Capítulo 70
N/A: A última atualização de segunda-feira que faltava.
Simbora.
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Pode soar frio e até insensível da minha parte dizer algo daquele tipo, tendo em vista tudo o que Sarah disse momentos atrás ter feito por nós hoje. Todavia é impossível não ser acometida por tal dúvida e medo àquele respeito.
— Olha... Pelo nosso bem... Eu realmente vou fingir que não ouvi essas palavras saindo da sua boca, Juliette.
Vejo uma nuvem sombria agora pairar sobre os olhos coloridos de Sarah. Seu semblante se fecha completamente e até a sua voz ao ter dito tais palavras, carrega uma bruta seriedade.
— E se por alguma razão eu estiver certa nisso? - argumento e vejo Sarah balançar a cabeça insistentemente em negativa.
— Não, você não está. E não repita mais esta merda que disse nem de brincadeira, Juliette.
Suas ríspidas palavras me fazem arquear uma das sobrancelhas e detestar o modo como ela se dirige à mim. Odeio quando Sarah fala daquela maneira mais rude e exagerada comigo.
— Você também não precisa falar dessa forma.
— Como você quer que eu fale diante do que ouvi?
Ela parece visivelmente aborrecida, diria até irritada bem mais do que quando me relatou os ocorridos com ela naquele dia.
— Não foi nenhum absurdo o que eu falei.
— Pra mim foi! E sabe do que mais? Se estiver dizendo que quer terminar, vai estar só confirmando à minha mãe exatamente o que ela acha de você.
Eu não tinha pensado nisso. Mas também o que aquela senhora pensa ou deixa de pensar a meu respeito, não faz diferença para mim.
— Eu já posso até vê-la me jogando na cara: "Eu não te disse, Sarah. Foi só saber que eu ireia te deserdar pra ela pular fora!". E eu vou me ver obrigada a acreditar nela, Juliette. É isso que quer? - seu olhar me encara fixamente. Eu apenas fico calada processando cada palavra que ouvi dela. - Me responde, droga! - Sarah cobra.
— Não! - sussurro muitos segundos depois enquanto agora encaro as minhas mãos.
— Bom saber. Por um momento achei que tudo que fiz hoje por nós duas não tivesse feito sentido algum, já que você deu a entender agora pouco que está pensando em me dar um belo pé na bunda.
Ergo meu olhar para encontrar Sarah ainda me olhando com seriedade. MUITA seriedade! Ela parece tão ofendida com tudo aquilo, que até me arrependo de ter cogitado tal coisa que lhe disse, e pior ainda de ter realmente dito aquelas coisas.
Quem manda ter a língua maior que a boca.
Ah, não ferra.
Um silêncio perturbador se instaura no quarto por alguns instantes que parecem mais uma eternidade. Até que resolvo tentar me explicar.
— Eu só disse aquilo, Sarah... - começo a falar de maneira baixa e comedida. - ...Porque eu não quero prejudicar você como vejo que estou prejudicando.
— Prejudicando? Essa é boa! - um riso irônico lhe escapa. - Você por acaso bebeu ou fumou alguma coisa?
Arregalo os olhos mortificada com aquela sua pergunta. Ela é que deve ter bebido ou fumado alguma coisa antes devir para minha casa para me tratar com tamanha grosseria assim.
— Nenhuma coisa e nem outra! - retruco zangada.
— Então bateu a cabeça em alguma porra de lugar.
— Olha aqui.... Eu não sou obrigada a ouvir merdas de você. - me irrito de vez. Ela pode estar irritada, mas eu não vou aturar aquele palavreado comigo.
— E eu sou obrigada a ouvir de você?... Céus, Juliette! - ela desliza as as mãos pelo rosto. - Você não me prejudica! É totalmente o contrário. Não vê?
Pisco de maneira lenta vendo Sarah desviar o rosto de mim e suspirar de maneira exasperada.
— Sua mãe vai te deserdar e isso será por minha causa. Então, eu acho que estou te prejudicando. - lembro Sarah como forma de argumentação.
Ela vira o rosto para me olhar novamente.
— Acabei de te dizer ainda pouco que não me importa que minha mãe me deserde. E isso não é mentira. Eu estou cagando para o fato de ser deserdada, mais que caceta!
Bem mais irritada é a vez dela de se levantar da cama e caminhar até a janela, exatamente como eu havia feito momentos atrás. Em silêncio, eu lhe observo levar as mãos a nuca.
Ela está aborrecida contigo e com toda a razão, sua burra.
Quando vai deixar de ser intrometida?
O dia que tu deixar de se burra!
— Sa...
Eu sequer tenho chance de terminar seu nome e ela se vira dizendo que não quer mais continuar falando do assunto que estamos tratando e nem do que aconteceu hoje.
— Mas... - tento argumentar, só que ela me interrompe na hora de novo.
— Eu não quero brigar com você também, Juliette. A minha cota de brigas por hoje já deu. Pode ser?
Mesmo ainda querendo dizer mais coisas à ela, eu desisto disso e acho por bem concordar com Sarah assentindo de maneira positiva. Assim como ela, eu também não quero brigar. Aquela discussão que estamos tendo já tinha ido longe até demais. Melhor parar por ali mesmo!
— Eu acho que vou pra casa! Não tem clima pra eu ficar mais.
Sua voz já não soa tão rude como outrora, agora ela está mais suave, porém há ainda ressentimento.
Sarah vem até à cama para apanhar sua bolsa e o blazer, e ir embora dali. Só que por mais que eu tenha ficado um tanto ressentida e até irritada - e ainda continue um pouco assim pela forma grosseira com a qual ela se portou comigo instantes atrás - eu não quero que ela vá embora. Muito pelo contrário! A dependência que eu sinto dela e da sua companhia já são tão grande, quanto o amor que eu venho nutrindo por aquela mulher.
— Fica! - peço após ela ter pego seu blazer e a bolsa, e se inclinado para beijar minha testa em despedida. - Me desculpa pelo que eu disse. Não queria causar essa discussão entre a gente.
Realmente eu estava arrependida daquela merda que eu disse sobre nós. Entretanto, o medo e o pensamento a respeito daquele comentário feito anteriormente, ainda persiste em ficar rondando minha cabeça, só não irei externar para Sarah novamente.
Diante do meu pedido vejo a Srta. Gostosa suspirar e se agachar na minha frente devolvendo a bolsa e o blazer à cama, para repousar suas mãos em minhas coxas e ficar deslizando-as de maneira carinhosa enquanto silenciosamente me encara com ternura.
— Me desculpa! - peço novamente, agora segurando seu rosto e me inclinando para frente até juntar minha testa a sua, depois é a vez dos nossos lábios se unirem por iniciativa minha.
Sarah retribui ao beijo e vejo naquilo sua aceitação ao meu pedido de desculpas.
— Eu não quis irritar você quando disse aquilo a respeito da gente. - falo após nossas bocas se separarem.
— Eu sei. E te desculpo. Também gostaria que me desculpasse por ter falado daquele jeito ríspido e grosseiro com você. - ela pede, virando o rosto para beijar a palma de uma das minhas mãos que ainda se mantém em seu rosto. - Mas aquilo que você falou me tirou dos eixos, que foi impossível me conter. Eu estou lutando por nós contra tudo e todos, inclusive contra as minhas próprias convicções, Juliette. - enrrugo a testa com aquelas suas últimas palavras. - Eu sempre rejeitei isso de me apaixonar e ter um relacionamento estável; de casar e construir uma família. Tanto que me casaria e formaria uma família com Anitta não por minha vontade própria, mas sim, por um mero acordo e sem envolver sentimentos amoroso. Mas aí você apareceu e bagunçou tudo. Me fez cair de amores por uma única mulher: você! E com você quero casar e ter uma família, não como um acordo para assumir os negócios da minha família, mas sim porque eu quero isso e te amo o suficiente para unir a minha vida a sua para sempre, honey. - um de seus dedos se engancha em meus cabelos para colocá-lo atrás da minha orelha. — Aí, quando você me veio com aquelas palavras... Eu saí de mim. Me desculpe.
Emocionada por suas palavras, eu só consigo assentir de modo positivo ao seu pedido enquanto meus dedos polegares deslizam com suavidade sobre seus lábios macios, que se espicham em um sedutor sorriso. Não resisto e acabo por roubar-lhe outro demorado beijo.
— Você ficará... aqui comigo esta noite? - insisto em saber após o beijo trocado. Sarah ainda não havia respondido aquilo, apenas que me desculpado.
Tombando a cabeça para o lado esquerdo e sorrindo da sua habitual maneira safada que eu adoro, ela confirma que ficará.
— Só preciso urgente de um banho pra tirar de mim o cheiro de cadeia e hospital. - a careta que ela faz me arranca um leve sorriso. Minha raiva e ressentimento com aquele ser gostoso já virou fumaça.
— Você sabe aonde fica o banheiro e as toalhas. Vai lá.
— Já volto.
Ela se põe de pé e segue poucos passos em direção ao banheiro. No meio do caminho para e retorna para perto de mim, ficando de joelhos na minha frente.
— O que...
Ela me beija e nem me deixa concluir a pergunta. Achei que seria só um curto beijo, mas logo sua língua já está exigindo passagem para invadir minha boca. Concedo sem qualquer objeção enquanto agarro seu rosto com ambas as mãos, ao mesmo tempo em que sinto as mãos dela apertarem minhas coxas, e depois irem subindo pela lateral do meu corpo até alcançarem meus ombros e massageá-los de leve.
Em uma breve fração de segundos, eu sinto o colchão macio sob minhas costas e Sarah sobre mim. Sua boca reivindica a minha com mais possessividade desta vez enquanto algo bem duro pressiona minha coxa, me dando a exata ideia de onde iremos parar.
Nosso beijo é interrompido muitos minutos depois do que julgo ser uma eternidade. Então a boca de Sarah vai deslizando para o meu pescoço, me arrepiando inteira.
— Achei que tivesse dito que precisava urgente de um banho. - não resisto em comentar enquanto Sarah baixa a alça da minha blusa com a mão direita para seguir com uma trilha úmida de beijos em direção a um dos meus seios.
— Mudei de ideia. - ouço Sarah sussurrar ao ter interrompido seus beijos, que já estão a centímetros de chegar ao meu seio direito. - Agora eu preciso e quero você... Urgentemente. - aquela voz rouca juntamente com o olhar de luxúria que aquela mulher me lança, fazem com que eu estremeça e um calor se acenda no meio das minhas pernas. - O banho pode esperar.
Dito isso Sarah baixa um pouco minha blusa e literalmente "cai de boca" em meu seio, fazendo-me agarrar seus cabelos com ambas as mãos, desfazendo o coque que prende suas madeixas loiras.
Eu também quero e preciso dela naquele momento para expulsar da minha mente os "fantasmas" que persistem em me assombrar quanto a nós.
Dói cogitar aquela ideia de nós duas separadas. Nós devemos ficar juntas, porque NOS AMAMOS! E nada parece mais certo que isso!
A blusa regata que uso voa e pousa no chão após Sarah interromper por um instante suas carícias em mim com o intuito de me livrar da peça de roupa. Depois é a vez do shorts e a calcinha ganharem o mesmo destino da blusa.
Aí, é a minha vez de ajudar Sarah a se livrar com rapidez de suas próprias roupas. Primeiro o colete, então veio a camisa de tecido macio, os sapatos, a calça e por fim o conjunto de lingerie. Eu achei que ela já fosse se unir a mim assim que ficou nua, porém não o fez. Para quem tinha urgência de que eu fosse sua, ela muda de ideia, já que passa a beijar de maneira demorada e intensa cada pedaço da minha pele, cada centímetro do meu corpo e cada canto meu.
Em determinado momento eu quis retribuir a gentileza, fazendo o mesmo nela, mas Sarah não deixa. Parece empenhada em só me proporcionar prazer, como se quisesse me provar algo que eu não conseguia identificar bem. E quando eu implorei para que me fizesse logo sua, Sarah assim o fez.
Seus movimentos se iniciaram de maneira lenta e foram ascendendo na intensidade a cada nova investida sua em mim.
— Isso te parece um sinal de que não devemos ficar juntas, honey? - ela sussurra em determinado momento. Sua voz soa rouca e ofegante enquanto segue entrando e saindo de mim cada vez mais rápido.
— Não! - sussurro ao me agarrar a seus braços e enlaçar seu quadril com as pernas, dando mais condições dela ir ainda mais fundo.
— Pra mim nada parece mais certo do que... nós duas juntas, honey. - com a boca rente ao meu ouvido Sarah me sussurra tais palavras. Isso só me faz ser empurrada mais e mais para chegar ao paraíso. A luz do prazer parece mais perto a cada estocada de Sarah e aquelas palavras dela só potencializam mais as coisas. - Nunca mais pense o contrário disso, porque não faz qualquer sentido... me ouviu?
Seu golpe ao fim desta pergunta me atinge o ponto mais sensível, arrancando um gemido alto e me fazendo cravar as unhas em suas costas.
— Você me ouviu?
Ouço muito ao fundo sua voz, mas ouço.
— Ouvi! - respondo, apertando os olhos. O som da minha voz ao respondê-la, é um mero sussurro rouco acompanhado de um gemido carregado de prazer.
— Diga que me ama!... Eu preciso ouvir isso de você, honey.
Uma mordida em meu pescoço e eu gemo mais uma vez. Seu rosto se desencosta do meu e por um momento seus movimentos de vaivém cessam para o meu total desgosto. Abro os olhos e encontro Sarah me encarando à espera de que seu pedido seja atendido.
— Eu amo você, Sarah... Amo... Amo demais! - murmuro ofegante e segurando seu rosto.
Ela sorri.
— Eu também amo você demais, honey.
Segurando em seu pescoço eu a puxo de volta para mim e a beijo enquanto ela retoma seu intenso vaivém sobre mim. Não tarda quase nada para que eu chegue ao orgasmo me agarrando a Sarah com todo o resto de força que ainda me resta. Ela chega segundos depois de mim e procura minha boca para me brindar com um longo e apaixonado beijo, que fecha bem aquele nosso momento tórrido de amor.
Um silêncio toma conta do quarto por longos e incontáveis minutos até que Sarah resolve quebrá-lo ao mencionar que agora precisa mesmo do banho que pretendia tomar anteriormente.
— Quer companhia? - proponho sorrindo e deslizando a mão por seus cabelos úmidos enquanto sua cabeça repousa sobre meus seios.
— Com certeza!
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Ai, essas duas, vou te contar, viu?!
Até quarta-feira, amores. Xero.
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