7. Constellations

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶


 Os meses de setembro e outubro se passaram tranquilamente, ou ao menos, tão tranquilo quanto poderia ser, estudando em Hogwarts. Lyra era muito aplicada e não gostava de deixar tarefas acumulando, de modo que não precisava se descabelar por completo, diferente de Katherine, que estava sempre desesperada atrás da amiga pedindo para, em nome de Merlin, ajudá-la.

A Aldorf também adquiriu o costume de, quase todas as tardes, ir à sala de poções para continuar praticando e inventando. Para ela, era como uma forma de se acalmar e se divertir ao mesmo tempo. Era um ótimo passatempo. Algumas vezes, Draco a acompanhava para treinar junto, outras vezes, era Katherine, mas essa, diferente do loiro, apenas ficava tagarelando em seu ouvido. Zabini também ia acompanhá-la quando não tinha nada para fazer, mas sempre passava a maior parte do tempo quieto, a observando e tirando algumas dúvidas, curioso a respeito dos ingredientes.

Nesses dois meses, a amizade de Lyra com os três se fortificou imensamente, e, por mais que passasse mais tempo com Katherine e Blásio, a garota sentia uma ligação inexplicável por Malfoy. Não sabia o porquê, mas a conexão dos dois era realmente notável. Na visão dela, eram como melhores amigos.

Infelizmente, os sonhos se seguiram durante todos os dias desses quase dois meses, mas a garota já sabia como lidar com aquilo, e não se deixava mais afetar por eles.

Aquele dia em específico amanhecera extremamente frio, devido à nevasca que caíra durante a noite, mas que felizmente já sessara. Ao arrastar a cortina verde de seu dossel para o lado, enrolada em seus cobertores, se espantou ao dar de cara com uma Katherine LaCroiss sentada na cama ao lado da sua, a encarando, vidrada, com olhos arregalados e um sorriso maníaco no rosto.

— Ai, que bom que acordou, eu queria tanto te acordar, estava me controlando, você não tem noção. Mas eu pensei comigo "Não Katherine, a Lyra vai ficar brava, deixe-a dormir.", mas você parecia não querer acordar nunca, parecia até um urso hibernando e...

— Kath! — interrompeu o monólogo da ruiva, ainda a encarando sem entender. — Por que, afinal, você queria que eu acordasse logo? Aconteceu algo?

— Lyra! Você não lembra? — a LaCroiss a encarava revoltada. — Eu venho tagarelando no seu ouvido a semanas. Não lembra mesmo que dia é hoje?

Só então ela se deu conta. Era o último fim de semana de outubro. Mais precisamente, dia de Halloween, e também o primeiro dia que iriam para Hogsmeade, a pequena e única vila inteiramente bruxa de toda a Grã-Bretanha, e que ficava a apenas alguns quilômetros de Hogwarts.

Ao chegar a essa conclusão, um sorriso se formou no seu rosto.

— Aha, lembrou então?! Vamos, vamos, se arrume!

Só então, após olhar a LaCroiss de cima a baixo é que viu que a garota já estava pronta. "Sempre desesperada", pensou dando uma risada interna.

Vestiu uma roupa confortável e quente, colocando uma jaqueta por cima, luvas e um gorro. Tudo em tons de branco e preto.

Quando saíram do dormitório, Blás já estava à espera das duas.

— Vamos esperar o Draco? — perguntou a ruiva.

— Na realidade, ele passou agora a pouco por aqui. Estava com Crabbe, Goyle e Pansy.

— Aquele traidorzinho! Bom, então vamos indo!

Quando saíram do castelo, sentiram o vento frio bater fortemente em seus corpos, o que os fez, involuntariamente, se encolherem em seus casacos. Entregaram a permissão para Filch, o zelador mal-encarado, que os olhava com cara de que gostaria e poderia devorá-los ("Esse cara é bizarro...") e seguiram pelo caminho que os levaria até a vila conversando animadamente.

O Vilarejo era uma gracinha de lugar na visão de Lyra. Algumas casinhas possuíam tetos quase em estilo suíço, de tão íngremes que eram. As casas eram feitas de pedras e madeira, além de serem todas tortas e inclinadas, dando a impressão de serem sustentadas por magia (o que, de fato, eram). Devido à nevasca do dia anterior, os telhados estavam cobertos de neve, dando um charme a mais ao belo lugar.

Uma Katherine, muito animada, os puxava para todos os cantos. Primeiro foram à Dedos-de-Mel, uma loja de doces bruxos. Eles queriam comprar tudo o que viam pela frente, então acabaram saindo de lá com várias sacolas.

— Pra aonde vamos agora? — Zabini perguntou ainda olhando tudo, enquanto comia um sapo de chocolate, parecendo indeciso.

— Eu sei que não é muito a nossa cara, mas estou realmente muito curiosa com a Zonko's - Logros e Brincadeiras. A gente podia dar uma passada lá, né?! Depois vamos no Três Vassouras, dizem que é bem famoso. — Lyra sugeriu.

Os amigos concordaram e, mesmo que não fossem comprar nada, entraram na loja. Se divertiram muito ali vendo cada invenção maluca para pegadinhas que era vendida. A Aldorf não se admirou ao ver que os Gêmeos Weasley estavam ali e pareciam velhos fregueses. "Esse lugar é bem a cara deles mesmo.", pensou.

— Ei, Lyra, o que você acha de dar uma xícara para a Parkinson?! — Katherine segurava em suas mãos uma caixa com os dizeres "XÍCARA QUE MORDE O NARIZ".

— Seria uma cena engraçada, e é muito tentador, devo confessar. Mas... Não vou praticar bullying com ela só porque ela me enche o saco... Estaria descendo mais baixo que ela...

— Ahhh que sem-graça, Lyra, tenho que te trazer aqui quando estiver com mais raiva dela, hoje você está muito pacífica. — falou com um biquinho, guardando a caixa na prateleira.

— Tem formas melhores de se vingar, ma chérie!

Quando cansaram de olhar os itens de pegadinhas, saíram da loja e acabaram encontrando Draco e os Três Patetas.

— Finalmente achei vocês. Estávamos indo pro Três Vassouras, querem vir?

— Hey, Malfoy! Na realidade, estávamos indo para lá também. — falou Lyra, logo entrelaçando seus braços no do loiro.

O bar estava lotado de alunos de Hogwarts sentados nas mesas e até mesmo em pé. Mas era de se esperar; o Três Vassouras era o bar mais popular de Hogsmeade. Procuraram uma mesa vazia e encontraram uma ao fundo, onde um pequeno grupo de alunos mais velhos acabava de sair. Se entreolharam e, como num acordo silencioso, saíram praticamente correndo em direção a mesa para que nenhum outro freguês pudesse alcançá-la antes dos sonserinos. Zabini foi o primeiro a chegar, um pouco ofegante, apoiando as mãos sobre a mesa, logo sendo alcançado pelo resto.

— Hum... como está muito cheio provavelmente vou ter que fazer o pedido no balcão, o que vão querer?

Todos pediram cerveja amanteigada, menos Pansy e Zabini, que pediram um suco de abóbora."Por Merlin, deveria ser um crime gostar de suco de abóbora!", pensou. Lyra, então, se levantou e foi em direção ao balcão, logo fazendo seu pedido.

Estava distraída mexendo nas pontas dos cabelos com o quadril encostado no balcão, quando dois braços rondaram seus ombros.

— Ora ora, o que temos aqui? — uma estranha sensação de Déjà-Vu a tomou, fazendo-a olhar para cima, em direção às vozes.

"Ahh eu sabia... Meu Merlin, dê-me paciência, o que eles querem agora?"

— Como vai, garota Snape? — perguntou um dos gêmeos que ela não soube identificar qual era. "Eles são idênticos!".

Os dois, desde o dia de sua chegada em Hogwarts, nunca mais a abordaram dessa forma, mas sempre que se cruzavam nos corredores do Castelo, os ruivos soltavam piadinhas e provocações.

Por mais que insistissem em encher seu saco, eles eram engraçados, não podia negar para si mesma, mas, com toda certeza, não admitiria isso para eles, de jeito nenhum; já eram convencidos demais.

— Estava melhor antes de vocês chegarem, para ser sincera. — falou com uma sobrancelha arqueada e um sorrisinho ladino.

— Oh... — gemeu um dos gêmeos com uma mão no peito, fazendo encenação dramática como se tivesse sido apunhalado, que fez a garota revirar os olhos, apesar de rir internamente. — Se continuar com esse jeitinho eu vou acabar me apaixonando!

— E todo mundo sabe que ninguém resiste aos encantos de um Weasley! — completaram juntos.

— HA! — fingiu uma risada forçada. Logo o olhando com uma sobrancelha erguida de novo, em deboche. — Nem em seus melhores sonhos, ...

E então parou, tentando adivinhar qual dos dois era aquele.

— Olha, Fred, acho que ela tá tentando adivinhar quem sou eu. — disse o que realizou a encenação, com sua voz estava risonha. — Desiste, gatinha, nem nossa mãe consegue.

— Ah, não enche vai, Jorge. — e com isso, Lyra pegou, com dificuldade, seu pedido, que já estava pronto às suas costas, e se virou para ir embora.

No entanto, antes de se afastar completamente, conseguiu escutar um pedaço da conversa dos dois.

— Ei, ela acertou cara, ela sabia que eu era o Jorge!

— Não seja burro, Jorge, você me chamou de Fred, então era óbvio que você era, bom, você!

Sem que os dois vissem, por estar de costas, Lyra soltou uma risadinha. "São muito idiotas mesmo, não é possível.".

 O resto da tarde passou tranquilo para os 6 sonserinos, em meio a risos, brincadeiras e, no caso de Pansy e Lyra, algumas alfinetadas. Quando estava quase escurecendo, eles resolveram voltar ao Castelo para se trocarem para a festa de Halloween que ocorreria durante o jantar.

No caminho, passaram por dementadores que estavam postados em frente aos portões de Hogwarts. Eram seres realmente assustadores. Tão assustadores que todos os grupos que passavam por eles, se calavam rapidamente, enquanto abraçavam os próprios corpos, mas logo voltavam a interagir normalmente ao estarem a cerca de 3 metros de distância.


— Está animada para a sua primeira festa de Halloween em Hogwarts, Snape?! — perguntou a LaCroiss quando já estavam indo para o Salão Principal, onde ocorreria a festa. Kath parecia mais animada que qualquer outro ali, até mesmo que a própria Aldorf.

— Por Merlin, Katherine, desde que saímos do dormitório acho que é a quinta vez que pergunta a mesma coisa. Nem sei porque está tão animada, é só mais um jantar como qualquer outro, só que com algumas decorações e doces típicos. — por fim o Malfoy disse o que estava entalado em sua garganta, revirando os olhos, com tédio na voz.

— Sabe, Draco, só porque você é um ranzinza que não sabe curtir nada, não quer dizer que os outros não possam!

Lyra, que estava no meio dos dois, saiu de fininho, deixando eles discutindo sozinhos, e se postou ao lado de Blásio.

— Sabe, realmente não é nada de mais, mas até que é legalzinho. Pelo menos é algo diferente na nossa rotina. Acho que vai gostar. — falou o garoto em um tom abaixo para que só Lyra escutasse suas palavras.

Quando, enfim, chegaram no Salão, Lyra viu que o mesmo estava decorado com grandes abóboras decoradas e iluminadas por dentro com velas, nuvens de morcegos voavam por todo o teto e muitas serpentinas laranja flutuavam sobre suas cabeças, lhe dando a impressão de serem algas-vivas.

A garota, que nunca fora a uma festa de Halloween, por não ter amigos e por seu pai não ser do tipo que dava muita importância para festinhas, achou tudo incrível. Os fantasmas pareciam estar ainda mais empolgados em assustar e arrancar risadas dos alunos. A comida estava maravilhosa, e mesmo Lyra estando empanturrada de tantos doces e cerveja amanteigada que comera e bebera mais cedo, se refestelou no jantar com aquelas comidas deliciosas.

— Eu realmente não sei como você é magra.

— Você que é fraco demais, Blás. — respondeu ao garoto que a observava pegar seu terceiro prato com olhos arregalados.

Todos se divertiram muito e ao final, assistiram uma apresentação animada de todos os fantasmas de Hogwarts, menos Pirraça, um fantasma que gostava de encrenca, que insistia em querer atrapalhar os seus iguais.

— Tudo bem, agora eu realmente não aguento mais comer e estou sentindo como se pudesse sair rolando, então, o que acham de voltarmos para a Comunal?

— Você sempre pode sair rolando, Snape. — Parkinson implicou, enquanto se levantavam para ir embora, com um sorrisinho vitorioso e convencido que fazia com que Lyra se enchesse de vontade de jogá-la em frente a um Hipogrifo para ser pisoteada até a morte.

Contudo, não demonstrou uma única mudança de humor e rebateu, olhando para as unhas.

— Pansy, Pansy, está na hora de evoluir nos seus xingamentos, eles estão ficando cada vez mais infantis, sabe?!

— Calma, garotas, não briguem por mim! — exclamou Draco se colocando no meio das duas com um braço no ombro de cada uma, com uma cara convencida e brincalhona. Talvez para tentar amenizar o clima que se instalou.

Enquanto a Parkinson parecia se derreter toda, Lyra fez uma cara de nojo e saiu de baixo de seus braços, indo em direção a Blásio, que estava um pouco atrás.

— Nem nos seus melhores sonhos, Malfoy, prefiro o Blás. Olha que gato!

— Sou todo seu, gatinha. — Blásio entrou no jogo, segurando o riso quando viu uma expressão estranha de desconforto tomar conta do rosto no loiro.

Pareceu que o garoto responderia, mas achou uma distração melhor quando seus olhos se focaram no trio-de-ouro.

— Os dementadores mandaram lembranças, Potter! — Gritou para o garoto que estava um pouco atrás de Lyra, logo seguindo para as masmorras novamente, enquanto os Três Patetas que o acompanhavam riam.

— Pelas cuecas rosas de Merlin, Malfoy, deixe o garoto em paz, isso nem ao menos tem graça mais! — Lyra estava inconformada, mas de nada adiantou sua fala, já que o menino estava longe demais para ouvi-la, então seu virou para Harry, que agora passava quase ao seu lado. — Ei, Potter!

— Hum... Oi... — o garoto a olhou com estranheza e desconfiança, talvez esperando que ela caçoasse dele, como seu amigo loiro fazia.

Hermione, no entanto, a olhou com cara de poucos amigos. A cacheada criara essa rixa (sozinha, deve-se ressaltar), quando viu que a Snape era uma espécie de prodígio em quase todas as aulas, roubando seu posto de "melhor da classe". Lyra realmente achava aquela rixa que a outra criara com ela mesma um desperdício de energia, até porque, ela parecia ser alguém até que interessante.

Rony Weasley, irmão dos gêmeos, no entanto, parecia ter medo da menina e se colocou um pouco atrás da Granger. Patético.

— Olha, eu sei que não sou ninguém para dizer isso, mas me desculpe pelo Malfoy, sei o quanto ele é um saco com você e seus amigos. — revirou os olhos quando terminou.

— Ah... — ele parecia surpreso com as palavras dela. Não esperava tal atitude, muito menos com ela sendo quem é; filha do professor que mais o odiava. — Ah, tudo bem, não é como se eu me importasse, ele não me afeta com aquelas piadinhas dele.

— Sei... — deu uma risadinha baixa e murmurou a próxima frase. — Vocês grifinórios são muito orgulhosos. Boa noite.

E assim saiu, sozinha, já que seus amigos já haviam seguido sem ela, deixando os três estancados no meio do corredor ainda sem entender o que acabara de acontecer.

Seguiu para o dormitório na Comunal da Sonserina, vestindo seu pijama e se enfiando de baixo das cobertas de sua cama quentinha. Estava quase pegando no sono quando ouviu a porta se escancarar.

— ACORDEM! Rápido, vamos, precisamos sair daqui, o professor Snape está nos esperando lá embaixo. — era a monitora da Sonserina, uma garota negra de cabelos longos encaracolados e muito bonita, que estava na porta com a testa suada e os olhos arregalados. Parecia muito nervosa.

— O quê? Vamos para onde? E por que vamos?

— Não temos tempo garotas, vamos, estamos todos em perigo! Vamos passar a noite no Salão Principal. Sirius Black invadiu Hogwarts!

Uma onda de pânico acometeu as duas amigas que saíram rapidamente do quarto. Lyra, então, se viu sendo empurrada por uma maré de estudantes de pijama, desesperados e apressados. Se perdeu de Katherine e não conseguia enxergar ninguém conhecido em sua volta, até sentir mãos grandes em seus ombros.

Se virou assustada, mas relaxou o corpo ao ver ser apenas seu pai. O mesmo tinha expressão em um misto de preocupação e alívio por ter encontrado a garota.

— Vamos Lyra, ande logo! Você... Todos estão em perigo.

Lyra respirou fundo e se acalmou. Estava tudo bem, ela se encontraria seus amigos em algum lugar no Salão, são e salvos. Seguiu o fluxo, guiada por seu pai e, quando passou pelas grandes portas, se jogou para o lado, encostada na parede e tentando acha-los. Severo, ao deixar a menina no ambiente, deu meia volta, talvez para conferir se algum aluno ficara para trás. O lugar, antes ocupado por longas mesas, agora estava cheio de sacos de dormir espalhados pelo chão.

— LYRA! AQUI!

Em um canto, encostados na parede lateral, não muito longe dela, se encontravam Katherine, Blásio, Draco e Pansy. Achou estranho Crabbe e Goyle não estarem ali, mas deviam ter apenas se perdido do amigo, assim como ela.

Saiu em direção a eles e só depois foram procurar um lugar que tivesse sacos para todos eles se acomodarem. Acharam, em um canto, distante das portas do salão, um lugar que os comportaria tranquilamente, e ali ficaram. Lyra estava deitada entre Katherine e Malfoy. Pansy tentou deitar do outro lado do garoto, mas ficou revoltada quando Zabini foi mais rápido que ela, fazendo-a se deitar ao lado de Katherine, que era o único espaço vago.

— Como ficaram sabendo que Sirius Black tinha invadido Hogwarts? — Lyra questionou.

— Parece que ele atacou a Mulher Gorda, o quadro que guarda a entrada da Comunal da Grifinória, quando ela não permitiu a entrada dele. — contou Zabini.

— Devia ter deixado entrar, pelo que meu pai me falou, ele está atrás do Potter. Não seria uma pena para mim se tivesse conseguido. — acrescentou Draco com um sorrisinho idiota nos lábios.

— Draco Malfoy, não diga uma coisa dessas, seu imbecil! Você pode até não gostar do garoto, mas aí estaria desejando a morte dele, sabe como isso é sério?! Seja lá o motivo dessa intriga idiota de vocês, isso já é demais, não acha?

Tanto faz. — murmurou dando de ombros, mas a garota percebeu, que, no fundo, ele concordou com ela.

 — Alunos! Agora, peço que se acalmem e durmam. Aqui vocês estarão seguros. Então, silêncio, as luzes se apagarão em 5 minutos. — escutaram a voz de Dumbledore ressoar por todo o cômodo que logo, ficou silencioso.

Passado pouco tempo, LaCroiss, Zabini e Parkinson já estavam dormindo, ou ao menos aparentavam estar. Já Draco e Lyra ficaram encarando o teto estrelado que imitava o céu do lado de fora.

Lyra?

Hum? — resmungou virando para olhá-lo. Logo ele continuou, em um sussurro baixo.

Está vendo aquela constelação? Aquela grande que parece ter um grande rabo? Ali, ó! — e apontou disfarçadamente para um conjunto de estrelas no teto.

Sim, o que tem?

Sou eu. Quer dizer, é meu nome. A constelação Draco. O dragão. Legal não é?!

Você está brincando, não é?! — questionou a garota. Estava surpresa, muito surpresa.

Não. Por que a surpresa? Eu sei que é diferente ter uma constelação com seu nome e tals, mas...

Não Draco, não é isso. — soltou uma risadinha baixa para a cara confusa do menino ao seu lado. — Está vendo aquela constelação pequena, logo a cima da sua, que parece um retângulo torto com uma única estrela saindo da ponta?

Sim, estou vendo. O que tem?

Bom, aquela sou eu. É a minha constelação. Lyra. — soltou outra risada baixa ao constatar sua expressão surpresa.

Está falando sério?! Nós dois temos o nome de constelações que ficam uma ao lado da outra?

Pois é! Coincidência, não?! — quando disse isso, viu a feição do loiro mudar de surpreso e, ao que pareceu para ela, feliz, para aquela feição de galanteador barato.

Não acho que seja coincidência. Acho que estava escrito nas estrelas que deveríamos nos encontrar e ficar juntos, baby. — e lhe ofereceu uma piscadela.

Lyra ficou séria o encarando por um tempo, olho no olho. Mas, então, contraiu os lábios e os cantos da boca se puxaram para cima. Estava prendendo um riso, que se não segurasse, sairia muito alto. Segundos depois, eles já estavam rindo baixinho juntos, com a mão na boca para abafar qualquer barulho.

— Vai dormir vai, boa noite, babaca! — finalmente disse a garota, após se recuperar, lhe dando um tapa no braço.

— Boa noite, idiota!

E ali dormiram, virados para o teto, com as mãos para fora do saco de dormir, lado a lado, quase se tocando, assim como suas constelações, logo a cima deles.

❧ OOOIIII meus xuxus, tudo bão com vocês? 

Esse capítulo foi bem soft, eu sei, nada muito pá aconteceu, mas acho importante tbm mostrar o relacionamento da Lyra com os amigos e afins.

Teve mais uma interação com os gêmeos, que a Lyra tá cedendo cada vez mais ao encanto deles kkkkkkkkk

Eu acho tão fofinho a Lyra com o Draaco, sério, num dá não *-*

❧ Até o próximo anjos, beijin beijin 

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