Azelatrof — O Berço da Loucura, de Grazoon

História avaliada em 20/04/2017

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Tabela de pontos

Linguagem

Gramática: 3 pts

Estilo do(a) autor(a): 2 pts

História

Parágrafo de abertura: 1 pt

Apresentação de personagens: 1 pt

Diálogos: 1 pt

Desenvolvimento da trama: 2 pts

Parte I — Linguagem

1) Gramática (2,1)

O texto apresenta alguns erros de pontuação (p. ex.: Sai daqui[,] garoto.), de crase (ás[às] pernas; adaptar-se as[às] fortes dores de cólica) e erros ortográficos (p.ex.: para atrás [trás]).

2) Estilo do autor (1,3)

A escrita do prefácio é ótima, mas a do primeiro capítulo deixa a desejar.

No prefácio, a narração em terceira pessoa é moldada de acordo com a perspectiva do personagem (p.ex.: "maldita Azelatrof") e consegue expressar os detalhes da história com uma boa potência. Por exemplo, em "As barraquinhas onde alguns anos atrás vendiam alimentos, agora estavam infestadas com ratos, moscas, baratas e até seres humanos que moravam ali", a narração mostra que os seres humanos tratam-se de mendigos sem precisar dizer que são. Apesar da boa qualidade, o prefácio também possui algumas passagens que poderiam ser alteradas. Por exemplo, o parágrafo entre aspas, que apresenta o pensamento de Erick (se a narração entra na cabeça dele, o leitor vai saber que aquela descrição é uma impressão de Erick), e a parte que diz que "Ana continuou com lágrimas escorrendo pelo rosto", embora o texto não tenha dito que ela estava chorando antes (a confusão aqui pode ter se dado pela falta da vírgula depois do verbo, o que caracterizaria que ela estava chorando apenas naquele momento).

O capítulo 1 tem uma escrita mais desleixada, menos trabalhada em alguns momentos e trechos desnecessários (principalmente em seu início, com Vinicius atendendo o telefone e se arrumando para sair de casa). O capítulo poderia ter uma escrita mais enxuta e concisa, tal como foi o prefácio. Até mesmo a descrição física de Vinicius me pareceu deslocada se comparada às descrições dos personagens do prefácio, sem contar no uso equivocado do verbo "ser" no tempo presente (já que a história é narrada no passado).

Parte II — História

3) Parágrafo de abertura (1,0)

O texto se inicia com o nome de um lugar e estimula no leitor uma curiosidade que é rapidamente saciada no segundo parágrafo. Esse parágrafo apresenta o tal lugar sob a perspectiva de um personagem e funciona como um parêntese que amarra o primeiro e o terceiro parágrafo ("O Planeta Maluco... é belo").

4) Apresentação de personagens (0,8)

Os personagens do prólogo carregam em si um misterioso background que deverá ser explicado no decorrer da história. O pouco que se sabe de Erick, por exemplo, é de sua relação nostálgica com o Planeta Maluco. Sendo essa a proposta, acredito que foi uma decisão acertada do autor e não revelar tanto. Já o protagonista do primeiro capítulo teve seus altos e baixos. Sua descrição, como já dito, me pareceu deslocada. Mas a (ótima) explicação de sua habilidade, por exemplo, também serviu para explorar um pouco mais o personagem.

5) Diálogos (0,7)

O prefácio tem diálogos bem aproveitados que instigam o leitor a querer saber o que está acontecendo. Já o primeiro capítulo possui um excesso de falas que poderiam ser cortadas, para que os diálogos não se tornem arrastados (p. ex.: o diálogo entre Vinicius e o amigo depois de ele ter acordado)

6) Desenvolvimento da história (1,7)

O texto começa com uma boa epígrafe, dando a entender de que que esse livro irá dialogar com a imoralidade. Mas não entendi por que o autor usou "prefácio" em algo que aparenta ser um "prólogo". Quando o leitor se depara com o prefácio de um livro, toma-o como uma leitura opcional e não necessária para o entendimento da trama a seguir. No entanto, a cena do parque é de extrema importância para trama, e deveria ser tratada como um "prólogo" ou mesmo como um "capítulo 1". Apesar disso, o prólogo é interessante e tem um desfecho intrigante, dá um ar de teor fantástico e que é comprovado pelo poder do personagem Vinicius no capítulo 1. Além desse aspecto de personagens com poderes, há uma rede de mistérios que também ajuda a compor essa fantasia urbana.

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Nota de expectativa: 7,6  

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