Não há nada de novo por aqui
Não há nenhuma novidade
Nas pessoas partindo
Nelas chegando e indo
Como algo feito para acabar

Nada de novo nesse vazio
Que elas deixam quando partem
Nada de novo nesse nó da garganta
Quando para mim mesmo imploro
Que fiquem ao invés de pedir

Não há nada de novo
Em só me dar conta quando já foram
Nada de novo nesse medo
Para pedir que fiquem ou voltem
Nada demais que esperar a volta

Nada de novo na exaustão
Contando quanto tempo levam
Para as pessoas novas irem também
Contando quanto o final levará
Para levá-las longe daqui

As lembranças só aparecem
Os pensamentos só embrulham
Não há nada demais aqui
Se não do mesmo de sempre
O mesmo abandono de sempre

(Data: 09/12/16)