23. The Goblet of Fire

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

 Após tanta expectativa por parte de todos os habitantes de Hogwarts, as delegações de Beauxbatons e Durmstrang haviam, finalmente, chegado. Claramente, cada um tentava, a seu modo, mostrar superioridade, de forma a não permitirem nem que sua chegada aos terrenos da escola, fossem passados em branco.

Beauxbatons chegou voando em uma grande carruagem azul-clara, do tamanho de uma enorme casa, que era puxada por cavalos imensos de olhos cor-de-fogo, que podiam ser até comparados com elefantes. Foi uma pena, para Lyra, que Hagrid não estivesse ali presente, pois tinha certeza que ficaria encantado com aqueles animais, assim como ela.

O tamanho da carruagem e dos cavalos, entretanto, foi esclarecido, quando de lá saiu a diretora da escola francesa, Madame Maxime, uma mulher com cerca de 3 metros de altura. Se ela tivesse uma diferença de altura de 5 centímetros se comparada a Hagrid, ainda seria muito. Apesar do tamanho excepcional, Maxime era uma mulher muito bonita, de pele morena, com grandes olhos negros e um nariz pontudo.

Atrás dela, saíram 12 alunos, entre homens e mulheres no fim da adolescência, embora as mulheres estivessem em maior número. Todos eles vestiam seus uniformes de uma finíssima ceda azul, sem nenhuma capa. Não era surpresa dizer que estes tremiam de frio, alguns tentando aquecer-se, falhamente, com echarpes e xales enrolados pela cabeça.

Minutos depois da chegada de Beauxbatons, foi a vez de Durmstrang. Emergindo do meio do Lago Negro, surgiu um navio esquelético que parecia ter acabado de ser resgatado de um naufrágio, com luzes fracas e enevoadas que cintilavam de forma fantasmagórica.

O diretor de Durmstrang não poderia ser mais diferente de Madame Maxime. O homem era magro, da altura de Dumbledore, mas tinha uma fisionomia quase doente, com a pele morena clara, os pelos da barba ralos e cabelos médios castanhos.

Decerto foi notável a agitação, principalmente da parte feminina de Hogwarts, ao verem os alunos da escola búlgara. Apesar de serem todos muito bonitos e com portes físicos perfeitos, a maioria da euforia, agora também vinda da parte masculina, era dirigida a apenas uma pessoa em específico, e este, era Vítor Krum. Krum era um garoto de 18 anos que não aparentava de forma alguma a idade que tinha, e era considerado um dos melhores apanhadores do mundo bruxo.

Não é preciso dizer que Katherine ficou afoita e quase teve um 'treco' quando os alunos de Durmstrang se sentaram à mesa da Sonserina durante o jantar. A garota parecia hiperventilar, e seguia cada movimento dos garotos enquanto eles tiravam suas capas grossas de peles de fios longos.

Katherine, por Merlin, pare de olhá-los dessa forma, daqui a pouco eles vão embora por estarem assustados com você! — Lyra sussurrou no ouvido da ruiva.

Oh! Certo, certo, desculpe!

Draco, como o apaixonado por quadribol que era, logo tentou engatar em uma conversa com Vítor Krum, que se sentou bem a sua frente. Krum não era do tipo sociável, sempre muito sério e dando respostas curtas e frias, mas apenas porque aquele era seu jeito, embora, no fundo, estivesse apreciando a companhia de certa forma.

A atenção de Malfoy só foi tirada do apanhador quando cerca de 5 garotas de Beauxbatons entraram pelas portas e se dirigiram à mesa da Corvinal. A beleza delas era inegável, decerto, assim como a dos garotos franceses também, entretanto, aos olhos de Lyra, todos pareciam muito frescos, sempre olhando para o castelo com receio e até mesmo uma certa repulsa e descaso. Achava também que o ar de superioridade que carregavam, acabava com qualquer encanto que eles poderiam ter.

Em algum momento, uma das francesas que estava virada em direção à mesa sonserina, sussurrou algo para a amiga à sua frente, que virou seu rosto, jogando seus longos cabelos loiros para o lado, oferecendo um sorrisinho para algum de seus colegas sonserinos. A Snape não saberia dizer exatamente para quem foi, mas pôde sentir o Malfoy ao seu lado se endireitar rapidamente, e ao olhá-lo de esguelha, vislumbrou um semblante presunçoso. Sem se conter, a morena revirou os olhos em descrença, afinal, não era possível que apenas ela as achasse completamente intragáveis.

Só tome cuidado para não babar, idiota. — sussurrou, emburrada.

— Olha só pra elas, Lyra, será que são descendentes de Veelas? — questionou Zabini, que estava do seu outro lado, secando as alunas de Beauxbatons da mesma forma que Malfoy.

Antes que pudesse responder, mas não que o fosse fazer, Dumbledore tomou a palavra, dando Boas-vindas às outras escolas e abrindo o jantar. A refeição naquela noite transcorreu de forma diferente, com comidas típicas de todas as Escolas, assim como as sobremesas.

Naquela noite, além dos outros diretores, mais duas pessoas ocupavam cadeiras na mesa dos professores, sendo elas Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia, um homem nada simpático, com seu bigode à escovinha e a risca exata no cabelo, e Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos (diga-se de passagem, muito mais simpático que Crouch).

Ao final do jantar, Dumbledore retomou a palavra, anunciando aquilo que todos estavam esperando: a abertura do Torneio Tribruxo, e assim, explicou suas regras. Para a surpresa de todos, o juiz imparcial ao qual o homem tinha se referido, não era nada mais nada menos, que um grande cálice mágico feito de madeira talhada que possuía chamas branco-azuladas dançando até sua boca.

Aqueles que gostariam de se inscrever para participar do Torneio teriam de colocar um papel com seu nome e escola dentro do Cálice, e assim, esperar para o dia da escolha. O quesito da idade seria providenciado pelo próprio Dumbledore, que criaria uma linha etária em volta do cálice, impedindo que aqueles que eram menores de idade, pudessem passar por ela.

O diretor também não esqueceu de ressaltar que a decisão de se inscrever para o Torneio deveria ser feita com grande responsabilidade, já que uma vez escolhido, o aluno se tornaria um campeão e ficaria obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice era considerado um ato contratual mágico, e não poderia ser quebrado.

Explicando melhor, três campeões competem no torneio, um de cada escola. Eles recebem notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que obtiver o maior resultado no final da terceira tarefa, ganha a Taça Tribruxo. São três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servem para testar os campeões de diferentes maneiras... sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.

Os alunos teriam 24 horas para colocar seus nomes no cálice, que ficaria no saguão de entrada, e no dia seguinte, durante a Festa das Bruxas, os campeões seriam anunciados.

Ao final das instruções, o Salão virou uma completa algazarra. Diferente dos outros, Lyra continuou sentada, e milhões de pensamentos passavam por sua mente, enquanto um sorriso ladino se formava em seu rosto. Se colocar seu nome no cálice era um ato contratual mágico que não poderia ser quebrado, se, de alguma forma, ela conseguisse colocar seu pergaminho ali, e assim, ser escolhida, ninguém poderia impedi-la de participar. Talvez pudesse usar seus poderes para tentar colocar seu nome sem precisar passar pela linha etária... De qualquer forma, Lyra não tinha dúvidas de que passaria a noite tentando.

— Lyra? Você não vem? — perguntou Blásio, e ao acordar de seus pensamentos, viu que todos já estavam de pé.

— Vou sim. — a Snape passou seus olhos pelo salão e observou os gêmeos Weasley saindo pelas portas discutindo algo com fervor. — Mas podem ir sem mim, preciso falar com alguém.

Levantou rapidamente e, em passos apressados, seguiu na direção dos irmãos. Tinha certeza que eles estavam bolando um plano para se inscreverem também, e apesar de ter certeza que seus planos dariam certo, queria estar por dentro do que os grifinórios tentariam. Chegou nos dois pouco antes destes alcançarem as escadas que os levaria para os andares superiores.

— Podemos preparar em algum banheiro, acho que temos os ingredientes, não temos?!

— Ingredientes para que, ruivos? — Lyra perguntou, surpreendendo os Weasley, que se entreolharam, decidindo se deveriam falar ou não. — Ora, não estão me subestimando, estão?! Eu sei que estão planejando algo para colocar seus nomes no cálice, e pensando bem aqui comigo, se estão falando de ingredientes e preparações, deduzo que vão tentar preparar uma Poção do Envelhecimento, não estão?! É uma ideia interessante só não sei se vai dar certo, não acham que Dumbledore pensaria em algo tão simples como isso?!

— Não dá pra esconder nada de você não, garota Snape?! Isso é frustrante!

— Minha gatinha é esperta, Fred! — provocou Jorge, passando o braço pelos ombros da menina.

— Ahh Jorge, ainda com isso? Pensei que você já tinha superado, que essa fase já tinha passado! — Lyra zombou, saindo debaixo dos braços do ruivo. — Mas parem de tentar mudar de assunto.

— Bom, não tem muito o que dizer né?! Você já sacou tudo! E é tão pateticamente óbvio, que é brilhante!

— Vocês até podem ter razão... Tenho meus próprios planos, mas sou a melhor aluna de poções, vocês devem saber, e se precisarem, talvez eu possa ajudá-los...

— Está falando sério?! — perguntaram juntos, e ao verem-na confirmar, continuaram. — Incrível!

— Estávamos pensando em nos encontrarmos amanhã bem cedo em alg...

— Amanhã, 5h30 da manhã no banheiro feminino do Segundo Andar, não se atrasem. — Lyra os interrompeu, e então virou as costas, descendo pelas escadas que dariam no dormitório da Sonserina.

Quando a madrugada chegou, a Aldorf já estava vestindo sua capa e saindo sorrateiramente do dormitório que dividia com Katherine. Desceu as escadas aguçando os ouvidos para tentar descobrir se algum aluno ainda estava acordado na sala comunal, mas não escutando nada, pôde sair com tranquilidade.

 No saguão de entrada, entretanto, Lyra deveria tomar mais cuidado já que muitos estudantes poderiam resolver colocar seus nomes naquele horário, sem ninguém para ver ou julgar. Provavelmente Filch também estaria atento naquele cômodo, se fosse minimamente esperto.

Com um feitiço convocatório, pegou uma pena e um pedaço de pergaminho, onde escreveu seu nome e escola. Respirou fundo, torcendo para que sua ideia principal desse certo, e então fez o pequeno papel levitar e seguir em direção ao cálice.

Entretanto, quando o papel chegou ao nível do círculo etário de Dumbledore, o pergaminho foi transformado em pó. Frustrada, Lyra ainda tinha mais uma ideia, e torcia para que essa desce certo. Convocou novamente um pergaminho onde escreveu seu nome e escola, mas quando tentaria novamente, escutou um barulho nos corredores, então teve de se esconder rapidamente atrás de uma armadura, e esperou.

De lá, um aluno Corvino vinha, e olhando para os lados, passou pela linha e depositou um papel dentro do cálice. Esperou alguns segundos, talvez verificando para ter certeza que seu nome não seria cuspido para fora e então voltou pelo mesmo lugar que viera. A sonserina esperou mais dois minutos para ter certeza que poderia sair de seu esconderijo sem maiores problemas, mas antes mesmo de dar um único passado, escutou o miado de Madame Norra, a gata de Filch, vindo de um outro corredor.

Lyra torceu para que a gata não a encontrasse e a obrigasse a usar o mesmo feitiço no zelador que da última vez, embora nesse momento, ela quisesse muito se vingar do homem por tê-la entregado para seu pai. Não escutando suas preces, a gata parecia se aproximar cada vez mais, quando, de repente, um alto baque soou no corredor que o corvino voltara.

— QUEM ESTÁ AÍ?! Vamos Madame Norra, vamos pegar esses pestinhas. — disse Filch.

Constatando que o homem não voltaria tão cedo, a Aldorf saiu de trás da armadura e tentou seguir com seus planos. Pegou o pergaminho que já escrevera e o fez levitar entre suas mãos. Se concentrou o máximo possível, já que dessa vez não poderia errar, sentiu seu corpo esquentar, e então viu a energia verde fluindo de suas mãos, e fez um escudo em volta do papel.

Os fez flutuar, e para sua felicidade, o escudo passou pela linha sem grandes problemas, mas quando o fez desaparecer a fim de deixar o pergaminho cair dentro do cálice, este foi novamente transformado em poeira.

Tentou mais algumas vezes, e entre momentos em que teve que se esconder, tentativas falhas e horas passadas, Lyra percebeu que só conseguiria colocar o papel se uma forma física estivesse dentro do círculo. Frustrada, recolheu sua capa e voltou para o dormitório quando eram 3 horas da manhã.

Dormiu por 1 hora, e acordou sobressaltada, nervosa e assustada, como todo dia, após mais um pesadelo. Tomou um banho frio, se arrumou, ficou esperando a hora para encontrar os gêmeos, e 10 minutos antes do horário marcado, Lyra saiu da Sala Comunal da Sonserina em direção ao Segundo Andar.

Os corredores pareciam mais agitados que o normal para aquele horário, onde todos os alunos de Hogwarts ainda estariam dormindo se fosse qualquer outro dia, mas todos pareciam agitados demais para ver quem colocaria seu nome no cálice.

Para sua surpresa, quando entrou no banheiro combinado, os três grifinórios já estavam à sua espera, ansiosos, encostados na parede oposta, embaixo de grandes vitrais. Murta-Que-Geme, a fantasma que habitava aquele banheiro desde o dia de sua morte em uma das cabines, no entanto, não parecia tão contente em ver três garotos invadindo o banheiro feminino.

— Vamos, Murta, deixe-os em paz, eles estão comigo. — Lyra exclamou, atraindo a atenção de todos para si, que ainda não tinham notado sua presença no cômodo.

— Mas isso é um banheiro feminino! Eles não podem estar aqui!

— Está tudo bem, Murta, ninguém vai aparecer, ninguém vai saber, e eles vão embora logo logo, ok?!

Sem responder, a fantasma se virou e foi voando até a cabine onde morrera, e se atirou de cabeça, dando um mergulho na privada. Lyra revirou os olhos e voltou a focar nos garotos a sua frente.

— Trouxeram tudo o que precisamos?

— Nossa, vai ser assim então?! Nem um bom dia para os seus gêmeos favoritos? Eu esperava mais de você. Mas sim, trouxemos tudo o que você precisa, garota Snape.

— Ande logo com isso, Jorge, não temos muito tempo.

— Eu não sou o Jorge, ele é! Honestamente Lyra, e ainda diz ser nossa amiga! — resmungou, mal-humorado.

— Não, você é o Jorge e eu tenho certeza. Você pode até ter me chamado de garota Snape como o Fred, mas eu reconheço a voz de vocês.

— Nós, realmente, não conseguimos esconder nada de você, não é possível! — disseram juntos.

Lyra sentou no chão, em frente ao pequeno caldeirão que trazia consigo, e começou a preparar, primeiro extraindo o gel das folhas de bálsamo, depois amassando as sementes de ébano até que virassem pó. Colocou no caldeirão as folhas de carvalho e um pouco de água para ferverem.

— Me digam uma coisa. Aonde conseguiram os fios de cabelo de esfinge e de gigante? De verdade mesmo, sem mentir. — perguntou, enquanto analisava os frascos com os fios.

— Lyra, Lyra, algo que você tem que aprender conosco é — Lino começou, olhando para os gêmeos, e então todos completaram juntos. —, não nos faça perguntas e não te diremos mentiras.

— Vocês são insuportáveis, sabiam?! — comentou, jogando os cabelos na solução, fazendo um forte cheiro ocre impregnar as narinas de todos.

Passados 5 minutos, Lyra retirou um pouco da água do caldeirão para hidratar a pele da Araramboia a deixando de molho. Depois, acrescentou o pó de semente de ébano e mexeu a solução até que atingisse um tom azul-céu, enquanto com a outra mão picava a Araramboia hidratada. Sua prática em poções a permitia cortar o ingrediente com extrema habilidade e precisão, sem nem ao menos precisar parar de mexer o caldeirão um segundo se quer, adicionando-as logo em seguida.

Os grifinórios pareciam hipnotizados vendo a destreza da mais nova durante o preparo, e ficaram quietos durante todo tempo. Viram a poção escurecer, e então a garota adicionou o gel de bálsamo, dividindo em 5 partes iguais. Pouco tempo depois a poção estava pronta, e Lyra já a coava, extraindo a parte que poderia ser bebida.

— Como vocês só precisam envelhecer alguns meses, apenas uma gota basta. Venham aqui, não confio em vocês, são capazes de tomar demais e acabar saindo daqui iguais a 3 velhinhos de um asilo.

— Sua confiança em nós nos choca, garota Snape. — reclamou Fred, mas logo os garotos já estavam à sua frente.

Lyra pingou as gotas nas línguas dos amigos, e só então pingou 3 gotas na sua.

— Não disse que tinha seus próprios planos? Eles não deram certo, é?! — Jorge provocou, apoiando o cotovelo no ombro da mais nova.

— Não enche, Weasley.

Começando a sentir os efeitos da poção, a sonserina se apoiou na lateral da cabine ao seu lado e fechou os olhos. Foi uma sensação estranha, era como se alguém estivesse a pegando pelas extremidades e a esticando. Sentiu seu rosto e corpo formigarem um pouco, e quando voltou a abrir os olhos, se deparou com os garotos a encarando atônitos.

— O que foi?

— Uau. — foi tudo o que conseguiram dizer.

Lyra cerrou os olhos para eles, e então se postou em frente ao espelho. Crescera alguns centímetros, porém não muitos, seu rosto estava diferente, mais maduro, e podia notar também que tanto seu peito quanto seu bumbum tinham se desenvolvido um pouco mais.

— Ora, parem de ser idiotas e vamos logo, por Merlin!

Os quatro saíram rapidamente, já com seus pergaminhos preparados em mãos. Chegando no saguão de entrada, onde o cálice estava postado, encontraram um grande número de alunos, entre eles Harry, Rony e Hermione, os quais os gêmeos Weasley e Lino foram se encontrar, Draco, Zabini e Katherine, que a encaravam em um misto de confusão e surpresa, e Cedrico com seus amigos, também muito chocados com a aparência da garota. Lyra se dirigiu ao namorado, lentamente, sem se importar com olhares a ela dirigidos.

— Você parece surpreso, Diggory.

— Você está... Uau, Lyra! — exclamou o moreno, enquanto passava um braço por sua cintura.

— Bom dia para você também! — disse, em meio a risos. — Eu te disse que tentaria entrar no Torneio, porém tenho minhas dúvidas de que isso dará certo. Sabe, minhas outras tentativas não deram resultado, então vou deixar eles tentarem prim...

Antes que pudesse se quer terminar sua frase, foi interrompida por um estampido alto, e ao se virar, conseguiu ver Fred, Jorge e Lino sendo arremessados alguns metros para trás. A coisa mais esquisita disso tudo, entretanto, era que os grifinórios não estavam apenas alguns meses mais velhos, mas sim vários e vários anos, com barbas e cabelos brancos e costas curvas.

— É... Como pensei, não deu certo. — Lyra soltou um suspiro frustrado. Aquela era sua última chance, e tinha sido jogado fora, resumida em três velhotes se estapeando pelo chão. A não ser que... — Eu já sei! Ced... Eu estava pensando... Você poderia tentar colocar o meu pergaminho quando for colocar o seu, não poderia?

— O quê? Está maluca, Lyra?! Eu não vou fazer isso por várias razões. Primeiro porque não acredito que você esteja preparada para isso, segundo porque é muito perigoso, e terceiro e quarto, porque provavelmente não daria certo e até eu mesmo poderia ser desclassificado, você sabe disso.

Desapontada, triste e decepcionada, Lyra não pôde fazer mais nada, e viu o namorado ser empurrado pelos amigos, e colocar seu nome dentro do cálice. Agora, Cedrico estava inscrito no torneio e ela não. Embora muito feliz por ele e torcendo para que o garoto fosse escolhido, já que era o que ele tanto almejava, não pode evitar que um sentimento de imenso desconsolo e frustração se apossasse de seu corpo.

Oi, oi, meusamô, tudo bom?

Pois é, não teve jeito, a Lyra não conseguiu se inscrever no torneio...

Mas mesmo assim, ansiosas pro começo dele? Porque eu tô, e muito, viu?!

Beijin Beijin e até!

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