28 - Nada


A vida não tem sentido...

Tá, e daí?

Eu estou aqui, vivo. Vivo junto com a vida de mais uma imensidão de vivos. Não pedi por minha existência. Mas tenho tanta raiva — ou até tanto ódio — por existir, que me recuso a me deixar morrer tão fácil pelas mãos dessa vadia. Me recuso também porque encontro alguma beleza nisto.

Vida — eu lhe concedo um sentido. Eu combato todos os dias para que meu sentido continue a fazer sentido. E se um dia esse sentido parar de permanecer vivo? E daí? Foda-se. Se eu morrer, ainda viverá a vida dos que permanecerem vivos.

E continuará a haver nisso algo de muito lindo.

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