Capítulo 1
Vai pagar o que me deve eu precisarei quebrar alguma parte do seu corpo? - Brendon pergunta.
- Eu já disse um milhão de vezes que eu não tenho dinheiro.
Ele me olha de cima em baixo e sorri com malícia, e quando ele faz isso já sei o que vem a seguir.
- Pode me pagar de outra forma Malia. - Ele da um passo em minha direção.
- E que forma seria essa? - Pergunto mesmo sabendo a resposta.
- Você é uma garota bonita e inteligente, então sabe muito bem do que estou falando.
Nem morta eu deixaria esse lixo tocar meu corpo, então se Brendon acha que irei dormir com ele para quitar minha dívida, está redondamente enganado.
- Me desculpe, mas eu não vou...
- Você tem um mês para pagar o que deve, caso contrário irei pegar um dos seus...
- Se ao menos sonhar em chegar perto dos meus irmãos, tenha certeza absoluta que eu te mato Brendon. - O corto.
Ele arregala os olhos surpreso com minha ameaça, mas isso não dura muito tempo, pois ele se aproxima de mim, leva a mão ao meu pescoço é aperta com firmeza.
- Não ouse me ameaçar cadela, porque você não sabe do que sou capaz.
- Chegue perto dos meus irmãos, e saberá que não é o único capaz de fazer uma loucura Brendon. - Digo com firmeza.
Ele sorri amarelo, solta meu pescoço e se afasta, e parece não acreditar em minha ameaça, mas ele deveria.
Eu não sou capaz de machucar ninguém, até colocar a vida dos meus irmãos em perigo. Se preciso for, eu mato esse cretino para ele ficar longe da minha família.
Já estou cansada de ser ameaçada por esse monte de merda por causa dos erros do meu pai. Enrico fez uma dívida enorme de jogo antes de morrer, e agora as consequências dos seus atos estão caindo sobre seus filhos que não tem nada a ver com suas merdas.
Brendon aparece em meu serviço, na minha casa e até mesmo na escola onde meus irmão estudam, e ele sempre faz isso para nós deixar com medo e pagar a dívida de meu pai, mas como eu faria isso?
O salário que recebo mal da para pagar as despesas de casa, então como juntar dinheiro para me ver livre desse extreme humano?
Não é a primeira vez que ele tenta me fazer pagar a dívida usando meu corpo, mas eu nunca, em hipótese alguma deixaria ele sonhar em colocar as mãos em mim.
Estou na merda e cheia de dívidas, mas não estou louca a ponta de me rebaixar e me humilhar me doando para um homem nojento e sem escrúpulos como Brendon.
- Você tem um mês Malia. - Ele fala da porta da biblioteca. - Depois disso deixarei de ser tão paciente.
Me sento em minha cadeira após Brendon ir embora, coloco as mãos no rosto enquanto tento controlar minhas lágrimas.
O que eu vou fazer agora? Se eu trabalhasse um ano não juntaria nem a metade do que lhe devo, então como irei conseguir o dinheiro em um mês?
- O que o senhor foi fazer pai?
Enrico era um bom pai quando não estava bêbado ou colocando a família em problemas, e agora toda idiotice que ele fez está recaindo sobre mim, Ava e Bryan.
Odeio estar nessa situação, odeio ter minhas mãos atadas e não poder fazer absolutamente nada, e eu nem ao menos tenho a chance de mudar a situação que vivo.
Morar em condado sem chance de ter um bom emprego complica minha vida, e ainda tenho que agradecer a Deus pelo emprego que tenho, pois ele é a minha salvação no momento.
Se eu não fosse responsável por duas crianças eu até me arriscaria em ir embora e buscar uma vida melhor, mas eu não sou corajosa o suficiente para trocar o certo pelo duvidoso.
Aqui eu tenho meu salário fixo, Ava e Bryan estão estudando, e temos uma casa. Não temos uma vida de luxo, mas o que possuímos é nosso, e se eu deixar isso para trás e acabar não dando certo acabaria entrando em uma enrascada ainda maior.
Sou considerada uma caipira por morar em um lugar tão pequeno, e também não tenho experiência para conseguir um bom emprego em uma cidade grande, então seria difícil fazer uma mudança sabendo que meu currículo não ajuda muito.
Nem ao menos tive a chance de fazer uma faculdade ou realizar alguns dos meus sonhos, porque quando enfim eu tive a chance de fazer algo para mim, meus pais faleceram, e eu acabei virando uma mãe.
- Você está bem Malia? - Angel indaga ao entrar na biblioteca.
- Sim. - Confirmo com a cabeça.
- Vi Brendon sair daqui.
- Ele sempre aparece para me atormentar. - Suspiro alto.
- O que ele queria dessa vez? - Indaga.
- O mesmo de sempre. - Respondo.
- Imbecil.
- Não consigo acreditar que você já namorou com aquele homem. - Faço uma careta.
- Na época em que namorei com ele, Brendon mão era o cretino que é agora.
Minha amiga tem o dedo podre para homens, e toda vez que ela fala que está conhecendo alguém já fico com medo por ela.
- Ele sempre fui um idiota.
- Sim, mas agora ele está ainda mais. - Dessa vez ela é quem faz uma careta de nojo. - Eu realmente não tenho sorte para homens.
- Seria uma boa opção virar freira. - A provoco.
- Já pensei nisso. - Ela gargalha alto.
Conheço minha amiga bem o suficiente para saber que ela nunca seria uma boa freira, porque quando ela vê um homem bonito já fica toda assanhada.
- Já está na hora de fechar. - Olho para o relógio na parede.
- Te acompanho até em casa.
- Será uma longa viagem. - Sorrio largo.
Não moro muito longe, mas minha casa é a mais afastada, e eu amo isso. Lugar pequeno sempre tem os fofoqueiros que amam cuidar da sua vida, mesmo que tenhamos crescido e passado a vida toda juntos.
- Vamos? - Pego minha bolsa.
Angel e eu saímos da biblioteca, e eu a fecho rapidamente, e lado a lado começamos a caminhar lentamente.
- Como está seu namoro com...
- Já acabou. - Ela me corta.
- O quê?!
- Ele era muito meloso e pegajoso. - Angel faz cara de nojo.
-Você vai acabar arrumando problema, e não será por falta de aviso Angel.
Minha amiga já namorou metade dos homens desse lugar, e se eu me recordo bem, seu relacionamento mais longo foi um mês de namoro, e bem com o cretino do Brendon.
- Eu sempre fico na minha. - Ela da de ombros. - São eles que veem atrás de mim, e como meu coração é enorme...
- Você é uma safada. - Gargalho alto.
- Que horror. - Angel coloca a mão sobre o peito de forma dramática.
Caminhamos até minha casa e conversamos sobre muitas coisas, e quando me junto com minha amiga acabo esquecendo o tanto de problema que eu tenho.
- Você está esperando alguém em casa? - Angel pergunta.
- Não. - Respondo. - Por quê?
- Tem um carro que parece bem caro parado em frente ao seu portão.
Olho para frente e então vejo do que Angel está falando, e quando dou mais um passo para perto de casa, sai um homem estranho de dentro do veículo, e quando nossos olhares se cruzam meu coração se acelera no peito.
- Eu literalmente estou na merda. - Resmungo para mim mesmo.
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