andy no sofá. –Coloque no viva voz, agora.
-Mas, Chanyeol-
-Agora.
Mordendo os lábios, o outro fez.
-O jovem Baekhyun se envolveu em um acidente de carro –Foi ouvido em toda a sala.
Todos prenderam a respiração.
-Há um grande caos, o carro está gravemente destruído, mas não conseguimos ver o jovem. A ambulância chegou antes que pudéssemos chegar perto, Sehun.
O corpo de Chanyeol ficou completamente tenso. A voz estava começando a ser ouvida muito longe. Sehun olhou para Chanyeol com uma expressão horrorizada.
-Mas, porra, Sehun. Há muito sangue, em todo o carro, por todo o lugar. Muito, muito vermelho.
Vermelho.
Obs: A capa do capítulo 11 foi adicionada, uma tentativa meio falha de fazer o Sehun ficar ruivo.
E lembrando, Não me responsabilizo por ataques cardíacos, foram vocês que escolheram atualização dupla. Amo vocês, até a próxima atualização!!!!
Edit: Desculpa a falta de atualização, meu computador me deixou na mão. Irei voltar a atualizar assim que arranjar uma CPU nova. Amo vocês!!!!
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