Assinatura única da alma

Pierre não é um artista conhecido e também não está muito bem: a tristeza, a solidão e a saudade circundavam o seu ser, a vida parecia que estava seguindo outra rota e se ele não tomasse uma decisão rapidamente, chegaria numa rua sem saída.
Pela manhã, Pierre estava em seu ateliê, posicionou o cavalete e a tela sobre ele, com um pincel de cerdas finas começou desenhando uma flor vermelha, mesclando tons de branco, ao redor dela pintou uma aquarela com tons de laranja, azul, cinza e preto, com outro pincel mais fino assinou a obra.
No sábado, aconteceu na galeria uma exposição das obras de Pierre, o local estava cheio de fotógrafos, jornalistas e admiradores da arte.
Carolina estava intacta encarando a obra que o artista Pierre criou ontem, era um dos seus recentes quadros.
Pierre cumprimentou e agradeceu a todos pela presença, sorrateiramente aproximou de Carolina e disse:
_ Obrigado pela presença fique à vontade!
Carolina sorriu e disse:
_ Você criou essa obra quando estava triste?
_ Porque pergunta isso? – questionou ele curioso com a pergunta da jovem.
_ Os tons de azul e laranja, o mundo a volta da flor está fosco com as extremidades negras, apenas perguntei porque foi isso que senti. – disse Carolina vagando o olhar para os detalhes da obra.
_ Sabe, para qualquer arte que criamos temos que expor nossos sentimentos, nosso âmago e as vezes têm pessoas que não entendem o que o artista quer passar e julga como rabiscos. Só quem tem uma alma leve pode interpretar as entrelinhas. Você, tem uma alma livre que aspira tudo o que lhe marcar. – disse Pierre, sorriu com os lábios e sem esperar qualquer palavra sair da boca de Carolina, foi andar pela galeria para cumprimentar os outros.
Talvez ele encontre mais alguém que sinta a profundidade dos seus traços marcantes, porque as suas obras são únicas, não tem influência de nenhum artista famoso, Pierre expõe a extremidade da alma, a pureza do coração e o que os seus olhos castanhos veem por esse mundo variado.
Carolina ainda ficou um bom tempo apreciando as obras na galeria, quem sabe um dia, ela também não crie a coragem para expor as aquarelas da alma, os jardins do coração e os espectros da visão.
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