Capítulo 26

- Estou com frio. - Abraço meu próprio corpo.

Estou tão trêmula, que sinto que a qualquer momento irei quebrar meus dentes de tanto que os bato um contra o outro.

- Vem aqui que vou te esquentar. - Bruce oferece sua mão para mim.

- Estando grudada com você ou não querido, a água continuará fria.

Pego a mão do Bruce, e no mesmo instante ele me puxa em sua direção e me abraça com força.

Meu corpo continua tremendo mesmo que Bruce continue me mantendo por perto, e do nada me assusto com ele me pegando nos braços.

- O que você está fazendo? - Pergunto.

- Vou tirar você da água, antes que pegue um resfriado.

Envolvo meus braços em volta do seu pescoço e o seguro com firmeza, enquanto lentamente Bruce sai da água.

Eu amei esse lugar, e com toda certeza quero vir com mais frequência a cachoeira, porém a água é tão fria, que parece que até sinto meus ossos doem.

Depois de alguns segundos Bruce se senta em uma pedra comigo ainda em seus braços, tomando cuidado para não me derrubar.

- Está melhor agora? - Ele questiona.

- Ainda não. - Respondo ainda trêmula.

Me afasto um pouco do Bruce, e então olho para cima e vejo as árvores balançando de um lado para o outro por causa do vento, ao mesmo tempo que os pássaros cantam sem parar.

- É tão lindo. - Sorrio largo.

- Sim, é realmente linda. - Bruce beija minha bochecha.

Olho para Bruce e vejo que ele que está olhando para mim com admiração e carinho, e não para a paisagem em volta.

Observo um gota de água cair do seu cabelo em seu rosto, e lentamente ela escorre até parar em seus lábios convidativos, e no mesmo instante sinto minha boca seca.

- Se continuar olhando para mim dessa forma, eu não...

- Vai fazer o quê? - O provoco.

Me aproximo do seu rosto, e dou uma mordidinha de leve em sua orelha, enquanto sinto Bruce apertar minha cintura com mais força.

Meu coração bate tão forte no peito, que parece que a qualquer momento ele vai explodir, e ao colocar a mão sobre Bruce vejo que ele se sente da mesma forma.

- Você está brincando com fogo Malia. - Ele resmunga com a voz grossa.

Levo a mão aos seus cabelos e o puxo para trás levemente, e quando seu pescoço fica exposto para mim o beijo diversas vezes.

- Talvez eu goste de me queimar.

Solto o cabelo do Bruce, e lentamente começo aproximar meu rosto do seu, enquanto olho para seus lábios entreabertos, e quando nossos lábios estão quase colados, me levanto do seu colo e saio correndo.

- Bobão! - Grito rindo, e continuo correndo.

Não demora muito Bruce me alcança, e então me joga sobre seu ombro e me dá um tapa no traseiro.

- Me coloque no chão. - Peço enquanto me esperneio.

- Isso é para você aprender a não me torturar daquela forma. - Ele da outro tapa em minha bunda.

Continuo me mexendo para ver se ele me coloca no chão, mas não adianta de nada, então me vem uma ótima ideia em mente, e no mesmo instante a coloco em prática.

Mordo as costas do Bruce com força o suficiente para ele sentir dor, e só então ele me coloca no chão, porém estou tonta por ter ficado de cabeça para baixo por um tempo, e acabo me desequilibrando.

Bruce tenta me segurar, mas ele não consegue, e por fim acabamos caindo no chão com ele sobre mim.

- Machucou? - Ele me olha com preocupação.

- Não. - Gargalho algo.

Bruce parece irritado, e quanto mais emburrado ele fica, mais alto eu começo a rir da sua cara de criança pirracenta.

- Minhas costas está doendo. - Ele resmunga.

- O meu traseiro também está. - Arqueio as sobrancelhas. - O que vai fazer a respeito?

Bruce leva a mão a minha bunda e começa a massagear onde ele havia me dado o tapa, e eu seguro o riso porque ele parece com medo de ter me machucado.

Envolvo os braços em volta do seu pescoço, e mais do que depressa puxo seu rosto em direção ao meu, e assim que ele está perto o suficiente lhe dou um rápido beijo nos lábios, e depois lhe dou uma lambida no rosto.

Bruce tenta se afastar de mim enquanto faz uma careta, e quanto mais ele tenta fugir, mais forte o seguro.

- Que nojo Malia. - Ele passa a mão pela bochecha.

- Está com nojo de mim? - Finjo indignação.

- Não é...

- Você está com nojo de mim. - O corto.

Vejo em seu rosto que Bruce está preocupado, e eu aproveito para fazer mais um pouco de drama. Só espero que eu seja forte, e não entregue que estou apenas brincando.

- Saia de cima de mim. - O empurro.

Bruce se afasta, e rapidamente me levanto, lhe dou as costas e começo a andar em passos largos.

- Malia, por favor. - Ele me segue.

- Não fale comigo.

Como estou de costas para ele sorrio largo, porque Bruce não pode me ver, mas sei que ele está me seguindo, porque escuto seus passos.

- Eu não tenho nojo de você. - Ele fala. - Se eu tivesse acha mesmo que iria deixar você me beijar?

O ignoro e continuo andando, e e depois de alguns segundos percebo que meus passos estão mais perto de mim, e automaticamente começo a andar mais rápido.

- Malia...

- Da para calar a boca? - O interrompo. - Não quero falar com você agora.

Não vou conseguir fazer isso por muito tempo, porque já sinto meu coração ficar apertado por estar com pena dele.

- Amor, eu...

Paro no mesmo instante que escuto Bruce me chamar de amor, e quando me viro em sua direção vejo que ele está triste, e no mesmo instante me arrependo da minha brincadeira.

- O que você acabou de dizer? - Pergunto para ter certeza que ouvi bem.

- Amor?

Bruce me olha assustado quando corro em sua direção, e ao se aproximar dele pulo sobre ele, e envolvo meus braços e minhas pernas em volta do seu corpo tenso.

- Fale de novo. - Peço.

- Não está mais brava comigo? - Indaga.

- Eu não estava. - Assumo. - Era só uma brincadeira.

- O quê? - Ele semicerra os olhos. - Me deixou preocupada atoa?

- Me perdoe querido.

Dou um beijo em seus lábios, e quando me afasto um pouco vejo que Bruce está mais relaxado.

Ele coloca as mãos sobre meu traseiro e me segura com firmeza enquanto caminha, e alguns segundos depois sinto minhas costas bater em algo, e ao olhar para o lado vejo que é uma árvore.

- Eu vou te punir agora. - Bruce beija meu pescoço.

- Você pode fazer o que quiser, mas me chame de amor novamente.

- Você gostou deu te chamando de amor? - Ele morde meu pescoço de leve.

- Sim. - Respondo meio ofegante.

Bruce beija meus lábios lentamente, e quando penso que ele vai aprofundar o beijo, ele se afasta, me coloca no chão, e dessa vez ele me dá as costas e começa a caminhar para longe de mim.

- Ei! - Grito. - Volte aqui Bruce!

Ele me ignora e continua caminhando, e com as pernas ainda bambas me obrigo a segui-lo, e sorrindo como uma idiota, porque meu homem é bem vingativo.

Quando dou um passo acabo pisando em um pequeno buraco que estava coberto com folhas secas, e eu não consigo me equilibrar e acabo caindo de cara no chão.

- Ai. - Resmungo entredentes.

- Não vai me enganar Malia. - Bruce fala de longe.

Me viro de costas no chão e fico deitada olhando para as árvores, e alguns segundos depois Bruce aparece ao meu lado.

- O que aconteceu? - Ele pergunta.

- Eu caí, não é óbvio?

Reviro os olhos quando ele não acredita em mim, então me sento no chão, e quando olho para meu pé vejo que ele está sangrando um pouco.

- Que merda. - Me irrito.

Bruce se agacha ao meu lado, e olha para meu pé como ele tivesse sido acabado de ser amputado, mas meu ferimento não passa de um pequeno corte.

- Está doendo? - Ele pergunta.

- Não. - Nego com a cabeça.

- O que aconteceu? - Bruce pergunta de novo.

- Pisei em um buraco, e caí.

Bruce pega minha mão e me ajuda a levantar, e eu vejo que ele está envergonhado com algo.

- Me desculpe por não ter acreditado em você. - Ele suspira alto. - Achei que estava brincando.

- Não precisa se desculpar. - O tranquilizo.

Pego sua mão e começo a caminhar lentamente, mas de repente Bruce para, me puxa em sua direção e me abraça com força.

- Eu te amo Malia. - Ele fala baixinho.

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