[🏀 + 13] - Acampamento
A fogueira crepitava, lançando sombras dançantes nas árvores ao redor. O grupo de adolescentes se acomodaram em troncos e pedras, os rostos iluminados pelo brilho alaranjado das chamas. O ar estava fresco, e o cheiro de madeira queimada enchia seus pulmões.
Jay estava um pouco mais afastado das outras pessoas, junto apenas do ruivo. Ele segurava um espeto com um marshmallow dourado e inchado. Olhou para Jungwon, que estava ao seu lado, e piscou.
— Pronto para ouvir algumas histórias assustadoras?
O ruivo riu, mas seus olhos estavam atentos.
— Claro, mas não posso me assustar demais. Ainda tenho que dormir na barraca esta noite.
— Fica tranquilo, amor. Eu te protejo.
Ele voltou a sorrir.
As outras pessoas na roda também se ajeitaram, ansiosas. As histórias iriam começar a ser contadas.
— Alguém sabe alguma história assustadora? — Seulgi perguntou.
— Eu! — Soojin falou animada. Com sua voz suave, começou: — Eu ouvi falar que há muitos anos, nesta mesma floresta, havia uma lenda sombria. As pessoas que já passaram por aqui diziam que um espírito vingativo vagava pelas trilhas à noite. Ele tinha olhos brilhantes como brasas e cabelos negros como a noite sem lua.
Jungwon assentiu curioso, jogando seu marshmallow na fogueira.
— E o que ele fazia? — perguntou.
Soojin sorriu, criando suspense.
— Ele aparecia para os viajantes perdidos. Aqueles que se afastavam da trilha eram os mais vulneráveis. O espírito sussurrava seus nomes, chamando-os para o escuro.
Uma brisa gelada bateu nos rostos e todos se encolheram, sentindo o ar ficar mais frio. Jay olhou de esguelha para Jungwon que tinha seus olhos arregalados.
— Isso é só uma história, certo?
O ruivo se encolheu ainda mais, se aproximando do moreno. Ele já estava com medo. Jay sorriu.
— Claro, amor. Apenas uma história.
Soojin continuou:
— Dizem que o espírito levava os incautos para uma caverna escondida. Lá, eles encontravam um espelho mágico. Quando olhavam nele, viam seus piores medos refletidos.
— Medos? — perguntou Minseok, intrigado.
— Sim — disse Soojin — Medos profundos e secretos. Alguns enlouqueceram ao ver seus próprios demônios internos. Outros desapareciam para sempre.
Alguns dos presentes se abraçam, sentindo o arrepio na espinha. Era apenas uma história, mas a escuridão da floresta parecia mais densa agora.
— Eles veem o seu medo refletido no espelho? — Sunoo perguntou — Como no livro do It do Stephen King? Igual as crianças veem seus medos refletidos no alienígena?
— É, algo assim.
— E é apenas isso? — Niki perguntou.
— Pelo o que me contaram, sim.
— Que sem graça.
Soojin deu de ombros.
— Eu tenho uma história. — Sunghoon falou — Ela se chama a casa assombrada. Acabei de inventar.
Todos riram do humor do jogador. Sunoo o abraçou mais apertado, se aconchegando nele. Sunghoon deixou um beijinho em sua testa antes de começar a contar:
— Era uma noite de lua cheia, e o vento sussurrava entre as árvores. A casa abandonada ficava no topo da colina, sua estrutura de madeira rangendo com o peso dos anos. Dizia-se que coisas terríveis haviam acontecido ali, e os moradores da pequena cidade evitavam o lugar como se fosse uma praga. Havia um jovem, curioso e destemido que decidiu desafiar o medo. Ele ouvira histórias sobre a casa desde criança e estava determinado a descobrir a verdade. Com uma lanterna na mão e o coração acelerado, ele subiu a colina.
Jungwon sentiu um arrepio na espinha. As histórias não davam tanto medo, mas os sons da natureza e o cantar dos bichos locais deixava tudo pior. Sem ao menos perceber, ele agarrou o braço do moreno com força.
— As janelas da casa estavam quebradas, e teias de aranha pendiam dos batentes. O garoto empurrou a porta enferrujada e entrou. O ar estava carregado de mofo e mistério. Ele iluminou o cômodo com sua lanterna, revelando móveis empoeirados e retratos desbotados nas paredes. De repente, os passos ecoaram no assoalho de madeira. Ele se virou, mas não havia ninguém lá. Engoliu em seco e continuou explorando. Subiu a escada rangente até o segundo andar. Os quartos estavam vazios, exceto por uma cama desfeita e um espelho quebrado. No último quarto, o garoto sem nome sentiu um arrepio na espinha. Havia uma caixa de madeira no chão, coberta de poeira. Ele a abriu com as mãos trêmulas. Dentro, encontrou cartas amareladas e uma fotografia desbotada. As palavras escritas nas cartas eram cheias de desespero e angústia. Parecia que alguém havia vivido ali, preso em um ciclo de medo e solidão.
Fez uma pausa. Todos estavam atentos.
— A lua brilhava através das janelas vazias quando o garoto ouviu um choro suave. Ele se virou e viu uma figura pálida no espelho quebrado. Era uma mulher, com cabelos negros e olhos vazios. Ela estendeu a mão para ele, sussurrando palavras incompreensíveis. O jovem recuou, mas algo o puxou para frente. Ele sentiu o chão ceder sob seus pés, e antes que pudesse reagir, estava caindo. A escuridão o engoliu, e ele perdeu a consciência. Quando acordou, estava deitado no chão da casa abandonada. A lua ainda brilhava, mas a mulher no espelho havia desaparecido. Ele então pegou as cartas e a foto, jurando nunca mais voltar. Mas a casa não o deixaria ir tão facilmente. À noite, ele ouvia os passos no assoalho, o choro ecoando pelos corredores. A mulher queria que ele soubesse sua história, queria que ele a libertasse. E assim, ele tornou-se parte da lenda da casa abandonada. Seu rosto agora aparecia na fotografia desbotada, e suas palavras de desespero eram escritas nas cartas. Ele vagava pelos cômodos vazios, preso entre o passado e o presente, condenado a repetir os erros daqueles que vieram antes dele.
Ao finalizar a história, todos o encaravam interessados.
— Que merda de história, Sunghoon. Isso nem faz medo — Niki falou.
— Então conta uma melhor, idiota.
O mentolado sorriu de canto.
— Tá legal. A história se chama o pacto da encruzilhada. — apresentou — Era uma noite sem estrelas, e a névoa pairava sobre a estrada de terra. Edward, um viajante solitário, estava perdido em meio à floresta densa. Seu carro havia quebrado, e ele não tinha sinal de celular. A única opção era seguir a trilha que se estendia à sua frente. A trilha o levou até uma encruzilhada. Ele olhou para os três caminhos que se bifurcavam. Cada um parecia mais sombrio que o outro. Ele ouvira histórias sobre esse lugar, sobre pactos feitos à meia-noite com seres sobrenaturais. O vento uivou, e Edward sentiu um arrepio na espinha. Ele estava exausto, faminto e desesperado. Foi quando viu uma figura se aproximando. Um homem alto, vestido de preto, com olhos que brilhavam como brasas. “Perdido, viajante?” disse o homem, sua voz suave como seda. “Posso ajudá-lo.” Continuou o homem. Edward hesitou. “Quem é você?” Ele perguntou. O homem sorriu, revelando dentes afiados. Ele continuou: “Sou apenas um negociante, Edward. Posso oferecer-lhe uma saída desta floresta. Mas em troca, você deve fazer um pacto.” Então, Edward olhou para os caminhos escuros, confusos. “Que tipo de pacto? E como sabe meu nome?” O homem se aproximou, sorrindo diabolicamente. “Sua alma. Você deve prometer sua alma em troca de liberdade. Assine o contrato, e eu o guiarei para fora daqui. E como sei seu nome não importa.” Falou.
Niki se calou, fazendo suspense. Os amigos ofegaram querendo saber do resto da história. Jay sorria cúmplice, acabando de engolir mais um pedaço de marshmallow enquanto o ruivo ainda agarrava seu braço.
— Tsc, que merda, Nishimura. — Sunghoon estalou a língua — Cadê o terror da sua história? O medo?
O mentolado revirou os olhos, dando continuidade:
— Edward olhou para o papel que o homem estendeu. As palavras estavam escritas em uma língua antiga, mas ele entendia o suficiente. Ele pensou em sua família, em sua vida. O desespero o dominou. “E se eu recusar?” sussurrou assustado. O homem riu, um som frio e cortante. “Então, você permanecerá nesta floresta para sempre.” o viajante perdido olhou para os caminhos novamente. Ele não tinha escolha. Com mãos trêmulas, assinou o contrato. O homem pegou o papel e o queimou na fogueira que apareceu do nada. “Parabéns, Edward ”, disse o homem misterioso. “Sua alma agora me pertence. Siga o caminho à esquerda. Você encontrará sua saída.” Edward obedeceu, caminhando pela trilha escura. A névoa se dissipou, e ele emergiu em uma estrada asfaltada. Seu carro estava lá, funcionando perfeitamente. Ele entrou e partiu.
— Isso é assustador? — Sunghoon voltou a provocar.
O mentolado não deu atenção e finalizou a história:
— Mas algo havia mudado. Edward sentia um vazio dentro de si, uma escuridão que o consumia. Ele dirigia sem rumo, sem saber para onde estava indo. E então, ele viu a encruzilhada novamente. O homem de preto estava lá, esperando. “Lembre-se, Edward”, disse ele. “Sua alma é minha.” E assim, Edward continuou sua jornada, preso entre o mundo dos vivos e o dos condenados. Ele havia escapado da floresta, mas a um preço terrível.
— Já acabou? — Jung perguntou.
Niki concordou.
Sunghoon então começou a gargalhar desesperado. Ria em plenos pulmões. Sunoo o repreendia.
— Para, amor! Não rir!
— N-não dá pra levar esse cara a sério! Que piada.
Os dois continuaram conversando e Sunghoon rindo como uma hiena enquanto Niki revirava os olhos. Os demais, conversavam entre si, sobre assuntos diversos. A noite estava fresca, e o único som que se ouvia além das conversas, era o crepitar das fogueira que lançava sombras dançantes sobre o grupo de amigos reunidos.
Jay, com seu jeito descontraído, segurava um espeto com marshmallows, assando-os pacientemente até que ficassem dourados e pegajosos. Seus olhos, porém, não estavam fixos nas chamas, mas sim em Jungwon. As chamas da fogueira iluminavam os fios ruivos com um brilho alaranjado.
— Psiu, amor — o chamou baixinho.
Jungwon voltou-se para ele.
— O quê?
— Pega — ofereceu o espeto com o marshmallow.
— Obrigado.
Ele sorriu aceitando o doce.
Quando o moreno fora lhe entregar o espeto, seus dedos se tocaram por um breve instante. Jungwon aceitou o marshmallow e o trocou de mão, deixando a mão do lado de Jay livre. Park não perdeu tempo em tomá-la na sua.
Os sons da floresta e o vento soprando eram acolhedores, e as mãos esquentando uma a outra deixava o clima ainda mais intenso. Jay passou a acariciar o mão pequena com seu polegar, observando ele comer o marshmallow. Ao puxar um pedaço, o doce se desgrudou quase por completo do espeto, sujando um pouco do queixo dele. Jay sorriu e se inclinou para limpar. E ele limpou.
Jungwon soltou um pulinho ao sentir a língua molhada deslizar pelo seu queixo, limpando todo o doce de lá. O músculo quente foi subindo de sua mandíbula até seus lábios, os quais foram sugados e atacados em um beijo caloroso. O ruivo soltou o espeto já sem nada ao seu lado, e levou a não até o rosto dele, aprofundando o beijo.
As mãos continuavam grudadas uma na outra, enquanto a outra mão de Jay estava colada na cintura pequena, fazendo um leve carinho. O beijo foi tomando vida aos poucos, mas ao se lembrar de que não estavam sozinhos, Jungwon quebrou o contato empurrando o moreno para longe.
Tentou fingir que nada aconteceu, mas seus olhos se arregalaram ao ver que todos olhavam para os dois, surpresos. Sentiu seu rosto ficar quente. Os jogadores do time de basquete e os dois melhores amigos do ruivo não estavam com a mesma reação dos demais por já saberem.
— Vocês estão juntos? — uma garota baixinha quebrou o silêncio ensurdecedor.
Jay sorriu, mordendo os piercings do lábio.
— É o que parece, né? — Doyoon falou, com uma carranca no rosto.
— Então o lance de vocês estarem se pegando é mesmo verdade? — Hansol sorriu.
— O que porra vocês tem a ver com isso? Se estamos juntos ou não, isso só diz respeito a mim e ao Jungwon.
Jay falou, curto e grosso.
— Calma aí, garanhão, só estamos surpresos. Vocês viviam brigando feito gato e rato.
— Meu desenho preferido sempre foi Tom e Jerry. — sorriu lânguido.
Todos começaram a rir da piada do moreno. Jungwon estava prestes a explodir de tanta vergonha.
Quando os amigos voltaram a conversar e ignorar a presença dos dois, Jay chegou um pouco mais perto do ruivo e sussurrou no ouvido dele como um segredo:
— Eu tô com uma fome desgraçada e enjoado de tanto marshmallow, preciso de algo salgado. Vou pegar miojo, você quer?
Jungwon se arrepiou pelo tom de voz rouco próximo demais e pela respiração quente em sua orelha gelada.
— Quero.
Jay assentiu. Se levantou e caminhou até a barraca que não estava tão longe da fogueira. Abriu o zíper da lona e entrou na mesma. Ligou a lanterna do celular e passou a procurar dentro de suas coisas por uma caneca de metal. Ele sabia que sua mãe havia colocado ela lá.
Assim que achou o que procurava, pegou uma garrafinha de água mineral e a jogou dentro da caneca. Pegou dois potes de miojo. Colocou primeiro a caneca com a água para fora da barraca e depois desligou a lanterna do celular, o colocando no bolso. Equilibrou os potes de miojo um em cima do outro e saiu da barraca, fechando-a. Pegou a caneca de metal e caminhou de volta.
A noite continuava silenciosa, apenas o crepitar da fogueira e os risos distantes dos amigos. De volta à fogueira, Jay segurou a caneca sobre as chamas, deixando a água esquentar. O ruivinho observava-o com curiosidade.
— Cuidado para não se queimar, Jong-seong. — o alertou.
Jay sorriu pelo apelido. Não estava acostumado.
— Fica tranquilo, bebê.
Quando a água estava quente o suficiente, Park abriu a tampa de papel dos dois miojos, despejando o conteúdo nos mesmos. Voltou a fechar as tampas e esperou por três minutos. No momento em que os miojos cozinhavam, os dois conversavam e riam baixinho, esperando o tempo passar.
Assim que o cheiro bom do tempero subiu, Jay sabia que a massa já estava cozida. Ele entregou um pote ao ruivo e os dois se sentaram lado a lado, com as pernas esticadas na grama. As do mais novo em cima das dele.
Comeram em meio a conversas animadas, compartilhando histórias de aventuras passadas e sonhos para o futuro. Jungwon ria das piadas de Jay.
— Abre a boca — pediu o moreno.
Assim que Jungwon fez o que ele pediu, Park levou uma boa quantidade de macarrão na boca dele. Ele sorriu, mastigando a massa macia. E mesmo com os amigos ao redor, eles não paravam de flertar.
— O seu está mais gostoso que o meu — fez biquinho.
— Não, amor. São os mesmos sabores.
— O seu é melhor sim. Prova — estendeu o hashi com o macarrão de dentro do seu pote.
Jay comeu, mastigando com calma.
— Continua o mesmo sabor.
— Pra mim está diferente.
— Quer trocar?
— Não. Você já comeu metade.
Jay sorriu.
— Tá bom então.
O vento frio bateu nos dois, deixando ambos os corpos frios, mas o calor da fogueira parecia se espalhar por todo o corpo de Jay. Mas era o calor do flerte que o envolvia completamente.
— De repente ficou frio, né? — começou como quem não quer nada.
— Uhum — Jungwon concordou, comendo mais um pouco.
— Está bem frio, mas por incrível que pareça eu continuo me derretendo por você.
O ruivo quase se engasgou com a massa em meio a uma gargalhada sincera.
— Jay! Que flerte mais brega!
Park arqueou uma sobrancelha.
— Ah, é?
— Sim!
— Então me diga que horas são.
Jungwon estranhou mas não constatou. Colocou o pote de miojo ao seu lado e pegou o celular do bolso, verificando o horário.
— São vinte e uma e vinte e vinte um. Horários iguais.
O moreno sorriu pegando seu próprio celular.
— Acho que seu relógio está atrasado.
— Por quê? — franziu o cenho.
— Porque no meu, a gente devia tá se pegando há uns 5 minutos.
Jungwon gargalhou fraquinho, ficando atiçado.
— É?
— Pois é, ruivinho.
— Então vem aqui.
Jay sorriu safado, se aproximando dele. Para sua surpresa, fora o ruivo a lhe puxar pela gola da camisa e grudar as bocas em um beijo doce e calmo.
Os outros amigos pareciam distantes, como se estivessem em outra dimensão.
Eles estavam imersos em seu próprio mundo, onde o fogo e as estrelas eram testemunhas de algo especial que estava nascendo entre eles.
O beijo foi se desfazendo e os sorrisos crescendo.
— Queria te usar como um óculos hoje, amor.
— Como assim?
— Uma perna em cada orelha.
Jungwon corou, sentindo o rosto quente. Mas sorriu. Se aproximou um pouco mais dele e deixou um beijinho no pescoço bronzeado, sentindo ele se arrepiar. Sussurrou ao pé do ouvido:
— Quer me ver abertinho hoje, Jay?
Jay sentiu todas as suas forças irem embora. Levou as duas mãos para a cintura fina e apertou a carne.
— Eu quero.
O ruivo sorriu.
— Quem sabe, hm?
Park o puxou para mais perto, grudando as bocas em um beijo afoito. As bocas dançavam com pressa e os lábios incham rapidamente. Para eles, os demais amigos não estavam a menos de dois metros. O moreno quebrou o beijo com um rugido baixo.
— Porra, ruivinho. Você faz 15 cm virar 30 rapidinho.
Jungwon mordeu o lábio.
— Você não tem só 15 cm. Nem 30. — levou as mãozinhas para cima das mãos grandes, em sua cintura.
— Não. Eu tenho 22.
— Um, não é nada pequeno.
Jay sorriu sugestivo, beijando os lábios dele.
— Gatanto que você dará conta.
— Aguento tudinho.
Ele beijou o pescoço do moreno o fazendo se arrepiar.
— Ah, então você é sensível aqui — sorriu, deixando outro beijinho — Gostei de saber.
Park sorriu.
— Posso te perguntar uma coisa?
— Pode.
— Você gosta de vitamina?
Jungwon franziu o cenho.
— Você quebrou o clima, Park.
— Só responde, amor.
Ele revirou os olhos.
— Tá. Eu gosto.
O sorriso do moreno cresceu.
— Então me deixa bater uma pra você.
— Deixo você bater quantas quiser.
O tatuado o beijou outra vez.
Os amigos fofocavam baixinho do que os dois poderiam estar conversando e daquela forma, praticamente colados, Jay com as mãos na cintura de Jungwon e Jungwon com as mãos em cima das mãos de Jay. Nenhum dos dois se importavam.
— Acha que por aqui de ver alguma horta?
Jungwon sorriu, já imaginando a próxima coisa que viria.
— Não sei. Por quê?
— Tô com uma puta vontade de comer cenoura.
Ele ficou estático, com a boca aberta. Antes que pudesse pensar no que falar, o inspetor Youngjae apareceu por ali, dizendo que as luzes já iriam ser apagadas e que já estavam na hora de dormir. Os seus olhos não passaram despercebidos quando olhou onde as mãos de Jay estavam. O moreno sorriu vitorioso.
Os dois se levantaram, pegando os potes de miojo que mal comeram, agora frios. A fogueira foi apagada e os jovens seguiram cada um para suas barracas. Ao passar pelos amigos, Sunoo soltou um risinho safado, sendo seguido pelo namorado e pelo mentolado.
Jungwon saiu na frente e o moreno o seguiu. Jay sorriu, pronto para outra.
— Posso saber o que esse docinho gostoso tá fazendo fora da caixa? — mordeu o lábio. Seus olhos descendo e descendo até chegarem na bunda arrebitada.
O ruivo virou um pouco a cabeça, olhando para ele. Sorriu.
— Esperando você comer.
Jay estava surpreso. Não imaginou que o ruivo fosse responder daquela forma.
Apressou os passos até chegar ao lado dele. Passou o braço pela cintura e o colou com seu corpo. Beijou o pescoço dele e disse:
— Acho que não consigo apenas uma vez. Vou ter que comer várias.
Jungwon sorriu, adorando aquilo tudo.
• 🥕 •
Mesmo com o aviso do inspetor, Jungwon e Jay não se recolheram. Ficaram sentados, flertando por mais tempo. Quando decidiram ir para a barraca, se aproximava da meia noite.
Acomodados dentro da lona quentinha, estavam abraçados, cobertos pelo edredom macio. O ruivo tremia um pouco ao se lembrar das histórias de terror que foram contadas na penumbra. A natureza cantava e o vento soprava forte. Os sons dos animais que estavam por ali naquele horário eram horripilantes. Jungwon se encolheu nos braços fortes.
— Ei, bebê, calma.
Jay o abraçou.
— Eu sabia que isso não seria uma boa ideia. Eu tô com medo. — tremeu.
— Mas agora há pouco você estava flertando comigo sem medo algum. A gente praticamente só falava em sexo, Won. — tentou ajudá-lo.
— É, mas agora que a adrenalina passou o medo tomou conta.
Park apertou mais seus braços em volta dele.
— Está tudo bem, eu tô aqui com você.
Uma coruja bateu asas pelo horizonte, ressoando o seu canto. O ruivo cobriu o rosto com o edredom. Jay sorriu.
— Eu quero ir embora — tremeu dos pés à cabeça.
— Calma, amor.
Jungwon se descobriu um pouco, deixando apenas seus olhinhos brilhantes à mostra.
— E se o que a Soojin falou sobre o espírito vingativo foi verdade? Ele vai vir atrás da gente por termos desviado da trilha. Eu te falei para não ir!
Jay se segurou muito para não explodir em uma gargalhada.
— Não tem nada de espírito vingativo, Won. Relaxa. — o abraçou mais apertado — Se ele vier, pode deixar que eu bato de frente com ele.
O ruivo voltou a se cobrir e Park só ouviu a risadinha dele. Sentiu quando os bracinhos o rodearam e o rosto afundou em seu peito.
— Que garoto cavalheiro e romântico. Estou honrado por ter o privilégio de ser protegido por você.
Falou com ironia e Jay gargalhou fraquinho ao sentir a respiração quente contra seu pescoço.
— Não quer voltar lá fora? Sabe, espairecer um pouco.
O ruivo voltou a tirar o rosto do edredom.
— Está maluco? Eu estou te falando que estou com medo do espírito vingativo!
O tatuado sorriu, acariciando os fios dele.
— Mas isso não existe, Wonnie. Não precisa ter medo.
— E se ele de repente aparecer?
— Eu saio no soco com ele. Já te falei.
Jungwon assentiu, se sentido seguro. Tirou o edredom de cima do seu corpo e se sentou na lona, respirando fundo.
— Tá legal. Vamos lá.
Jay também se sentou. Inclinou um pouco o corpo para abrir o zíper da barraca e quando abriu, a escuridão os engoliu. Um arrepio subiu pela espinha do ruivo.
— Park, eu acho que não quero mais ir. Tá tão escuro. — tremeu os lábios.
Ele pensou um pouco.
— Meu celular descarregou. O seu ainda tem bateria?
— Não.
— Posso iluminar com a vela.
— Mas a chama é fraquinha, não vai adiantar de nada.
— É, mas é bem melhor do que o breu.
— Então é melhor nós ficarmos.
— Você não quer ir ver as estrelas? É rapidinho, bebê.
Jungwon assentiu.
— Se demorar eu te jogo no rio — o ameaçou da mesma forma que foi ameaçado mais cedo.
Jay concordou, beijando ele.
Ele então procurou uma vela em sua bolsa com muita dificuldade por conta da escuridão. Depois procurou pela caixinha de fósforos. Ao encontrar os itens, riscou o palito na caixa e acendeu o pavio da vela. Com a breve chama, Jay comprimiu os olhos para tentar enxergar além da lona, mas sem sucesso.
Ávido para se embrenhar na noite, saiu de dentro da barraca, olhando ao redor. Jungwon ofegou.
— Jay, volta. Não é uma boa ideia — sussurrou — Todos já estão dormindo, não é bom sair assim.
Ignorando os chamados do ruivo, Jay continua em sua busca. A noite estava serena, e a escuridão envolvia a pequena clareira onde a barraca estava montada. O ar estava fresco, e o cheiro da grama recém-cortada impregnava o ambiente.
Um pouco mais a frente, Park encontrou uma lamparina em cima de uma pequena pedra. Foi até ela e a pegou. Ligou a mesma e assoprou a vela, a apagando. Segurou a lamparina com força, e virou-se para trás, encarando o ruivo.
— Você vem? — perguntou sorrindo — Agora nós temos luz.
Jungwon assentiu e ainda amedrontado, saiu de dentro da barraca, fechando o zíper. Foi até o moreno e juntos caminharam até o centro da clareira, onde a grama estava mais macia. Sentaram-se lado a lado e olharam para o céu.
As estrelas brilhavam intensamente, como pequenos diamantes espalhados em um manto negro. Jungwon apontou para a constelação de Órion e disse:
— Você sabia que aquela é a constelação do caçador? Dizem que ele está sempre perseguindo as Plêiades, ali naquela direção. — apontou para um grupo de estrelas mais tênues.
Jay sorriu e aconchegou-se na grama, abraçando o ruivo.
— Eu não sabia. Amo que meu ruivinho é tão inteligente.
Jungwon gargalhou fraquinho.
— Acho que aqui pode ter vagalumes — falou — Queria vê-los.
O moreno apertou seus braços ainda mais ao redor dele, inalando o cheiro bom que vinha dos fios ruivos. Olhou ao redor e, finalmente, viu pequenos pontos de luz piscando entre as árvores. Eram os vagalumes, dançando em sua própria sinfonia luminosa.
— Ali! — exclamou, apontando para um vagalume que se aproximava. — Eles estão ali, meu amor.
O ruivo se animou com as possibilidades de ver os vagalumes e ergueu a cabeça, procurando por eles. Quando os encontrou, seus olhos se iluminaram e o sorriso cresceu.
— Eles são como pequenas estrelas na terra. — disse, maravilhado — Veja como brilham!
Ele riu e estendeu a mão. Um vagalume pousou em seu dedo, emitindo uma luz suave e dourada. Jungwon olhou para Jay com os olhos brilhando.
— É mágico, não é? — disse. — Como se estivéssemos em um conto de fadas.
— Sim. E você é meu personagem preferido — virou-se para ele.
Jungwon sorriu e deixou que o vagalume voasse de seu dedo, olhando para o céu. O moreno fez o mesmo, e eles ficaram ali, lado a lado, observando as estrelas e os vagalumes. O mundo parecia distante, e o único som que ouviam era o zumbido suave dos insetos noturnos.
— O céu é lindo. — disse Jungwon, depois de um tempo — Acho que momentos como esse são raros. A correria do dia a dia nos faz esquecer de olhar para cima e apreciar a beleza do mundo.
Park assentiu.
— Às vezes, precisamos parar e simplesmente observar. Como agora. — falou — Mas nesse momento eu tô muito a fim de te beijar.
Jungwon sorriu e virou-se para ele, se livrando do aperto em sua cintura. Com um pouco de dificuldades, montou sobre ele, ficando sentando bem em cima do quadril. Grudou as bocas num beijo calmo que rapidamente se tornou bruto e cheio de línguas.
O moreno levou as mãos até a bunda farta, apertando com força. Jungwon deixava gemidos e arfares baixinho escaparem da garganta. Ele passou a movimentar seu quadril com o dele, deixando os membros eretos em questão de segundos. As mãos tatuadas ainda maltratavam a carne das nádegas avantajadas.
— Uh, Jay. — se remexeu ofegante.
— Não quer praticar alguns dos nossos flertes?
Jungwon o olhou.
— Aqui?
— Aonde você quiser, amor. — selou os lábios dele.
A boca foi descendo até o colo limpinho onde passou a dar beijos e lambidas afoitas. Ele gemia baixinho.
— V-vamos para a barraca... — falou depois de muito custo — U-uhm, Park!
Jay segurou nas coxas dele com uma mão e com a outra, usou de apoio para conseguir se erguer com ele nos braços. O levou de volta até a barraca, abrindo o zíper e deitando o corpo dele nos edredons macios.
Virou as costas por um segundo para fechar a lona e quando voltou a encarar o ruivo, sorriu ao o ver já sem a camisa que usava. Atacou os lábios dele com fúria.
Em meio ao beijo bruto, Jay conseguiu tirar a calça do ruivo, o deixando só de cueca. Jungwon também não perdeu tempo e arrancou a blusa preta do torso definido. Os beijos do ruivo desceram até o pescoço do moreno onde deixou um beijinho. Ele ofegou.
— Amor, aí não...
Segurou nos bracinhos dele, tentando afastá-lo de seu pescoço. Jungwon sorriu, chupando a pela bronzeada.
— Agora é a minha vez de deixar marcas.
O moreno fechou os olhos com força, se entregando ao desejo.
— Ouvir dizer que chupões matam.
Jungwon o olhou, incrédulo.
— Bem, eu ainda não morri.
Voltou a marcar o pescoço dele, sem preocupação. Jay agarrou as nádegas pomposas com força, mordendo os lábios para não gemer alto. Seu pescoço era o ponto mais sensível em seu corpo.
— Uh, você está muito assanhado hoje. Não está tímido...
— Quando se trata de contato físico não tenho vergonha — sorriu com a boca na pele dele — E já faz um bom tempo que quero te tocar. E que você também me toque.
— Gatinho, cuidado com as coisas que você fala — alertou, sentindo sua pele arder.
O ruivo sorriu safado e enfiou a mão dentro da cueca dele. Jay ofegou, prendendo um gemido. Jungwon apertou a mão em volta do mastro.
— Porra, você já tá tão duro — sorriu malicioso.
O moreno voltou a beijá-lo com pressa, chupando e mordendo o lábio inferior como se estivesse faminto. E ansiava por mais. Tremeu ao sentir os dedinhos deslizarem pelo seu pau duro. E dessa vez, Jay não impediu o gemido de sair quando o ruivinho pressionou a glande, cobrindo a fenda melada de pré-gozo.
Ele sorriu rouco.
— Não estou acostumado a ouvir você xingar. — revirou os olhos pelo tesão — É sexy pra caralho.
Park o agarrou, o beijando com desejo. As bocas se moviam com pressa, num ritmo que só eles entendiam. O beijo estava tão bom que a falta de ar não interferia no contato.
Com as mãos ligeiras, o ruivo desceu o zíper da calça do moreno, descendo-a até o meio das coxas grossas. Jungwon voltou a agarrar o pau duro por dentro da cueca, olhando no fundo dos olhos grandes. Puxou o membro gotejante para fora do tecido. Jay ofega, julgando que a imagem diante de seus olhos, é a sua nova coisa predileta.
Jungwon masturba o membro grande sentido os poucos pelos pinicarem seus dedos, desviando seus olhos para a cabeça inchada, toda molhada. Ele então solta um risinho por dentro do nariz e lambe a glande com a pontinha da língua, bem na fenda, apenas para provocá-lo.
Jay rosna impaciente, agarrando os fios ruivos, desesperado por mais contato. Assim que ele começa a chupá-lo, o moreno fica tão excitado que esquece de respirar por um instante.
— Cacete, ruivinho — um gemido rouco deixa sua garganta — Isso é incrível. Você é incrível.
O ruivo o tirou da boca para soltar uma gargalhada fraquinha.
— Está gostoso? — perguntou sem esperar pela sua resposta. Voltou a engoli-lo.
— Porra, sim — sufocou um gemido na garganta — Está tão gostoso que não quero que você pare. Nunca. Está melhor do que qualquer sonho que eu já tive.
Pendeu a cabeça para trás, gemendo rouco. Suas pálpebras estavam pesadas, mas não queria fechar os olhos. Ele queria ver o ruivo tentar, sem sucesso, encaixá-lo por inteiro em sua boquinha pequena e delicada.
O moreno tinha ciência do quão grande era e deixava-o louco o quanto o ruivinho parecia gostar. Ele enfia os dedos em sua nuca enquanto se empurra para dentro da boca quentinha, sentindo uma fraqueza repentina nas pernas. Jungwon o provocava da pior forma possível, o torturando com chupadas lentas e dolorosas.
— Ruivo, você poderia, por obséquio, me chupar com vontade?
Jungwon gargalhou, tirando tudo de sua boca. Segurou o comprimento com as duas mãos já que apenas uma não dava conta de tudo e deu o seu melhor para acariciá-lo
Ainda sem tirar o sorriso dos lábios, o ruivo deixou um beijinho na glande melada, fazendo o moreno se arrepiar e suspirar ofegante.
— Eu não sei se posso. Você está merecendo isso? — fingiu uma falsa inocência — Me responda, Jay. E assim eu o farei.
Jay rugiu. Afundou os dedos com ainda mais força nos fios ruivos e moveu o quadril para cima, fodendo as mãos dele.
— Eu preciso da sua boca, agora.
Jungwon fez um biquinho, e desviou os olhos para o pau duro. Soprou uma risadinha e entreabiu os lábios, engolindo as bolas pesadas de porra. Jay gemeu.
Sem se demorar muito naquele local, o ruivo retirou sua boca. Park o olhou desentendido quando o viu se afastar de seu corpo, indo para o outro lado da barraca. Antes que pudesse questioná-lo, ele já estava fechando sua bolsa e voltando para o meio de suas pernas, com o recipiente do gloss rosado.
— Amor, o que você vai fazer? — se arrepiou.
Jungwon não respondeu. Deixou apenas que ele o observasse.
Ele então desrosqueou a tampa do vidro e começou a passar o gloss pegajoso em seus lábios, lentamente. Jay piscava os olhos, completamente extasiado. Assim que terminou de retocar seus lábios, Jungwon voltou a segurar o pau grande, sem perder tempo ao colocá-lo de volta na boca.
Jay foi pego de surpresa e não soube como reagir. O ruivo o chupava com afinco, lambuzando todo o pênis e o deixando grudento pelo gloss que já estava todo na pele do outro em vez dos seus lábios. Se babava com toda a saliva que acumulava na boca para servir de lubrificante e conseguir deslizar com maestria pelo pau do moreno, tomando cuidado para não acabar raspando os dentes e machucá-lo.
Subia e descia pelo cumprimento grande, chupando a cabecinha rosada com força quando chegava em cima. Jay tremelicava a cada nova sugada. O ruivo fechou os olhos, desfrutando da sensação do membro grosso em sua língua, enquanto o próprio pau doía de tão duro dentro da cueca.
O moreno acariciou a bochecha rubra quando ele abriu os lumes, logo voltando a agarrar os fios da nuca. Sem paciência, começou a mover o pau para dentro, fodendo a boca dele lentamente, aumentando a velocidade aos poucos.
Em questão de minutos ele já fodia a boquinha pequena com tanta força que o ruivo mal podia desviar os olhos dele. Mesmo que houvessem lágrimas nos cantinhos, deixando sua visão embaçada. Mas não eram de dor, eram de puro tesão.
A mandíbula já estava dolorida e a garganta extremamente sensível, mas ele continuava fodendo com força. Jungwon outra vez fechou os olhos, respirando pelo nariz. Desesperado, enfiou a mão dentro da própria cueca e apertou o pau duro, sentindo que poderia gozar a qualquer momento.
— Ah, porra... — Park rugiu entredentes — Que boquinha... Puta que pariu.
Jungwon comprimiu os olhos com mais força ao sentir o pau ir fundo em sua garganta. Cravou as unhas nas coxas grossas e relaxou os músculos. Recebendo tudo.
O moreno desesperado para atingir seu prazer, meteu com ainda mais força. Jungwon arregalou os luzeiros quando sentiu tudo dentro de sua boca. O nariz batendo na virilha, coçando por conta dos pelos pubianos.
De repente, Jay parou. E Jungwon entendeu que agora era a sua vez.
Se inclinou em uma posição confortável, e começou a chupá-lo como sabia fazer melhor. Relaxou a garganta e engoliu tudo. Descia com fome e subia com ânsia de mais. Jay tinha seus dedos brancos, tamanha força que usava para segurar os fios do ruivo, e ao notar que poderia estar machucando, as retirou dos cabelos macios e as levou até a bunda farta, empinada.
Acariciava a pele branquinha, deixando tapas e apertos vez ou outra, se deliciando com a boca pequena e quentinha. O ruivo era uma mistura de lágrimas e saliva, uma bagunça. Babava o pau do moreno com vontade enquanto suas lágrimas caiam em abundância. A garganta parecia fechar, mas ele não queria parar. Estava tão bom para ele quanto para o outro. A mãozinha não parava de acariciar o próprio membro esquecido.
Jay soltou um gemido rouco e levou uma das mãos para dentro da cueca do ruivo, o tocando junto dele. A mão gordinha foi afastada e a tatuada o acariciava com desejo. Enquanto Jungwon recebia prazer, ele o dava na mesma medida. Relaxou a garganta e fincou as unhas na carne da coxa exposta, chupando com gula.
Os olhos marejados encaravam o rosto bonito, e a língua trabalhava com maestria. Park ofegou.
— Se continuar me chupando assim eu vou gozar — alertou, comprimindo os dedos dos pés. — Você deixa eu vir na sua boquinha, amor?
Jungwon piscou os olhinhos, derramando lágrimas. Jay sorriu, pegando a permissão.
Jungwon continuou chupando-o por mais alguns minutos, até que com um rugido alto da parte do mais velho, sentiu quando o pau dele pulsou em sua boca. Empenhado em dar o seu orgasmo, o ruivo passou a chupá-lo com veemência, esquecendo-se de sua garganta já toda maltratada. Chupava com vontade, masturbando com as mãos o que já não conseguia colocar na boca.
O ruivo arregalou os olhos quando o moreno puxou seus cabelos e enfiou o pau fundo na garganta, começando a gozar, esporrando todo o seu prazer. Ao terminar de ejacular tudo, retirou o pau semi ereto da boca pequena, esperando que todo o sêmen saísse para fora, mas nada saiu.
Jungwon sorriu fraquinho.
— Não costumo engolir a porra dos caras que fico, mas abrir uma exceção para você. — explicou com a voz mais rouca que o habitual e a garganta dolorida — Estava a fim de provar.
Jay o encarou com luxúria. Tirou a mão do órgão dele e o puxou para seu colo.
Atacou os lábios inchados e babados em um beijo necessitado, sentindo seu próprio gosto impregnado na língua dele. O pau meio mole roçava na bunda farta, querendo mais contato.
Jungwon gemeu baixinho entre o beijo, sentindo seu membro ser pressionado entre os dois abdomens. Park quebrou o contato, levando a mão tatuada outra vez até a cueca fininha. Segurou o pau mediano, apertando com força. Acariciou a glande molhada.
Um gemido desesperado deixou a garganta dolorida do ruivo quando ele jogou a cabeça para trás.
— Que bom que quis saber meu gosto — apertou o pau dele mais um pouquinho — Porque eu também tô louco para descobrir o seu.
Ditou com pressa, puxando a cueca dele para fora de seu corpo de uma vez. Logo, também retirou suas próprias calças e a peça íntima ficando com sua anatomia à mostra.
Jungwon ofegou quando sentiu seu corpo ser jogado para trás e suas pernas serem erguidas para cima. Automaticamente, segurou as panturrilhas no ar. Ficou observando o moreno por meio de suas pernas, sorrindo safado ao ver o corpo bem definido.
O abdômen tinha exatos seis gominhos definidos. Três de um lado e três do outro. A famosa V line que ia até sua virilha era excitante para um santo caralho. Os poucos pelos que tinha ali o deixava ainda mais saboroso.
Já Park levou seus olhos até o corpo aberto do ruivo. As pernas iam até a cabeça e ele estava pronto para receber algo. A entrada rosada pulsava em desejo, querendo ser preenchida. Jay salivou. Sorriu malicioso e levou o rosto até o meio das pernas dele, inalando o cheiro bom.
O ruivo sentiu um arrepio quando a respiração quente bateu naquela área sensível.
— Porra, todo lisinho.
Sorriu malicioso, abrindo bem as bandas da bunda dele e levando a boca até a entradinha rosada. Chupou devagar, se deliciando com o sabor. Rodeou a língua pela região enrugada, forçando a pontinha para dentro. Jungwon gemeu alto.
Jay levou as mãos até a pele branquinha e se empenhou em dar atenção aquele lugar, lambendo lentamente. Se afastou minimamente, deixando um tapa estralado na banda esquerda.
O ruivo arqueou as costas, gemendo.
— A-ah, Jong-seong!
Park sorriu safado.
— Abre a boquinha.
Yang foi surpreendido quando ele enfiou um dedo em sua boca e entendendo o porquê dele ter feito aquilo, começou a chupar o dedo dele com afinco, lambuzando-o com bastante saliva.
Park retirou seu dedo encharcado da boca dele e o levou até o orifício que pulsava em busca de atenção. Com certa dificuldade, ele conseguiu penetrá-lo. Brincou um pouquinho ali e depois retirou o dedo, voltando a empurrar sua língua.
Agora com o buraquinho bem relaxado, a ponta da língua vermelhinha entrou com facilidade. Jay passou a fode-lo loucamente com a ponta da língua, entrando e saindo com rapidez. Apertou as bandas da bunda branca e se empenhou a beijá-lo ali.
A boca se movia com experiência e a língua dançava animada. Um tapa forte foi deixado no lado direito da bunda branquela, deixando-a avermelhada. O pé da barriga do ruivo já formigava e ele sentia seu orgasmo cada vez mais próximo.
Jay afastou a boca da região encharcada e levou o seu polegar até lá. Penetrou o dedo com cuidado, vendo ele ser engolido pelo buraquinho guloso. Se movimentou por alguns minutos e depois de relaxado, penetrou o dedo anelar. Começou a abrir a entradinha pequena com os dedos, deixando-a espaçosa. Sorriu quando a mesma contraiu para o nada.
— Está tão excitado ao ponto de contrair para o vento, ruivinho?
Jungwon revirou os olhos, tamanho prazer.
— C-cale a boca e a use para me beijar!
O moreno estalou a língua no céu da boca, logo metendo-a no pequeno espaço que abriu com seus dedos. Fodeu o buraquinho apertado com vontade e o ruivo estava um poço de lágrimas e gemidos. Chupou com força.
— J-Jay!
Outro tapa. Dessa vez, nas duas bandas, com as duas mãos. O ruivo se contorceu, em busca de mais.
Jay deitou-se por cima dele, o beijando com pressa. Os gemidos que ambos deixavam sair eram abafados pelas bocas grudadas uma na outra. Os membros duros e descobertos se roçavam, fazendo os corpos ficarem quentes. O moreno agarrou as coxas grossas, antes de apartar o beijo.
— Geme baixinho, amor. Só para mim escutar.
Sorriu, pegando o pau melado do ruivo junto do seu. Passou a masturbar os dois de uma única vez.
Jungwon abriu a boca mas dela nada saiu. Seus olhos foram levados até a mão grande do moreno que punhetava os dois paus juntos com uma única mão. Ficou surpreso com a diferença de tamanho dos dois, dado que ele precisa usar suas duas mãos pequenas para conseguir segurar o pau grande dele.
Park largou os membros e desceu o corpo até o meio das pernas do ruivo, voltando a beijá-lo na parte de baixo. Não demorou muito ali e logo sua boca engolia as bolas cheias, com fome. Depois, sugou a glande rosinha para dentro de seus lábios, descendo por todo o mastro. Chupava o pau do ruivo como se não houvesse amanhã, adorando todos os gemidos que ele soltava.
Ao sentir o corpo dele dar alguns espasmos, Jay tirou o pau da boca e subiu um pouco mais, até engolir um dos mamilos durinhos. O outro acariciou com as pontas dos dedos. Jungwon arqueou as costas, agarrando os cabelos dele, forçando os lábios finos contra seu peito sensível. Não poupava os sons altos. Naquele momento, não se importava mais com os amigos que dormiam nas barracas ao lado.
Ele gemeu ofegante, quando Jay começou a chupar seu outro mamilo, deixando pequenas mordidas.
— Humm, Jay, devagar — acariciou os fios negros — Eu sou muito sensível aí.
O moreno o olhou por cima dos cílios, ainda com a boca grudada no peitinho suculento. Mordeu a aréola uma última vez, prendendo o biquinho com os dentes.
— E onde mais você é sensível? — perguntou ao largar o peito dele — Quero saber onde morder com carinho e onde morder com força.
Jungwon o olhou, desacreditado. Sorriu fraquinho.
— E quem disse que você vai me morder?
Park agarrou a cintura dele, beijando o cantinho dos lábios.
— Eu só te largo depois que deixar uma marca nessa bela bunda.
O ruivo gargalhou, gemendo logo quando os paus voltaram a se tocar.
— Ah, Jongseong.. eu quero você — choramingou.
— Você me quer, hm?
Jay o provocou, deixando beijinhos pelos lábios entreabertos.
— Muito. Quero que você me toque.
O moreno o beijou uma última vez antes de voltar para o meio das pernas dele. Rodeou a ponta do dedo na entrandinha pequena, fingindo que iria penetrar. Jungwon gemeu manhoso, querendo mais.
Park empurrou o dedo, penetrando de uma vez. Brincou ali um pouco e depois parou, retirando o dedo de dentro dele. O ruivo chora baixinho.
— Me toca — quase implora.
O moreno o ignora, circulando o buraquinho molhado com o polegar.
— Me mostra como você faz — ele sussurra — Se toca pra mim.
Ele faz como o moreno disse.
Segurou o membro gotejante, se masturbando lentamente enquanto é observado pelos olhos negros. O dedo dele ainda está próximo a sua entrada e Jungwon deixa um gemido sedento escapar. Jay nem está fazendo nada, mas ele fica quente só de saber que o dedo dele está ali.
Se não estivesse tão excitado se sentiria uma puta vulgar
— Eu quero que você se toque aqui — Jay diz com a voz rouca, fingindo penetrá-lo — Me deixa ver o que você gosta.
Jungwon assente, se sentido tímido quando o moreno toca em seus joelhos, o deixando mais aberto. Seus olhos escuros estão na mão pequena, focados, enquanto o ruivo circula sua própria entrada com o dedo médio.
Os lábios finos estão entreabertos e Jungwon pode ver como ele está respirando pesadamente. Jay olha para o rostinho corado quando Jungwon deixa escapar um gemido abafado. O ruivo enterra o rosto no edredom enquanto enfia o dedo em sua bunda.
— Tá gostoso? — Jay pergunta.
— Uhum — o ruivo murmura, entorpecido — Mas com o seu dedo dentro é mais ainda.
O moreno sorrir safado e fica o observando se tocar. A mão grande vai até o próprio pau duro esquecido, acariciando o mesmo. Ver Jungwon com o dedo enfiando em seu próprio buraco, é com certeza a melhor visão que já teve depois dele o chupando.
Depois de alguns minutos, o mais novo adiciona mais um dedinho dentro de si, os movimentando com timidez. Nunca precisou se tocar na frente de outra pessoa. Estava se sentindo um virgem.
Com muito custo, Jungwon tentava se dar prazer. Mas seus dedos eram curtos demais. Estava frustrado, e excitado. Queria Jay, mas não ser penetrado por ele. Não agora.
Ele choramingou baixinho, expulsando uma lágrima.
— Jay... meus dedos não conseguem chegar lá — retirou os dígitos de dentro de si — Eu quero os seus.
Jay sorriu safado, indo até ele.
Antes que Jungwon arrumasse uma forma confortável para ficar, fora invadido por três dedos de uma só vez. Seus olhos se reviraram com força, o deixando tonto.
Os dedos saiam e entravam com força, com brutalidade. Jungwon gemeu manhoso, se empurrando para baixo, rebolando nos dedos dele.
— Você está adorando, não está? Você mesmo está se fodendo nos meus dedos. Porra.
O ruivinho suspirou, sendo fodido com mais força. Revirou os olhos e agarrou o edredom em baixo do seu corpo, apertando-o entre os dedos. Estava tão bom que não queria parar. Não queria que Jay parasse de mover seus dedos nunca.
Sua visão clareou e ele lembrou-se de algo que tinha em sua bolsa. Algo que Sunoo colocou e ele só veio perceber quando já estavam no acampamento. Tremendo de tesão, disse:
— J-Park — falou ofegante — Na minha bolsa...
Prendeu um gemido quando o moreno intensificou a velocidade de seus dedos. Jay sorriu malicioso o comendo com os olhos.
— O que tem na sua bolsa, minha Cenourinha?
Revirou os olhos outra vez, sentindo a barriga embrulhar.
— N-no primeiro bolso. Tem u-uma.. uh... uma necessaire. Pega ela. — informou desnorteado. — Oh, meu Deus!
Dessa vez ele não conseguiu prender o gemido que tanto tentou esconder.
Jay retirou seus dedos de dentro dele os vendo inteiramente molhados. Sorriu indo em direção a bolsa fazendo tudo como o indicado. Ao abrir a necessaire seus olhos se arregalaram ao ver todos aqueles brinquedos sexuais ali dentro. Se voltou para o ruivo com um sorriso três vezes mais safado.
— Ah, Cenoura safada. — provocou — Você quer usar isso?
— Q-quero. — confessou ficando coradinho.
Jay pegou um no formato de três bolinhas, uma em cima da outra. Viu que dentro da necessaire também tinha um pote de lubrificante. Pegou o mesmo e despejou uma boa quantidade no brinquedo.
— Você é uma caixinha de surpresas, bebê. Um safadinho.
Jungwon escondeu o rosto com as mãozinhas para não ter que olhar aquele moreno devasso. Estava tão envergonhado. Porém, sua tentativa de se esconder foi por água abaixo quando sentiu o vibrador ser empurrado para dentro de seu corpo com cuidado, e depois de três segundos, tudo já estava dentro.
Jay ligou na velocidade quatro e o ruivo gritou alto, agarrando-se aos braços dele.
— Uh, eu... eu vou gozar..
O moreno segurou o membro dele, bombeando para cima e para baixo, na mesma velocidade em que o vibrador fazia seu trabalho na parte de trás.
Jungwon assentiu várias vezes, afirmando que estava bom. Seus olhos não paravam quietos e sem que ao menos percebesse, já estava explodindo de prazer. Gozando como nunca gozou antes.
Um último gemido deixou sua garganta. Jay arrancou o vibrador e virou seu corpo com impaciência, o deitando de bruços. Deitou-se por cima dele, esfregando o pau duro no meio das nádegas dele. Agarrou o mastro e o deslizou pela entrada apertada, prendendo o lábio.
A cabeça do ruivo ainda girava, mas ele estava consciente.
— Jay, o que está fazendo?
O moreno ofegou, deslizando o membro ereto pelas nádegas pomposas.
— Vou comer minha Cenourinha.
— N-não, Jay.
— Por que não, amor?
— Não temos preservativo. — falou firme.
Jay se desesperou, agarrando-se ao seu último fio de esperança.
— O Hoon tem. Eu posso pedir a ele.
— Não, Jay. Outro dia.
Ele concordou, beijando o pescoço branquinho.
— Não posso colocar só a cabecinha? Eu quero tanto te sentir, amor.
Jungwon ofegou.
— Só a cabecinha?
— Uhum. — deixou mais beijinhos.
— Promete que vai tirar quando eu pedir?
— Quando você mandar.
Então o ruivo assentiu. Permitindo que ele o fizesse.
Jay sorriu malicioso quando empurrou nele, penetrando apenas a glande assim como prometido. Rugiu em meio ao prazer ao sentir o aperto dele ao seu redor.
— Porra, amor... tão apertadinho.
Park passou a mover a glande molhada dentro dele, se deleitando com o som gostoso que os corpos faziam. Jungwon chorou baixinho, sentindo seu corpo tremer. Ao sentir o moreno colocar mais do que o combinado, ele interferiu.
— Jay, para. T-tira — gemeu manhoso — É melhor parar logo antes que façamos alguma loucura.
— Certas loucuras são deliciosas, bebê. — falou sem fôlego.
— Eu concordo, mas essa loucura não podemos cometer hoje.
O moreno assentiu, se retirando de dentro dele. Jogou-se ao seu lado, suspirando frustrado.
— Eu tô excitado pra cacete.
Jungwon virou-se para ele, sentindo toda sua barriga pegajosa de sêmen. Sorriu ao ver o estado do moreno.
— Usa a minha boca, moreninho.
Jay o olhou com os olhos arregalados. Seu pau pulsou. Não perdeu tempo em avançar no ruivo outra vez, atacando os lábios bonitos.
— Não tô acostumado com esses apelidos. — sorriu.
— Nem eu.
O moreno acariciou a bochecha dele.
— Vai me deixar usar sua boquinha de novo?
Perguntou, sorrindo safado. Contornou os lábios dele com o polegar, colocando o dedo para dentro da boca pequena. Jungwon chupou devagar.
— Uhum.
— Mas sua garganta não tá doendo? — se preocupou.
— Está. Mas eu gosto quando dói.
Jay abriu um sorriso maior ainda, satisfeito. Beijou a boca bonita e se preparou para mais uma rodada.
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