O último gole...

Perfuração de sentidos no vitral medieval,

É assim que as coisas circulam na mente fugitiva.

Levo, entrego, rastejo e martelo:

Tudo em prol de uma vida tardia.


Eu sei o que é preciso.

Eu sempre soube do seu aviso.

Estou farto de relatar o ciclo.

Alguém se importa com o choro no circo.


Peço apenas juncos à vela.

Ergo a mão em direção oposta.

O leme entrega o ouro para a aposta.

Casco firme e encalhado na costa.


Não sei fazer lágrimas de óleo.

Não tenho culpa se a certeza só é obtida de um fóssil.

Lava. Limo. Larva. Cava.

Andei sempre no mesmo ponto onde o clero caminhava.


Cravei pedras gasosas no cérebro dilacerado,

Mas a resposta veio de forma ingrata e imperfeita,

Pois nem tudo tem valor de retorno,

Mas tudo vem de forma sorrateira.


Não havia mais como descrever o terror.

Todas as mentes ao redor da casa estavam estagnadas.

Não quero viver esta osmose...

Não quero repetir a dose.



29/10/2006

Rafael S P Valle

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