Capítulo 39

Luca Mancini...

Estava tão radiante que iríamos ter uma menininha, no momento em que estávamos na consulta, eu olhei para
Natália e vi o quanto ela me mudou.

Minha loira deu cor a minha vida e me tirou da escuridão, ela juntou os cacos do meu coração quebrado de uma maneira inexplicável.

Essa mulher veio para foder com meu juízo, para abalar minha estrutura, e eu sou muito feliz por isso.

Agora estou aqui nervoso no hospital sem notícias. Após uma noite de amor bem gostosa, a bolsa de Natalia depois se rompeu. Maya resolveu nascer bem antes do esperado, acho que só faltava uma ou duas semanas para fechar o ciclo completo gestacional.

Eu queria te ficado lá na sala de parto até nossa princesa vir ao mundo, mas eu não me senti bem. Caralho, fiquei tão nervoso, que a médica teve que me tirar da sala de parto por que eu tive uma queda de pressão, eu não sei por que me senti assim, passei muito mal quando vi Natalia sofrendo para que nossa pequena viesse ao mundo.

Assim que fui com um enfermeiro pra uma outra sala afim de ser medicado, sentei em um leito, e o mesmo mediu a minha pressão. Em seguida, ele me deu um remédio para controlar meus batimentos cardíacos pois estava bem acelerados. E com isso, depois de uns segundos, comecei a me sentir muito melhor.

— Luca... — ouço a voz do meu sogro entrando na sala de atendimento, da qual me encontrava.

Assim que vi o pai da minha mulher, desabei, pois eu tenho Sr.Mauro como um pai, mesmo ele sendo durão e bem ciumento com a filha, ele me conhece desde criança, era melhor amigo do meu pai, eu tenho um grande apresso e sentimento por ele.

É meio irônico eu e Natália não ter nos conhecidos antes, mas o detetive viajava muito, certamente levava ela,  e eu acabei estudando fora também, e além disso, minha vida se resumia só a trabalho, eu não estava nem aí para viver um amor, muito menos em ter a curiosidade de conhecer a filha do melhor amigo do meu falecido pai.

— Oi Sr. Mauro..— olhei-o chorando.

Pelo estado dele, certamente está bem preocupado, mas evita transparecer, pois ele já está vendo como estou no momento. Completamente aflito!

— Recebi a ligação de Luisa..pelo seu estado, Natália deve está lá dentro em trabalho de parto..

— Estou preocupado...

— Calma rapaz, vai dar tudo certo, a minha filha é muito forte, minha neta vai nascer saudável logo..— disse ele , segurando meu ombro me encarando com carinho.

— Tem razão, temos que ter fé!

Inesperadamente, meus irmãos surge na sala de atendimento, Luisa e Liam
se aproximaram, sentei no leito para receber o carinho deles, pois os dois
me abraçaram.

— Calma maninho, vai dar tudo certo...— ouço Luisa me acalmar.

— Estou pedindo a Deus que isso aconteça.

— Mais vai, nós confiamos em Deus e ele não há de nos abandonar agora, a minha sobrinha vai nascer e logo logo ela está aí brincando com o titiozão aqui — disse Liam firme, tentando me amparar, e eu rir levemente por conta do final da sua frase.

Mas, a ansiedade, o nervosismo ainda está falando mais alto, e com isso eu m e levantei e fiquei andando de um lado para o outro, lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu não as conseguia segurar.

— Luca, assim você vai abrir o chão deste hospital, se acalme.

— Se eu ficar parado vão surtar.

— Cara, ela está em boas mãos, você iria fazer o parto dela?

— Não... — falei chorando.

— Então cara, vamos tomar um café para você se acalmar um pouco.

Entretanto, assim que nós viramos para seguir rumo a cafeteria, eu ouço um choro bem forte.

— NASCEU! — Gritei e meu irmão me abraçou forte.

Todos nós choramos juntos, olhei para porta e logo veio uma enfermeira me chamando. Entrei na sala e vi Natália deitada alimentando nossa filha. Os meus olhos se enxergam de lágrimas mais uma vez, assim que cheguei bem mais perto delas, e logo vi as feições da bebê.

— Olha meu amor, a nossa Maya! — Natalia diz toda radiante.

— Olha como ela se parece com você, Luca! — disse sorrindo e eu sorri mais ainda.

Era nítido que a minha esposa estava feliz, e completamente realizada, e eu não estou diferente. Agora sim eu e a minha mulher podemos dizer que nós estamos completos, e que conhecemos o amor tão puro e verdadeiro.

— Ela é muito linda, amor! — falei maravilhado com aquela pequenina que acabou de vir ao mundo.

Cheguei um pouco mais perto, e alisei os cabelinhos negros e lisos de Maya, enquanto ela sugava o seio da minha mulher.

— Verdade, é a princesa mais linda do mundo..— Natalia diz sorrindo toda derretida.

Maya está de olhos fechados, mas de repente ela abre os mesmos e me olha. Nesse exato momento, senti que meu mundo era ela, com isso, meu sinto imensamente grato por Natalia ter me dado esse grande presente.

— Você é uma grande mulher meu amor...— falei todo bobo, e dei um beijo carinhoso nela, em seus lábios.

— Obrigada amor!

***

Horas depois...

Natalia Mancini

Quando eu despertei, eu olhei para o bercinho de Maya e ela não estava lá, senti meu coração falhar, mas assim que eu olhei para lado, e vi o meu pai com ela no colo, respirei aliviada e ele me olhou sorrindo, ao me notar.

Ele estava com ela aconchegada em seu colo, todo derretido.

— Vovô está aqui minha pequenina, olha só, a mamãe já acordou... — disse meu pai sorrindo para mim.

— Ela é muito boazinha, não é papai? — falei sorrindo para ele.

— Com certeza minha filha, Maya é um doce! — Ele estava encantado.

Fiquei ali admirando meu pai com a sua netinha no colo, mas logo lembrei que nossa amiga não veio nos visitar, a Gilda.

— Papai, Gilda não veio ver Maya?

— Já liguei para ela mas não atendeu nenhuma das minhas ligações —  meu pai falou pensativo, ainda ninando Maya em pé.

Ele anda para lá, e para cá, como se fosse um barco navegando em alto mar. Isso faz o bebê ficar calminho e pelo visto é realmente verdade, Maya está tranquila, está acordada mas não chora.

— Estranho, ela estava ansiosa para conhecê-la, não é mesmo? — falei preocupada.

Meu pai iria me responder, mas logo nós fomos interrompidos pela minha  cunhada, Luísa. Ela entrou toda feliz e radiante ao ver a sobrinha.

— Aí meu Deus! Que gostosura essa minha sobrinha! — disse Luísa toda boba.

Em sequência, Liam, meu cunhado também surgiu, e os dois logo foram até a nova integrante da família.

— Como ela é linda, a cara do titio — disse Liam brincalhão e todos rimos.

Olhei em volta procurando Luca, mas o mesmo está no sofá do outro lado dormindo. Só agora que notei a sua presença, e percebi o quão ele estava cansado, tadinho do meu amor, acho que ele cuidou da Maya a noite toda até agora de manhã. A madrugada toda na verdade!

— Mais é convencido esse menino! — disse Cida sorrindo para Liam, e logo foi babar Maya.

— Tadinho do meu irmão, ficou com Maya para você descansar — disse Luísa sorrindo calorosamente para mim e para o irmão que está jogado no sofá Ainda adormecido.

***

4 dias depois...

Hoje já faz quatro diz que tive minha bebê, e quatro diz que ainda estou de resguardo. O Luca até que tem lidado muito bem com isso, mostrando que ele entende que não podemos ter uma relação sexual ainda no momento. Só que, eu confesso que a vontade de dar para esse homem é forte, ainda mais quando ele sai do banheiro com o seu corpo músculoso todo molhado. Fogo sobe na mesma hora!

Mas nesse dia exatamente, eu estava no quarto de Maya, tentando por ela para arrotar, o meu pai veio vê-la, ele está aqui, e disse que depois iria para o departamento. Já trocou até a fralda da netinha e deu banho.

Maya ainda se encontrava deitada com a sua cabecinha no meu ombro, eu balançava ela de um lado para o outro, dando tapinhas leves afim de fazê-la ainda arrotar. Mas, de repente, meu cunhado e meu marido entrou no quarto, chamando minha atenção.

— Todos já trocaram a fralda de Maya irmão, agora só falta o titio — falou Luca rindo.

— Deus que me livre! — disse Liam fazendo uma careta — eu não tenho o menor jeito para isso, capaz de eu me sujar inteiro, e ainda por cima sujar minha sobrinha!

— Bastardo! — Respondeu Luca rindo.

— Esses dois, não sei não viu! Quero só ver Liam, quando você tiver um filho ou uma filha. Tenho certeza que você vai aprender na base do susto! — Disse meu pai todo brincalhão com o meu cunhado Liam.

— Esse foi meu caso, não é amor? — Luca disse para mim, se aproximando   com um sorriso largo.

— É verdade, mas você logo pegou a prática! — Respondi meu marido, o retribuindo o sorriso.

O celular do meu pai começou a tocar, ele o pegou de dentro do bolso, olhou para a tela e respirou fundo.

— Só um segundo pessoal, tenho que resolver uma questão — falou e saiu do quarto repentinamente.

Alguns minutos se passou e o meu pai voltou nervoso, ele olhou para o Luca fazendo sinal para que ele Liam fosse lá fora do quarto. Coloquei Maya para dormir, liguei a câmera e mandei que o Batista ficasse de olho nela, pois ele estava na porta do quarto. Quando eu desci para sala, vi minha cunhada no sofá deitada.

— Minha sobrinho dormiu? — Lu diz sentando-se no sofá, e eu me sentei ao seu lado.

— Dormiu sim, Batista está de olho nela.

— Ah, sim! Mais tarde queria fazer um ensaio fotográfico com ela — Ela diz toda animada, e eu sorrir.

— Seria ótimo, tenho certeza que as fotos vão ficar lindas.

Lu comemorou minha resposta ao me dar um beijo na bochecha, mas acabo de lembrar sobre a ligação do meu pai e da sua atitude. Ele certamente foi ao escritório conversar com meu marido e meu cunhado. Mas, o que será que os três tanto falam!

— O que será que papai, o Luca e Liam tanto conversam? — Eu falei curiosa para Luísa e ela me olhou do mesmo jeito.

— Não sei cunha, eles foram para o escritório, mas pela cara do seu pai boa coisa não é.

— Eu só espero que não seja nada em relação a aquele infeliz que incendiou o nosso restaurante — falei muita preocupada e Luisa logo concorda balançando sua cabeça levemente.

***

Luca Mancini

— O que houve Sr. Mauro? — ele me olhava apreensivo.

— Olha isso Luca —meu sogro falou nervoso.

Em seguida ele ligou a tela do celular e mostrou a foto de Gilda sentada em uma cadeira amarrada com um pano na boca.

Meu Deus! Quando Natália souber vai surtar literalmente, Gilda é uma velha amiga dela e do seu pai, e a ajuda no restaurante juntamente com a minha irmã Luísa. 

— Foi ele Luca, Humberto, foi ele que a pegou, eu tenho certeza!

— Mas antes precisamos rastrear essa localização onde a foto foi tirada — disse Liam preocupado.

A princípio, eu até pensei que só tinha a foto, mas o meu sogro me mostrou o áudio, Sr. Mauro ligou o computador  o conectou no nosso micro aparelho de rastreio e monitoramento, colocou no alto falante. E com isso, eu e o meu irmão ficamos prestando atenção na reprodução do áudio.

— Olá detetive Mauro Beamont, estou com alguém que é do seu interesse, eu quero te propor um negócio, eu quero que você venha me encontrar, em um galpão abandonado, irei mandar as cordenadas, caso não venha, Gilda vai morrer. Ah, antes que eu me esqueça, quero que traga os irmãos Mancinis, eu tenho algo a revelar a eles que vai ser do interesse deles..

— Eu vou...

— Ficou maluco rapaz, você não vai!! — Me repreendeu Sr. Mauro.

— Sr.Mauro, eu quero ir, quero ficar cara a cara com o maldito que matou a minha família.

— É arriscado demais garoto, você acabou de ter uma filha.

— Eu prometo que vou me cuidar, só meu deixar ir. Não me tiro o prazer de acabar com a raça desse homem.

— Olha, a chamada está marcando em um daqueles galpões que esconderam Luísa — disse Liam analisando o aparelho de rastreamento.

— Então vamos...

— Se Luca vai, eu também vou!

— Porra, vocês são teimosos!

— Vamos para o subsolo, precisamos montar uma estratégia para resgatar a Gilda e colocar as mãos nesse Humberto — falei apressado.

— Vou contatar a minha equipe, logo nós estaremos no aguardo meninos — disse Sr. Mauro saindo do escritório.

Olhei para Liam que me deu um olhar preocupado.

— Vamos dar um jeito.

Saímos do escritório, logo vejo Natália de braços cruzados me observando. Quando ela fazia aquela cara já sabia que não iria conseguir esconder nada dela.

— Começa a falar.

— Antes que diga alguma coisa, você vai ficar com a Maya e Luísa e não vai sair daqui desta casa.

— Ta bom, mas o que tá acontecendo?

— Gilda foi sequestrada.

— O que? — Natália disse assustada.

— Calma amor, seu pai já recebeu a ligação do bandido, já rastreamos a chamada e logo vamos trazê-la de volta — falei a abraçando.

— Por isso ela não havia atendido as chamadas do meu pai para que fosse ver Maya no hospital.

— Exatamente amor!

— Luca, Gilda é amiga da família, faça o que puder..— falou chorando.

— Pode ter certeza que vou, a sala de armas do subsolo está aberta, preciso que pegue uma arma, e fique esperta, se acontecer alguma coisa, me ligue.

— Tá bom! — Respondeu cabisbaixa.

— Ei, eu prometo que não vou deixar que machuquem ela amor — falei segurando seu rosto com as duas mãos a beijando em seguida.

— Tudo bem, só me promete que volta inteiro...

— Prometo, meu amor! — Falei firme e a beijei novamente

Em seguida,eu e fui para o subsolo, ao
chegar lá, já estava o pessoal da Águia e Liam montando as estratégias.

— Luca, vou com o pessoal da Águia no helicóptero.

— Ótimo irmão, vamos lá pessoal — falei.

Fui até uma sala, e peguei um colete a prova de balas, o vesti, e depois vesti uma camisa preta de manga comprida por cima, vesti uma calça de malha preta e minhas botas, coloquei meu coldre na perna e meu boné para trás e peguei minha arma.

— Pronto? — Disse Liam entrando na sala.

— Sempre! — Respondi convicto.

Ao sairmos, Batista já me aguardava dentro do carro e Liam e o pessoal da Águia já tinham ido para o terraço pegar o helicóptero.

***

Chegamos no local, logo a voz do meu sogro surgiu na escuta:

— Luca, estamos do outro lado em uma van.

— Positivo, vamos nos preparar para invadir.

— Ótimo!

— Luca ...— ouço a voz de Liam.

— Tudo pronto por aí?

— Sim, irmão.

Entramos com cuidado, olhamos para o primeiro galpão, fiz sinal para avançarmos.

— Limpo senhor!

— Vamos lá..— falei e meti o pé na porta.

Andamos no local que era grande por sinal, mas não havia ninguém.

— Merda! Eles não estão aqui! — falei com raiva e chutei a porta.

Mas logo escutei disparos corremos para o outro galpão e nos escondemos. Olhei para dentro e vi Gilda amarrada em uma cadeira, estava ferida.

— Detetive, eu sei que já está ai! — gritou um homem moreno de cabelos grisalhos, esse que deve ser o maldito Humberto.

— Acabou Humberto! Você está cercado! — Disse meu sogro, só agora que percebi que ele já estava ao meu lado abaixado na janela.

— Isso vai acabar, a vai! Mais antes, eu vou matar você, seu gênero Luca Mancini e os irmãos dele.

— Acha mesmo que vamos deixar isso acontecer? — disse meu sogro.

— Vou acabar com vocês, depois  vou atrás da sua filha, e em seguida da sua netinha.

— CALA BOCA SEU FILHO DA PUTA! — Gritei com ódio, sentindo esse sentimento me tomar por inteiro.

— Essas foram as últimas palavras que seu pai disse antes de eu atirar em sua cabeça.

— DESGRAÇADO! — Gritei sentindo vontade de acabar com a raça dele.

E com isso, não aguentei invadi com tudo o local. Sei que não deveria, por que era perigoso demais, mas o ódio me tomou e eu não resisti.

— Luca, não !! — Sr. Mauro falou me repreendendo, mas eu o olhei, e fiz sinal para que ele me guardasse.

Assim que eu entrei por completo no local eu dei de cara com o homem que acabou com minha família, ele estava em pé, com uma arma na mão e Gilda estava sentada amarrada, com as suas mãos para trás por uma corda e com a boca amordaçada com um pano.

— Você matou minha família, matou a mulher do detetive, arrancou de mim e dos meus irmãos as pessoas que nós mais amávamos, seu miserável..

— Matei mesmo..— Humberto diz debochado.

— Por que fez isso, maldito? — Falei chorando e apontando a minha arma em sua direção.

— Seu pai estava investigando minha família, ele e esse merda que você chama de sogro, achou que eu não estava acompanhando os passos de vocês todos esses anos?

— Eu fiquei todos esses anos como uma sombra observando vocês de longe...

— Seu filho da puta, eu vou te matar...

— Você pode até fazer isso Luca, mas vou levar Gilda comigo, agora jogue sua arma — disse pressionando a sua arma na cabeça da Gilda que chorava copiosamente.

— Humberto, se você fizer isso...

— ANDA LOGO! — gritou.

Joguei a arma em sua direção me rendendo, olhei para greta da janela e fiz sinal com os olhos para meu sogro.

— Tire o seu colete também..

— Sabe que se me matar vai morrer logo em seguida, não sabe? — falei entre dentes, e com ódio.

— Eu não estou nem aí, a festa vai começar garotos, e vocês são meus convidados — disse com o sorriso diabólico.

............

Continua..♥️

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