Four
Oi oi gente, o capítulo de hoje é um presente para as leitoras, deixa eu mostrar que também estou feliz pela comemoração desse 8 de março, e nada melhor do que colocar uma das minhas mulheres preferidas - no caso Ravenna - disponível pra vocês ♥
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– Quem fez isso com você? – A vontade era de gritar mas tudo o que eu fazia era tentar manter a calma, Rose já estava estressada por si só. – Ele fugiu não foi? Você disse não, e ele foi embora!
– Ele levou o que tinha no cofre. – Tal informação tinha me atingido em cheio. – Richard levou as joias da mamãe.
Abri os olhos assustado. Era um pesadelo, graças a Deus que era apenas um pesadelo, seria muito ruim ter que passar por tudo aquilo de novo. Tinha sido algo muito forte, tanto pra mim quanto para minha irmã. Logicamente nada podia nos fazer voltar no tempo e arrumar as coisas mas eu estava tentando arrumar tudo agora.
Me sentei na cama meio apático, olhando a janela fechada que não impedia que os raios solares encontrassem minha face. O dia estava começando.
Quando aquele momento passou, e eu finalmente coloquei um terno e uma gravata, pensei no que fazer naquele dia. Era dia de rastrear o maldito, e mesmo que Ravenna fosse minha responsabilidade eu tinha que ir ao departamento, pelo menos na parte da manhã. Entrei na cozinha passando pela porta do quarto de Ravenna fechado, ela talvez ainda estivesse dormindo.
– Você acordou tarde. – Ouvi sua voz atrás de mim e me virei a vendo com uma xicara em mãos. – Café.
– Bom dia. – Sorri de leve pegando a xicara em suas mãos e sentindo o cheiro. Não era um café forte, muito menos fraco, estava na medida. Ela podia ter vindo de família rica, mas existia algo bem mais simples na menina de cabelos roxos.
Ela até mesmo chegava a me lembrar Rose de vez em quando.
– Obrigado por ter me levado até o quarto ontem. – Arregalei os olhos ouvindo aquilo. Não pensei que ela fosse me agradecer. – Eu sei que você fez isso, não sou nenhuma sonambula para aparecer na cama do nada.
– Eu não disse nada.
Continuei a encarando enquanto meio irritadiça ela apenas desviou o olhar e voltou para o quarto. Não tinha como prever nada do que ela fazia mesmo. Peguei o celular verificando se não tinha nenhuma chamada de Duane, talvez ele não quisesse conversar, e eu sabia que lhe deveria pelo menos um "foi mal", pelo soco da noite anterior. Não é muito comum da minha parte sair por ai socando pessoas, ele só tinha me pego num mal momento.
Quando terminei o café da manhã, lavei a louça com rapidez para não me atrasar e após colocar a arma no coldre me dirigi a porta.
– Detetive? – Ravenna apareceu novamente na minha frente com aquela famosa expressão irritadiça. – O primeiro pecado capital é a luxuria. A valorização extrema de prazeres carnais, sensualidade e sexualidade. Deveria começar, a procurar Richard por ai.
– Está me dando uma charada? – De certa forma aquilo me irritava, eu não era bom com esse tipo de coisa. – Se quer me ajudar a dar um jeito nele, poderia me dizer algo mais óbvio.
– Para que algo mais óbvio que o próprio pecado? – Seus ombros subiram e desceram como se ela estivesse dando uma desculpa, e antes que eu pudesse retrucar, a cabeleira roxa de Ravenna já tinha se voltado na direção do corredor.
A pergunta que não quer calar é, o que um pecado como a luxúria podia me ajudar?
Decidi não perguntar mais nada e fiz um aceno com a cabeça para a moça antes de me virar para ir embora. Ao abrir a porta, dei de cara com um Duane de óculos escuros bem grandes, coisa que o mesmo já havia comentado que odiava.
– Eu ia bater. O sexto sentido está funcionando hoje em. – Sua mão veio na direção da minha pronta para fazer um toquinho, mas eu ainda estava pensando no nosso confronto do dia anterior.
– O que você faz aqui? – Perguntei o cumprimentando meio sem jeito. Não queria pedir desculpa mesmo sabendo que era a coisa certa a fazer.
Antes de me responder, ele já entrou em minha casa balançando as mãozinhas em direção a Ravenna que deu um mínimo sorriso ao vê-lo. Eu recebia uma charada com ela ríspida, e Duane recebia um sorrisinho? Eu havia tido a ideia de tentar salvar a garota de pena de morte, não ele.
– Eu sabia que você ia querer ficar na cola de Richard, então vim trocar o turno de babá com você. – Um dos braços do meu amigo contornou os ombros de Ravenna a puxando contra seu corpo, em um abraço de lado, a moça não apresentou nenhuma mudança de humor naquilo, mas aparentemente ela preferia um pouco mais de distância. – Até porque Ravenna gosta de mim.
– Mentira. – Aquilo destruiu o sorriso bobo que tomava conta do rosto do Leuske, não que eu não tenha gostado, foi até interessante.
Observei com um sorriso nos lábios enquanto a senhorita Tucker se distanciava de Duane que a encarava com o queixo caído, ele parecia desapontado pela maneira fria com que ela o tratou. No entanto ainda era mais quente do que ela tinha se apresentado no dia anterior, uma hora ela se acostuma e decide dar uma ajuda de verdade, com algo que não seja uma charada.
– Então eu vou indo. Tem comida na geladeira, ontem ela fez o almoço, mesmo que eu duvide que ela vai cozinhar alguma coisa pra você, pode se aventurar na cozinha se ela te desapontar. – Dei as instruções e me virei para sair, até lembrar novamente da charada que Ravenna tinha me falado. – Escute, ela falou algo sobre o pecado da luxuria, disse isso como se fosse uma pista sobre o Richard, mas eu só entendi como uma charada, tem alguma conexão pra você?
Enquanto ia até o sofá o rosto de Duane era pensativo, talvez ele tenha se lembrado de algo, ou esteja tentando lembrar.
– Richard não é o tipo de cara mão fechada, pelo que pude ver ele gostava de boates e de mulheres, obviamente. Talvez tenha sido isso que ela tenha tentado te dizer.
– É... – Me lembrei de algo interessante. – Talvez seja isso.
Saí de casa trancando a porta, ao que tudo indica eu tinha uma ideia do que a senhorita Ravenna tinha me falado.
[...]
Todos no departamento estavam me olhando de uma maneira estranha. Talvez seja pela pequena discussão que eu tive com Duane, ou pelo fato de acharem que eu sou louco por ter reaberto um caso dado por resolvido. A verdade é que motivos não faltam.
– Fofoca é uma coisa que se espalha muito fácil, não é? – Amélia parou do meu lado olhando o quadro de avisos do departamento. – Só ignore.
Sorri de lado, tinham mesmo mandado ela ali para me vigiar? Seu único envolvimento no caso era ter assinado alguns papeis.
– O que faz aqui? – Perguntei me afastando para pegar outra xicara de café, talvez fosse a única maneira de me manter absorto sobre os demais comentários que me cercavam.
– Não é exatamente a minha área, mas não significa que eu não possa brincar de detetive de vez em quando. Se você acha que Ravenna será condenada injustamente por cima do meu cadáver está redondamente enganado. – Senti sua mão tocando meu ombro. – Venha ver uma coisa.
Mesmo sem entender direito porque ela tinha mudado de ideia tão rápido com relação a moça de cabelos roxos eu segui a juíza que ia em direção a sala de vídeo. Será que ela tinha descoberto alguma coisa?
Amélia tinha condenado Ravenna, no entanto duvido muito que sobre a hipótese da garota ser inocente, a juíza nunca levaria aquele caso a diante. Para ela, ou a pessoa era condenada com 100% de certeza, ou ainda valia a pena lutar pela liberdade, ou por uma liberdade parcial, como a que foi dada a minha isca.
Era a chance de fazer algo certo pelo menos uma vez. Eu não tinha conseguido livrar a minha própria irmã daquele canalha, e esperava agora poder fazer alguma coisa, antes que ele consiga destruir o psicológico de outra menina.
– Fiquei curiosa com sua vontade de reabrir o caso. Descobri o real motivo. – Eu ia tentar explicar. Amélia podia estar pensando que eu só tinha entrado naquilo por causa de minha irmã. – Apesar disso, sua vontade de limpar a face da terra dos idiotas também é igual a minha. Precisamos dele vivo, caso o pegue.
Entramos na sala enquanto eu ouvia suas palavras e dava um sorriso, mesmo eu prometendo Richard vivo, será que Ravenna deixaria o idiota pagar seus pecados na cadeia? Talvez ela quisesse que ele queimasse no inferno, até que Lúcifer se cansasse do crápula.
– Farei o possível. – Olhei para o telão da sala e vi a imagem da Tucker sentada de frente para um senhor mais velho. – São sessões?
– Sessões de psicologia. Ravenna se comunicava por charadas, e até ontem à noite eu não tinha entendido tudo muito bem, no entanto, pensando melhor, eu consegui entender um pouco, e decidi te mostrar. Então, se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
Ela tocou o ombro do rapaz que controlava a sala, e ele soltou a imagem desde o começo, dando início a um monologo do psicólogo, sobre como queria saber o que tinha acontecido naquela semana como a pequena Ravenna.
"– Eu tenho sonhado com ele, as vezes. – Não parecia a mesma pessoa que estava na minha casa. Ela estava falando sobre o ex noivo. – Dizendo todos os pecados que eu cometi, os motivos pelo qual eu fiz o que fiz.
– E você fez? – O psicólogo também estivesse pensando como eu naquele momento, ela não era capaz, não parecia ser.
– Estou sendo acusada por isso."
– Ela nunca confessou. – Amélia deu um pause nas imagens e se virou para mim. – Quando era perguntada sobre o motivo, ou se realmente fez, ela dava uma resposta que dava a entender que fez, mas não era uma confissão em si. Sempre foi algo como "estou aqui por isso" ou "vou morrer por esse motivo", dando a entender que sabia que tinha ganhado a famosa pena de morte. Ravenna nunca confessou.
Fiquei em silencio apenas digerindo tudo aquilo, a moça aderiu a famosa frase de "em cima do muro" e mesmo assim tinha sido condenada. Talvez as provas contra ela eram demais.
"– Richard lhe convenceu a fazer aquilo? – Se ela respondesse aquela pergunta já sairia livre, já responderia em liberdade, tenho quase certeza.
– Richard sempre foi ateu. – Ela mudou de assunto? – Mesmo assim, sempre debatíamos sobre os pecados capitais, gostávamos desse assunto. Ele sempre se encaixou com o pecado da Luxuria, gostava de visitar lugares assim, eu no entanto, cometi o pior de todos.
– E qual seria?
– Amar."
Quando a tela ficou preta eu parecia estar paralisado. Não tinha sido ela, não podia ter sido, Ravenna foi manipulada por qualquer outra pessoa, mas ela não cometeu aquele crime bárbaro por si só.
– Ao sul da cidade existe uma boate. Chama Luxuria, o departamento recebeu uma ligação, alegando que seu suposto assassino foi visto lá. Talvez, com um mandado, – Amélia me estendeu um envelope – você consiga os vídeos de segurança e pegue alguma pista dele, se ele realmente foi para lá.
Peguei o papel em sua mão, e o encarei por algum tempo, claro que existiam maneiras muito mais sutis de conseguir informações do que usando do poder de um mandado. Estava fácil demais, aquele não era o assassino que tinha fugido do radar da polícia, aquilo estava sendo mamão com açúcar, algo podia não estar tão certo assim. A menos que o desejo de Richard seja ser pego. Se for assim, talvez ele tenha realmente voltado por ela, pela senhorita Tucker.
Luxúria. Essa era a charada, esse era o pecado, Ravenna tinha me dito exatamente o que eu tinha vindo descobrir no departamento e podia ter descoberto em casa se tivesse pensado um pouco mais. Ela tinha tentado me ajudar, será que queria finalmente a liberdade e estava meio receosa em batalhar por aquilo? Não fazia o tipo dela, a moça tinha mais o tipo de que batia com tudo de frente, mesmo que naquele momento parecesse psicologicamente abalada.
No entanto, se tudo girava em torno dos pecados que ambos cometeram, Ravenna estava muito errada em achar que amar foi seu maior pecado.
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Ta ai o capítulo ♥
Estou atualizando de acordo com os comentários, então quando acredito que vocês estão realmente gostando - através dos comentários - eu atualizo mais rápido do que quando não tenho retorno nenhum ♥
Até a próxima pessoal.
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