[🏀 + 32] - Reconciliação

Jay ofegou, quebrando o beijo. Seus lábios colaram no pescoço tão branco quanto papel do ruivo e não perdeu tempo em deixá-lo com marcas vermelhas que em breve ficariam roxas. Jungwon firmou suas pernas ao redor dele, sentindo seu peito subir e descer. Suas mãos apertavam os braços musculosos, se entregando de vez ao namorado.

Park ondulou o quadril em movimentos circulares, fingindo estocadas calmas e lentas. Sua boca ainda passeava pelo pescoço do ruivo, deixando suas marcas de amor nele. Os lábios deslizaram para o ombro e ele abaixou a manga da camisa, sugando a pele para dentro. Desesperado por mais contato, o ruivo arqueou a coluna, deixando seu quadril ainda mais grudado com o do moreno.

A mão tatuada acariciava o ombro descoberto com carinho enquanto a boca quente voltou a atacar o pescoço já inteiramente manchado. Jungwon tentava conter os gemidos que queriam escapar, mas não se importou de soltá-los. Não havia visto ninguém na casa além do moreno, tudo bem que aquela casa era enorme e que os membros da família poderiam estar em qualquer lugar.

Jay percebeu seu ressentimento e sorriu, olhando para os olhinhos perdidos dele.

— Relaxa, meu amor. Você está muito tenso.

Jungwon ofegou, sussurrando baixinho quando o moreno beliscou seu mamilo esquerdo entre as pontas dos dedos.

— E-eu só... estou um pouco nervoso.

Park continuou sorrindo, agora acariciando a bochecha corada do ruivinho.

— Não precisa ficar nervoso. — sussurrou ao pé do ouvido. — Essa não é nossa primeira vez. 

— Eu sei. Mas é que aconteceu tantas coisas. Eu n-não sei como você ainda consegue me olhar assim... — suspirou, com medo da resposta do mais velho. — Eu nem sei se ainda somos namorados.

— Claro que somos. Eu te amo, gatinho. Você me ama?

— Amo.

— Eu confio em você. Você confia em mim?

— C-confio.

O sorriso do moreno cresceu.

— Então ainda estamos namorando. — continuou acariciando o rosto dele. — Não precisa de todo esse nervosismo, meu amor.

— É que pra mim parece estranho. Sabe, um dia estávamos separados porque eu confundi tudo e não confiei em você, outro dia eu estava te ignorando completamente e depois se passou um mês disso tudo. E o-ontem eu beijei outro cara e...

— Você beijou o Doyoon. — falou, a voz falhando.

O ruivo arregalou os olhos.

— O-o que? 

— Você beijou o Doyoon. — repetiu.

— M-me desculpa... eu não...

— Shh, está tudo bem. Eu já te perdoei. Eu sei que você estava tão machucado quanto eu.

Uma lágrima rolou pelo olho direito.

Jungwon passou a observar o rosto do namorado e engoliu em seco ao ver o maxilar inchado, além do corte no lábio.

— Eu t-te bati, Seong...

— Foi por que você quis? — perguntou.

— N-não, eu não sei o que deu em mim para ter te batido. Por u-um segundo achei que tinha visto o rosto dele no seu, mas eu não vi.

— Sua mente fez você ver.

Jay segurou o rosto do ruivo com delicadeza, seus olhos cheios de compreensão.

— Eu sei que você não quis me machucar. — sorriu, passando confiança para o namorado. — Nós dois estamos passando por muita coisa. 

Jungwon assentiu, sentindo o peso da culpa e do arrependimento. Ele se aproximou mais, encostando sua testa na do moreno.

— Eu prometo que vou melhorar. — sussurrou. — Eu não quero te machucar nunca mais.

O tatuado sorriu levemente, acariciando o cabelo laranja.

— Eu confio em você. — respondeu, sorrindo. — Se você quiser, podemos apenas ficar deitados e agarradinhos. Não precisamos apressar as coisas. Nós acabamos de nos resolver, então...

— Eu quero.

— Você quer?

— Quero.

Jay o puxou pelo queixo e grudou os lábios em um beijo carinhoso, cheio de sentimentos confusos, mas deles.

Jungwon sentiu o coração acelerar enquanto o beijo se aprofundava, cada segundo parecendo uma eternidade. Ele podia sentir a confusão e a intensidade dos sentimentos que ambos compartilhavam, mas naquele momento, tudo parecia se encaixar. 

Quando finalmente se separaram, seus olhos se encontraram, e um sorriso tímido surgiu nos lábios do ruivo.

— Eu te amo — o moreno sussurrou, ainda segurando o queixo do namorado com delicadeza.

— Eu também te amo, Jay.

Jay sorriu ao ouvir isso, seus olhos brilhando com uma mistura de alívio e desejo. Sem hesitar, ele se inclinou novamente, seus lábios encontrando os do outro em um beijo ainda mais profundo e apaixonado. 

Dessa vez, não havia confusão, apenas a certeza de que aquele momento era exatamente o que ambos precisavam. As mãos do rebelde deslizaram para a nuca do ruivo, puxando-o para mais perto, enquanto o mundo ao redor parecia desaparecer.

Eles se deitaram na cama ainda com as bocas coladas, depois finalizaram o ósculo. Um sentimento de felicidade e paz envolveu o casal. Jungwon estava deitado de costas, sentindo o calor do corpo de Jay contra o seu. Park, por sua vez, envolveu a cintura do ruivo com seus braços, puxando-o para mais perto.

— Eu poderia ficar assim para sempre — murmurou, sua voz suave e cheia de carinho. — Você quer mesmo fazer amor?

Jungwon negou, empurrando-se contra ele. Park ofegou ao sentir a bunda farta do namorado em sua pelvis.

— Não quero fazer amor. Eu quero transar.

Jay sorriu ardiloso, agarrando o quadril dele.

— E há uma diferença? — perguntou, sorrindo safado.

— Tem.

— E qual seria?

Ele voltou a perguntar, mas não deixou o namorado responder. 

Com rapidez, o moreno envolveu a cintura fina do namorado com ambas as mãos e o girou no colchão, o deixando de bruços. Como um animal predador em busca de sua presa, ele montou o ruivo, deitando-se por cima dele. Agarrou os braços dele e o mobilizou ao lado do corpo, passando a se movimentar. Seu membro endurecido deslizava pelas bandas arrebitadas da bunda do ruivinho. Os corpos continuavam vestidos apenas nas peças íntimas.

Ainda segurando firmemente os braços do ruivo, Jay flexionou as nádegas e ergueu o quadril para cima, voltando para baixo e subindo novamente. Ele continuou nessa sequência de movimentos, simulando estocadas brutas enquanto o ruivinho imobilizado abaixo do corpo grande, gemia desesperado. Sorrindo roucamente, o moreno ergueu o corpo e largou os braços do ruivo, apertando a bunda grande entre mãos.

Ele então se apoiou no colchão, com as mãos ao redor do corpo do ruivo. Logo voltou a simular as fodas ásperas que sempre tiveram. Um mês havia se passado e nenhum dos dois podiam suportar o desejo e o calor que queimava dentro de seus corpos, ansiando pelo o outro o mais rápido possível. Quando os braços cederam, Park voltou a se deitar por cima do ruivo, colocando seu peitoral forte nas costas desnudas.

Novamente ele imobilizou os braços do namorado e seguiu com seus movimentos, soltando risadinhas perversas todas as vezes que Jungwon gemia e implorava por mais contato. Sorrindo de forma safada, Jay outra vez ergueu o corpo. Suas mãos fortes foram para a cabeça do ruivo, pressionando-a contra o travesseiro. Seu quadril não parava de se mover, parecendo ganhar vida própria. Jungwon arregalou os olhos.

— A-amor, o que v-você... urh! — tentou falar ao sentir o peso das mãos do namorado em sua nuca.

Jay empurrou o quadril com mais força, fingindo ir fundo.

— Cala a boca. — rosnou, continuando com os movimentos ríspidos.

Seu membro parecia que explodiria a qualquer momento, de tão duro que estava. 

Mesmo que as intimidades ainda estivessem cobertas pelo tecido das cuecas, Jungwon podia sentir com clareza o tamanho e grossura do namorado entre suas bandas. Jay era grande, muito grande. Tão grande que estava perfeitamente desenhado no pano fino que ainda o cobria e a cabeça gorda quase o perfurava.

Jungwon gemeu arrastadamente, abrindo a boca para tentar levar ar aos pulmões. Sua cabeça continuava sendo pressionada para baixo pelas mãos firmes e sua bunda agora sofria as consequências de seus atos. Jay já era naturalmente insaciável, com uma energia que durava horas na cama. Dois ou três dias sem ter um mínimo contato íntimo com o namorado já era o suficiente para deixá-lo com um humor terrível e mais fome do ruivinho.

Um mês então, podia ser considerado o fim de Yang Jungwon.

O moreno continuava sedento, empurrando-se com firmeza contra as nádegas macias e suculentas. As mãos deixaram a nuca do ruivo livre e passaram a maltratar a cintura afinada, empurrando o corpo contra o dele.

— Jong-seong... — o ruivo arfou, necessitado.

Jay sorriu, sem parar de empurrá-lo.

— O que foi, meu bem? — perguntou cinicamente, a voz falha e cansada pelo esforço que fazia.

— A-anda logo. 

— O que você quer, príncipe?

O ruivinho choraraminhou, se movendo nos lençois em busca de algum alívio.

— Me come, amor. — tremeu, sentindo espasmos. — M-me come, Jay. Por favor... me come.

Ele sorriu para o desespero do namorado, em nenhum momento parando de mover o quadril contra o dele.

— Shh, meu amor, se acalme. — provocou, parando de empurrar contra ele. — Você está tão desesperado. 

Jungwon soluçou, arqueando a coluna em busca do namorado.

— V-você so faltava morrer quando ficávamos uma semana sem transar. Então p-por que está enrolando tanto depois de um mês inteiro?

A forma arrastada em que ele falou, mostrando todo seu desespero e anseio para ser tocado, quase desestabilizou o moreno. Mas ele se manteve firme. Com um sorriso sórdido, ele estapeou a bunda grande. Estava na hora de brincar um pouquinho. 

Ele grudou o peito nas costas suadas do ruivo e levou os lábios até a orelha dele, sussurrando com um tom de voz baixo e rouco:

— Ah, meu príncipe. Talvez eu esteja fazendo de propósito. — mordeu a cartilagem ao terminar de dizer.

Jungwon arregalou os olhos.

— O-o que? — tentou virar o rosto para olhá-lo, mas ele foi mais rápido e pressionou o rosto choroso contra o travesseiro. 

— Fica quietinho. — voltou para a posição anterior, grudando a pélvis nas nádegas cheias. — Esse será seu castigo.

O ruivinho choraraminhou audível quando Jay passou a movimentar o quadril em movimentos circulares, passando o membro completamente ereto nele em uma forma provocante.

— Uuh, isso n-não está doendo, meu amor? — perguntou, referindo-se a ereção pulsante. — E-eu estou preocupado que esteja. 

Park sorriu.

— Está mesmo? — provocou, movimentando com mais força.

— Uhum. Não s-se torture assim. Você p-pode colocar se quiser.

— Ah, boa tentativa, ruivinho. — deixou um tapa forte na lombar arqueada. O ruivo gritou. — Mas eu só irei colocar quando você aprender a se arrepender de seus atos.

— M-mas eu já me arrependi. — falou quase chorando.

— Será mesmo?

Sem a resposta do ruivo, ele meteu com força, aumentando ainda mais o tesão dos dois. Jungwon queria desesperadamente ser penetrado e o moreno não podia mais esperar para penetrá-lo, mas não cederia tão cedo.

— N-não faz isso c-comigo, Jay. Eu não estou b-brincando. — resfolegou.

— Eu também não estou.

Com uma rapidez nunca vista pelo ruivo antes, Jay saiu de cima de si e deitou-se ao seu lado. Com brutalidade, agarrou o tecido de sua cueca e a puxou com força para baixo, quase separando o cós do corpo da peça. Um gemido áspero deixou sua garganta ao receber um forte tapa na parte direita.

Jay passou a provocá-lo, movimentando os dedos entre suas bandas, passando as mão lentamente para cima e para baixo. As pontas dos dedos ameaçavam entrar no canal escorregadio, mas sempre que parecia que iam penetrar, o dono deles os puxava.

Jay levou os dedos até a própria boca e os umedeceu com saliva até deixá-los molhados o suficiente. Lubrificar com saliva não era o recomendado já que o líquido secaria muito rápido e o atrito causaria dor, mas naquele momento era exatamente aquilo que ele queria. E também sabia que era o que Jungwon também queria.

Com o ruivo ainda deitado de bruços e resfolegando baixinho, Jay penetrou três dedos de uma única vez, fazendo movimentos de pinça e chegando fundo no interior pequeno. 

— F-filho da puta! — o ruivo gritou, surpreso. 

Park ignorou seu xingamento e movimentou os dedos com mais força, perturbando os sentidos do menor.

— Não era isso o que você queria, meu amor?

Jungwon não respondeu e iniciou uma sessão de gemidos altos, ao que o namorado continuava o penetrando com os dedos.

Ele agarrou o travesseiro com força, colando os lábios na fronha macia para abafar os sons que saíam deles. Jay metia com ligeireza, em um ritmo tão intenso que as bandas branquelas chegavam a balançar. Depois de alguns minutos socando sem parar, ele finalmente retirou os dedos para que o garoto pudesse respirar.

Ele acariciou o lado esquerdo da nádega um tanto avermelhada de sua mão pesada, e passou a acompanhar o ritmo da respiração do ruivo, tentando controlar a sua.

— Você tá fechado pra caralho — murmurou, voltando a penetrá-lo como outrora. — Nesse tempo, você não colocou os dedinhos?

Jungwon conseguiu erguer a cabeça e encará-lo. Um biquinho surgiu em seus lábios e uma única lágrima solitária rolou.

— P-poucas vezes. — gemeu manhoso. — Eu pensava em você. E-eu não queria.

— Você não queria pensar em mim. — falou para si mesmo, pensativo.

O ruivinho negou.

— N-não.

— Por quê?

— Porque e-eu, uh... ficaria m-mais excitado e você... v-você não estava comigo. 

Jay sorriu safado, aumentando a velocidade de seus dedos. O ruivo tremeu, se debatendo e fungando alto.

— Meu amor, você só precisava ligar.

— N-não. Eu não te queria... não t-te quero só para sexo. V-você é meu namorado. — falou, seus fungados aumentando. 

Jay não respondeu. Ele focou unicamente no prazer desesperador que o namorado parecia estar sentindo.

Logo ele adicionou mais um dedo, sentindo o interior do ruivo se abrir mais. O canal estava inteiramente molhado, sem o uso de lubrificante. Jungwon estava tão excitado que sua cabeça girava, se sentindo estranho por fazer sexo com o moreno depois de um mês sem contato. Ele se sentia exposto e envergonhado, mas, ainda mais sedento e necessitado. 

Ele apenas se deu conta que estava chorando quando sentiu o gosto salgado das lágrimas em sua língua. A boca se abriu espontaneamente e sua garganta ardia, tamanho esforço que fazia para gemer. Jay não parecia estar disposto a ser cauteloso e seu dedos se movendo de forma bruta era a prova disso

— Você está chorando, meu príncipe? — sorriu, fazendo agora movimentos de tesoura com os dedos. — Está tão necessitado assim?

O ruivo tremu, incapaz de responder.

Jay aumentou a velocidade dos dedos, usando tanta força que se não tomasse cuidado poderia acabar machucando. Jungwon arquiva as costas frequentemente, gemendo manhoso e se perdendo em lágrimas. Suas pernas tremiam mesmo que ele estivesse deitado. A cabeça pendia para lugares diferentes e o moreno continuava dedilhando seu interior apertado sem pausas.

Com um grito alto e fino, Jungwon atingiu seu limite quando Jay meteu com tudo os dedos em sua próstata, enfiando a boca no travesseiro para abafar o barulho.

Sua barriga formigou e os dedos dos pés se contraíram, denunciando seu atual estado. Uma onda de espasmos tomou seu corpo, tão forte que o moreno precisou pressionar a lombar para que ele não se movesse tanto. Os gemidos saíram pelos lábios cheios, sem intenção de soltá-los.

Jay ofegou, maravilhado com o que acabara de ver.

— Ah, você está sensível. — verificou, removendo os dedos melados de dentro dele. — Que lindo. — sugou os dígitos para dentro da boca, sentindo o gosto agridoce do ruivinho.

Jungwon ainda tremia.

— V-você é malvado.

— Não sou, meu bem. Apenas te castiguei um pouquinho. — sorriu safado. 

Ele finalmente tirou a palma da lombar do ruivo e deitou-se em cima dele. Grudou os lábios nas costas suadas do menor, sequer o dando tempo para se recuperar do recente clímax. A boca quente foi sugando a pele salgada, descendo e descendo, trilhando caminhos com sua saliva como um desbravador percorrendo uma mapa em busca do tesouro.

E então, ele encontrou o seu.

Jungwon gritou baixinho, tremendo ao sentir o músculo molhado e quente em seu interior. A língua habilidosa o penetrava com carinho, circulando a entrada castigada pelos dedos longos. O mesmo gosto que sentiu ao sugar os dígitos se apoderou da língua do moreno.

Jay ofegou, gemendo pela primeira vez. O gosto único do ruivo o deixava maluco. 

Ele ergueu o rosto.

Puxou o ruivo pela canela, o virando. Seu rosto era um misto de suor, lágrimas e saliva, uma combinação perfeita. As pupilas negras do moreno se dilataram fortemente ao visualizar o rostinho inocente tão acabado.

Com pressa, grudou as bocas em um beijo necessitado. As línguas se enroscavam e deslizavam com maestria, em uma valsa ensaiada. Jungwon agarrou o pescoço dele e o envolveu com as pernas, prendendo-o em seu laço. Seu pênis ainda sensível pelo orgasmo se tocava com o do moreno, causando uma fricção gostosa.

Quando a falta de ar se fez presente, Park quebrou o beijo e largou o ruivo onde ele estava, o deixando confuso. Então ele saiu de perto do menor e deitou-se confortavelmente na cama, fazendo os braços de travesseiro. Um sorriso safado se desenhou em seus lábios.

— Vem aqui me chupar, bebê.

Jungwon engoliu em seco, olhando para aquele pedaço de mal caminho. Um pecado.

Jay sorriu malandro, deitado apenas de cueca. O abdômen definido estava à mostra, revelando sua bela forma. Aquela parte do corpo do moreno era caracterizada por músculos abdominais visíveis e bem delineados. Isso inclui a presença de seis perfeitos gominhos delineados.

Jay se mantinha em forma graças aos treinos pesados e aos jogos intensos de basquete. Mesmo sem frequentar a academia por algum período, seu corpo refletia o esforço e a dedicação que ele colocava no esporte. Seu abdômen era incrivelmente bem feito e desenhado, cada músculo definido e visível. Durante os jogos, era evidente a força e a resistência que ele possuía, e fora das quadras, ele recebia elogios pela sua forma física impressionante. O que sempre deixava o ruivo enciumado.

Jungwon observava o abdômen perfeito de seu namorado com um sorriso tímido e suave. Cada gominho bem definido era um testemunho do esforço e dedicação que ele havia colocado em seus treinos. mas, aquele momento de admiração pelo esforço do moreno passou assim que seus olhos foram parar mais embaixo.

O tecido branco da cueca estava encharcado na parte superior do pênis ereto, o qual estava bem modelado pela sua dureza. Se rastejando como um cachorrinho, o ruivo se aproximou do garoto, levando as mãos afoitas até a ereção pulsante. Um som rouco escapou da garganta do moreno.

— Porra, amor, sua mão tá quentinha.

Jungwon sorriu, umedecendo os lábios. Seus olhos desceram até a marcação bem feita do volume do namorado e levou os lábios até lá, passando a dar beijos ainda sob o tecido melado. Ele o sentia pulsar em seus lábios, desesperado por mais contato do que aquela simples provocação.

Então, não perdeu tempo em puxar o pau ereto para fora da cueca encharcada, segurando a base com dificuldade. Jay passou o tecido da peça íntima por suas coxas, ajudando o ruivo a ter mais agilidade. Livre de roupas, Jungwon o agarrou com ambas as mãos, punhetando lentamente. 

O moreno pendeu a cabeça para o lado, levando a mão tatuada até a nuca laranja. Segurou os fios com força e pressionou o rostinho corado contra sua intimidade, mostrando ao namorado o que ele queria. Engolindo em seco, Jungwon colocou a ponta da língua para fora, passando pelo torso até a cabeça que expelia pré-sêmen. 

Ele continuou com aquele movimento provocante até ouvir um rosnado enfurecido e ter seu cabelo puxado com mais força. Com aquele aviso, abriu mais a boca e abrigou o pau do moreno de uma só vez, abocanhando tudo sem reclamar. A glande inchada tocou fundo em sua garganta, o dando ânsia. Rapidamente retirou o membro da boca para tossir, engolindo a bile.

Jay deixou uma risadinha rouca escapar, largando os fios dele e acariciando a bochecha corada.

— Vá no seu tempo, querido. — sussurrou, a voz grave e falha.

O ruivinho concordou, voltando a colocá-lo na boca. Ele sentia as veias saltadas em sua língua, mostrando que o tesão que o moreno sentia era tanto, que poderia gozar sem muito esforço. Novamente retirou o membro dos lábios e passou o nariz pela base dele, sentindo o cheiro entorpecente e másculo que aquela região tinha. Jay sorriu, segurando na base do próprio pau e batendo levemente no rosto quente do ruivo.

Jungwon estreabriu os lábios, suspirando afetado pelo momento. Park empurrou o pau para dentro da boca dele, o obrigando a abrir mais. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele não pôde evitar o gemido grogue que escapou de sua garganta, mandando vibrações direto ao membro teso.

Mesmo que já fosse familiarizado com o tamanho e grossura do namorado, chupá-lo agora estava sendo um grande desafio. Jay não era nenhum pouco pequeno e também não tinha muita paciência. Ter a boca do ruivo tão próxima de seu pau como agora o deixava entorpecido para fodê-la, mas o menor reluatava. Fora um mês longe daquilo, sem aquele contato e sem a brutalidade natural que o namorado tinha.

Jay sabia disso, mas estava focado em sentir as boas vibrações ao ter a língua quentinha do ruivinho em sua glande. Por isso, não pensou duas vezes em colocar tudo para dentro de uma vez, mesmo que tenha dito para que ele fosse em seu tempo. Apesar do desconforto inicial, Jungwon relaxou a garganta e se permitiu respirar somente pelo nariz, deixando que o moreno fizesse o que tinha vontade. Mas ele não fez.

Entendendo o que ele queria, o ruivo agarrou a base do cacete duro e passou a mover a boca por conta própria, o chupando da forma que sabia que ele mais gostava. Em menos de um minuto, ele já havia conseguido assumir a situação e chupava tudo de uma única vez. Saliva escorria pelos cantos da boca, misturando-se com o sêmen do moreno que escorria em abundância.

Revirando os olhos e sentindo que não demoraria muito até gozar, Park voltou a agarrar os fios ruivos, dessa vez retirando o pau de dentro da boca quentinha. Jungwon o olhou com as pupilas dilatadas, não entendendo o motivo da interrupção. Cansado, ele caiu ao lado do mais velho.

Jay aproveitou o momento para deitar-se melhor, acomodando a nuca no travesseiro. Seu pau duro ainda apontava para cima, implorando de maneira dolorosa por atenção. Ele levou a mão até a perna do ruivo, chamando sua atenção.

— Acha que já acabou, ruivinho? — sorriu safado, trazendo o namorado para seu peito. — Sobe em cima de mim. Com a bunda virada pra meu rosto, também quero te chupar.

Jungwon estremeceu.

Acatando o pedido do namorado, seguiu novamente até ele, ficando de quatro, com uma perna de cada lado do corpo bronzeado. Sem esperar por mais nenhuma ordem vinda dele, abocanhou o membro completamente ereto novamente. Mesmo com a boca cheia, fora impossível segurar um gemido áspero ao sentir a língua macia o invadir.

Park segurou em ambos os lados da cintura fina, o puxando para mais perto. Ele ergueu as pernas, enlaçando o torso do ruivo e o mantendo preso. Um dava gás a o outro. A língua habilidosa do moreno serviu como impulso para o ruivo levar tudo dele até o fim da garganta, enquanto que o boquete bem executado pelo ruivinho, o fazia ser penetrado com mais força.

Em um dado momento, Jay apenas acariciou as nádegas redondas do namorado e deixou que ele continuasse o chupando, entorpecido pelo prazer descomunal que estava sentindo. Se vendo completamente alucinado, voltou a agarrar o cabelo macio e se concentrou em foder a boca pequena.

Sua perna caiu do colchão e a outra se estendeu para o meio da cama, o dando força e impulso para continuar metendo na cavidade quentinha. Jungwon chorava desesperado, sentindo a garganta ser arregaçada da melhor forma possível. Os quadris do moreno ganharam vida e passaram a foder a boca apertada com mais força. O ruivo se acostumou com o ritmo dele e começou a chupá-lo na mesma velocidade que ele fodia. Certamente sua garganta precisaria de uma semana no mínimo para voltar ao normal.

De repente, Park deu uma última estocada, deixando o pau preso na garganta do ruivo por cinco segundos antes de retirá-lo de dentro. Jungwon tossiu, cuspindo os resquícios de sêmen que ficaram em sua boca. Jay levantou-se da cama, parando ao lado dela. Não deu tempo para o namorado pensar e o puxou pela perna, grudando a pélvis nele.

Antes que Jungwon perguntasse algo, sentiu-se ser invadido de uma só vez. O grito que estava entalado rasgou ainda mais a garganta maltratada. Jay o fodeu com pressa, se enterrando completamente dentro dele. Os olhos do ruivo reviravam sempre que sentia a glande inchada bater em sua próstata. 

— Parkzinho...

O moreno sorriu com o chamado do namorado e passou a meter mais forte. Ele jogou o corpo por cima do corpo do ruivo, e agora deitado na cama, estocou com mais precisão. Jungwon gemia desesperado, agarrando o lençol entre as mãos e sofrendo espasmos constantes.

Park chupou o pescoço suado, deixando suas famosas marcas. O corpo do menor subia e descia, tamanha força que o mais velho usava para estocá-lo. O peito apertou e a respiração falhou. Ambos sensíveis demais, acabaram chegando ao ápice antes mesmo do natural. Jungwon se contorceu inteiro, explodindo em jatos fortes.

Jay o estocou por mais três vezes antes de sentir que também estava próximo de atingir seu prazer. Rapidamente retirou o pau ainda ereto de dentro do namorado e se auto punhetou, lançado linhas finas e brancas na lombar suada. Cansado, caiu do lado dele. Com o peito estufado e a respiração ainda falha, puxou o ruivinho para si, acariciando suavemente os fios de seu cabelo macio.

Com um sorriso satisfeito, o tatuado sentiu o calor do corpo do menor se aconchegar ainda mais contra o seu. As batidas de seus corações começaram a sincronizar, criando uma melodia tranquila no silêncio do quarto. 

Ele fechou os olhos por um momento, aproveitando a sensação de paz que o envolvia. Com a ponta dos dedos, traçou pequenos círculos nas costas do ruivo, sentindo cada músculo relaxar sob seu toque. 

— Você está bem? — sussurrou, continuando a acariciá-lo.

Jungwon levantou a cabeça levemente, os olhos brilhando com uma mistura de cansaço e felicidade.

— Sim, estou ótimo. — respondeu, aninhando-se ainda mais. — E como você está?

Jay sorriu baixinho.

— Estou com tesão. — respondeu, apertando-o gentilmente contra si.

Jungwon o olhou incrédulo.

— Nós acabamos de transar, Jay! — argumentou, estapeando o peito dele com pouca força.

O moreno sorriu ainda mais, escondendo o rosto no vão do pescoço marcado. 

— Que culpa eu tenho se fiquei um mês longe do meu namorado gostoso? — se fez de vítima, falando baixinho.

Jungwon revirou os olhos, decidindo ignorá-lo ou não pararam nem tão cedo.

— Vamos descansar um pouco. — falou por fim.

O moreno assentiu, abraçando-se mais nele.

Os dois ficaram ali, em um abraço silencioso, deixando o mundo lá fora desaparecer enquanto aproveitavam aquele momento de pura conexão e tranquilidade.

Mas esse momento não durou muito tempo. O moreno não mentiu quando disse estar com tesão e não deixou o namorado pregar os olhos por nenhum minuto. O quarto agora tinha cheiro de sexo e nenhum dos dois tinham vontade de parar. Mas depois de algumas horas, os corpos imploravam por uma pausa.

Com o cansaço finalmente tomando conta, os olhos de ambos começaram a se fechar lentamente. O ruivinho se aninhou ainda mais, encontrando o lugar perfeito no peito do namorado, onde podia ouvir o batimento constante de seu coração. 

As respirações se tornaram suaves e ritmadas, e um sentimento de segurança e conforto envolveu os dois. Em poucos minutos, eles se entregaram ao sono profundo, ainda abraçados, deixando que os sonhos os levassem para um lugar onde só existia amor e tranquilidade. 

• 🥕 •

Assim que o casal recém reconciliado acordou, eles foram surpreendidos por dois pares de olhos redondinhos escuros e um par maior e amendoado. 

Os gêmeos estavam parados em frente à porta do quarto e Bam encarava os dois garotos mais velhos com a língua para fora da boca, pendida para o lado. Jungwon ainda enrolado nos lençois coçava os olhos, tentando espantar o sono. Jay, por outro lado, terminava de vestir a camiseta, se mantendo coberto. Ainda assim, estava em alerta, seus irmãos estavam no quarto e seu namorado não vestia nada.

Ao vestir a última peça que faltava, o moreno caminhou até a ponta da cama, sem se importar com a presença dos mais novos, e beijou a testa repleta de fios ruivos do namorado. Seus olhos voltaram-se para os adolescentes que permaneciam calados.

— O que estão fazendo aqui? — perguntou, mas não obteve resposta de imediato. 

Ao som de sua voz, Bam latiu e foi até ele, rodeando suas pernas. Um sorriso surgiu em seu rosto, enquanto se abaixava e afagava as orelhas do animal. Com a animação do cachorro, Jungwon abriu mais os olhos e prontamente se cobriu mais.

— O Hee disse que o Jungwonie hyung estava aqui. — Jungmin balbuciou, inquieto. — Vocês voltaram, Jayie?

Os olhos pretinhos do menino seguiram até a cama, encontrando o sorriso bonito do cunhado.

— Jungwonie! — exclamou animado, mas não avançou.

Ao seu lado, o bafo que saia dos lábios de Junghee a cada suspiro queimava seu ombro.

O gêmeo mais velho tinha os braços cruzados, pouco interessado em estar ali. Jungwon sorriu ainda mais, notando que Junghee era uma cópia perfeita de Jay, completamente iguais. O ruivo até mesmo arriscava dizer que no futuro o garoto também se permitiria ter algumas tatuagens como as do irmão mais velho.

— Oi, Jungwon. — ele falou sem esboçar reação alguma.

— Olá, meninos! — o ruivinho sorriu, apertando o lençol em seu torso.

Jay se ergueu, passando por Bam e caminhando até os irmãos, colocando uma mão no ombro de cada um. 

— Sim, nós voltamos. — respondeu com um sorriso suave. — Por que vocês estão aqui tão cedo? — tornou a perguntar.

Jungmin olhou para Junghee, que deu de ombros, antes de responder:

— A gente queria ver o Jungwonie hyung. — disse, ainda um pouco tímido. — Sentimos falta dele.

— Eu não sinto falta de ninguém. — o gêmeo mais velho murmurou, emburrado. — Apenas idiotas sentem falta de pessoas.

— Então você também é um idiota. — Jungmin rebateu. — Você sente falta do papai quando ele viaja, sente falta do Parkzinho quando ele está na escola e também sentiu muita falta do Jungwonie esse mês inteiro!

Jungwon, agora mais desperto, se sentou na cama, ainda segurando o lençol contra o corpo. Seu sorriso se alargou.

— Eu também senti falta de vocês. — disse ele, com um sorriso caloroso. — Sei que sentiu minha falta, Hee. Eu sei que sim.

Junghee revirou os olhos, mas não disse nada. Jungmin, por outro lado, parecia mais disposto a conversar com o ruivo.

— Jungwonie hyung? — o mais novo chamou sua atenção. 

— Sim?

— Poderia vestir algo logo? Eu quero te abraçar! — falou de uma vez, prendendo a respiração.

Yang pensou por um tempo no que acabou de ouvir e depois olhou para si mesmo coberto no lençol. Aqueles dois já tinham 14 anos agora, Jungmin poderia não saber — ou poderia —, mas Junghee com certeza sabia o que havia acontecido entre ele e o irmão mais velho durante a noite passada.

— A-ah, claro! Visto sim. — se embolou nas palavras, ficando constrangido.

O moreno mais alto sorriu.

— Vocês precisam sair para que ele possa se vestir. — falou, olhando seriamente para os gêmeos. — Levem o Bam junto.

Os garotos assentiram. Bem, Jungmin assentiu. Junghee apenas chamou o cachorro com um estalar de dedos e saiu.

Jay os acompanhou até a porta, certificando-se de que estavam realmente se afastando do quarto. Quando ele voltou, encontrou Jungwon rindo baixinho.

— O que foi? — perguntou, curioso.

— Eles são tão fofos. — respondeu ainda sorrindo. — E você é um ótimo irmão mais velho.

O moreno se aproximou da cama e se sentou ao lado do namorado, puxando-o para um abraço.

— E você é um ótimo namorado. — disse, beijando a testa de Jungwon novamente. — Agora, vai lá se vestir antes que eles voltem.

O ruivo assentiu e com muita garra saiu dos braços do mais velho.

Assim que firmou os pés no chão, a coberta caiu por seu corpo. Ele foi surpreendido ao receber um tapa estalado em sua nádega esquerda, saltando em um gritinho. Ele tentou lançar um olhar de repreensão ao namorado, mas tudo o que conseguiu foi sorrir ao vê-lo tão bem relaxado e feliz. 

Jay estava contente por tê-lo de volta e Jungwon não poderia estar mais realizado. Aquele “ato carinhoso” que recebeu a pouco do moreno, só mostrava que eles haviam, de fato, reatado o relacionamento tão bom e que fazia tão bem aos dois.

Seguindo para o banheiro, Jungwon vestiu outra roupa do namorado, essa ainda maior que a do dia anterior. Ao se ver pronto, voltou para o quarto e junto ao namorado, seguiram até a cozinha.

Como se já prevessem que encontrariam os gêmeos ali, os dois adentraram o cômodo. Jungwon sentiu quando sua cintura foi rodeada pelos bracinhos curtos do garoto cheio de carinho. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele imaginou como seria ter um irmão mais novo.

— Jungwonie! — o sorriso de Jungmin era de orelha a orelha. Ele finalmente pode abraçar o cunhado. — Argh! Que saudade!

Jungwon se abaixou para ficar na altura de Jungmin e retribuiu o abraço com carinho, sentindo o calor e a sinceridade do afeto do garoto.

— Bom dia, Minmin! — apertou ainda mais o abraço. — Eu também estava com saudades.

Jay observava a cena com um sorriso no rosto, sentindo-se feliz por ver a conexão entre seu namorado e seus irmãos. Junghee, que estava sentado à mesa, olhou para o irmão gêmeo e depois para Jungwon, com uma expressão mais suave do que de costume.

— Querem ajudar a fazer o café da manhã? — Jay perguntou, tentando envolver todos na atividade.

Jungmin assentiu vigorosamente, ainda abraçado ao ruivo.

— Sim! O que vamos fazer?

Jungwon levantou e olhou para o namorado, que já estava pegando alguns ingredientes.

— Que tal panquecas? — sugeriu, animado.

— Panquecas! — repetiu Jungmin, com os olhos brilhando de entusiasmo.

Jay riu e começou a distribuir as tarefas. Jungmin ficou encarregado de misturar os ingredientes secos, enquanto Jungwon e Junghee cuidavam dos líquidos. Enquanto isso, ele supervisionava tudo, garantindo que a cozinha não se transformasse em um caos completo.

Enquanto trabalhavam juntos, a cozinha se encheu de risadas e conversas animadas. Jungwon se sentia cada vez mais parte daquela família, e os gêmeos pareciam mais à vontade com ele a cada minuto que passava.

Com tudo pronto, Park seguiu até o fogão e se preparou para fazer as panquecas. Os gêmeos sentaram nos banquinhos ao redor do balcão e o ruivo foi até o namorado, envolvendo sua cintura com os braços.

— Você cozinha muito bem, Coelhinho. — ele murmurou, enfiando o rosto nas costas largas.

Jay sorriu abobalhado, ainda sem ter se acostumado completamente com os apelidos carinhosos.

— Tenho dois irmãos mais novos para alimentar. — respondeu, ainda sorridente.

— Eu achei que você era péssimo com comida. Mas quando você cozinhou pra mim pela primeira vez, notei que eu era o único desastre na cozinha.

Ele sorriu fraquinho, sendo acompanhado pelo moreno.

— Por que achava que eu era péssimo com comida?

— Porque você nunca gostou de nenhuma aula prática de culinária. — lembrou os episódios do moreno na cozinha da escola. — Lembra de quando tentou fazer banana caramelizada e ela ficou tão dura que sequer caiu do prato ao ser virado de cabeça pra baixo?

Jay sorriu. Os gêmeos observavam a cena.

— Lembro. Fiz de propósito. 

Jungwon desencostou o rosto das costas dele e franziu o cenho.

— Por quê?

— Porque eu era um bad boy. O garoto problema. Acha que um filhinho de papai como eu, encrequeiro e arrogante saberia cozinhar? — perguntou, despejando a massa da panqueca na frigideira untada com manteiga. — Eu fazia papel de idiota, então tinha que sustentar.

Jungwon riu, balançando a cabeça.

— Você realmente era um idiota, Jay. — disse ele, apertando suavemente a cintura do namorado. — Mas fico feliz que toda queda sua personalidade difícil era uma mentira para me conquistar.

Jay virou a cabeça para olhar o ruivo, seus olhos brilhando com carinho. Seus pensamentos foram cortados por um suspiro alto.

— Como você conseguiu ser conquistado por um cara filho da puta? Você não é nem um pouco normal. — Junghee questionou o cunhado.

Jungwon desviou o olhar para ele.

— Eu realmente não sei. — respondeu baixinho. — No início de tudo, quando nos conhecemos pela primeira vez, eu odiava tanto o Jay que poderia morrer a qualquer momento. Mas a partir desse ano, ele se mostrou ser alguém melhor. Ele não me irritava mais como antes e não era tão idiota. Sabe, ele se tornou alguém gentil, delicado e educado. Não sei se ele sempre foi assim, mas foi por esse Jay que eu me apaixonei.

Ele voltou a olhar nos olhos do moreno, sorrindo.

Jay também sorriu e uma lágrima rolou pelo olho direito. Ouvir tudo aquilo sair dos lábios do ruivo depois deles terem se reconciliado após um momento difícil, encheu seu peito de alegria e alívio. Sem se conter mais por sequer um segundo, ele puxou o namorado pela cintura e grudou os lábios.

Jungwon retribuiu o beijo com a mesma intensidade, sentindo o amor e a gratidão do moreno em cada movimento. Os gêmeos, embora um pouco desconcertados pela demonstração de afeto, não puderam deixar de sorrir ao ver a felicidade dos dois.

Jay finalmente se afastou, ainda segurando o menor pela cintura, e olhou para os irmãos.

— Que nojo. — Junghee ricocheteou, mesmo que não estivesse nenhum pouco incomodado. Queria somente implicar. — Vocês são nojentos.

Jungmin cobriu a boca do gêmeo.

— Cala a boca. — murmurou entredentes, sorrindo amarelo. — O Parkzinho e o Jungwonie não são nojentos. Eles são fofos!

Junghee revirou os olhos, passando a ponta da língua na palma do irmão. O mais novo estremeceu, puxando a mão com rapidez. 

— Junghee! ECA! — exclamou, indo lavar a mão babada 

O gêmeo mais velho gargalhou maléfico, se contorcendo inteiro ao ver o irmão o lançar um olhar mortal.

Jungwon olhou para aquela cena, surpreso.

Em todas as suas idas até aquela casa, nunca havia visto Junghee sorrir e gargalhar tanto quanto naquele momento. O garoto ria tanto que lágrimas brotavam de seus olhos. Já Jungmin continuava de cara feia, lançando olhares impiedosos ao irmão. Aquilo definitivamente não combinava com eles.

Mas, por outro lado, Jungwon sabia que aquela demonstração da personalidade do gêmeo mais velho, era uma aceitação. Junghee finalmente estava o aceitando como parte de sua família, ou do contrário, jamais sorriria daquela maneira em sua frente. Ele enfim, estava sendo aceito.

Suas pupilas dilatam e o canto dos olhos se encheram de lágrimas assim que escutou a voz sussurrada do namorado em seu ouvido.

— Eu não poderia estar mais feliz, minha pequena Cenourinha. — sussurrou suavemente, virando a panqueca na frigideira com habilidade. — Eu te amo, ruivinho falsificado.

Agora o ruivo não pode conter suas lágrimas.

— E-eu também te amo. Muito.

Os gêmeos observavam a interação com interesse, absorvendo cada palavra. 

Em silêncio, as panquecas foram feitas e postas à mesa. Os quatro garotos sentaram-se confortavelmente. Jungmin, com a boca cheia de panqueca, olhou para o irmão e disse:

— Parkzinho hyung, você faz as melhores panquecas!

Com a forma carinhosa do irmão mais novo, Park não pode se conter e seu sorriso cresceu de forma espontânea durante todo o café. Já no finalzinho da refeição, passos foram ouvidos adentrando a cozinha. Uma quentura subiu pelas costas do ruivo e se concentrou em seu rosto.

A pessoa que havia acabado de chegar parou de súbito ao notar uma nova presença a qual não se tratava de seus filhos. Um sorriso se alargou nos lábios.

— Jungwon, meu amor! — a voz saiu um tanto embargada, emocionada demais. — Você está de volta, querido!

Somin apressou os passos e seguiu até o genro, o surpreendendo com um abraço caloroso. Pego de surpresa, Jungwon ficou paralisado, correspondendo o abraço apenas minutos depois. Às vezes acabava esquecendo o quanto amado era por aquela mulher.

— O-oi, senhora Somin. — sussurrou timidamente ao finalizar o abraço.

— Hora, querido, já disse para não me chamar assim. Apenas Somin está ótimo!

O ruivo sorriu timidamente, ainda se acostumando com a calorosa recepção da mulher. Ele se afastou um pouco, mas manteve as mãos dela nas suas.

— Desculpe, Somin. — disse, corrigindo-se prontamente. — É que ainda fico um pouco nervoso perto da senhora.

Somin riu e acariciou seu rosto com carinho.

— Não precisa ficar nervoso, querido. Você é parte da família. — disse ela, olhando para Jay e os gêmeos. — E parece que todos aqui estão muito felizes com isso. Principalmente meu primogênito. 

Jay assentiu, ainda sorrindo.

— Sim, estamos. — disse ele, levantando-se de onde estava e seguindo até o namorado. Ele sorriu e o puxou para si. — Agora que nos resolvemos, não pretendo deixá-lo sozinho nunca mais.

A mulher ainda sorridente, falou:

— É um alívio para todos nós que tenha voltado, Jungwon. — ela confessou, apertando as mãos dele com um pouco mais de pressão. — Já não aguentavamos mais as lamentações do Jay. 

O moreno revirou os olhos lentamente, mas não negou a profanação da mulher.

— Ele ficou ainda mais chato. — Junghee protestou. — Ontem o papai nos levou para um restaurante chique e ele não quis ir.

O seu gêmeo concordou, mas sem tirar a razão do mais velho.

— O Parkzinho não estava se sentindo bem ontem, Hee. E se ele tivesse ido com a gente, não teria se entendido com o Jungwonie hyung.

Somin riu do descontentamento dos gêmeos. Mesmo que Junghee com toda a sua personalidade forte não demonstrasse, havia sim sentindo falta da presença do irmão mais velho naquele passeio em família. Mas ainda sim, estava feliz por ele ter enfim se resolvido com o namorado, assim como o gêmeo e sua mãe. A mulher olhou para Jungwon com um brilho nos olhos.

— Parece que você conquistou todos aqui, Jungwon. Inclusive, o Junghee. — disse ela, brincando.

O ruivo riu, sentindo-se mais à vontade. Junghee revirou os olhos.

— Fico feliz em poder estar de volta e sendo tão bem acolhido depois de tudo. — disse sinceramente.

Somin assentiu, emocionada.

— Não precisa se preocupar com isso, tudo bem? Tudo já foi resolvido. — sorriu, acariciando o ombro dele. — Agora vamos falar de coisa boa!

O ruivinho franziu o cenho.

— Coisa boa?

— Uh, a despedida de vocês, queridos. — ela olhou do ruivo para o filho, então voltou a encarar o mais novo. — Já estamos nos aproximando do final de outubro e em novembro terá o baile de formatura. Geralmente no fim deste mês, os alunos do último ano voltam para a escola para que possam se despedir.

Jungwon assentiu, ficando animado.

— E isso é bom? — Jay perguntou, contrariado. — Não vejo a hora de me livrar daquela merd-

— Park Jong-seong! — a mulher o repreendeu.

Jay suspirou, tentando se recompor.

— Desculpa, mãe. — disse ele, mais calmo. — Só não gosto muito de pensar na escola.

Somin balançou a cabeça, mas sorriu.

— Eu entendo, querido. Mas a despedida é uma oportunidade de celebrar o que vocês conquistaram e se despedir dos amigos. — disse, sabendo que lidar com o filho mais velho não era fácil. Ela então olhou para o genro. — E você, Jungwonie? Está animado para o baile de formatura?

Jungwon assentiu, um sorriso tímido surgindo em seu rosto.

— Sim, estou. — respondeu. — Vai ser bom ver todo mundo de novo e ter uma última lembrança juntos.

Jay olhou para o ruivo, percebendo a animação nos olhos do namorado. Ele suspirou e sorriu, aceitando a ideia.

— Tudo bem, vamos ao baile. — disse ele, com um sorriso. — Mas só porque você quer.

Jungwon riu e deu um leve empurrão no ombro do moreno.

— Obrigado, Gukkie. — sorriu, usando o apelido que ouviu Jungmin usando mais cedo. Os olhos do moreno se encheram de um brilho único.

Como forma de agradecer o carinho que recebia do ruivo, Jay selou seus lábios em um beijo terno, acariciando sua bochecha gordinha no ato.

Somin observou a interação com um sorriso satisfeito. Junghee já havia até mesmo se mandado.

— Vai ser uma noite inesquecível, tenho certeza. — disse ela, por fim. — E eu vou ajudar vocês a se prepararem para que tudo seja perfeito. Mas também preciso organizar as coisas na escola então será tudo muito corrido.

O gêmeo que restou, estava ouvindo a conversa e ficou animado com a ideia do baile.

— Posso ir também? — perguntou Jungmin, com os olhos brilhando.

Somin riu e balançou a cabeça em uma negação fraquinha.

— Esse baile é só para os formandos, querido. — explicou carinhosamente, sabia como seu filho mais novo era sentimental. — Mas prometo que faremos algo especial para você também.

Jungmin assentiu, um pouco desapontado, mas ainda animado com a ideia de uma celebração para ele quando chegasse sua vez.

— Eu vou estudar na Jaywon High? — seus olhos brilharam ao perguntar. 

— Claro que vai, meu amor.

Com a animação do garoto, Somin sorriu ainda mais e foi atrás dele quando ele saiu saltitando em busca do gêmeo.

Agora sozinhos, Jay olhou para Jungwon e sorriu.

— Parece que temos um baile para planejar. — sussurrou, puxando-o pelos quadris.

O ruivo sorriu de volta, sentindo-se mais animado do que nunca.

— Sim, temos. — respondeu ele, com entusiasmo. — E vai ser incrível.

Novamente Jay colou os lábios em um beijo suave. 

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