A FLOR E O VASO


A Flor e o Vaso

A Flor morava sozinha
Solidão era tudo que tinha,
Enterrada num vaso
Que lá estava por acaso.

A Flor sentia cede
E não havia quem a regasse
A tristeza fez dela sua sede
Não havia borboleta que lá pousasse.

O sol de tão forte
Murchou as suas pétalas
A Flor aguarda a inevitável morte
Pobrezinha ser sorte.

Chegou a primeiras
As outras amiguinhas estão desabrochando
Só ela fica à espera
E aos poucos vai despertando.

A Flor se reclama
As nuvens aclamam
Elas ouvem o seu lamento
E fecham-se espantosamente no tempo.

O vento parece arrancá-la
Como que puxando-a
Para fora, mas a flor é valente
E fixa-se de maneira imponente.

Cai umas duas gotinhas d'água de repente
Outras duas em série depois quatro, seis.
E assim, sucessivamente seguidas
Regando-a no pé da raiz.

A Flor, as nuvens agradece
E despede-se
Daquele vaso abandonado
E vai morar num lindo jardim ao lado.

O vaso também despede-se da flor
Ele que por muito tempo
Guardou-a com carinho e amor
Do seu nascimento e desenvolvimento.

Mas tarde o vaso se quebrou
E nele só restaram caquinhos,
A Flor mais tarde se secou
E nela só restaram espinhos.

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