Capítulo 67
N/A: Salve, salve, meus amores!
Quartou! Bora lá para um capítulo novo?
Simbora que tem prévia do embate com Rodolffo 💃
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— Juliette!!
Me assusto com o tom mais elevado com o qual Pocah chama por meu nome, fazendo prontamente com que eu desperte do transe em que me encontrava, para me deparar com minha chefe prostrada diante da mesa em que eu estou trabalhando. Algo me diz que aquela não é a segunda e muito menos a terceira vez que ela me chama.
— Oi, Pocah! Desculpa a distração. Quer alguma coisa?
Com certa desconfiança ela fica me encarando por um breve instante antes de por fim tornar a se pronunciar:
— Você me parece mais preocupada do que distraída. Está tudo bem, Ju?
Exalo o ar pela boca de maneira alta e me deixo recostar na cadeira giratória. Realmente, eu estou preocupada. Enquanto não falar com Sarah e souber como foram as conversas dela com sua mãe e o idiota do Rodolffo, eu não ficarei bem. Pelo contrário, seguirei preocupada e também apreensiva, agoniada e nervosa. Muito nervosa!
Meu corpo está ali na editora, mas a minha mente se encontra há léguas de distância dali, tanto que me concentrar e focar a atenção no meu serviço está sendo uma árdua tarefa. Só consigo pensar em Sarah e as suas duas conversas, principalmente a que ela terá com sua mãe. Esta por sinal é a que mais me preocupa das duas conversas.
A dona Abadia tem toda cara de que não vai me aceitar, e muito menos meu relacionamento com a filha dela. Isso em parte me aflige, pois acabará acarretando em um desentendimento entre mãe e filha, e como já falei para à Sarah não quero ser a causadora de rusgas entre ela e Abadia. Longe disso! Mas tenho a sensação de que no fim das contas será isso mesmo que acabará acontecendo.
— Juliette!
— Foi mal. - pronuncio, voltando a realidade a qual havia novamente saído por um breve instante após a pergunta que Pocah tinha me lançado segundos atrás.
— Você não me parece bem. Quer ir pra casa?
Ela demonstra em sua expressão uma preocupação com o meu estado. Mas trato logo de tranquilizar minha chefe.
— Não, não, Pocah. Eu tô bem. São apenas algumas questões pessoais que estão me distraindo um pouco, mas vou tentar não deixar mais que elas interfiram no trabalho.
Não havia necessidade de eu ir para casa. Até porque se eu fosse para lá iria pirar mais ainda de tanta ansiedade e nervoso. Aqui no trabalho eu posso encontrar uma mísera distração que seja, já em casa eu não posso assegurar isso. Desse modo é melhor ficar onde eu estou mesmo.
— Tem certeza de que não quer mesmo ir pra casa?
— Certeza absoluta. - respondo com convicção. - Como eu disse são apenas questões pessoais que tentarei ignorar pra não me atrapalhar mais aqui no trabalho.
— E essas "questões" tem algo a ver com algum parente seu? Aconteceu alguma coisa com alguém?
— Não aconteceu nada com ninguém. Esta tudo bem com a minha família. São outras questões particulares.
Não me sinto tão confortável em contar à ela sobre minha real preocupação, ainda mais, ali no nosso local de trabalho.
— Está bem então. Qualquer coisa que precisar, sabe que pode contar comigo pra desabafar, não sabe? - assinto positivamente. - Sou sua chefe, mas também uma amiga que pode contar quando for preciso, Ju.
Esboço um sorriso de agradecimento.
— Eu sei, Viviane. E agradeço sua preocupação.
Ela é uma pessoa incrível, além de uma chefe muito compreensível. Dei muita sorte de vir trabalhar com ela.
— Mas vai ficar tudo bem.
— Se você diz, acredito!... Agora, mudando de assunto... Vou precisar sair pra me encontrar com May Foley para acertar os últimos detalhes do pré lançamento do livro dela. Era pra ela vir aqui, mas houve um imprevisto e nossa célebre autora me pediu pra ir até a casa dela. Voltarei só depois do almoço, pois assim que sair do encontro com May irei ao aeroporto buscar a Nancy. Te falei que ela vem me visitar?
— Falou.
A relação da minha chefe com a amiga do Owen está só progredindo e ganhando rápido ares de coisa séria. Pocah havia confidenciado em uma recente conversa, que todo esse tempo vinha mantendo contato com Nancy e que muito em breve ela viria para lhe fazer uma visita. E pelo visto ela veio mesmo! Confesso, fiquei um tanto surpresa quando soube que elas seguiam se falando, pois achava que aquela relação não tivesse continuado depois que retornamos de Chicago. Só que Pocah me garantiu que não somente continua como também, elas vêm "estreitando os laços" (da maneira que a distância permite) naquela relação delas.
— Esse negócio tá ficando sério né, Pocahontas? - brinco e ela ri.
— É. Já vou até apresentá-la a minha mãe em um jantar hoje a noite que teremos.
— Ih, então já é sério mesmo.
Ela apenas sorri largamente.
— Vou indo. Qualquer ligação pra mim, você anota o recado e diz que assim que eu retornar dos meus compromissos fora da editora, ligarei de volta.
— Pode deixar comigo, chefe.
— Tchau, tchau, Ju. - ela acena já se afastando da minha mesa.
Eu lhe retribuo o gesto de despedida.
Sozinha após Pocah sumir ao pegar o elevador no fim do corredor, eu suspiro angustiada ao me pegar pensando em Sarah novamente. Ainda falta tantas horas para chegar a noite e assim eu vê-la e saber como foram suas conversas.
Será um longo dia até dar o meu horário de ir embora do trabalho e esperar por Sarah no apartamento.
🔞🔞🔞
— Sarah não vai fazer besteira lá, mana.
— Eu vou fazer o quê tenho que fazer. - pelo viva-voz do carro respondo com irritação à Carla, com quem vinha falando há poucos minutos enquanto dirigia para o escritório de Rodolffo. Minha irmã não gostou nada de saber que eu estava indo agora ver meu amigo para confronta-lo por ficar dando em cima de Juliette. - Esse filho da puta que se diz meu amigo, teve um caso com Anitta pelas minhas costas, o que eu tô pouco me importando. Mas ele vem assediando a Juliette e isso não vou engolir. Não vai ficar assim, Carla. Vou colocar o Rodolffo no devido lugar dele.
Achei que Rodolffo fosse realmente um amigo, mas diante do que soube por Juliette, eu vejo que ele não é isso, pois se fosse não daria em cima dela.
Agora, entendo bem a razão daquelas benditas flores que ele mandou à ela e que nunca tive oportunidade de questioná-lo. Aquele filho da puta mandou flores com segundas intenções, quiçá terceiras.
Você me paga... Rodolffo Matthaus!
— Sarah, me ouve, você não devia estar indo falar com Rodolffo depois do forte bate-boca que teve com nossa mãe.
Carla me disse que soube do que houve entre Abadia e eu através de Matilde, que lhe ligou (já que minha irmã havia ido para o trabalho quando fui falar com Abadia), nervosa pouco tempo depois que deixei a mansão. No mesmo instante em que soube da nossa discussão, minha irmã me ligou. Ela me disse desaprovar veementemente a reação da nossa mãe em relação ao meu relacionamento com Juliette e repudiou a chantagem da coroa, classificando como um golpe de extrema baixeza da nossa mãe, o que concordei. E, agora, Carla está tentando me convencer a não ir tomar satisfações com Rodolffo. Mas ela não vai conseguir isso. Estou decidida a ir falar com aquele calhorda a quem considerava como um amigo.
— Você está alterada e sei no que isso vai dar, Sarah. Merda pura!
— Me erra, Carla. Não enche a porra do saco. - me exalto. O falatório da minha irmã na minha cabeça está me aborrecendo mais ainda.
— Pode ser grosseira como quiser, que isso não vai mudar o fato de que eu estou preocupada com você indo falar com esse seu amigo...
— Ex-amigo, Carla. - faço questão de lhe corrigir no termo. Rodolffo não é mais considerado por mim como um amigo.
— Que seja! Deixa isso pra depois.
— Nem pensar!
— Sarah...
— Carla entendo sua preocupação. - interrompo a fala da minha irmã. Já deu Carla! — Mas depois nós continuamos esse papo. Acabei de estacionar em frente ao prédio do escritório do Rodolffo. Adeus.
Minto e encerro a ligação na cara da minha irmã não lhe dando tempo de sequer pensar em dizer algo. Infelizmente ainda faltava e bem para chegar no escritório de Rodolffo, porém eu não estava mais aguentando ficar ouvindo o sermão da Carla. Se aquela sua ligação e o seu falatório ainda continuassem por mais uns minutos que fossem, era capaz de eu mandar a minha irmã a merda tamanha já era a minha irritação com aquilo.
Carla não vai ficar me dizendo o que eu tenho que fazer. Compreendo sua preocupação, mas já sou bem crescida para arcar com as consequências dos meus atos. Em hipótese alguma deixarei para depois meu acerto de contas com o meu "amigo". Rodolffo se arrependerá amargamente por suas atitudes, principalmente por dar em cima de Juliette.
Minha "viagem" até o escritório de advocacia de Rodolffo segue por longos minutos. A cada quilômetro que eu me aproximo mais do meu destino final, mais raiva vai me dando de Rodolffo. E a raiva triplica quando eu recordo que Juliette me disse que o meu "amigo" não só deu em cima dela lá em casa, como também, nas demais oportunidades em que se viram (as quais nem me dei ao trabalho de questionar Juliette na ocasião).
Infeliz!
Durante anos tratei aquele cara como um irmão e ajudei em diversas oportunidades, principalmente no que diz respeito a crescer na carreira dele. Se aquele fodido tem o que têm hoje em dia é tudo graças a mim. Eu quem lhe ajudei a montar seu primeiro escritório e recentemente arquei com os gastos da reforma do prédio do novo escritório que ele comprou. E fui eu também que no começo de sua carreira lhe apresentei os mais importantes clientes que ele tem até hoje. E é assim que o canalha me retribuí? Tendo um caso com a noiva que eu tinha e pior, assediando a mulher que eu amo.
— Vai te sair bem cara as suas "gracinhas", Matthaus.
Passa e bem das dez horas, o sol impera forte no céu, quando estaciono meu carro do outro lado da rua onde fica o prédio do escritório de advocacia. Desligando o motor do carro, tiro o cinto de segurança e já saio do veículo. Uma ajeitada no blazer bege claro que uso por cima do colete de mesma cor e camisa social preta, após bater a porta do carro; aciono o alarme do veículo. Feito isso me dirijo para atravessar a rua.
O sentimento de raiva cada vez mais latente e me dominando. Com passos apressados caminho em meus saltos em direção a entrada do local de trabalho daquele infeliz.
Já dentro do edifício, vou passando reto até o elevador. Pelo caminho recebo alguns acenos e até palavras de cumprimentos de uns funcionários e conhecidos de Rodolffo. O pessoal ali já me conhece por eu já ter vindo aqui diversas vezes ver o meu "amigo" ao longo desses meses que retornei da Alemanha. Porém não me dou ao trabalho de responder a ninguém que acena ou fala comigo. Não estou com cabeça e nem boa vontade para ser educada com ninguém.
Apanho o elevador e digo ao ascensorista o número do andar correspondente. Quando chego lá após duas paradas em outros andares para algumas pessoas subirem e outras descerem, o que só faz aumentar mais a minha impaciência diga-se de passagem, eu enfim saio do elevador sem me despedir ou agradecer ao ascensorista e sigo poucos passos até a recepção.
— Bom dia, senhorita Andrade. - educada, Alana, a secretária de Rodolffo, me cumprimenta com um sorriso de orelha à orelha.
— Quero falar com o infeliz do seu patrão. - mando os bons modos para a casa do caralho e nem me preocupo em cumprimentar a mulher uniformizada do outro lado da mesa, que toda vez que vê exibe um sorriso de orelha à orelha. - Ele está no escritório dele?
Pela expressão mortificada que a secretária estampa, concluo que meu comportamento grosseiro a surpreende negativamente. Foda-se!
— Es-es-tá sim, senhorita. Eu vou...
— Não precisa avisar nada. - lhe dou às costas e já vou pegando o rumo do corredor que leva aonde fica a sala de Rodolffo.
Foram poucos passos, pois caminho tão apressadamente que o corredor parece ter encurtado muito rápido. E logo, eu já estou com a mão na maçaneta da porta abrindo a mesma para encontrar Rodolffo atrás de sua mesa falando ao telefone. Ao me vê, o sujeito sorri e gesticula com a mão que eu entre. Até se ele não autorizasse, eu entraria na porra daquela sala.
Passo a chave na porta para não sermos interrompidos por ninguém. Então caminho em direção a sua mesa e paro bem diante do sujeito que outrora considerava como um irmão.
— Senhor Johnson lhe asseguro que essa causa já está ganha. Não tem com o quê se preocupar. - ele fala ao telefone rindo e gesticulando para mim com a mão para que eu espere só um instante. Mesmo sem um pingo de paciência já, eu espero só mais uns poucos segundos até ver Rodolffo se despedir do sujeito e encerrar a ligação. - Sarah, minha amiga! Não esperava uma visita sua.
Ele se levanta de sua cadeira e dando a volta na mesa, vem todo cheio de sorrisos falsos para me cumprimentar com um abraço. Aquilo me irrita tanto quanto sua cara de pau em me chamar de amiga.
Foi o estopim para mim!
E assim que Rodolffo chega suficientemente perto de mim, eu deixo a raiva que já me consumia por dentro falar mais alto que tudo e acerto um soco bem dado no queixo de Rodolffo, o que faz com que o sujeito vá se acabando para cima de sua mesa, derrubando alguns papéis e objetos de cima do móvel.
— Mas que merda é essa, Sarah? - com a mão no queixo Rodolffo me encara atônito.
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Enquanto isso na editora New Publication...
— Juliette que agonia é essa? Ela não disse que ia lá em casa te contar tudo?
— Disse, Camilla. Mas...
— Sem "mas"... Larga esse telefone.
Bufo e deposito o aparelho de volta ao seu devido lugar, sobre a minha mesa como Camilla "pediu".
— Eu quero falar com ela.
Na verdade eu preciso!
Já tinha tentado me distrair com o trabalho e até consegui por um curto período. Mas logo uma incômoda angústia me trouxe a preocupação e necessidade de saber se Sarah já tinha ao menos falado com a mãe dela e como tinha sido esse papo. Então liguei para à Cami e pede que ela viesse rápido aqui comigo para lhe partilhar a minha angústia, porque ela já está demais.
— Você vai falar a noite quando ela for lá em casa. Além do mais, já te passou pela cabeça que neste exato momento ela pode ainda estar falando com a mãe ou até mesmo já estar com o amigo dela?
É bem provável isso e, certamente, minha ligação atrapalhará.
— Acabou de passar agora. Só que eu quero tanto falar com ela. Estou com um péssimo pressentimento que as coisas não terminarão bem, Camilla.
— Relaxa que vai dar tudo certo. O que acha que ela fará? Baterá na própria mãe e no Rodolffo?
— Na mãe não creio. Já no Rodolffo... Acho bem provável que sim, pois Sarah ficou puta de raiva quando contei que o amigo dela fica dando em cima de mim nas ocasiões em que nós encontramos longe das vistas dela.
— Quem não ficaria ao saber que tem alguém dando encima da sua namorada ou namorado?... E vai ser bem feito pra esse Rodolffo se ele apanhar. Ainda vou dar os parabéns à Sarah pelo feito. - Camilla ri, jogando minha caneta para cima.
— Isso não tem graça alguma. - olho feio para minha amiga. - Esse cara é advogado. E se ele cisma de encrencar a Sarah mesmo eles sendo amigos de anos?
— Duvido muito que ele consiga meter a Srta. Gostosa em uma fria. Sarah tem mais reputação, mais dinheiro, mais tudo, que esse cara, Juliette.
Certamente tem, mas o tal Rodolffo me parece alguém inescrupuloso o suficiente para ferrar até uma "amiga" de longa data.
— Só torço para que a Sarah lembre da promessa que me fez e não cometa nenhuma besteira, Camilla.
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É, Juliette, acho que a promessa foi pelo ralo, viu?!
Sexta-feira vem lavação de roupa suja entre "os amigos".
Xero e até lá ❤️
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