The boy who cleaned pools {+18}
Ele está de volta. É tudo o que consigo pensar quando vejo a sua mota estacionada à porta de minha casa. Ele está de volta.
"Ele está de volta." É a primeira coisa que oiço a minha irmã, Daisy, dizer quando entro na sala. Está sentada no chão, fingindo-se atenta ao telemóvel, quando na realidade, toda a sua atenção está lá fora, na piscina.
"Ele está de volta!" Lottie passa a correr por mim, atirando a sua mochila para o chão e derrapando, acabando por cair ao lado de Daisy.
"Já viram quem está de volta?" Félicité berra, da porta de entrada, o que me faz olhar para ela.
Reviro os olhos. Toda a gente nesta casa está a pensar o mesmo. Toda a gente nesta casa é tão ridícula como eu.
"Podem parar de ser tão obcecadas por ele?" Murmuro, voltando a minha atenção para a fila de raparigas sentadas em frente à porta de correr que vai dar ao pátio.
"Shhhh." Uma delas diz. "Ele está a sair da casa das máquinas. Como é que é possível ser-se tão bonito?"
Tudo começa em câmara lenta, o meu virar de cabeça na direção da piscina, o seu corpo a mover-se enquanto sai da casa das máquinas, a forma como mexe despreocupadamente no seu cabelo. Está mais longo. Está magnífico. Ele olha para cima. O seus lábios começam a formar um sorriso e ele acena para a plateia que o observa, não só para mim. Nunca só para mim. Ouço os risinhos das minhas irmãs, e tudo volta à sua velocidade normal. Porque é que toda a gente na minha família tem um fraquinho por Harry Styles?
"Vocês deviam ir lá fora falar com ele." Encorajo, encostando o meu corpo ao sofá enquanto as observo, tentando ao máximo não o observar a ele.
"Como se ele quisesse alguma coisa comigo." Lottie, resmunga entre-dentes, encostando-se a Daisy.
"Além disso" Félicité continua. "Deve ter um monte de raparigas da idade dele atrás dele."
"Não perdem nada em ir falar com ele..." O meu olhar desvia-se das raparigas no chão para lá para fora. Tu também não perdias nada.
☀ ☀ ☀ ☀
Bato suavemente na porta da casa das máquinas, encostando-me ao encaixilho da mesma, observando as costas de Harry, cobertas por uma T-shirt branca. Os seus braços movem-se em sintonia enquanto ele faz algo que eu, definitivamente, não entendo. Os movimentos param, a sua face vira-se para mim e ele limpa a testa com o braço.
"Hey." Ele sorri.
"Hey." Murmuro, cruzando os braços sobre o peito. "A mim mãe está a dizer para jantares por cá... Se não tiveres planos. Ela querer comemorar o facto de estares de volta."
Ele sorri, um daqueles sorrisos que conseguem iluminar uma sala escura quando a única coisa que resta é a melancolia. Eu sorrio de volta, porque o sorriso dele é contagiante e eu sei, que se não sorrir, ele obriga-me.
"Daqui a meia hora na cozinha?" Ele pergunta e eu assinto, feliz pela tradição dos últimos anos se manter de pé.
Ele volta a sua atenção para o que fazia antes de eu o interromper e eu encosto a cabeça à porta, observando-o. Eu podia, perfeitamente, observá-lo todo o dia a trabalhar com as máquinas, a limpar a piscina ou a cortar a relva. Não existe nada neste mundo que Harry Styles não consiga tornar interessante. A T-shirt branca está completamente colada ao seu corpo, como se tivesse sido desenhada especialmente para ele. As mangas apertam-se contra os seus bíceps a cada movimento que ele faz, as suas costas flexionam-se e eu reparo no quanto ele mudou nos últimos meses. O cabelo está mais longo, grande o suficiente para o apanhar, tem mais tatuagens do que antes e claramente decidiu dedicar mais tempo ao ginásio. Se se pensava que Harry Styles não podia ficar melhor... Aqui está a prova viva de que pode.
"Hey, Harry." Chamo-o.
Ele vira-se para mim, como se soubesse que eu não me tinha movido um único centímetro.
"Fica-te bem o cabelo assim." Digo-lhe, descruzando os braços. Um sorriso de lado apodera-se de mim e eu começo a caminhar para trás.
Ouço-o a rir, um riso alto e despreocupado. E merda, como senti falta de o ter por perto no verão.
"O Tomlinson honorário aceitou jantar connosco!" Informo a minha família mal entro na cozinha.
As minhas irmãs saltam do lugar onde estão, claramente contentes pela notícia que lhes trouxe.
"Tenho tantas perguntas para ele. Será que tem namorada? Será que ela é da mesma faculdade?" Daisy questiona-se, começando a anotar as perguntas no caderno sobre a mesa.
Eu rio-me da atitude dela, enquanto que as minhas irmãs espreitam para ver o que escreve.
"Vocês são loucas." É tudo o que digo, recebendo sssshhh como resposta.
Loucas.
Passa exatamente meia hora quando Harry entra dentro da cozinha.
"Não era preciso ter feito tacos Joanna." Ele diz, quando estamos todos sentados à mesa, a começar a jantar.
"Não sejas tonto Harry! É o teu primeiro dia de volta, tinha de fazer algo especial."
"Tínhamos." Félicité diz, sorrindo para Harry.
Os olhos de Harry disparam para a minha irmã, sorrindo.
"Bem, Félicité, estão deliciosos."
Os olhos da minha irmã iluminam-se, como se tivesse acabado de receber um cachorrinho na manhã de Natal. Depois cora, como se Harry tivesse acabado de elogiar os seus olhos ou o seu sorriso. É assim que eu tenho parecido aos olhos dele, nestes últimos anos? Que vergonha!
O jantar baseia-se em toda a gente a bombardear perguntas a Harry. E apesar de se estar a tornar irritante, Harry responde a cada uma delas com um sorriso nos lábios, nunca deixando de fazer as minhas irmãs corar. Eu não profiro quase nenhuma palavra, deixando-me apenas a ouvir tudo o que se passa na mesa, até que...
"E a universidade, já te trouxe alguma romance?" A minha mãe faz a pergunta fatídica.
Nesse momento, é como se todos, ou quase todos, tivessem deixado de respirar. As minhas irmãs estão na expectativa, olhando para ele, desejando com todas as forças ouvir uma só e única resposta. Não. Eu comprimo os meus lábios, desviando o olhar para a janela, não querendo ouvir a resposta. Já a sabia, era óbvio. Sim. Mas não há como evitar não ouvir. Se ao menos fosse tão fácil deixar de ouvir como é deixar de respirar.
"Ahm..." Ele está constrangido, eu estou nervoso.
Obrigo-me a olhar para ele, ao menos se tenho de ouvir a resposta que mais temo, devo enfrentá-la de frente.
"De momento... Não." Ele diz, e sinto a aura da cozinha a mudar completamente. Alívio espalha-se por toda a divisão e eu não sei o que fazer com esta informação. "O meu coração, na realidade, nunca saiu daqui." Pela primeira vez desde que conheço o rapaz de olhos verdes, ele cora. Está a morder o lábio inferior e o seu olhar pousa em mim, desviando-se rapidamente para a minha mãe.
Pisco os olhos repetidamente, sinto as minhas bochechas a arder, e dou graças a Deus por toda a atenção estar em Harry e não em mim.
Ele acabou de...? Sim. Não. Talvez.
Tinha Harry Styles, o rapaz por quem eu sempre estive apaixonado, olhado para mim, no exato momento em que dissera que o coração dele nunca saíra daqui?
☀ ☀ ☀ ☀
"Uma moeda pelos teus pensamentos?" Ouço a voz de Harry atrás de mim, fazendo-me voltar a cabeça para trás, encontrando-o a sair da sala com duas tigelas na mão.
Estende-me uma delas, enquanto se senta na espreguiçadeira ao lado da minha. Aceito, verificando o seu interior. Gelado.
"As minhas irmãs, finalmente, deixaram-te respirar?" Pergunto, antes de levar uma colher de gelado à boca.
Harry ri-se, olhando para a piscina.
"Elas deixam-me respirar."
"Não precisas de mentir, eu sei o quanto elas te sufocam." Sou sincero, sei que não é fácil lidar com tantas raparigas Tomlinson ao mesmo tempo.
"Eu fico bem." Ele garante, soltando mais uma gargalhada. "Tenho ficado nos últimos anos."
Comprimo os lábios, contendo um sorriso.
"Tens-te saído melhor que eu." Harry olha para mim. "Tu lidas com elas três meses, eu lido doze. E o facto de todas elas estarem caidinhas por ti, ajuda também. Tens tudo a teu favor."
"E tu?" Quase me engasgo com o gelado.
"Eu, o quê?"
"Tu..." Ele começa, pousa a tigela no chão. Apoia o queixo na palma da mãos, após colocar o cotovelo em cima da coxa. "Também estás caidinho por mim?"
"Como?" Quase que deixo cair a tigela.
"Tu sabes..." Ele diz, arrastando-se na espreguiçadeira, para ficar mais perto de mim. "Que eu gosto de ti, certo?"
"Como?" Mais uma vez, quase me engasgo, mas desta vez com a minha própria saliva.
Harry continua a falar, como se eu não estivesse a repetir a palavra como.
"E tu, gostas de mim, certo? Eu não... Eu não percebi mal as coisas, pois não?" Ele une as suas mãos, movendo os seus dedos em nervosismo.
Os meus olhos estão agora nas suas mãos. Merda. As coisas que aqueles dedos devem conseguir fazer. Merda. Concentra-te!
"Eu percebi tudo errado, não foi?" Ele ri-se, mas sem qualquer tipo de emoção. "Desculpa, eu não devia ter dito nada." Ele levanta-se, e só nesse momento consigo acordar.
Levanto-me, agarrando-lhe o braço, para que não dê mais nenhum passo.
"Harry, espera." Peço, ainda não sabendo ao certo o que lhe dizer.
O que é suposto se dizer quando os sentimentos são recíprocos? Quando, finalmente, tudo começa a fazer sentido? Tenho um gazilião de emoções alojadas no meu peito e não sei como as transmitir para Harry. Merda.
"Eu também gosto de ti." Sussurro, elevando lentamente o meu olhar até ao dele. Sinto as minhas bochechas a arder. Nunca o tinha dito em voz alta. Eu gosto do Harry. Sabe bem.
Ele entreabre os lábios, claramente não esperando que tais palavras saíssem da minha boca.
"Eu também gosto de ti." Repito, largando lentamente o seu braço.
"Gostas?" Ele, por fim, acaba por dizer. Ele agora está a sorrir e eu assinto.
"Desde o primeiro verão." Admito, comprimindo os lábios, envergonhado.
"Isso..." A sua mão gentilmente agarra a minha bochecha. "É muito tempo..." Ela acaricia a tonalidade de vermelho da minha pele. "Porque é que nunca disseste nada?"
"As minhas irmãs... A incerteza..."
"Incerteza de quê?" Ele sussurra, franzindo a testa.
"De ti." Rio levemente, como se fosse óbvio. "Não sabia se eras... como eu"
"Gay?" Ele ri levemente, descendo a sua mão pelo meu pescoço, e eu assinto. "Louis, eu sempre fui bastante óbvio..." Ele ergue uma sobrancelha, como se fosse óbvio.
Nego a cabeça, fechando os olhos. Sempre esteve à minha frente. E eu nunca vi. A mão de Harry, está agora a viajar pela minha pele. Pescoço, braços, cara. É um toque tão quente, queima a minha pele, arde na minha alma e eu não sei o que fazer com tudo isto.
"Louis..." Ele sussurra e eu acabo por abrir os olhos. "Posso levar-te a um sítio?"
"Onde quiseres." Deixo escapar, arregalando os olhos assim que percebo o que acabara de dizer.
Harry sorri, acariciando toda a extensão do meu pescoço. Pega na minha mão e, guia-me até ao interior da casa, passando pela sala até à porta de entrada. Pega na chave, que está no chaveiro e em segundos estamos ao lado da sua mota.
"Já alguma vez andaste de mota?"
Nego com a cabeça, enquanto a mão de Harry escorrega pela minha, deixando um espaço vazio e um local frio sobre ela.
"Pega." Ele diz, estendendo-me um capacete.
"E tu?" Eu pergunto, não pegando no item.
"Eu fico bem." Ele garante-me, sorrindo.
"Não." Nego com a cabeça, empurrando o capacete na sua direção.
"Louis, eu conduzo esta mota desde os 16. É de noite, as ruas estão praticamente desertas. Eu fico bem." Ele insiste. "Confias em mim?"
"Confio, mas..."
"Pega no capacete então." Ele interrompe-me, mais uma vez esticando o item na minha direção.
"Prometes que ficas bem?" Ele assente, e eu pego no capacete.
Coloco o capacete na minha cabeça, fazendo de conta que sei o que estou a fazer. Harry posiciona-se em cima da mota, indicando-me para fazer o mesmo.
"Põe os teus braços à minha volta." Ele diz, quando eu não me movo.
Pois, claro. Estúpido.
Faço o que ele me manda, apertando-o contra mim.
"Não tanto... Não quero sufocar..." Ele brinca, fazendo-me retirar os braços, rapidamente.
"Desculpa." Murmuro, rodeando seu tronco com menos força.
Harry põe a mota a funcionar, colocando-nos em movimento. Eu estou quente, demasiado quente. Nunca estivera tão próximo dele, tão... íntimo. É estranho, mas também é magnífico. Simplesmente... Encaixa.
Tenho os meus pensamentos tão concentrados no meu corpo colado ao de Harry e tão focado no quão bem me sinto, que nem me apercebo quando a mota pára. Harry não me disse para o largar, e eu não o faço. Apenas quando ele diz Chegamos, é que elevo a minha cabeça, verificando onde estamos.
"Anda." Ele diz, indicando que deveria sair.
Assim o faço, retirando o capacete e entregando-lhe. Ele guarda-o debaixo do assento, retirando de lá uma manta.
"Tu andas com uma manta na tua mota?" Pergunto, rindo levemente.
"O quê? Pode dar jeito." Ele atira-a para cima de mim. "Anda lá."
Apanho-a, segurando-a entre os meus braços e o meu peito. Inicio a marcha, seguindo-o. Descemos os pequenos degraus e segundos depois tenho as minhas sapatilhas enterradas na areia. O vento embate com um pouco de força sobre a minha cara, fazendo os meus cabelos dançarem levemente e as ondas do mar atingem os meus ouvidos como uma bela melodia. Continuo a caminhar, seguindo Harry.
"Porquê a praia?" Deixo escapar, dando uma pequena corrida para ficar ao lado dele.
"Achei que seria mais romântico que a tua piscina... Ou a tua casa em geral..." Ele coça a nuca, rindo-se.
"Romântico..." Repito, não ciente das minhas palavras e assinto. "É perfeito." Olho para ele, sorrindo.
Não me consigo recordar da última vez que me senti tão contente, da última vez que o sorriso não queria desaparecer. Ainda parece tudo um sonho, um sonho do qual eu não quero acordar.
"Aqui." Harry informa.
A noite envolve o seu corpo, sendo a sua camisola branca o mais visível. Ele ajuda-me a desdobrar a manta, colocando-o sobre a areia. Sentámos-nos virados para o mar, a encarar as subtis ondas a embaterem na areia.
"Passei a primavera toda a imaginar como seria rever-te." Harry diz, após uns segundos em silêncio.
A minha cabeça vira-se na sua direção, a uma velocidade ridícula e eu pisco os olhos várias vezes. Ele está a olhar para o mar, sereno e sorridente e isso apenas me faz gostar ainda mais dele.
"Harry..." Eu sussurro, a sua face vira-se para mim. Arrasto a minha mão para cima da dele. Os seus olhos descem até à minha mão. Como é que um simples gesto pode significar tantas coisas?
"Louis..." Ele sussurra de volta, quando os seus olhos encontram os meus.
Arrasto o meu corpo para mais perto do dele, ele imita as minhas ações. A mão livre dele agarra-me a bochecha com uma ternura inexplicável. É este o momento, eu sinto-o. Os meus lábios estão entreabertos, na expetativa, os meus olhos estão focados nos dele. Azul e verde. Inclino a minha cabeça para a frente quando ele também o faz. E como se, finalmente, os Deuses tivessem descido à terra, os nossos lábios unem-se. A sua mão posiciona-se na minha nuca, os meus braços rodeiam o seu pescoço. O que começou como um beijo calmo, depressa se torna um beijo mais quente, mas necessitado. As nossas bocas movem-se em sintonia, enquanto a língua e Harry faz tudo o que lhe apetece na minha boca. Ambas as mãos de Harry descem até à minha cintura, impulsionando-me para cima. Rapidamente subo para o seu colo, montando-o com uma perna de cada lado do seu corpo. As suas mãos viajam para a pele por baixo da minha T-Shirt e eu suspiro com o contraste entre as suas mãos frias e o meu corpo quente. As minhas mãos descem até ao seu pescoço, deslizando para cima e para baixo. Deixo um grunhido escapar quando sinto a ereção de Harry por baixo do meu rabo.
Puta que pariu.
Harry não perde mais nenhum segundo. Tira-me a camisola do corpo, atirando-a para um canto e eu fico tentando a fazer-lhe o mesmo, mas não o faço.
"Harry..." Chamo por ele. Os nossos beijos cessam, as nossas respirações frenéticas encontram-se. Os nossos olhares chocam e eu finalmente ganho coragem. "Eu nunca... Eu nunca fiz isto." Sussurro, envergonhado.
Harry parece surpreso, mas depressa mascara essa emoção, ao colocar as suas mãos sobre as minhas bochechas. Tem um sorriso nos lábios e um olhar dolorosamente querido.
"Tudo bem. O que queres fazer?" Ele pergunta e eu mordo o meu lábio inferior. "Se não quiseres fazer nada, não há problema. Podemos ficar deitados a olhar para o mar. Qualquer coisa é perfeita, desde que estejas aqui."
Abro um sorriso enorme, dando-lhe um beijo sobre os lábios. Deus, ele é perfeito. Mordo o lábio aos mesmo tempo que elevo a palma da minha mão e olho para o nosso colo. O sorriso de Harry alarga-se e ele assente, assim que percebe o que os meus gestos significam.
"Deita-te." Ele pede, antes de depositar um rápido beijo sobre os meus lábios. Assim o faço "Tira os sapatos."
Mais uma vez, obedeço às suas palavras. Enquanto eu retiro o meu calçado, ele faz o mesmo, removendo depois a camisola do seu corpo. Ele coloca-se à minha frente, as suas mãos frias agarram cada um dos meus tornozelos. Ele olha para mim, e eu assinto, dando-lhe permissão para fazer o que quisesse. Ele afasta as minhas pernas uma da outra, colocando-se no meio delas, os seus olhos param durante um tempo no volume que os meu boxers continham. A sua cabeça desce, os seus lábios encontram a pela tatuada do meu peito. Fecho os olhos, a mera sensação dos seus lábios na minha pele conseguia fazer a melhor das maravilhas. Ele desce, e continua a descer e quando dou por mim, os seus lábios estão no limite dos meus boxers. Levanto a cabeça, apoio-me sobre os cotovelos e olho, espero...
"Estás bem?" Ouço Harry a perguntar-me, os seus olhos agora focados são em mim.
Assinto com a cabeça, não encontrando forças para falar. Harry sorri, beijando-me a barriga.
"Se quiseres que eu pare, avisa."
"Okay." Finalmente pronuncio alguma palavra e assim que as mãos de Harry começam a descer a minha roupa interior, contenho a respiração.
O meu membro salta para fora, desejoso de atenção. O olhar de Harry cai novamente em mim e e eu mordo o meu lábio inferior. Assinto, talvez pela milésima vez hoje e ele sorri-me de lado. Sem retirar o seu olhar de mim, a sua mão apanha o comprimento do meu membro e eu suspiro. A sua mão começa a movimentar-se lentamente, o seu polegar esfrega-se na minha ponta, fazendo-me libertar ainda mais pré-gozo.
A sua mão move-se com agilidade, os meus lábios entreabrem-se, deixando escapar gemidos. Os seus olhos verdes estão focados apenas em mim, enquanto a sua mão livre agarra o meu pulso, puxando-me para cima. Assim que me sento, os seus lábios embatem nos meus. As minhas mãos agarram os seus longos cabelos e a velocidade da sua mão aumenta, fazendo-me gemer contra os seus lábios abertos. Mordo-lhe o lábio inferior, juntando as nossas testas. Um suspiro escapa dos seus lábios, enquanto ele me olha de uma maneira inexplicável. Os seus dentes fincam-se no seu lábio inferior e eu só sinto a velocidade a aumentar a cada segundo que passa.
"Ah. Merda." Gemo, enterrando a minha cabeça no seu pescoço. Estava tão perto.
"Olha para mim..." Ele sussurra, numa súplica.
Atendendo ao seu pedido, levanto novamente a cabeça. As nossas testas estão encostadas, enquanto agarro o cabelo de Harry com cada vez mais força. Sinto o repuxar no meu abdómen, os meus olhos abrem-se muito e, com um ruidoso gemido venho-me na mão de Harry.
Nenhum de nós diz nada durante uns segundos, enquanto o meu peito sobe e desce a uma velocidade frenética, as nossas respirações a unirem-se numa só.
"Merda... Isso foi..." Começo por dizer, ofegante. Harry sorri.
"Eu sei..." Ele diz, acariciando a minha bochecha com a mão limpa.
Os meus olhos estão fixados nos dele, como se houvesse um feitiço que não me deixasse movê-los para outro local qualquer. Estamos apenas a olhar um para o outro. Palavras não são necessárias, não depois do que se acabou de passar.
"Ele está nu?" Ouço uma voz berrar, e sei que Harry ouviu também, pela expressão no seu rosto.
"Merda." Ele diz, levantando-se num ápice. Apanha a camisola da areia e enfia-a pela cabeça abaixo. "De que é que estás à espera? Veste-te!" Ele atira os meus boxers para a minha cara e pelo meio limpa a sua mão a algo.
Como se as palavras dele fossem um trigger, levanto-me, vestindo-me a uma velocidade enorme, nem me preocupando se o fazia bem. Três corpos estão cada vez mais próximos de nós. Merda, merda, merda. Harry já tem a manta e o meu calçado na mão e, assim que percebe que estou apto para correr, ele começa a fazê-lo, atirando-me o meu calçado para as mãos. Ambos vamos a correr até à sua mota e, quase sem tempo nenhum, ele tira o capacete da divisão e atira para lá a manta. Sigo o seu exemplo e atiro os meus sapatos para lá. Não há tempo para me calçar. Ponho o capacete às três pancadas e atiro-me para trás de Harry, que já tem a mota a trabalhar. Harry arranca, e eu posso ouvir os berros das pessoas da praia. Assim que estamos na estrada, sinto o corpo de Harry a vibrar e percebo que ele se está a rir. Encosto a cabeça às suas costas e junto o meu riso ao dele, apertando-o contra mim.
E assim, como se tudo se tornasse um conto de fadas, Harry e eu começamos um namoro.
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